quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Por protestar contra alagamento de suas residências, pobre apanha em SP.


Saiu no Estadão:








PM reprime com violência manifestação contra enchentes na zona sul de SP

Bruno Lupion, do estadão.com.br



SÃO PAULO – A Polícia Militar reprimiu com violência moradores que protestavam contra enchentes no Jardim Germânia, região do Capão Redondo, zona sul da capital, na noite de terça-feira, 25, aniversário da cidade. Os manifestantes, cansados de perder móveis e eletrodomésticos nos seguidos transbordamentos do Córrego dos Freitas, atearam fogo em lixo acumulado na rua e pneus dentro de caçambas, até serem atingidos por balas de borracha e nuvens de gás pimenta disparados pela Força Tática. Sete homens foram detidos e um adolescente, apreendido. Policiais afirmam que eles atiraram pedras. Os moradores negam.



“Sempre que chove a rua alaga e perdemos tudo. Faz 20 anos que isso acontece. Passou Maluf, Erundina, Pitta, Marta, (*) Kassab, e ninguém resolve”, disse o confeiteiro Lélio Pereira da Silva, 40 anos, enumerando no dedo as gestões municipais. Os moradores querem a canalização do Córrego dos Freitas, cujo projeto, feito em 2007 pela Drenatec Engenharia, por R$ 247 mil, ainda não saiu do papel. Na noite de terça-feira, decidiram atear fogo no lixo e pneus acumulados, em protesto.



A Força Tática chegou por volta das 23 horas à Avenida Agostinho Rubin, altura do nº 200. Segundo o sargento Andrade, os policiais tentaram dialogar, mas foram recebidos a pedradas e obrigados a usar armas não letais para dispersar a manifestação. Os moradores dizem que a polícia já chegou usando todos os meios para desmobilizá-los. Um dos detidos afirma que foi jogado no chão e, em seguida, alvejado com uma bala de borracha. Outros subiram na laje de uma casa e acabaram presos. “Eles estavam gritando para a polícia parar, pois tinham crianças sufocadas com o gás pimenta”, disse Rejane Marta, 40 anos.



“Eles foram presos por interdição de via pública, desacato, incêndio e dano a bem público”, explicou o sargento Andrade, do 1º Batalhão Metropolitano. Após serem ouvidos pela delegada do 92º Distrito Policial, no Parque Santo Antônio, todos assinaram um termo circunstanciado por desacato e foram liberados. Os moradores relataram que, enquanto estavam imobilizados, os policiais ameaçavam ir atrás de suas mulheres em busca de sexo.



O atendente Kevin Carlos do Carmo, 20 anos, observou o confronto ao lado de sua filha, de 1 ano e 2 meses, e reclamou da truculência contra a manifestação. “A polícia foi feita para proteger as pessoas, não para prejudicá-las”, disse.



Jogo de empurra



Segundo o mestre de obras João Batista Rodrigues da Silva, 44 anos, o bairro é prejudicado por um jogo de empurra entre as subprefeituras do Campo Limpo e do M’Boi Mirim. O córrego fica na divisa entre as duas e, segundo ele, ninguém assume a responsabilidade pela limpeza das margens.



“Enquanto eles brigam, a gente continua sofrendo”, disse. De acordo com João Batista, as enxurradas trazem muito lixo, que lota a rua e a entrada das casas. “Depois das enchente a Prefeitura vem, dá um colchão e uma cesta básica. Mas na próxima chuva a gente perde tudo de novo”, disse.







Folha perde a liderança em circulação



Por Altamiro Borges



Depois de 24 anos de hegemonia absoluta, o jornal Folha de S.Paulo perdeu a liderança de maior periódico em circulação no país. A informação, que deve ter tirado o sono da famiglia Frias e de alguns dos seus “calunistas” de plantão, foi divulgada na coluna “Em pauta”, do boletim Meio & Mensagem desta segunda-feira (24).

Segundo explica, ainda faltam alguns dados relativos a dezembro para que o Instituto Verificador de Circulação (IVC) feche seu balanço com o desempenho dos jornais brasileiros em 2010. Mas, nos números já finalizados, a principal novidade é a perda de liderança da Folha, que era o diário de maior circulação no país desde 1986.

Crescimento dos jornais “populares”

Embora já tivesse perdido a liderança em alguns meses, esta foi a primeira vez que o jornal sucumbiu no consolidado de um ano. O topo do ranking em 2010 foi do Super Notícia, título popular de Belo Horizonte. Enquanto a Folha manteve estabilidade, na casa dos 294 mil exemplares por edição, o Super Notícia cresceu 2%, atingindo média de 295 mil.

Meio & Mensagem publicou o ranking dos dez jornais de maior circulação em 2010 e suas respectivas médias por edição:

1º) Super Notícia: 295.701;

2º) Folha de S. Paulo: 294.498;

3º) O Globo: 262.435;

4º) Extra: 238.236;

5º) O Estado de S. Paulo: 236.369;

6º) Zero Hora: 184.663;

7º) Meia Hora: 157.654;

8º) Correio do Povo: 157.409;

9º) Diário Gaúcho: 150.744;

10º) Lance: 94.683.

Algumas razões do declínio

O declínio da Folha, que é consistente há vários anos – o jornal já chegou a ter um milhão de exemplares nas edições de domingo nos anos 1980 –, tem várias causas. A principal, que afeta toda a mídia impressa, no Brasil e no mundo, é o forte crescimento da internet, que permite maior volume de informações e maior interatividade e retira leitores dos jornalões tradicionais.

Fruto do florescimento desta nova mídia também houve a multiplicação, no mundo inteiro, dos jornais gratuitos e “populares”, a preços mais acessíveis. Os próprios monopólios midiáticos têm investindo neste novo filão para compensar a perda de leitores nos diários decadentes. São estes títulos “populares” que hoje explicam o tímido aumento da circulação de jornais no país.

Há ainda a perda de credibilidade da velha mídia. O sociólogo Emir Sader fala em “crise de moral” e o jornalista Pascual Serrano, em “crise de identidade”. A Folha, com seu falso ecletismo, engole seu próprio veneno. Ao qualificar a ditadura brasileira de “ditabranda” ou publicar uma ficha policial fajuta de Dilma Rousseff, ela é descartada por seus leitores mais críticos. Azar dela!





Vem aí livro da aluna da mulher de Cerra que revelou aborto



Vem aí livro da aluna da mulher de Cerra que revelou aborto



A aluna que enfrenta a professora (e o marido da professora)

Saiu no Blog da Dilma:



Ex-aluna que revelou aborto de Monica Serra escreve um livro sobre a polêmica

Autor: Jussara Seixas



Jornal do Brasil, Paulo Marcio Vaz

“A dançarina Sheila Canevacci Ribeiro, que ficou nacionalmente famosa durante a última campanha eleitoral por denunciar um suposto aborto cometido por Monica Serra, esposa do então candidato tucano à Presidência, José Serra, está escrevendo um livro sobre o caso. A notícia foi dada pela própria Sheila em sua página no Facebook, na qual ela pede ajuda aos internautas de sua lista de amigos para que sugiram um título para a obra. Segundo Sheila, o livro terá que ser “barato e acessível”.

“Estou escrevendo um livro sobre o duplo discurso e o oportunismo do aborto nas eleiçoes. Quero que ele seja barato e acessível. Alguém tem sugestão de TÍTULO? Que tal A DANÇA DO DUPLO DISCURSO”, sugere a própria dançarina.

Até o início da tarde desta terça-feira, 56 internautas já haviam postado comentários sugerindo títulos como “A dança da mentira”, “Aborto e eleições – Locais deslocados”, “Aborto nas eleições – A face oculta” e “Dança dupla”.

Em algumas das respostas a seus amigos do Facebook, Sheila dá dicas a respeito do conteúdo de seu futuro livro:

“(…) é um documento de um marco histórico. fiquei impressionada como td mundo falou em coragem e medo e acho q aqui precisa de muito trabalho de valorizaçao de açoes comuns, civis… é um livro q quer ser positivo e não resmungão”, antecipa.

Em outra resposta, Sheila acrescenta:

“(…) eu quero apenas documentar o evento e tem artigo de outras pessoas e o que mais valeu: OS COMENTARIOS DOS BRASILEIROS”.

http://nogueirajr.blogspot.com/





Bendito segundo turno.



O Padim Pade Cerra se revelou.



Fez a “calhordice “(segundo Ciro Gomes) de explorar o aborto: “este Brasil que está nascendo”.



Simulou a tijolada na cabeça – com a ajuda do Ali Kamel e do “períto” Molina.



Jogou a carta da homofobia num evento religioso.



Explicitou sua adesão aos interesses americanos – e da Chevron – clique aqui para ler o que o WikiLeaks contou dessa sinistra relação Cerra-Chevron.



E disse que o Paulo Preto era “Paulo Afro-Descendente”.



Agora vem aí o livro da aluna da D. Monica.



D. Monica foi para a campanha acusar o Bolsa Família de estimular a vagabundagem.



(Enquanto o marido prometia pagar o 13º salário do Bolsa Família.)



D. Monica saiu a dizer que a Dilma pregava o aborto.



Mal sabia ela que uma aluna de coragem ia escrever um livro sobre o aborto que ela (Monica) contou ter feito no Chile.



E sem falar no livro do Amaury, que já tem editora.



(O aperitivo, o prefácio, este ansioso blog já publicou.



Bendito segundo turno.





Paulo Henrique Amorim







A polêmica do Creative Commons




De Carta Maior



Sergio Amadeu: "Ana de Holanda e ECAD atacam política de Lula"



O movimento de software livre, de recursos educacionais abertos e os defensores da liberdade e diversidade cultural votaram em Dilma pelos compromissos que ela afirmou em defesa do bem comum. No mesmo dia que a Ministra Ana de Holanda atacou o Creative Commons retirando a licença do site, a Ministra do Planejamento Miriam Belquior publicou a normativa que consolida o software livre como a essência do software público que deve ser usada pelo governo. É indiscutível o descompasso que a Ministra da Cultura tem em relação à política de compartilhamento do governo Dilma. O artigo é de Sergio Amadeu da Silveira.



Sergio Amadeu da Silveira (*)



Os defensores da indústria de intermediação e advogados do ECAD lançam um ataque a política de compartilhamento de conhecimento e bens culturais lançada pelo presidente Lula. Na sua jornada contra a criatividade e em defesa dos velhos esquemas de controle da cultura, chegam aos absurdos da desinformação ou da mentira.



Primeiro é preciso esclarecer que as licenças Creative Commons surgiram a partir do exemplo bem sucedido do movimento do software livre e das licenças GPL (General Public Licence). O software livre também inspirou uma das maiores obras intelectuais do século XXI, a enciclopédia livre chamada Wikipedia. Lamentavelmente, os lobistas do ECAD chegam a dizer que a Microsoft apóia o software livre e o movimento de compartilhamento do conhecimento.





Segundo, o argumento do ECAD de que defender o Cretaive Commons é defender grandes corporações internacionais é completamente falso. As grandes corporações de intermediação da cultura se organizam e apóiam a INTERNATIONAL INTELLECTUAL PROPERTY ALLIANCE® (IIPA, Associação internacional de Propriedade Internacional) e que é um grande combatente do software livre e do Creative Commons. O Relatório da IIPA de fevereiro de 2010 ataca o Brasil, a Malásia e outros países que usam licenças mais flexíveis e propõem que o governo norte-americano promova retaliações a estes países.



Terceiro, a turma do ECAD desconsidera a política histórica da diplomacia brasileira de luta pela flexibilização dos acordos de propriedade intelectual que visam simplesmente bloquear o caminho do desenvolvimento de países como o Brasil. Os argumentos contra as licenças Creative Commons são tão rídiculos como afirmar que a Internet e a Wikipedia é uma conspiração contra as enciclopédias proprietárias, como a Encarta da Microsoft ou a Enciclopédia Britânica.



Quarto, o texto do maestro Marco Venicio Andrade é falso até quando parabeniza a presidente Dilma por ter "restabelecido a soberania de nossa gestão cultural, anulando as medidas subservientes tomadas pelos que, embora parecendo modernos e libertários, só queriam mesmo é dobrar a espinha aos interesses das grandes corporações que buscam monopolizar a cultura". O blog do Planalto lançado pelo presidente Lula e mantido pela presidente Dilma continua com as licenças Creative Commons. Desse modo, os ataques que o defensor do ECAD fez a política dos commons lançada por Gilberto Gil, no MINC, também valem para a Presidência da República.



Quinto, o movimento de software livre, de recursos educacionais abertos e os defensores da liberdade e diversidade cultural votaram em Dilma pelos compromissos que ela afirmou em defesa do bem comum. No mesmo dia que a Ministra Ana de Holanda atacou o Creative Commons retirando a licença do site, a Ministra do Planejamento Miriam Belquior publicou a normativa que consolida o software livre como a essência do software público que deve ser usada pelo governo. É indiscutível o descompasso que a Ministra da Cultura tem em relação à política de compartilhamento do governo Dilma.



(*) Sergio Amadeu da Silveira é professor da UFABC. Sociólogo e doutor em Ciência Política. Foi presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação e primeiro coordenador do Comitê Técnico de Implementação do Software Livre na gestão do presidente Lula.