terça-feira, 24 de agosto de 2010

Em resposta.

Texto Publicado em Resposta a Um Troll Psdbista.


Vou perder um pouco do meu precioso tempo com você porque ainda acredito que é possível resgatá-lo do mundo autista em que você está vivendo. Não é preciso esperar que o Bonner e/ou a Fátima Bernardes formulem as perguntas que o doidivanas do Reinaldo Azevedo quer que o presidente Lula responda. Para que a espera não o angustie, eu mesmo responderei. Não foram 4 milhões de empregos gerados no governo Lula. Segundo dados do sitio radar sindical, entre 2003 e 2010, o atual governo gerou 13,9 milhões de empregos formais, leia-se com carteira assinada, marca jamais alcançada em outro governo. Somente no mês de Julho de 2010, foram criadas 181.796 vagas no mercado de trabalho com carteira assinada e 1,7 milhões no total somente no período de crise econômica aguda, a maior da historia da humanidade, superando até o crash da bolsa de 1929. Só o rendimento médio dos trabalhadores formais foi de 2,51 ( INPC ) ao subir de R$ 1.556,15 em dezembro de 2008 para R$ 1.595,22 em dezembro de 2009. Desde de 2003 o salário dos trabalhadores brasileiros apresentou crescimento de 18,25% acima da inflação, com registro de aumento de 19,11% entre as mulheres e de 18,38% entre os homens. Até o fim do ano será rompida a marca dos 15 milhões de empregos formais. ( http://www.radarsindical.com.br/blogdoneto/?p=4392 ).



Sobre o Maior Programa de Distribuição de Renda, os Dados Saltam os Olhos:



_ 31 milhões de brasileiros subindo para a classe média.

_ 24 milhões de brasileiros saíram da linha de pobreza.

_ 12,5 milhões de famílias beneficiadas com o bolsa família.

_ 12 milhões de brasileiros beneficiados com o Luz para todos.

_ 704 mil bolsas universitárias no proune.

_ 214 escolas técnicas até o fim do ano.



Taxas de Juros:



As elevadas taxas de juros de fato são extorsivas e imorais, mas vem do governo anterior. Os juros nominais no governo FHC eram da ordem de 27%. No governo Lula 11%. O governo Dilma será muito mais austéro nesta questão e haverão mudanças significativas na política monetária do Banco Central em torno do binômio câmbio-juros.



A Vida Particular do Filho do Presidente:



Sobre a vida particular do filho do presidente não é questão que diga respeito à curiosidade de terceiros. Ezequiel, profeta bíblico, já dizia que os pais não pagariam pelos erros dos filhos e nem os filhos pelos erros dos pais. Como a discussão gira em torno de comparar gestões do anterior e o atual governo, neste quesito também, contra minha vontade, vou relembrar um fato pitoresco do Governo FHC. Na comemoração dos 500 anos do descobrimento do Brasil o ministro do turismo Rafael Greca, ladeado pelo filho de FHC, Paulo Henrique Cardoso, construiram uma réplica da caravela que aportou no litoral brasileiro à epóca do descobrimento. Foram gastos 18 milhões de reais. O caso é conhecido como o fiasco da feira de Hanover. O filho de FHC responde na justiça federal por desvios de dinheiro público.

O Mensalão:

O mensalão que na verdade nunca existiu, pode ser no máximo classificado como caixa dois, dinheiro proveniente de organizações criminosas nacionais e internacionais com o objetivo de financiar indistintamente campanhas eleitorais de esquerda e de direita, visando obter vantagens nos contratos de licitações irregulares e de obras superfaturadas, teve origem no PSDB mineiro durante a campanha eleitoral de Eduardo Azeredo, ex-governador e atual senador, e foi apresentado a Delúbio Soares tesoureiro do PT de então, por Virgílio Guimarães, parlamentar petista que deu apôio a candidatura de Azeredo à campanha ao governo de Minas. Entre acreditar na afirmação de Azevedo de que Lula sabia e foi conivente, e na afirmação de Lula de que não sabia, prefiro a segunda hipótese, até porque na vida íntima entre marido e mulher que deveriam se conhecer profundamente, quando há traição, o marido corno é o último a saber. Nem mesmo eu sei o que os meus filhos fazem durante as horas que estou ausente e muitos dos mal-feitos que praticam a mãe deles não me conta tudo, vindo eu a tomar conhecimento muito tempo depois. ( http://www.novojornal.com/politica/noticia/aloprados-capturam-a-alianca-pmdb-pt-em-minas-20-08-2010.html ).



A Política Agrária do Governo Lula:



Sobre a questão da política agrária do governo Lula, o presidente age corretamente ao buscar o diálogo com os movimentos sociais na luta histórica pela terra. Há milhões de quilômetros quadrados de terras griladas Brasil à fora, especialmente na região amazônica onde posseiros detentores de grande poder econômico matam, esfolam e ficam na impunidade. Ultimamente, estrangeiros têm comprado ilegalmente inúmeras propriedades para escamotear os reais objetivos ocultos: explorar o subsolo em busca de minérios, surrupiando as riquezas nacionais, como ficou bem estabelecido no relatório da policia federal relativo a operação satiagraha. A imprensa burguesa esconde tais fatos do público em geral. À situação é tão grave que o CNJ cancelou cinco mil títulos de propriedades irregularmente registradas no Pará. Entre os absurdos, encontram-se o registro de uma propriedade que tinha quinze vezes mais a área do municipio no qual está esbelecidada e de uma outra no Oeste do estado que tinha 410 milhões de quilômetros quadrados, a metade da área ocupada pelo Brasil. A reforma agrária é uma luta justa e se os movimentos dos trabalhadores rurais sem terra não pressionar o governo, não terão suas reivindicações atendidas.

( http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2010/08/cnj-combate-grilagem-de-terra-no-para.html ). No governo de FHC foram destinados 11,4 milhões para educação nas áreas de assentamentos. No governo Lula os recursos aumentaram 592%, passando para 67,73 milhões em 2010, o que possibilitou a mais de 353 mil jovens e adultos assentados cursarem a educação básica e frequentarem cursos técnicos profissionalizantes de nível médio e superior. De 2003 a 2009, foram incorporados 46,7 milhões de hectares ao processo de reforma agrária. Isto representa mais do que toda terra incorporada ao longo de todo processo histórico de luta por melhor distribuição da terra no país. O Brasil conta com 8.562 assentamentos, que representa 84,3 milhões de hectares. No governo FHC foram assentadas 540,7 mil famílias. No governo Lula, até o final de 2009 já tinham sido assentadas 574,6 mil famílias. O orçamento do Incra cresceu 306%. Passou de R$ 1,5 bilhões em 2003 para R$ 4,6 bilhões em 2009.



As Alianças do PT e do Governo Lula:



O PSDB foi fundado de uma dissidência histórica do PMDB autêntico, em resultado dos atos de corrupção atribuidos ao ex-governador de São Paulo Orestes Quércia, que tinha no disque Quércia da corrupção o símbolo daqueles dias de trevas. Mário Covas foi um dos primeiros a sair do PMDB para fundar o PSDB, acompanhado de Serra, FHC, Tasso Jereissati e ourtas lideranças da atual oposição ao governo Lula. Traindo à memória de Covas que deve revirar-se no túmulo onde seus restos mortais descansam, Serra apóia Quércia para uma vaga ao senado pelo Estado de São Paulo, como o faz também Alckmin. É de se perguntar: Serra, você não tem vergonha de subir no palanque da corrupta Yeda Crussius, Joaquim Roriz, o chefão da quadrilha que saqueou os cofres públicos da capital candanga, Marconi Perillo, Eduardo Azeredo, Cícero Lucena, Cássio Cunha Lima, César Maia, et caterva?



Política Externa e Balança Comercial:



Superávit comercial, exportações maiores que importações no governo Lula de 2003 a 2009 US$ 240 bilhões. No governo FHC déficit comercial, importações maiores que exportações, US$ 8,6 bilhões de 1995 a 2002.



Investimentos públicos do Governo Federal no Estado de São Paulo:



Os investimentos do governo federal em qualquer estado depende de parcerias. Serra sempre dificultou qualquer ação do governo Lula no Estado de São Paulo, em função de ser oposição e almejar à presidência da república. Lula sempre manteve um bom relacionamento com prefeitos paulistanos, a maioria do PSDB. Se o mesmo relacionamento não se reproduziu com o Governo do Estado deve-se a ação centralizadora de Serra que não sabe governar em parceria. Milhões de pessoas que se enquadram no perfil do bolsa família deixaram de entrar no programa porque tanto a prefeitura de São Paulo como o Governo do estado não promoveram o cadastramento.



Governo Lula e o Agronegócio:



Neste setor da econômia as exportações cresceram 161% no governo Lula. O volume passou de US$ 24,8 bilhões em 2002 para US$ 64,7 bilhões em 2009. Safra de grãos cresceu 51,8%. Crédito rural teve crescimento de 222% e pesquisa agropecuária recebe 260% mais.



Considerações Finais:



Tudo medido e pesado, não lute contra a realidade meu caro. A popularidade de Lula não é produto de marketing, de uma obra ficcional. Às pessoas percebem que a vida delas mudou. Comem, dormem, vestem melhor. Não querem trocar o governo do desenvolvimento, pelo da roda presa, do atraso, da corrupção desenfreada, do engesamento da policia federal, da procuradoria geral da união. Não querem a entrega do patrimônio público aos financistas internacionais, o atrelamento automático ao império do Norte. O Brasil da estagnação ficou no passado. De agora em diante, teremos uma nova era de prosperidade, de inclusão social. Serão oito anos de Dilma, mais oito de Lula e, novamente, oito de Dilma até enterrarmos este partido do Diabo chamado PSDB.

Ainda Sobre A Lei da Ficha Limpa.

Não sou afeito ao discurso da ética, porque quando se fala de ética fico me perguntando se é a minha ou à ética do meu interlocutor. Cada qual tem uma e sempre superior a dos outros. Já vi nos meus parcos anos de vida fortalezas morais ruirem e atingirem o ápice da degenerescência. Não importa o segmento social escolhido, há bons e maus indivíduos. Todos envoltos em circunstâncias que revelarão cedo ou tarde a essência de seu caráter. À guisa de exemplos, nos anos oitenta, um exímio pregador norte-americano, influênciou toda uma geração de televangelistas, arrebatando uma legião de admiradores, chegando a lotar inúmeros estádios, inclusive os maiores do Brasil, alcançando índices extraordinários de audiência. No auge de seu ministério, caiu em adultério por duas vezes vindo a perder espaço na mídia do mundo inteiro. Em oitenta e oito foi visto com prostitutas num motel do Texas. Mais um vítima do discurso moralista que defendia. Ao infringir à ética religiosa que abraçava, caiu no desprezo dos seus pares. Não deveria ter gerado expectativas inalcançáveis para e si e para os outros. Bastava tão somente perseguir à ética cristã como fim a ser alcançado e não impô-la, quando não a tinha. Tivemos um presidente que baseou toda campanha que disputou brandindo suas energias contra a corrupção e os chamados marajás do serviço público, contando com enorme apôio midiático. Saiu pelas portas dos fundos da história, cassado pelo congresso nacional justamente por não praticar o que tanto defendeu. São muitos os exemplos nessa linha. Os aqui colocados servem tão somente para demonstrar que o importante não é apenas a ética do indivíduo, mas das instituições que o fiscaliza, sobretudo se estiver investido de um mandato parlamentar. Qualquer um do povo, com a visão de ética que possui, diria ser contra a compra ou troca de votos por algum tipo de benesse. No entanto, a sutileza dessa mesma ética permitiria votar em alguém pelo simples fato de manter relação de amizade ou grau de parentesco com o candidato, abraçando uma forma de corrupção não menos execrável. Não raro, o comportamento humano é baseado nessa diretriz. Estamos propensos a ceder aos apêlos daqueles que estimamos. Um dos assuntos mais comentados nestas eleições, é a lei da ficha limpa. Nada mais do que um paliativo que combate os efeitos, mas não elimina as causas. Os políticos de agora que têm ficha suja, anteriormente tinha a ficha limpa. Alguns dos fichas limpas hoje, depois de exercerem o mandato, terão ficha suja. É o sistema que financia as campanhas que os tornarão assim. A trôco de que um candidato investe centenas de milhares de real, ou permite que terceiros invistam em suas candidaturas enormes quantias, se somando todo o salário a perceber no decurso do mandato, não será suficiente para cobrir os custos despreendidos na campanha? Altruísmo? Desapêgo? Gastam porque a atividade política é fonte de rendimentos que possibilitam recuperar o que foi investido. Se outros investiram, o parlamentar eleito em tal situação terá um mandato comprometido, refém do lobby de poderosos interesses, amiúde, em detrimento dos anseios da população. Claro que toda regra tem suas excessões. Raríssimas, mas as tem. Além da lei da ficha limpa, a sociedade deveria lutar pelo fim das famigeradas emendas parlamentares, fonte maior de corrupção e de difícil fiscalização por parte dos tribunais de contas. Se for uma emenda individual o parlamentar pode emplacar até dois milhões e quinhentos mil reais distribuidos por até vinte emendas-ano no orçamento geral da União. Se a emenda for coletiva, não há valor quantificado. Geralmente tais emendas são destinadas para inúmeras obras de pequeno porte espalhadas Brasil afora, em parceria com municípios, tornando a fiscalização praticamente inviável, dado o número de emendas parlamentares e de congressistas, quinhentos e trezes deputados e oitenta e um senadores! Deveria também, a sociedade, lutar para que tivéssemos um orçamento impositivo, com uma pequena margem de manobras, especificadas em lei, de modo a não engessar a administração pública federal, nos casos de emergências imprevistas, tais como calamidades e outras que permitiria o governo remanejar recursos de uma área para outra. Nos demais casos, não. O que for aprovado no orçamento para aquele ano específico, teria de ser cumprido, sob pena de crime de responsabilidade. Assim, nem o governo reteria recursos ao seu bel-prazer, deixando de utilizar o que foi empenhado no orçamento, nem os parlamentares usariam as emendas como moeda de troca para assegurar maioria nas votações de interesse do executivo, como fazem no atual sistema, só dando quórum depois do governo garantir a liberação de tais emendas. Outrossim, os sigilos fiscal e bancário de quem exerce cargos públicos deveriam está à disposição dos órgãos fiscalizadores, para eventual exame, sempre que julgar necessário, sem ter que recorrer a medidas judiciais protelatórias, preservando o sigilo da investigação, para evitar o sensacionalismo midiático, tão comum nos dias que correm. Um outro tipo de financiamento de campanha deveria também ser instituido, de preferência o financiamento público que eliminaria o caixa-dois, ( receitas provenientes de diversas fontes, a maioria das quais ilicitas que não podem ser contabilizadas por meios legais. Grupos criminosos nacionais e internacionais passaram a investir fortemente neste esquema. Até empresas regularmente legalizadas, como construtoras, transportadoras e outras passaram a participar desse esquema espúrio, uma vez que a contrapartida é infinitamente maior e vem em forma de contratos de licitações irregulares, obras superfaturadas e tolerância diante de práticas criminosas, com participação de deputados, senadores, governadores, ministros, secretários, vereadores, prefeitos, magistrados e servidores públicos, como atestam inúmeras operações da polícia federal ). O financiamento público reduziria os custos das campanhas milonárias e colocariam os candidatos em condições de igualdade na disputa eleitoral. Obviamente que não interessa a nossos parlamentares que tais medidas sejam implantadas. Seria como matar a galinha dos ovos de ouro. No dia que tivermos uma reforma política pra valer, aí sim pode ser que a lisura do pleito não venha a ser questionada nos tribunais. Enquanto não, a única mudança que a nossa classe política quer é aquela que deixe as coisas exatamente como estão. Então ao escolher o candidato, informe-se não só sobre a questão da ficha limpa dele, mas quem financia e como sua campanha.

"Aloprados" Capturam Aliança PT/PMDB Em Minas.

Do Novo Jornal.




Desde 1994, no segundo turno da campanha do candidato Eduardo Azeredo (PSDB) ao governo de Minas, uma enorme ala do PT apoiou o candidato tucano, mais tarde o grupo que introduziu no partido diversas práticas pouco ortodoxas, denominadas de Caixa Dois e Mensalão, eram os famosos “ Petistas de resultados”.



Inclusive foi um membro deste grupo, deputado Virgílio Guimarães (PT-MG), que apresentou o conhecido Marcos Valério ao PT. O que aconteceu após com um partido conhecido e respeitado por sua ética, transformou-se em história recente. Todos sabem.



Com a vitória em 1994 de Azeredo sobre Hélio Costa, ouve a primeira captura do Estado por este grupo. Privatizações imorais e práticas administrativa e contábeis lesivas ao erário público foram executadas impunemente. O pior, as apurações das irregularidades ocorridas em governos anteriores foram varridas para debaixo do tapete.



Deste esquema nascia um maior ainda, capaz de eleger Lula em 2002. Figuras conhecidas como os “bruxos” da comunicação passaram a ser disputados a peso de ouro pelos diversos candidatos.



Florescia a indústria de candidaturas desassociadas de um projeto político. Os candidatos transformaram-se em produtos, como Coca Cola e Bom Bril. Capitaneadas pelo mais cortejado guru, Duda Mendonça, as campanhas passaram a custar verdadeiras fortunas. Algo bem superior da possibilidade de arrecadação lícita.



Para cumprir este papel, a figura do “caixa de campanha” foi criada. As receitas vinham de diversas fontes. Na maioria ilícita, que não poderiam ser descritas ou relacionadas em lista pública, denominada popularmente de Caixa Dois.



Grupos criminosos nacionais e internacionais passaram a apostar suas fixas neste esquema. Até mesmo empresas lícitas, como construtoras transportadoras e outras, passaram a participar do mercado ilícito, pois a “contra partida” era gigantescamente maior. Os investidores ganhavam em troca licitações irregulares, obras superfaturadas e tolerância diante de práticas criminosas, etc.



Porém, após a arrecadação, era necessário lavar o dinheiro arrecadado. Desta forma, tinham que recorrer a “empresas” que tinham outros clientes. Dentre eles, o narcotráfico contrabando, sonegadores, financiadores de guerrilhas, comércio de armas e munições e empresas de jogos ilícitos, enfim, o esquema ilícito político acabou misturando-se com outras atividades igualmente ilícitas.



As regras introduzidas eram rígidas, basta citar o exemplo do prefeito de Santo André.



O Novojornal teve acesso à gravação da reunião do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu (PT-SP), ocorrida em Belo Horizonte.





Batizado de "Café com Dirceu", o encontro partidário foi fechado a sete chaves e não estava previsto na agenda pública de campanha do candidato da coligação "Todos juntos por Minas", senador Hélio Costa (PMDB).



José Dirceu chegou acompanhado pelo presidente do PT-MG, Reginaldo Lopes, a um hotel de luxo na capital, onde participava de um encontro com prefeitos, deputados, candidatos e lideranças do PT e PMDB.



Perguntado qual papel vai assumir na campanha para o governo de Minas Gerais, respondeu: "Não vou participar da campanha", disse inicialmente.



"Estou fazendo uma atividade política partidária. Vamos discutir a situação eleitoral, o momento político que estamos vivendo e os desdobramentos disso. Desde fevereiro do ano passado que eu viajo pelo Brasil ajudando a mobilizar o PT", completou na mesma reposta.



Entretanto, a verdade é outra. Representando os “Aloprados”, José Dirceu ouviu a promessa de participação de seu grupo no possível governo de Hélio Costa (PMDB).



Presidência e diretorias das estatais Copasa Cemig e Codemig foram negociadas. Até mesmo a pendência do PT com o Banco Rural e BMG foram tratadas.



A impressão que se tem é que este grupo capturou o governo. Principais lideranças do partido foram convocadas a arrecadar dinheiro para a campanha nacional.

Sobre o Primeiro Encontro de Blogueiros Progressistas.

Sobre o I Encontro de Blogueiros Progressistas

Por Luiz Carlos Azenha



A Conceição Oliveira, do Maria Frô, definiu bem: os blogueiros mais velhos devem ensinar aos mais novos como fazer política; e os mais novos devem ensinar tecnologia aos mais velhos. Foi a respeito de um momento que considero simbólico no debate final do Encontro Nacional de Blogueiros, quando aqueles que queriam incluir a palavra “mídia colaborativa” na carta foram derrotados pela grande maioria. Perderam duas vezes, por não terem conseguido explicar o que queriam dizer com isso. Talvez não tenham tido tempo de fazê-lo. Vou tentar explicar esse distanciamento entre as gerações, que ficou evidente.



Quando leio os portais da grande mídia e mesmo quando leio a Carta Maior, a Caros Amigos e a CartaCapital na internet (as três com conteúdo editorial excelente), percebo que todos estão ainda na internet do século 20. Na internet 1.0. Na internet verticalizada, em que os editores decidem e os leitores lêem. Sim, há caixas de comentários. E há espaço para os leitores se manifestarem, enviando fotos e informações, em alguns portais. Mas esses espaços ainda refletem, acima de tudo, a transposição da lógica da velha mídia para o espaço virtual. O leitor está ali, mas ainda é tratado como se fosse hierarquicamente inferior aos jornalistas, aos editores e aos especialistas.



Para não cometer uma injustiça, noto o excelente blog do Emir, do professor Emir Sader, que foi ao encontro dos blogueiros; e as mudanças que Celso Marcondes fez, melhorando muito o site da CartaCapital.







Noto, também, que a lógica da velha mídia é reproduzida por muitos blogueiros. Aliás, ela fazia sentido quando a internet começou a se transformar em um espaço para furar o bloqueio dos barões da mídia. Muitos blogueiros se tornaram, eles próprios, micro-barões da mídia, com poder de veto sobre os comentários e a condução da linha editorial do espaço. Fazia sentido, quando não existiam ainda as ferramentas da internet 2.0, da chamada mídia colaborativa ou horizontalizada.



Quais são essas ferramentas? O twitter e o formspring, os microblogs que permitem a você trocar informações com outros internautas; as redes sociais como o facebook e o orkut, em que você se integra a uma comunidade de internautas; e ferramentas como o twitpic, a twitcam e o ustream, que permitem a você enviar e receber imagens de internautas e transmitir vídeo ao vivo enquanto interage com os leitores. Há dezenas de outras, essas são apenas as mais conhecidas.



O que significam essas ferramentas? Basicamente, interação.



Qual a consequência do uso delas por um blogueiro, seja jornalista ou não? Fica implícito que ele desce do pedestal, se iguala aos leitores, passa a ser apenas o coordenador do espaço, que na verdade é tocado pelos interesses dos leitores e comentaristas.



A longo prazo, seria o fim do jornalismo industrial. Seria, não, será. Talvez eu não viva para testemunhar isso, mas o papel tradicional da mídia, assim chamada por pretender fazer a mediação entre os diversos atores sociais, receberá um estaca no coração cravada pela “mídia colaborativa”.



As razões para isso residem no fato de que há uma infinidade de leitores muito mais qualificados do que eu ou qualquer blogueiro para escrever sobre engenharia, medicina e informática. Para fazer humor ou opinar sobre política. Para tratar de questões éticas ou legais. E essas pessoas começam a participar da blogosfera, criando seus próprios espaços ou comentando nos já existentes.



Como demonstrei no Encontro Nacional de Blogueiros, onde apresentei a minha “mala de ferramentas” (câmeras, gravadores, cabos de conexão etc.), quando quero carrego comigo uma emissora de rádio, de TV e um jornal. Quanto Assis Chateaubriand gastou para formar seu império? E o Roberto Marinho? Guardadas as devidas proporções, as novas tecnologias de informação permitem a um blogueiro ter seu mini-império informativo com um investimento total de menos de 5 mil reais.



Qual é a diferença essencial entre ele, blogueiro, e o jornalista que trabalha em uma corporação? A liberdade para falar e escrever o que quiser, desde que se submeta de maneira elegante à chuva de críticas de seus próprios leitores, quando for o caso. Sim, porque os leitores deixam de ser apenas receptores de informação. Eles opinam, criticam, acrescentam e anunciam na caixa de comentários. Funcionam como abelhas em um processo de polinização. Trazem sugestões de textos, insights e informações que muitas vezes se transformam em posts, ou seja, os leitores se tornam co-responsáveis pelo espaço.



É justamente por isso que, como notou o Rodrigo Vianna, do Escrevinhador, talvez o foco do Segundo Encontro Nacional de Blogueiros deva ser na troca de informações entre os blogueiros sobre essas novas tecnologias. Fizemos alguns painéis que tiraram o fôlego do público, tantas eram as novidades sobre as quais falamos.



Já antevejo o passo seguinte: esses blogueiros, futuramente, poderão ser os professores dessas tecnologias em seus bairros, em escolas técnicas ou junto aos movimentos sociais.



Essas tecnologias, obviamente, são politicamente neutras, mas devem ser apropriadas para que um número cada vez maior de brasileiros possa produzir conteúdo informativo e participar direta e ativamente do trabalho de aprofundamento de nossa nascente democracia.