segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Reta Final.

Reta final das eleições, expectativas voltadas para o resultado da urnas. É simplesmente temerário fazer previsão de quem vai ser eleito olhando apenas os números das pesquisas de opinião pública. No primeiro turno houve graves equívocos cometidos pelos institutos que com pequenas variações de um para outro apontavam vitória de Dilma. Quem acreditou e ficou acomodado esperando o dia de votar no candidato de sua preferência, surpreendeu-se com aquilo que foi revelado na apuração dos votos quando ficou absolutamente claro que haveria segundo turno. A candidata Dilma não conseguiu obter os votos necessários para encerrar as eleições no dia 3 de outubro, como intimamente esperava. Agora pode ser que os institutos estejam certos. Dois candidatos apenas disputam o voto do eleitor, diferentemente do primeiro turno em que o votante tinha de digitar uma salada de números, dificultando o acerto na hora de fazer sua escolha na urna eletrônica, anulando involuntariamente a opção de voto. Ademais, houve uma onda silenciosa de mudança de intenção de voto não prevista e não captada pelos institutos de pesquisas. Outrossim, dizem aqueles que trabalham na percepção de tendências dos contigentes eleitorais que os erros cometidos no primeiro turno, dificilmente votarão a se repetir no segundo. Que assim seja, para o bem da credibilidade dos institutos de pesquisas. Não obstante, com o precedente do primeiro turno, é melhor não nos fiarmos nas estimativas apontadas nas pesquisas, porque não passam do que realmente são, estimativas que apresentam um cenário baseado na realidade do momento que pode não se concretizar, embora o acerto dos números dos institutos sejam infinitamente maior do que os erros. As pesquisas apontam um norte, mas não podem dar garantias de que os resultados baterão com a leitura que se fazem delas. A preocupação maior, nestes momentos finais, é com o modus operandi do candidato da oposição que partiu de vez para o tudo ou nada, abraçando as mais vís táticas de persuasão, chegando ao ponto de invadir a privacidade alheia, por meio de um telemarketing agressivo e de inúmeras menssagens eletrônicas que apinham a caixa de e-mail de milhões de usuários da web, destilando ódio, propagando mentíras e calúnias, no afã de convencer o eleitor a mudar de lado. Sábado passado fui surpreendido por uma ligação de uma secretária eletrônica, atingindo a honra da candidata Dilma com as mesmas infâmias que sorrateiramente propalaram no primeiro turno. Imediatamente liguei para oi perguntando quem tinha autorizado a liberação do meu cadastro, de modo que fosse usado visando objetivos eleitoreiros sem que eu tenha dado permissão. A operadora nega qualquer responsabilidade pelo acontecido. Alega não saber através de quem chegaram até o número do meu telefone. Não bastasse ter que esvaziar cotidianamente minha caixa de mensagens para livrar-me dos spams de campanha, agora tenho minha privacidade invadida pelo jogo rasteiro daqueles que querem à força dobrar à vontade do eleitor. Esta campanha definitivamente passou dos limites razoáveis e há muito tempo caminhou para a clandestinidade. Custa acreditar que o ministério público eleitoral esteja completamente desinformado das ações marginais adotadas pela campanha da oposição. Eu desafio que apareça uma pessoa que não tenha sido vítima ou tomado conhecimento dos fatos ora narrados. Não se pode encarar o adversário com lisura, quando ele joga infringindo as regras. Se o peso da balança só pende para um lado, o outro fica com os flancos completamente abertos. E não vou nem mais falar do que a Globo, Folha de São paulo, Veja, Estadão, estão preparando para os dias que antecedem as eleições. Causa desânimo. Não sem razão, um jornal francês trouxe em suas páginas matéria crítica sobre a cobertura parcial que a grande mídia nacional tem feito a favor de um candidato, rasgando o manual da boa prática jornalística, mandando às favas quaisquer escrúpulos. Tomara que nunca mais tenhamos uma eleição semelhante as que estamos presenciando. Sinceramente espero que se Dilma for eleita, ela faça o que o presidente Lula não teve coragem: aprove uma lei de comunicação social que ponha definitivamente fim a esta amoralidade. Isto mesmo, amoralidade e não imoralidade! Aproveite também e faça uma profunda reforma eleitoral que acabe com a incostância de em toda eleição haver uma legislação diferente. Do contrário, é melhor nem mais sair de casa para votar. Assim, as raposas tomarão conta do galinheiro do jeito que sempre quiseram.








(http://blogdadilma.blog.br/2010/10/imprensa-internacional-denuncia-campanha-da-imprensa-brasileira-contra-lula.html)

terça-feira, 19 de outubro de 2010

A Volta do Cipó de Aroeira no Lombo de Quem Mandou Dar.

Ninguém há de negar que algo de surreal, de abjeto, de repulsivo, serviu como grito de alerta por obra e graça da campanha de Serra que marcou definitivamente as eleições atuais como as mais sujas desde a redemocratização do Brasil, aflorando no povo brasileiro o sentimento de ódio, rancor, em resultado direto da ação covarde e clandestina de grupos que se aparelharam na web, bem como através de e-mails, nos púlpitos das igrejas, pelas mãos das lideranças religiosas e de milhões de panfletos disseminados por todo país, estampando a estória de que Dilma era a favor do aborto, de que ela teria dito que nem Jesus impediria sua vitória no primeiro turno, de que seu vice era satanista e de que ela seria lésbica, havendo inclusive uma demanda judicial de uma ex-amante que lhe cobrava pensão na justiça, que ela teria nascido na Bulgária e portanto não poderia ser a presidente do Brasil, que estaria impedida de entrar no E.U.A , que seu estado de saúde era terminal e o seu vice seria aquele que realmente governaria o Brasil, entre tantas outras mentiras mais. O ápice da baixaria, da grossa baixaria que ainda continua, aconteceu com o envolvimento pessoal da mulher de Serra, Mônica, que numa visita ao Rio de Janeiro ouviu de um eleitor que votaria em Dilma. O suficiente para replicar dizendo que como evangélico ele não deveria ter esta opção de voto, afinal de contas Dilma era a favor da morte de criancinhas. É de perguntar-se: Como tudo isso veio parar na campanha eleitoral, de modo a se tornar o fator de desequilibrio que alçou Marina de uma posição de candidata nanica, para uma participação vistosa que a fez receber quase vinte milhões de votos sendo a responsável direta pela ida de Serra ao segundo turno? A mudança do eixo da campanha de Serra que a princípio deveria se concentrar no debate de idéias, na apresentação de propostas, na comparação de governos e de modelos, para a campanha rasteira da calúnia, da boataria, comandada por um indiano, Ravi Singh, contratado a peso de ouro com a missão de fazer por aqui o mesmo que fez nos E.U.A , explica-se pela contingência de não ter como impedir a vitória de Dilma no primeiro turno, se não fosse pelos expedientes rasteiros que utilizou. Era isso ou a vergonha de ter sua carreira como candidato a presidente da república encerrada com a maior votação já conseguida por uma candidata no primeiro turno da história das eleições presidênciais. Serra prefiriu o isso a ter de ir pra casa completamente humilhado. Embora seja o responsável maior pelo rumo que a campanha tomou, com toda baixaria que persiste nos subterrâneos, o eleitorado que estava com Dilma e foi para Marina tem sua parcela de responsabilidade por ter acreditado e até sido usado como veículo para espalhar a onda de boatos que tomou conta do Brasil, sem que tivesse sequer usado o senso crítico para avaliar objetivamente as informações passadas. Na América, esse indiano que trouxe o nohall de como se fazer uma campanha eleitoral rasteira para cá, levantou as piores calhordices contra Obama, obrigando-o a criar um site especificamente para desmentir a boataria lançada na internet contra a campanha dos democratas. Para o bem da democracia americana, Obama conseguiu neutralizar as mentiras e saiu-se vitorioso. Obviamente que aqui houve um efeito inverso. Se a sordidez da boataria feita pela campanha de Serra serviu de benefício à Marina, que saiu maior do que entrou nestas eleições, serviu também ao objetivo traçado, pelos tucanos, de levar as eleições a um segundo turno. Assim, conseguiram imprimir na campanha de Dilma a marca do aborto. Sutilmente, conveceram o segmento religioso da população que Dilma legalizaria o aborto no Brasil se porventura viesse a eleger-se no primeiro turno. Apesar de Dilma negar insistentemente que seja a favor do aborto, inclusive empenhando sua palavra aos principais líderes religiosos do movimento evangélico, no sentido de que não mudará a legislação caso seja eleita, chegando inclusive a escrever uma carta, divulgada pela imprensa, dando todas garantias de que passa ao largo de suas intenções propôr qualquer alteração na legislação sobre o tema em debate, fato esse de conhecimento público, ainda assim, sorrateiramente colaboradores de Serra continuam a disseminar, por meio de uma modalidade nova de campanha, o telemarketing, que Dilma mente e que só está se comprometendo com a posição da igreja porque quer eleger-se. (http://www.viomundo.com.br/politica/serra-continua-acusando-dilma-de-propor-aborto.html) Ora, é ofensivo à candidata Dilma que mesmo renunciando as suas convicções, mesmo dobrando-se à vontade da maioria do povo brasileiro que não aceita que o aborto seja legalizado no Brasil, mesmo nunca tendo praticado um aborto e mesmo dizendo que o que defende é o direito da mulher que tenha passado por um aborto clandestino seja atendida pela rede pública de saúde, continuem a execrá-la, a colocá-la numa posição de fragilidade. Isto é especialmente repulsivo depois da revelação de que Mônica Serra, esposa do candidato José Serra, teria feito um aborto quando estava no exílio. Pois é, surpreende saber que a mesma Mônica Serra que disse para o evangélico do Rio de Janeiro não votar em Dilma, porque Dilma era a favor de matar criancinha, tenha ela mesmo tomado a decisão de abortar, segundo Sheila Canevacci, uma de suas ex-alunas que ouviu em sala de aula a professora fazer tal confissão.(http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/folha-e-a-hipocrisia-de-serra-sobre-aborto#more) O aborto da esposa de Serra não é relevante, é secundário, deve-se provavelmente a uma circunstância excepcional, de grande sofrimento pessoal que só ela pode mensurar. O relevante é a hipocrisia da discussão do tema introduzido por vias oblíquas e aproveitado oportunisticamente pela campanha de Serra, apesar do precedente pessoal de sua esposa que tendo passado por tão amarga experiência, jamais deveria estar entre aqueles que se apressaram em atirar a primeira pedra na reputação de Dilma, já que seu drama íntimo era a prova viva de que o aborto é uma questão delicada que transcende o aspecto moral da ética religiosa. Trago este fato público da vida íntima de Mônica Serra, amplamente divulgado na internet e na Folha de São Paulo, não para condená-la, como ela impiedosamente fez com Dilma e o seu marido continua fazendo. Trago tão somente para refoçar que esta coisa de moralismo é perigosa e sempre anda de mãos dadas com a hipocrisia. Vejam a que ponto de discussão chegamos a nos ocupar, quando o essencial é debater o futuro do Brasil. Como dizem os versos de Geraldo Vandré, é "a volta do cipó de aroeira no lombo de quem mandou dar". Com a palavra, os religiosos aliados do neoconvertido José Serra.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Associação dos Engenheiros da Petrobras (AEPET) denuncia: “As 10 vezes que FHC tentou privatizar a Petrobras.

Extraido do blog http://www.osamigosdopresidentelula.blogspot.com/




sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Associação dos Engenheiros da Petrobras (AEPET) denuncia: “As 10 vezes que FHC tentou privatizar a Petrobras.





1993 – Como ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso fez um corte de 52% no orçamento da Petrobrás previsto para o ano de 1994, sem nenhuma fundamentação ou justificativa técnica. Ele teria inviabilizado a empresa se não tivesse estourado o escândalo do orçamento, envolvendo vários parlamentares apelidados de `anões do orçamento`, no Congresso Nacional, assunto que desviou a atenção do País, fazendo com que se esquecessem da Petrobrás.





1994 – ainda como ministro da Fazenda, com a ajuda do diretor do Departamento Nacional dos Combustíveis, manipulou a estrutura de preços dos derivados do petróleo, de forma que, nos 6 últimos meses que antecederam o Plano Real, a Petrobrás teve aumentos mensais na sua parcela dos combustíveis em valores 8% abaixo da inflação. Por outro lado, o cartel internacional das distribuidoras derivados teve aumentos de 32%, acima da inflação, nas suas parcelas.





1995 – Em fevereiro, já como presidente, FHC proibiu a ida de funcionários de estatais ao Congresso Nacional para prestar informações aos parlamentares e ajudá-los a exercer seus mandatos com respaldo de informações corretas. Assim, os parlamentares ficaram reféns das manipulações da imprensa comprometida. As informações dadas aos parlamentares no governo de Itamar Franco, como dito acima, haviam impedido a revisão com um claro viés neoliberal da Constituição Federal.





Também em 1995, FHC deflagrou o contrato e a construção do Gasoduto Bolívia-Brasil, que foi o pior contrato que a Petrobrás assinou em sua história. FHC, como ministro da Fazenda do governo Itamar Franco, funcionou como lobista em favor do gasoduto. Como presidente, suspendeu 15 projetos de hidrelétricas em diversas fases, para tornar o gasoduto irreversível. Este fato, mais tarde, acarretaria o `apagão` no setor elétrico brasileiro.





Em 1995, o governo, faltando com o compromisso assinado com a categoria, levou os petroleiros à greve, com o firme propósito de fragilizar o sindicalismo brasileiro e a sua resistência às privatizações que pretendia fazer.





Durante a greve, uma viatura da Rede Globo de Televisão foi apreendida nas proximidades de uma refinaria, com explosivos. Provavelmente, pretendendo uma ação sabotagem que objetivava incriminar os petroleiros.





1995 – O mesmo Fernando Henrique comandou o processo de mudança constitucional para efetivar cinco alterações profundas na Constituição Federal de 1988, na sua Ordem Econômica, incluindo a quebra do monopólio Estatal do Petróleo.





As cinco mudanças:





1) Mudou o conceito de empresa nacional. A Constituição de 1988 havia estabelecido uma distinção entre empresa brasileira de capital nacional e empresa brasileira de capital estrangeiro. As empresas de capital estrangeiro só poderiam explorar o subsolo brasileiro(minérios) com até 49% das ações das companhias mineradoras. A mudança enquadrou todas as empresas como brasileiras. A partir dessa mudança, as estrangeiras passaram a poder possuir 100% das ações. Ou seja, foi escancarado o subsolo brasileiro para as multinacionais, muito mais poderosas financeiramente do que as empresas nacionais. A Companhia Brasileira de Recursos Minerais havia estimado o patrimônio de minérios estratégicos brasileiros em US$ 13 trilhões. Apenas a companhia Vale do Rio Doce detinha direitos minerários de US$ 3 trilhões. FHC vendeu essa companhia por um valor inferior a que um milésimo do valor real estimado.





2) Quebrou o monopólio da navegação de cabotagem, permitindo que navios estrangeiros navegassem pelos rios brasileiros, transportando os minérios sem qualquer controle;





3) Quebrou o monopólio das telecomunicações, para privatizar a Telebrás por um preço abaixo da metade do que havia gastado na sua melhoria nos últimos 3 anos, ao prepará-la para ser desnacionalizada.

Recebeu pagamento em títulos podres e privatizou um sistema estratégico de transmissão de informações. Desmontou o Centro de Pesquisas da empresa e abortou vários projetos estratégicos em andamento como capacitor ótico, fibra ótica e TV digital;





4) Quebrou o monopólio do gás canalizado e entregou a distribuição a empresas estrangeiras. Um exemplo é a estratégica Companhia de Gás de São Paulo, a COMGÁS, que foi vendida a preço vil para a British Gas e para a Shell. Não deixou a Petrobrás participar do leilão através da sua empresa distribuidora. Mais tarde, abriu parte do gasoduto Bolívia-Brasil para essa empresa e para a Enron, com ambas pagando menos da metade da tarifa paga pela Petrobrás, uma tarifa baseada na construção do Gasoduto, enquanto que as outras pagam uma tarifa baseada na taxa de ampliação.





5) Quebrou o Monopólio Estatal do Petróleo, através de uma emenda à Constituição de 1988, retirando o parágrafo primeiro, elaborado pelo diretor da AEPET, Guaracy Correa Porto, que estudava direito e contou com a ajuda de seus professores na elaboração. O parágrafo extinto era um salvaguarda que impedia que o governo cedesse o petróleo como garantia da dívida externa do Brasil. FHC substituiu esse parágrafo por outro, permitindo que as atividades de exploração, produção, transporte, refino e importação fossem feitas por empresas estatais ou privadas. Ou seja, o monopólio poderia ser executado por várias empresas, mormente pelo cartel internacional;





1996 – Fernando Henrique enviou o Projeto de Lei que, sob as mesmas manobras citadas, se transformou na Lei 9478/97. Esta Lei contem artigos conflitantes entre si e com a Constituição Brasileira. Os artigos 3º, 4º e 21, seguindo a Constituição, estabelecem que as jazidas de petróleo e o produto da sua lavra, em todo o território Nacional (parte terrestre e marítima, incluído o mar territorial de 200 milhas e a zona economicamente exclusiva) pertencem à União Federal. Ocorre que, pelo seu artigo 26 — fruto da atuação do lobby sobre uma brecha deixada pelo Projeto de Lei de FHC — efetivou a quebra do Monopólio, ferindo os artigos acima citados, além do artigo177 da Constituição Federal que, embora alterada, manteve o monopólio da União sobre o petróleo. Esse artigo 26 confere a propriedade do petróleo a quem o produzir.





Da Sucursal de Brasília,

Iram Alfaia

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Dilma vai para o ataque.

Dilma finalmente resolveu sair de sua zona de conforto e partiu para o ataque no último debate promovido pela rede bandeirantes de televisão. Há quem diga que em termos eleitorais o resultado é pífio, entretanto a nova estratégia adotada pela campanha de Dilma visa reanimar a militância petista que estava taciturna e abatida depois da frustação de não ter conseguido ganhar as eleições presidenciais de 3 de outubro, ainda no primeiro turno. A ofensiva de Dilma encurralou o candidato Serra que atônito não sabia como reagir ao assédio da Petista que cobrava do Tucano responsabilidades sobre as muitas ações subterrâneas adotadas pela sua campanha  durante o primeiro turno, com vistas a desconstruir a candidatura de Dilma, no propósito de focalizar temas indigestos, para um segmento específico da sociedade, tais como o aborto, a união civil entre pessoas do mesmo sexo, a regulamentação da profissão de prostituta, entre outros. Nesta estratégia, a campanha de Serra teria dissiminado na rede mundial de computador que Dilma defendia a implantação do PNDH 3 que contemplava as questões polêmicas acima aduzidas que se tornou causa de discórdia entre a Igreja e a campanha de Dilma. Curiosamente, faltou a Igreja reconhecer que Serra se posicionara favoravelmente as mesmas questões que atribuem como sendo apenas do programa de governo de Dilma. A igreja age com desonestidade intelectual quando se recusa admitir que foi Serra, em sua passagem pelo ministério da saúde, quem de fato regulamentou a portaria que obrigou o SUS a atender as mulheres que teriam praticado o aborto. Por outro lado, fingem ainda que desconhecem declarações dadas por Serra em entrevista a jornalistas do UOL em que defende o ponto de vista de que a adoção de crianças abandonadas, por parte de homossexuais , seria a salvação da vida delas. A expressão é exatamente esta. Ademais, Serra foi claro ao dizer, na mesma entrevista, que é plenamente favorável ao casamento Gay. Se a Igreja não focaliza estes aspectos dos posicionamentos de Serra, é porque assumiu claramente a posição de defender a candidatura de Serra. Não deveria ser assim. Assim, fica fácil de perceber que formaram uma grande coalizão de direita para impedir a eleição de Dilma. Estão todos juntos, imprensa, judiciário, exército, igreja, contra a eleição da madame satã. É a epóca do obscurantismo redivivo que impede o cidadão  de fazer sua escolha livre de amarras ideológicas impostas por segmentos bem específicos de nossa sociedade. Que fique claro que estas expressões se originam do Estado de São Paulo que perpassam aos interesses do restante dos brasileiros excluidos, cuja oportunidade de uma vida melhor só lhes foi dada no governo Lula. O esforço do atual governo em benefício dos mais necessitados está em risco. Irão chorar lágrimas de sangue e de nada adiantará. Fizeram sua escolha. Arquem com as consequências daí resultantes.

sábado, 9 de outubro de 2010

Eleições do Vale Tudo Arrasta a Petrobrás Para o Jogo Político Rasteiro.

“A política nos reúne nos opondo: ela nos opõe sobre a melhor maneira de nos reunir”. André Comte-Sponville









( Tenho tido debates acalorados nestas eleições com pessoas que me são caras em termos de amizade. Embora haja convergências de opinião com a maior parte de meus amigos, outros pensam diferente de mim. Espero que passado o processo eleitoral estejamos novamente irmanados. As palavras acima expressam com perfeição meus sentimentos. )









O andar de cima está em polvorosa, percebeu que se antes as eleições para presidente era uma causa perdida, agora vislumbra uma possibilidade real de ter seu candidato como grande vitorioso no segundo turno. E não importa os métodos usados, se for para eleger José Serra, os fins justificam os meios. O que estão fazendo nos últimos dias com a petrobrás é crime de lesa-pátria. O valor de nossa maior empresa já caiu mais do que a BP, aquela empresa Britânica responsável pelo maior desatre ecológico do planeta ao espalhar enormes quantidades de petróleo em alto mar. Contudo, os papéis da Petrobrás estão a desvolarizar-se não pelas razões apresentadas na Folha, (http://www1.folha.uol.com.br/mercado/812434-valor-da-petrobras-ja-caiu-mais-que-o-da-bp-em-2010.shtml) mas em face dos ataques sistemáticos feitos na imprensa nativa contra o nosso melhor ativo no exterior. Fosse o Brasil um país sério e nossas instituições funcionassem com isonomia, as autoridades teriam há muito tempo procedido uma investigação nos mercados de capitais que se alimentam à base de boatos, boatos estes responsáveis pelo rebaixamento das ações de nossa mais importante empresa. É de se perguntar: donde se origina a fonte da boataria que tem levado a desvalorização dos papéis da petrobrás na Bovespa? Informações do submundo jornalístico dão conta de que a sujissíma Veja estamparia nas suas fétidas páginas mais uma de tantas outras mentiras para atingir a candidatura da ex-ministra Dilma. Segundo comentários, o processo de capitalização da Petrobrás foi feito em meio a uma grande roubalheira e o destino do dinheiro arrecadado com mais este ato de corrupção viria  reforçar o caixa de campanha de Dilma. A sujissíma mostraria em suas páginas os detalhes de como as negociatas aconteceram. Estamos atravessando um momento de incerteza política, no qual ainda não se sabe quem vai ganhar as eleições. Portanto, um boato desta natureza é um prato cheio para os megas especuladores que insuflam os pequenos investidores a se desfazerem da ações que detém. Tomados pelo medo, racionalizam que é melhor perder um pouco de dinheiro agora do que ver seu investimento virá pó mais tarde. Aí os espertalhões compram as ações em baixa, esperam a normalização política do país e ganham rios de dinheiro depois. Nos E.U.A isto daria cadeia para proprietário de jornal, de revista, especulador, dono de emissora de televisão, banqueiro. Aqui, não, fica por isso mesmo. Este episódio é claro em demonstrar que a imprensa brasileira não está a serviço dos interesses dos brasileiros. Bem observou Paulo Henrique Amorim: "Ou seja, um lançamento que foi acompanhado pela Bolsa, pela CVM, pela Bolsa de Nova York, pela SEC americana e por milhares de investidores estrangeiros não seria mais do que uma grande roubalheira – segundo essa publicação que se deixa cortar por uma vala negra."  Pode até parecer birra, fixação, mas se prestássemos mais atenção enxergaríamos como estas tramas são urdidas em conluio com a imprensa nativa e fazem parte de um projeto de dominação maior. Os barões da mídia nativa defendem a concepção de que o mercado é a panacéia capaz de resolver todos os problemas de ordem econômica, política e social. Não reconhecem que na crise passada que se abateu sobre o mundo,  a tese de deixar os mercados desregulados foi a responsável pela  débâcle de econômias antes consideradas sólidas. Grandes empresas símbolo do capitalismo moderno entraram em falência. Não foram os mercados financeiros que vieram em socorro das economias falidas, senão os governos com pesados investimentos públicos, com dinheiro do contribuinte. Quando os grandes capitalistas nadavam em lucros nababescos, não se importaram com o desenvolvimento, com o bem-estar das econômias locais. Ao enfrentarem a crise financeira internacional foram atrás de auxílio governamental. Hipocritamente deixaram de lado o mantra de que os governos não deveriam interferir nos mercados. Ah! pra isto os governos servem. Sob esta óptica, não houve nenhum gasto público mal-feito no socorro ao capitalismo moderno. Aqui no Brasil, torciam para que a nossa econômia fosse arrastada pelo desemprego em massa, pelo fechamento de indústrias. Os bancos privados se sentaram sobre as chaves do cofre e deixou de irrigar a economia com crédito, mola propulsora para o desenvolvimento industrial. Não fosse o BNDES, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, teríamos sucumbido ante a maior crise jamais vista na história da humanidade. Crise que ainda continua e no Brasil seus efeitos foram mínimos, uma marolinha no dizer do presidente Lula, graças ao papel desempenhado pela área econômica do governo que agiu com celeridade e pôde contar com a ajuda dos bancos estatais. Tivesse o governo passado conseguido privatizar estas três instituições financeiras, hoje o Brasil estaria em estado de conflagração, o povo na rua protestando tal como aconteceu na Grécia e Europa. Porém, voltemos ao tema da desvalorização das ações da petrobrás. Será que ninguém vai dizer nada sobre o maior ataque especulativo de que se tem notícia na história do capitalismo brasileiro a uma empresa nacional ?  É a pergunta que não quer calar. A CVM vai ficar silente e deixar que o pequeno investidor arque com as perdas do investimento que fez? Isto é mais um estratagema que pavimenta o caminho de Serra, caso seja eleito, para mais tarde entregar as riquezas do Pré-Sal nas mãos das multinacionais, como fizeram com as estatais no periódo das privatizações. Lembremo-nos de que o processo de privatização de nossas estatais foi precedido por uma campanha sistemática, orquestrada pela banca internacional e coordenada pela imprensa nativa que anestesiou o povo brasileiro com a falsa premissa de que as estatais brasileiras estavam obsoletas, eram ineficiêntes e emperravam o desenvolvimento do país. Assim, a Vale do Rio Doce que hoje está avaliada em mais de 150.000.000.000,00 foi doada por 3.000.000.000,00 com financiamento do BNDES. Não sem razão, o Davizinho, ex-genro de FHC, que esteve à frente da Petrobrás no governo de Fernando Henrique e que moveu céus e terra para privatizar a Petrobrás, chegando a sugerir a mudança de nome Petrobrás para Petrobrax, já disse, na condição de coordenador da campanha de Serra para o setor energético, que o modelo de partilha adotado pelo governo Lula para o Pré-Sal é inadequado, sinalizando que se eleito, Serra promoverá significativas mudanças, leia-se entrega ao capital internacional de nossa maior riqueza recém-encontrada a profundidades antes inimagináveis que garantirá o futuro das vindouras gerações. Enquanto isso, uma legião de fanáticos alienados, impregnam-se com a discussão sobre o aborto, como pauta central, imposta pelos nossos Aiatolás, Mulás, Talebans, dirigentes do Estado Teocrático que querem implantar no Brasil, para felicidade geral das aves de rapina que nos subterrâneos estão decidindo como farão a partilha dos despojos da riqueza da nação. Como diz a letra da música: "Tudo isto acontecendo e eu aqui na praça, dando milho aos pombos". Se não sairmos desta letargia profunda em que nos encontramos e não prestarmos atenção ao que está se passando nesta campanha que é colocada da maneira mais superficial possível para o eleitor, por parte de um lado que não quer discutir um projeto de país, justamente para não se comprometer com os interesses nacionais, conseguindo com esta tática maquiavélica construir um álibe para mais tarde não vir a ser cobrado quando vender o que ainda resta de patrimônio público da nação e pedagiar as estradas federais como fez em São Paulo, será demasiadamente tarde para lamentações e nada, absolutamente, nada poderá ser feito. A hora é agora enquanto ainda podemos resistir com a palavra, debater com todas energias. Abertas as urnas e proclamado o resultado, só nos restará acatar. A coruja está piando e ninguém quer saber  aonde. Depois do estrago feito, morreu "Maria Preá".

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A Igreja Não Faz Parte do Mundo.

O que até agora os evangélicos deixaram de perceber é que a essência da pregação de Cristo focalizava um governo celestial e não humano. Jesus, quando confrontado com Pilatus, foi claro ao dizer "que o Reino dele não fazia parte deste mundo, porque se o fizesse teria chamado seus assistentes e eles teriam lutado. Mas assim como é, meu reino não faz parte deste mundo". Anteriormente a este evento, pouco depois da multiplicação dos pães, a multidão que comeu até à saciedade veio em direção a Jesus a fim de arrebatá-lo como Rei. Percebendo as intenções da turba, Jesus evadiu-se. Depois em três ocasiões diferentes ele identificou o princípe deste mundo, o governante deste mundo, como sendo a entidade espiritual conhecida como Satanás, o Diabo. No evangelho de João, ele é sucinto ao dizer que o verdadeiro Cristão não faz parte do mundo. Segundo João, o mundo está passando assim como seu desejo e tudo que há nele. Indo mais além, João diz que "sabemos que somos nascidos de Deus, mas o mundo inteiro jaz no poder do Maligno". Portanto, nos dias de Jesus e de seus apostólos, é fato que os verdadeiros Cristãos não se imiscuiam em assuntos politicos de Estado, mantendo-se neutros, posição que para Nero era uma ameaça. O envolvimento político da cristandade se dá somente depois da morte do último apostolo de Jesus, na grande apostasia religiosa que culminou com a conversão em massa de romanos, incluindo Constantino, o verdadeiro fundador do catolicismo romano que fez uma adaptação engenhosa dos ritos pagãos de Roma com os símbolos Cristãos mundialmente aceitos. Constatino foi verdadeiramente o primeiro Papa Católico, inclusive convocando e comandando o concílio de Nicéia para determinar doutrinas que eram estranhas aos primitivos Cristãos como a trindade, a imortalidade da alma, o inferno de fogo e etc... Esta questão do abôrto é matéria que cabe ao livre arbítrio de cada um. A liderança religiosa pode até mostrar a posição bíblica sobre o tema, o que não pode é apontar candidato tal como alguém a não ser votado porque aparentemente se apresenta como favorável ao assunto em pauta. Mesmo uma cristã evangélica que chegasse ao extremo de aderir a esta opção, a única sanção que poderia receber da Igreja seria uma censura, no caso de algumas denominações, e a excomunhão no caso de outras, ação tomada em nome de Deus cujo julgamento se dará no dia do juizo final cabendo única e exclusivamente a ele a decisão de quem é merecedor ou não da vida prometida em seu reino celestial. Jamais por um líder humano que não tem tal autoridade para infligir tão severo julgamento. Ser a favor ou contra o abôrto é da liberdade individual de cada pessoa, sabendo porém que se vier a buscar esta opção estará sujeita ao escrutínio do julgamento de Deus, a quem prestará contas. Não é a uma posição oficial da igreja que tenho de me ater, mas aos princípios divinos que são contrários a tais designíos. Porém, em nome do livre arbítrio dado por Deus que permite que o homem tome esta decisão se assim o desejar, como outra decisão qualquer, inclusive a da homossesualidade, deve-se respeitar a opção feita. Deus, no final julgará de acordo com os seus princípios, a conduta individual de cada um, condenando ou absolvendo. O que a igreja está querendo fazer é sentar na cadeira de Juiz que pertence ao Cristo e antecipar um julgamento que pertence somente a Jesus.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Onda Difamante de Boataria Religiosa Leva Eleições Para o Segundo Turno.‏

Uma onda de boatos às vésperas das eleições, tendo a candidata Dilma como eixo central das mais ignominiosas calúnias, como as que lhe atribuiam a declaração estapafúrdia de que nem Jesus Cristo a impediria de vencer as eleições no primeiro turno, ou a que dizia ser ela favorável ao abôrto e que seu vice é um satanista, resultou no imponderável: as eleições serão decididas no segundo turno. O que chama atenção é o nível de desinformação dos milhões de internautas que usam a rede mundial de computador. Teoricamente deveriam está menos expostos a esta central de boatos já que dispõem de múltiplas ferramentas capazes de em frações de segundos matar a boataria na origem. Uma simples consulta no Google, no Yahoo, no Cadê, no You tube e pronto, as mentiras seriam prontamente desmontadas. Infelizmente, porém, pessoas inescrupulosas aproveitaram-se da influência que tem sobre outras incautas e por meio de e-mail e das rede sociais disseminaram uma onda de insidiosas ofensas a honra, a reputação da candidata Dilma. O alvo eram católicos fundamentalistas e evangélicos pentecostais que receberam as informações que lhe foram repassadas acriticamente, como se verdade incontestável fosse. Líderes religiosos gritavam dos púlpitos para que os seus rebanhos não votassem na candidata do PT, porque ela era contra a vida e a favor do assassinato de criançinhas ainda por nascerem. Quando não conseguiam incutir tais mentiras nas mentes dos fiéis da maneira como pretendiam, distorciam declarações dadas por Dilma, tirando-as do contexto sempre na intenção de reforçar a mentira, na linha do ex-ministro da propaganda de Hitler, Josef Goebbels, que dizia que se uma mentira fosse repetida várias vezes se tornaria verdadeira. E pensar que no evangelho do Cordeiro de Deus é-nos ensinado que não "devemos julgar, para não sermos julgados, porquanto com a medida com que julgamos seremos igualmente julgados". Neste princípio está subjetivamente expresso o verdadeiro sentido da lei auréa do cristianismo, de não desejarmos para os outros aquilo que não queremos para nós. Tenho certeza de que nenhum destes guias querem ser objeto de falsas acusações, vítimas das mais horrendas imputações morais, sem que lhe sejam dado o benefício da dúvida ou a oportunidade de se explicarem. Se querem saber da posição da candidata Dilma sobre as questões em debate, perguntem-na concisamente, advertindo-a de que não aceitarão respostas evasivas e nem tergiversações. Seria o justo a ser feito, se dúvidas têm a respeito das posições da candidata de Lula. Espalhar mentiras sobre o caráter do nosso próximo, é tanto repugnante quanto pecado aos olhos de Deus. Mais do que ninguém deveriam saber os religiosos que assim procederam, uma vez que dizem conhecer a verdade revelada da palavra de Deus. Contudo, tudo isto é parte de uma grande encenação que só tem um objetivo: evitar o debate entre o governo atual que está a encerrar-se e o governo que o PSDB deseja para o país. Simples assim. É questão de agendas. A que foi montada pelo presidente Lula e pode ser percebida nos mais 15.000,000,00 de empregos gerados, na ascensão de mais de 30.000,000,00 para classe média, na construção de escolas técnicas, universidades, no crescente consumo interno que aquece a economia, ou a agenda do desmonte do Estado, com privatizações, sucateamento do serviço público. A imprensa é a principal fiadora deste programa neoliberal defendido por Serra. É disso que se trata. Não é o voto na Dilma ou no Serra simplesmente, é o voto pelo futuro de nossos filhos e das gerações vindouras. Que Brasil queremos daqui para frente? O que é reconhecido internacionalmente, respeitado pelas nações como potência emergente que cuida de seu povo como um todo e especialmente dos mais necessitados, ou o Brasil da estagnação, da roda presa que sempre anui aos interesses das grandes potências? É desse debate que querem tirar nossa atenção para centralizá-la em questões periféricas que dizem respeito as idiossincrasias de cada um individualmente. Inventam um escândalo, passam dias repercutindo-o com grandes alaridos e assim nossa atenção é desviada daquilo que realmente importa e é de interesse vital para o futuro da nação. Neste transe hipnótico, poderemos ser os responsáveis pelo naufrágio do projeto em curso que seguramente corre sérios riscos de sofrer solução de continuidade.

domingo, 3 de outubro de 2010

Dilma Vítima das Mais Ignominiosas Mentiras.

Causou-me enorme surpresa a maneira como as atuais eleições foram conduzidas para um tipo de afronta pessoal baseada exclusivamente na calúnia, nos ataques monstruosos desferidos sorrateiramente pela campanha de Serra que encontrou na pior espécie de conservadorismo religioso o apôio para desconstruir a candidatura de Dilma, por parte de dois segmentos religioso de grande importância, o catolicismo e o protestantismo que se não embarcaram por completo nas ignomínias assacadas em desfavor da candidata do PT, também pouco ou quase nada fizeram para impedir a onda de boatos infundados sobre as posições políticas de Dilma concernentes a liberdade religiosa e a legalização do abôrto. O que mais repugna é que os responsáveis por tais atitudes desonrosas sempre estiveram escondidos sob o anonimato, repassando as inverdades a outros incautos que receberam acriticamente a informação, sem antes fazer um questionamento, buscar mais informações, procurar entre o programa de governo da candidata alguma coisa que tenha semelhança com as mentiras espalhadas. Dilma foi vilipendiada por estes falsos religiosos que dizem servir a Jesus, mas não lhe deram sequer o beneficío da dúvida. Não seguiram a admoestação do grande mestre de não fazer um julgamento de valor tão duramente precipitado, em clara ofensa a dignidade da candidata que merecia ser tratada com respeito. Querem impedir o debate do que já foi feito pelo atual governo, com o que fizeram no passado. Como não têm propostas, procuram interditar as discussões para um tipo de acusação completamente despropositada que nada tem que ver com o futuro do Brasil.  O preconceito religioso está se constituindo numa séria barreira que impedem as pessoas de enxergarem que sem o governo Lula não teríamos as coisas boas de agora e não as teremos mais se José Serra conseguir eleger-se. Os desafortunados continuarão a comtemplar o estado de miséria em que secularmente se encontram. Teremos severos cortes nos gastos sociais limitando o ingresso de nossos filhos na faculdade. O processo de construção de uma nova cidadania estará definitivamente comprometido. Agora é a hora de refletirmos seriamente sobre o que queremos para o futuro de nossos filhos, porque é disso que se trata. Não é justo que o nosso entendimento seja embotado por uma visão distorcida da realidade, atribuida falsamente a candidata Dilma que tem repetido inúmeras vezes que a questão do abôrto é um tema do congresso nacional  e que ela não vai interferir, nem contra, nem a favor. Assim, fazemos daqui o chamamento às pessoas de bem que reflitam muito sobriamente sobre a escolha que pretendem fazer para depois não se arrependerem quando então será tarde e não haverá mais volta.