quinta-feira, 21 de julho de 2011

No Ceará juiz suspende vendas de novas linhas telefônicas da tim

Especiais



O juiz Cid Peixoto do Amaral Netto, titular da 3ª Vara Cível do Fórum Clóvis Beviláqua, manteve a suspensão da venda de novas assinaturas ou habilitações de novas linhas da operadora de telefonia celular TIM. A decisão foi proferida na tarde desta quinta-feira (21/07), após audiência de conciliação entre representantes da empresa, Ministério Público (MP) estadual e Ordem dos Advogados do Brasil; secção Ceará (OAB/CE).

Na sessão, a TIM afirmou ter efetuado melhorias no atendimento e expansão da rede de telefonia. Alegou ainda que vem sofrendo prejuízos com a determinação judicial. No entanto, o MP e a OAB/CE, autores da ação civil pública que pediu a interrupção das vendas, não se posicionaram de forma favorável ao pedido da empresa.

Determinações


Sem consenso entre as partes, o magistrado manteve o despacho anterior. Nos autos, o juiz afirmou não ter encontrado respaldo, no momento, para desfazer da decisão anteriormente tomada.
Determinou que os autores da ação se manifestem nos autos e que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) seja oficiada para responder se a TIM melhorou o atendimento ou realizou projetos de expansão, além de apresentar os registros de reclamações após a data da liminar a fim de que ele avalie se a ordem judicial está sendo cumprida.

Suspensa há mais de um mês

A suspensão das vendas ocorreu no dia 10 de junho deste ano. Na ocasião o magistrado considerou que “os consumidores lesados encontram-se submetidos à péssima prestação de um serviço que, atualmente, afigura-se essencial, comprometendo suas necessidades diárias de se comunicar adequadamente”.

A TIM ingressou com agravo de instrumento no Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), argumentando nulidade da decisão. O desembargador Clécio Aguiar de Magalhães, no entanto, manteve a liminar, considerando que a medida tomada pelo juiz “assegurou aos consumidores a efetividade dos serviços prestados, ao tempo em que permite à concessionária utilizar meios técnicos adequados à prestação do serviço”.
Da assessoria do Poder Judiciário do Ceará.

Vídeo de padre com mulher nua revolta cidade de Peixoto em MT

Conselheiros pedem intervenção federal na OAB


A Ordem dos Advogados do Brasil no Pará (OAB-PA) rachou de vez. Nove conselheiros pediram ontem a intervenção do Conselho Federal da entidade para afastar o presidente Jarbas Vasconcelos e toda a diretoria, composta pelo vice, Evaldo Pinto, secretário-geral Alberto Albuquerque Campos, tesoureiro Albano Martins Junior, e secretário-geral-adjunto Jorge Medeiros. O pedido foi encaminhado à corregedora-geral da OAB nacional, Márcia Regina Machado Milaré.

O motivo da manifestação dos conselheiros - fato raro nos mais de 100 anos de história da Ordem - foi a desastrada venda do terreno da subseção de Altamira, cuja procuração para o fechamento do negócio teve falsificada a assinatura do vice.

Evaldo Pinto e Jorge Medeiros, ouvidos pelo DIÁRIO, informaram que estavam inclinados a pedir o próprio afastamento da diretoria, mas para fazer isso teriam que submeter-se ao prazo regimental de pelo menos 60 dias. Segundo os conselheiros, o afastamento dos diretores visa “possibilitar aos envolvidos no episódio o sagrado direito da ampla defesa e do contraditório, e, sobretudo, resguardar a imagem da instituição”.

Para eles, se faz necessário “preservar a credibilidade” da OAB paraense perante a classe dos advogados e a sociedade paraense, além de garantir a normalidade das atuações da entidade junto às demandas da sociedade civil.

Outro argumento a favor da saída dos diretores seria o de assegurar a “plena liberdade na apuração dos fatos pela comissão de sindicância do Conselho Federal, de forma independente e isenta”. Os conselheiros acreditam que somente a sindicância federal tem competência de apurar os fatos, evitando qualquer especulação de obstrução aos trabalhos de apuração.

Eles classificam de “equivocada” a decisão tomada por Jarbas Vasconcelos de criar duas comissões para apurar a venda do terreno e a fraude na assinatura do vice, afirmando que isso gera “reais obstáculos” e também “concorrência” ao trabalho da sindicância instaurada pelo Conselho Federal.

A contradição das comissões criadas pelo presidente é que elas iriam investigar a própria diretoria que lhes deu vida, o que tiraria delas a necessária isenção para fazer o trabalho.

QUEM PEDIU O AFASTAMENTO

Ismael Moraes

Kleverson Rocha

Mauro Santos

Mário Freitas Jr.

Raphael Sampaio Vale

Valena Jacob

Leônidas Alcântara

Almyr Carlos Favacho

Leonardo Amaral Pinheiro da Silva

Vasconcelos vai até a Polícia Federal

Enquanto o incêndio de insatisfações se alastra pela OAB, que está com sua credibilidade esfarinhada junto à opinião pública, Vasconcelos se agarra ao cargo em um autêntico abraço de afogado. Ele também busca o apoio de conselheiros em manifesto para permanecer no comando da entidade. Mais uma vez, ontem, ele evitou falar com o DIÁRIO, embora chamadas tenham sido feitas para o celular dele. Com investigação aberta na Polícia Federal para apurar a fraude na assinatura do vice, Vasconcelos esteve anteontem na sede da PF em Belém, acompanhado por colegas da OAB, embora ainda não tenha sido convocado para depor sobre o caso. Ele foi recebido pelo superintendente, Fernando Abbadi, que precavido mandou registrar em foto a visita do grupo liderado por Vasconcelos. O presidente fez uma “visita de cortesia” ao superintendente, colocando-se à disposição para prestar todas as informações sobre o inquérito que apura a fraude na OAB. O inquérito tem o número 783/2011 e está sob o comando da delegada Lorena Costa. (Diário do Pará)

http://diariodopara.diarioonline.com.br/N-137946-CONSELHEIROS+PEDEM+INTERVENCAO+FEDERAL+NA+OAB.html

Altamiro Borges: Acorda Dilma! A fase do “namorico” com a grande mídia acabou

 

Testando o clima político, a mídia demotucana tem atiçado os seus leitores, telespectadores e ouvintes para sentir se há condições para a convocação de protestos de rua contra o governo Dilma. O mote dos filhotes de Murdoch seria o do combate à corrupção, o da “ética”. A experiência a copiar seria a da “revolução dos indignados” na Espanha.

Na prática, o objetivo seria o de reeditar as “Marchas com Deus”, que prepararam o clima para o golpe de 1964, ou o finado movimento Cansei, de meados de 2007, que reuniu a direita paulistana, os barões da mídia e alguns artistas globais no coro do “Fora Lula”. Até agora, o teste não rendeu os frutos desejados. Mas a mídia golpista insiste!

Visão conspirativa?

A idéia acima exposta pode até parecer conspirativa, amalucada. Mas é bom ficar esperto. Nos últimos dias, vários “calunistas” da imprensa têm conclamado a sociedade, em especial a manipulável “classe média”, a se rebelar contra os rumos do país. Parece algo articulado – “una solo voz”, como se diz na Venezuela sobre a ação golpista da mídia.

O primeiro a insuflar a revolta foi Juan Arias, correspondente do jornal espanhol El País, num artigo de 11 de julho. O repórter, que adora falar besteiras sobre o Brasil, criticou a passividade dos nativos, chegando a insinuar que impera no país a cultura de que “todos são ladrões”. Clamando pela realização de protestos de rua, ele provocou: “Será que os brasileiros não sabem reagir à hipocrisia e à falta de ética de muitos dos que os governam”.

O Globo e Folha

Logo na sequência, dia 17, O Globo publicou reportagem com o mesmo tom incendiário. O jornal quis saber por que o povo não sai às ruas contra a corrupção no governo Dilma. Curiosamente, o que prova as péssimas intenções da famiglia Marinho, o diário só não publicou as respostas do MST, que desmascaram as tramas das elites (leia aqui).

Já nesta semana, o jornal FSP (Folha Serra Presidente) entrou em campo para reforçar o coro dos “indignados”. No artigo “Por que não reagimos”, de terça-feira (19), o colunista Fernando de Barros e Silva, que nunca escondeu a sua aversão às forças de esquerda, relembrou a falsa retórica udenista do falecido Cansei:

“Por que os brasileiros não reagem à corrupção? Por que a indignação resulta apenas numa carta enviada à redação ou numa coluna de jornal. Por que ela não se transforma em revolta, não mobiliza as pessoas, não toma as ruas? Por que tudo, no Brasil, termina em Carnaval ou em resmungo?”.

Hoje, 21, foi a vez de Eliane Cantanhêde, a da “massa cheirosa do PSDB”. Após exigir que Dilma seja mais dura contra a corrupção, ela cobra uma reação da sociedade. “A corrupção virou uma epidemia… E os brasileiros que estudam, trabalham, pagam impostos e já pintaram a cara contra Collor, não estão nem aí? Há um silêncio ensurdecedor”.

Seletividade da mídia

Como se observa, o discurso é o mesmo. Ele conclama o povo a ir às ruas contra a corrupção… no governo Dilma. De quebra, ainda tenta cravar uma cunha entre a atual presidenta e o seu antecessor. A corrupção seria uma “herança maldita” de Lula. A intenção não é a de apurar as denúncias e punir os culpados, mas sim a de sangrar o atual governo.

Na sua seletividade, a mídia demotucana nunca convocou protestos contra o roubo da privataria tucana ou contra a reeleição milionária de FHC. Ela também nunca se indignou e exigiu que sejam desarquivadas as quase 100 CPIs contra as maracutaias do governo do PSDB de São Paulo. Para a mídia golpista, o discurso da ética é funcional. Só serve para os inimigos!

Acorda Dilma!

É bom a presidenta Dilma ficar esperta. O tempo está se esgotando. A fase do “namorico” com a mídia acabou. Das denúncias de corrupção, que já sangram o governo há quase dois meses, a imprensa partidarizada já passou para a fase da convocação de protestos de rua. Como principal partido da oposição, a mídia retomou a ofensiva. E o governo se mantém acuado, paralisado, sem personalidade.

Timóteo diz que escreveu carta, mas não acreditou em denúncias

RODRIGO RÖTZSCH
DO RIO

Em visita ao Rio, o vereador Agnaldo Timóteo (PR-SP) admitiu nesta quinta-feira ter escrito a carta que menciona uma suposta cobrança de propina por "oportunistas" de seu partido, mas afirma não ter acreditado nas denúncias de Geraldo de Souza Amorim.

"A gente nem sabe se são verdadeiras essas denúncias do Geraldo. Ele me afirmou certa vez que alguém o havia procurado em nome do PR. Como é que a gente vai saber se isso é verdade? Não me deu o nome de ninguém. Eu não sei como eu agiria se conhecesse o tal personagem."



Segundo reportagem publicada hoje pela Folha, Timóteo mandou carta em papel timbrado da Câmara Municipal de São Paulo a Geraldo, um antigo aliado, em que menciona cobrança de propina por "oportunistas" de seu partido e cita o deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP).

Timóteo afirmou ser "muito grato" a Geraldo pela ajuda que o empresário lhe deu na sua campanha de 2008 e que por isso o levou para audiências com o ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento (PR-AM) e com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. O vereador diz ser amigo de Geraldo e ressalta que inclusive lhe concedeu o título de cidadão paulistano.

Questionado pela Folha se essa proximidade não bastou para que ele desse credibilidade às denúncias de Amorim sobre cobrança de propinas e mandasse investigá-las, Timóteo retrucou:

"Por quê? Eu disse: 'Geraldo, tenha cuidado, pode ser alguma armadilha'. Os senhores da imprensa são especialistas em preparar armadilhas, os senhores são especialistas em destruir pessoas. A gente tem que ter muito cuidado, porque pode ser uma armadilha. E quase sempre são."

Na carta, Timóteo acusa Geraldo de ter "peitado" o deputado federal Valdemar da Costa Neto (PR-SP) e por isso ter perdido sua "galinha dos ovos de ouro". Na entrevista à Folha, ele disse que o advogado Ailton Vicente de Oliveira, que sucedeu Geraldo como administrador da feira da madrugada, acabou voltando o deputado contra o empresário.

"Ele tem um inimigo lá dentro que acabou tomando dele o que ele construiu, um tal de Ailton, que tanto fez fofoca, fez denúncias contra ele, que quando eu fui pedir ao Valdemar Costa Neto a possibilidade de ampliarmos a licença para o Geraldo, ele estava ensandecido: 'Nem me fala, nem me fala. Recebi denúncias de que ele estaria usando o terreno da rede ferroviária como se fosse dele'. Lamentavelmente, o Ailton acabou tomando dele aquele espaço", disse.

O vereador disse que o estranhamento entre Valdemar e Geraldo não tem nenhuma relação com a demissão do seu gabinete de uma filha do empresário, que motivou a carta.

"A filha dele tinha um cargo no meu gabinete, porque é advogada, está fazendo estágio, belíssima, inteligente, simpática. Mas teve uma hora que eu precisei do cargo para dar para uma pessoa que precisava mais do emprego. Só isso."

Timóteo diz não ver nenhum problema no que escreveu. "Se houvesse alguma coisa na minha carta que me pudesse criar algum embaraço eu não teria mandado, não teria assinado."

Editoria de Arte/Folhapress

Punido por mesma substância de Cielo, goleiro alfineta nadador



Também flagrado no exame antidoping pelo uso do diurético furosemida, mas com resultado bastante diferente em relação ao nadador Cesar Cielo, o goleiro Renê, 33, que estava no Bahia na época do julgamento, utilizou a sua conta no Twitter, no final da manhã desta quinta-feira, para desabafar.


Divulgação
O goleiro Renê, suspenso por um ano
O goleiro Renê, suspenso por um ano com furosemida

"Eu estou arrasado com o que fizeram comigo!!! Só porque eu não sou medalhista olímpico? Não dou retorno? Não torci contra, só torci pela igualdade!!!", iniciou o jogador, hoje sem clube, horas após a CAS (Corte Arbitral do Esporte) resolver aplicar apenas uma advertência --seguindo decisão da CBDA (Confederação Brasileira de Desportes Aquáticos)-- a Cielo.

"Tenho 33 anos e 3 filhos, que valem muito mais que uma medalha olimpica, nem sei o que dizer. Eu fiquei sofrendo calado esse tempo todo, não é justo o que fizeram comigo... De Rose [Eduardo], você se preocupou comigo?", continuou, referindo-se ao diretor antidoping da CBDA, um dos responsáveis pela advertência ao nadador, no Brasil, antes do julgamento na China.

Em seguida, completou: "Estou há mais de 300 dias sem receber [salário], sem poder trabalhar, e você está preocupado com os 20 dias [psicologicamente abalados] do Cielo? Sou atleta, não sou nenhum marginal. Só eu sei o que passei esse período todo. Sempre aceitei por ser profissional, mas agora não aceito. Tô envergonhado. P... não paro de chorar. É muita diferença no mesmo país. Quanta coisa que penso nesse momento".

E concluiu, antes de anunciar que sairia do microblog para esfriar a cabeça: "Cielo, quero deixar bem claro que não torci para você ser punido, eu quero igualdade, não só comigo, mas com todos. Eu carrego no peito uma tatuagem com a frase do hino nacional `verás que um filho teu não foge à luta. Se pudesse apagava´".

O CASO

Em outubro do ano passado, Renê pegou um ano de afastamento do futebol após julgamento no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), no Rio. Ele teve teste positivo depois de uma partida do Bahia contra a Portuguesa, em 28 de agosto, no Canindé, em São Paulo, pela Série B do Campeonato Brasileiro.

Por 3 votos a 1, os auditores da Segunda Comissão Disciplinar do órgão entenderam que o jogador infringiu o artigo 2.1 do Código Mundial Antidoping.

Na oportunidade, o goleiro admitiu o uso do medicamento Lasix, para controle de pressão alta, recomendado pela mulher. Ele contém furosemida, droga que pode esconder a presença de outras substâncias em avaliações de doping.

NADADOR

Já Cesar Cielo, que prestou esclarecimentos sobre o caso de doping na última quarta-feira à Corte Arbitral do Esporte, alegou ter usado um suplemento contaminado produzido por uma farmácia de Santa Bárbara d'Oeste (SP), onde nasceu.

A Fina (Federação Internacional de Natação) havia discordado da sentença da entidade brasileira e recorreu à CAS. De acordo com o Tribunal, a Fina havia proposto uma suspensão de três meses aos atletas (Nicholas Santos, Henrique Barbosa e Vinícius Waked foram flagrados junto com Cielo, em maio). Houve aceleração no processo para que o julgamento ocorresse antes do Mundial, na China.

Livre, Cielo vai poder disputar o evento que está sendo realizado em Xangai.

Não cabe ao governo afastar Ricardo Teixeira, diz ministro

O ministro do Esporte, Orlando Silva, afirmou que não é papel do governo federal qualquer ação para tentar afastar Ricardo Teixeira da presidência do Comitê Organizador Local (COL).



    O COL é a organização que cuida de todos os preparativos da Copa de 2014 e que responde diretamente para a Fifa.

    Marri Nogueira-19.jul.10/Folhapress
    Orlando Silva e Ricardo Teixeira em evento em 2010
    Orlando Silva e Ricardo Teixeira em evento em 2010

    "O evento é da Fifa. É a entidade que define seus porta-vozes. Nós nos relacionamos com o Ricardo Teixeira como presidente do COL", afirmou o ministro durante entrevista para jornalistas estrangeiros, nesta quinta-feira.

    Em texto divulgado pela assessoria da pasta, Silva diz ainda que o assento dos estádios custará US$ 7 mil (cerca de R$ 11 mil).

    "A Copa 2014 é prioridade na agenda nacional e o governo brasileiro vai cumprir os prazos acertados com a Fifa para execução dos projetos de infraestrutura", diz o texto enviado por email.

    NA MÍDIA

    Em entrevista à edição mais recente da revista "Piauí", o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, disse que pode fazer 'todo tipo de maldade' na Copa do Mundo de 2014 para atingir inimigos.

    O cartola mostrou irritação com meios de comunicação que publicam denúncias contra ele. Disparou críticas e ofensas a jornais, sites e redes de TV. E os ameaçou com retaliações no Mundial-2014.

    O credenciamento de jornalistas, o acesso a estádios e instalações do Mundial e o cronograma de partidas são decididos pelo COL (Comitê Organizador Local) e pela Fifa.

    Governo do Rio cede Maracanãzinho para time de vôlei de Eike

    CIRILO JUNIOR
    DO RIO

    O empresário Eike Batista e o governador Sergio Cabral estenderam sua parceria aos esportes. O RJX, time de vôlei recém-criado e que terá investimento de R$ 13 milhões do homem mais rico do Brasil, usará as instalações do Maracanãzinho para treinos e jogos. O ginásio será cedido ao time pelo governo do Estado.

    O Rio não tinha um time de vôlei na liga masculina há 14 anos. Na liga feminina, o Unilever, treinado por Bernardinho, utiliza o Maracanãzinho apenas nos jogos.

    Sergio Moraes-12.abr.11/Reuters
    O empresário Eike Batista, dono do recém-criado time RJX, durante evento no Rio
    O empresário Eike Batista, dono do recém-criado time RJX, durante evento no Rio

    Eike foi o principal patrocinador da candidatura do Rio para a Olimpíada-16. O empresário doou R$ 10 milhões para o projeto, que foi escolhido pelo COI (Comitê Olímpico Internacional). Eike também patrocina os projetos das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadoras), principal vitrine do governo Cabral.

    Ao todo, Eike doou R$ 139 milhões para projetos do governo estadual nos últimos três anos, conforme a Folha revelou no mês passado. Desde 2007, o empresário recebeu isenções fiscais de R$ 75 milhões.

    "A participação do governo do Estado no projeto consiste na cessão da infraestrutura do Maracanãzinho, que é a grande casa de competições do vôlei brasileiro. É inconcebível que o Rio tenha ficado tantos anos sem um representante na liga masculina", disse a secretária de Esportes e Lazer, Márcia Lins.

    O projeto do RJX prevê a implantação de escolinhas de vôlei em cinco comunidades onde foram instaladas UPPs. A letra 'X' batiza todas as empresas de Eike -o bilionário acredita que a letra, símbolo da multiplicação, faz os negócios prosperarem.

    Alexandre Arruda/Divulgação
    Marlon comemora ponto pela seleção brasileira; levantador está no time de Eike
    Marlon comemora ponto pela seleção brasileira; levantador está no time de Eike Batista

    O time estreia na próxima quinta-feira, em amistoso contra o Cimed/Sky. O jogo terá portões abertos.

    O RJX terá como supervisor técnico o ex-técnico da seleção brasileira, Radamés Lattari. O time será treinado por Marcos Pinheiro Miranda, o Marcão, medalhista de ouro nos Jogos de Barcelona-92.

    Foram repatriados cinco jogadores, entre eles o ponteiro Dante, da seleção, que estava na Rússia. Além dele, estão no RJX o oposto Théo, o líbero Allan e o levantador Marlon.

    Divulgação
    O oposto Théo em ação pela seleção de vôlei
    O oposto Théo em ação pela seleção de vôlei

    O presidente da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), Ary Graça Filho, chegou a brincar com o fato de Eike estar investindo no vôlei.
    "É sinal de que o vôlei vai bombar. Se o Eike botou a mão nisso, é porque vai dar dinheiro", afirmou, pedindo que outras empresas invistam no esporte.

    TIME

    O RJX só conseguirá reunir todo o elenco de 16 atletas por um período mais longo às vésperas da Superliga, que começa em dezembro. Com dez jogadores nas seleções principal, militar, de novos e juvenil, o calendário de competições no segundo semestre vai impedir que todos os atletas treinem juntos antes do principal campeonato nacional.

    Murdoch/Israel: Do que ninguém fala

     



    13/7/2011, Gordon Duff, Veterans Today
    Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

    Jornais britânicos que não pertencem a Rupert Murdoch disseminam boatos de que o “magnata das comunicações” talvez seja condenado e preso. Nem americanos nem britânicos sabem sobre quem falam. Não há fonte confiável de informação sobre quem seja Rupert Murdoch.

    De fato, a primeira coisa que Murdoch não é – com certeza não é exclusivamente – é “bilionário australiano”. Embora nascido na Austrália, Murdoch é judeu e cidadão israelense. E por que isso seria importante?

    Já se começa a dizer que Murdoch controla, há no mínimo 20 anos, todo o sistema político dos EUA e da Grã-Bretanha. Tem poder para eleger e derrubar líderes nacionais, escolher políticas, aprovar leis. De onde vem tanto poder? Sabe-se hoje que vem de espionagem, gravações clandestinas, invasões de telefones e e-mails, suborno de autoridades e muita propaganda. Sim, mas... a serviço de que agenda? Aí está o xis da questão.

    É possível que se trate de vender jornais de escândalos e de espionagem a favor de Israel, para empurrar a Grã-Bretanha e os EUA na direção de fazer guerras em nome de interesses de Israel? Há resposta simples.

    A motivação básica de Murdoch nem é que ele opere “para Israel”. Murdoch é, provavelmente, o mais influente israelense que há hoje no mundo, muito mais poderoso que Netanyahu. O problema é que Murdoch é homem de convicções que só se podem descrever como “ultranacionalistas” pró-Israel.

    Por isso Murdoch é ameaça grave. Os ultranacionalistas são conhecidos por apoiar guerras, planejar ataques terroristas, manipular populações até converter as pessoas a se matarem umas as outras por questões religiosas, por racismo, sempre semeando o medo e o pânico, quando não promovendo a ruína financeira de muitos.

    De quem se fala aqui? Os que ainda não tenham sido completamente descerebrados logo perceberão que se fala aqui de Sean Hannity, Bill O'Reilly, Glenn Beck, Rush Limbaugh e do canal Fox News.

    Murdoch é dono do canal Fox News e de tantos outros veículos de comunicação que ninguém terá tempo para examinar a lista toda. E só não é dono dos jornais que, até agora, não quis comprar. Fox é uma rede e Murdoch, que é estrangeiro, não poderia ser autorizado a dirigir redes gigantescas de comunicações. Como foi possível?

    Reagan “nomeou” Murdoch cidadão norte-americano (em 1985). Em troca, Murdoch prometeu o apoio de Fox News aos Republicanos. A rede Fox diria o que fosse mandada dizer, por falso, idiota ou, como vemos aquele canal fazer já décadas, mesmo que fosse deliberadamente enviesado e manipulatório.

    Mas o que Murdoch sempre fez, e fez mesmo, foi usar a Fox como base para viabilizar operações de espiões israelenses. Isso foi feito por duas vias:

    1. Israel recebe quantidades astronômicas de tecnologias e segredos militares que podem ser oferecidas a inimigos dos EUA, a preço de ouro. É bom negócio para as empresas “Murdoch”, como agora todos começam a ver.

    2. E Murdoch ajudou Israel a ganhar absoluto controle sobre o Congresso dos EUA. Hoje, Israel controla literalmente os EUA. Os instrumentos? Os mesmos que, agora, estão sendo descobertos na Grã-Bretanha: suborno, chantagem (na Polícia, no exército e no Congresso).

    Quem se surpreende?

    Murdoch, de fato, comanda, há mais de 20 anos, a história dos EUA: usa políticos a favor de seus interesses, manipula eleições, cria políticas. Teriam sido operações e decisões exclusivamente de Murdoch? Não acredito. (...)

    Há um aspecto israelense ou judeu, nisso tudo, mas não no sentido de ser pró ou contra os semitas. O império de Murdoch, casado com o Partido Republicano, mobiliza todo seu imenso poder de modelar a opinião pública sempre a favor de uma “Nova Ordem Mundial”, com tráfico de drogas, manipulação de moedas nacionais, dívidas nacionais, tudo em escala tão massiva, que já levou os EUA e a União Europeia ao colapso econômico; opera com as gigantes do petróleo para acertar preços...

    Esse é o resultado do que Murdoch e seus amigos fizeram por muito tempo... sem parar jamais de ‘denunciar’ Osama bin Laden, tanto quanto os malditos “esquerdistas”.

    Dividiram a Grã-Bretanha, apresentando-se, primeiro, como “conservadores”, depois como “liberais”. O que fizeram na Grã-Bretanha foi minar o governo legítimo, destruir a confiança das pessoas no estado e no governo, fosse qual fosse. Blair, Cameron, não faz diferença! Murdoch escolheu os dois e os manobrou e manobra como fantoches, exatamente como fez com Bush & amigos.

    Não é difícil de fazer. Saqueie os países até o último centavo, use parte do saque para subornar ou chantagear políticos, suborne a polícia... e tudo isso rende cada vez mais dinheiro para os saqueadores, chantagistas, subornadores.

    Em seguida, organize um jornal, uma televisão, para dar ao povo inimigos aos quais odiar; invente guerras para que os países lutem entre eles; e fique de longe, assistindo à destruição de uns países por outros, de um partido por outro.

    Mas... Há gente capaz disso no mundo? Há. Hoje estamos conhecendo Murdoch e a gangue de suas empresas, a gangue do canal Fox News, os tais “neocons” nos EUA, o lobby pró-Israel nos EUA, a Liga Antidifamação [Anti-Defamation League (ADL)], o Comitê de Relações Públicas EUA-Israel [American Israel Public Affairs Committee (AIPAC)] e a facção do Partido Likud comandada em Israel por Netanyahu. Todo esse pessoal odeia, aqui, os EUA.

    Há grupo semelhante de odiadores na Grã-Bretanha. Na Austrália há outro grupo desses odiadores. Em cada local, esse grupo de odiadores comanda tudo. Comanda na Alemanha, no Canadá, comanda, de fato, praticamente toda parte do mundo que conhecíamos, antigamente, como “o mundo livre”.

    Estarei descrevendo o próprio Satã? Quase. Há advogados poderosos que defendem seus ladrões e seus mentirosos contra tudo que é decente. De certo, no mundo, só as comunidades “evangélicas” e “sionistas” nos EUA! Esses são “terra fértil” para aquelas mensagens de desprezo e de ódio.

    Quem Murdoch odeia acima de todos os demais ódios? Os muçulmanos, claro. Todos os muçulmanos são ‘do mal’. De todas as coisas que Murdoch toca, em todas as cenas que suas publicações (centenas!) exibem, em todas as notícias que distorcem, o item que nunca falta, o que nunca essa gangue de degoladores deixa de reafirmar é, sempre, o ódio deles contra os muçulmanos. Com isso, satisfazem os amigos em Israel.

    Se as coisas continuarem a andar como estão andando, é possível que todos eles tenham de refugiar-se em Israel e Israel os protegerá. Talvez detonem mais algumas casas de famílias palestinas para construírem uma grande fortaleza onde se possam esconder.

    Muçulmanos, afinal, são sempre alvos fáceis: são cidadãos oprimidos por ditadores e reininhos comandados por ladrões e reizinhos bandidos os quais – como só agora os EUA começamos a perceber, sempre correm rumo a Washington e Telavive, para obter ‘instruções’.

    Pense, só por um segundo. Considere a palavra “palestino”. Você ouve a palavra e, imediatamente, seu cérebro lhe oferece ‘automático’ o adjetivo “terrorista”. Mas se aparecem crianças assassinadas, na televisão... o assassino é sempre ‘árabe’. Os feridos, sim, são sempre judeus (de fato, quase sempre representados por atores israelenses). Talvez seja alguma espécie de ‘piadinha interna’, imunda, de Murdoch.

    O povo islâmico em todo o mundo tem sido enganado, explorado e esmagado desde 1919. Um dia a história mostrará que houve plano e método nessa loucura.

    Leiam sobre a verdadeira Declaração de Balfour, e todos descobrirão o quanto custou em termos de chantagem. Observem quem escreveu e para quem foi enviada [1]. É história praticamente idêntica à que vemos ir surgindo hoje na Grã-Bretanha, dia após dia.

    Murdoch diz aos seus seguidores que odeia “gente esperta”. Que todos devem temer os cultos, os letrados, as “elites”. Depois que se destrói a confiança das pessoas comuns na lei, na democracia, nada mais fácil do que promover o mais ensandecido racismo, a ignorância mais impenetrável. É destruir o amor ao saber democrático e substituí-lo por música de repetição, ‘escândalos’ ou sexuais ou ‘éticos’, questões da sexualidade humana tratadas como nos roteiros de novelas de televisão, e infindáveis ‘ameaças’ e conspirações.

    Murdoch é, de fato, o rei das teorias de conspirações. Basta ver a torrente infindável de ‘denúncias’ e acusações que jorra interminavelmente (dentre outros) dos canais da rede Fox. São acusações as mais insanas, muitas das quais são hoje história, e que bem podem ter sido forjadas e planejadas por Murdoch.

    É altamente provável que a mão de Murdoch tenha agido no 11/9, como também nas bombas detonadas em Londres no 7/7. Nenhuma grande ação violenta pode acontecer, se a mídia não estiver absolutamente controlada.

    Estamos descobrindo agora que a própria mídia controla estados e governos. É perfeitamente razoável que tenha, também, construído os scripts das guerras, os resultados eleitorais, os atos de terrorismo e o descalabro geral que empurrou os EUA para uma década de selvagem e inútil derramamento de sangue, para vingar-se de atos de terrorismo que provavelmente, não foram obra de terroristas estrangeiros.

    Hoje, nossos primos britânicos espantam-se com revelações de que, há décadas, os governos eleitos não foram, de fato, nem governos nem britânicos e jamais passaram de híbrido doentio resultado das ideias de um louco, de atos de espiões israelenses e de capangas pagos que se supunha que governassem pelos eleitores e para os eleitores... Talvez possa ser um recomeço.

    Mas cá, nos EUA, a coisa prossegue inalterada, a pleno vapor. Aqui, Murdoch e seus cúmplices continuam planejando e executando seus planos para o futuro dos EUA. As criaturas desses projetos já andam por aí. Uma delas é Boehner. Outra é Palin. E há também Gingrich. E sem esquecer todos os que trabalharam para o governo Bush.

    Em todos os casos, quem queira ver de perto o coração das trevas, pode começar por assistir ao canal Fox News.


    Nota dos tradutores

    [1] A “Declaração de Balfour” é uma carta escrita dia 2/11/1917 pelo então secretário britânico de Assuntos Estrangeiros Arthur James Balfour, a Lord Rothschild, então presidente da Federação Sionista Britânica. Na carta, Balfour fala de seu desejo de oferecer condições especiais de facilitação aos sionistas para que povoem a “Terra de Israel”, no caso de a Inglaterra conseguir derrotar o Império Otomano.
     

    Macarrão diz que sangue encontrado no carro de Bruno era de Eliza



    PAULO PEIXOTO
    DE BELO HORIZONTE

    Mais de um ano após o desaparecimento e possível morte de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes de Souza, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, disse à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas que o sangue encontrado no carro do jogador era mesmo da mulher desaparecida.

    Amigo e ex-secretário de Bruno, Macarrão disse que não falou antes sobre esse fato porque seus advogados não permitiram que ele falasse em juízo. A declaração confirma o que a Polícia Civil mineira já comprovara por meio de exames de DNA. Macarrão não falou em que condições esse sangue apareceu no carro.

    Mastrangelo Reino-16.jul.10/Folhapress
    Luiz Henrique, o Macarrão, amigo e funcionário de Bruno, suspeito de ter particapado do suposto assassinato de Eliza
    Luiz Henrique, o Macarrão, amigo e funcionário de Bruno, suspeito de ter particapado do suposto assassinato de Eliza

    Macarrão foi ouvido pelo deputado estadual Durval Angelo (PT) após a comissão ter sido chamada para ouvir relatos sobre supostas ameaças que Macarrão estaria sofrendo na prisão.

    No depoimento que deu à juíza Marixa Rodrigues, do Tribunal do Júri de Contagem (MG), em novembro passado, Bruno já havia falado sobre o sangue no carro. Na ocasião, ele atribuiu o fato a um suposto ferimento em Eliza por causa de um soco que um adolescente teria dado na sua ex-amante.

    A versão de Bruno, porém, não bate com a versão dada pela polícia para os fatos. Na história contada por ele à juíza, Macarrão foi pegar Eliza em um hotel no Rio de Janeiro para levá-la ao apartamento do goleiro, porque sua ex-amante teria concordado em ir, por vontade própria, a Belo Horizonte no dia seguinte. O primo adolescente dele estava no carro e se desentendeu com Eliza, dando-lhe um soco. Bruno disse que essa versão lhe foi contada por Macarrão.

    Foi depois que Macarrão retirou Eliza do hotel e a levou para um restaurante, na companhia do adolescente, que ocorreu a briga dentro do carro, uma Land Rover, onde a perícia encontrou sangue da ex-amante do jogador.

    Bruno disse que na briga o nariz dela sangrou, e o braço do adolescente também ficou ferido.

    Na noite seguinte, ao chegar em casa após o jogo do Flamengo, Bruno disse que estavam na sua casa a ex-namorada Fernanda Gomes de Castro, Macarrão, o adolescente, Eliza e o bebê. Foi aí, conforme disse, que soube dos detalhes do acontecera no dia anterior.

    A partir disso, alegou que Eliza passou a exigir R$ 50 mil. Disse que ofereceu R$ 30 mil e ela aceitou, mas por não confiar que ele depositaria o dinheiro, decidiu viajar para Belo Horizonte. Segundo Bruno, ela pegaria o dinheiro e iria viajar.

    Alex de Jesus/O Tempo/Folhapress
    Goleiro Bruno Fernandes fala sobre suposta extorsão de juíza na Assembleia Legislativa de Minas Gerais
    Goleiro Bruno Fernandes fala sobre suposta extorsão de juíza na Assembleia Legislativa de Minas Gerais

    O adolescente primo de Bruno, que cumpre medida sócio-educativa em uma instituição em Belo Horizonte, depois de mudar por diversas vezes seus depoimento, disse perante a Justiça que agrediu Eliza dentro do carro quando estavam na estrada para Belo Horizonte, não no Rio.

    A polícia sustenta que o sangue na Land Rover é a prova de que Eliza foi sequestrada pelos acusados do crime e depois morta. Todos eles negam essa versão.

    Bruno e Macarrão estão presos desde julho do ano passado. Cumprem prisão preventiva na penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem (região metropolitana de BH). Ele e mais oito pessoas são acusadas pelo envolvimento no sequestro, suposto assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio.

    Também estão presos Sérgio Rosa Sales (primo de Bruno) e Marcos Aparecido dos Santos, o Bola (ex-policial e suposto autor do homicídio). Eles devem ir a júri popular no ano que vem.

    Pagot constrói casa de R$ 2,5 milhões em Cuiabá

     

    "Não há nada oculto", diz o sobrinho e advogado do chefe do Dnit sobre a construção de 614 metros quadrados

    AE

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    A multiplicação de escândalos que envolvem sua gestão no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) não inibe planos pessoais de Luiz Antonio Pagot para um futuro muito confortável. Em Cuiabá (MT), onde reside, ele constrói uma mansão de três andares.

    São 614 metros quadrados de área distribuídos em três pavimentos, com três suítes, salas de estar e de jantar e áreas de lazer, afora espaçoso jardim. O valor do casarão, depois de pronto, criou polêmica na cidade. Pelas contas do próprio Pagot, o imóvel vai valer R$ 700 mil. Corretores imobiliários, no entanto, estimam em R$ 2,5 milhões, aproximadamente, o valor da moradia, porque está localizada em um bairro que deverá receber amplos investimentos e projetos de melhorias para breve.

    "Os dois terrenos bem como os gastos relativos às despesas da construção estão no imposto de renda de dr. Pagot", informou João Gabriel Pagot, sobrinho e advogado do chefe do Dnit. "Em nenhum momento ele (Pagot) escondeu a construção. Não há nada oculto."

    João Gabriel rechaça suspeitas de que Pagot teria obtido informações confidenciais sobre projetos da prefeitura que poderão valorizar o bairro. "Dr. Pagot adquiriu os dois terrenos em 30 de dezembro de 2003, portanto muito antes de antes de assumir a direção do Dnit. A versão de que ele se valeu de dados privilegiados não corresponde."

    O advogado argumenta que "o valor do imóvel é calculado pelo metro quadrado". "Em 2009, quando iniciou a obra, o metro quadrado era mais barato. O saco de cimento era mais barato, a mão de obra também. Hoje o metro pode estar em R$ 1.500, não sei. Se vai ter melhorias no bairro ele (Pagot) não tem culpa."

    Presidente da Saerj diz que Estado mínimo avilta a cidadania

    Novo presidente da Seaerj, engenheiro Eduardo Konig, condena a corrupção generalizada nas obras públicas e critica a política de terceirização implantada pelos governos.


    Carlos Newton

    Na comemoração dos 76 anos da Seaerj (Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Estado do Rio de janeiro), o novo presidente Eduardo Konig, em seu discurso de posse, se posicionou contra a política do Estado Mínimo, a neoliberalização e a privatização e terceirização dos serviços públicos. “Não aceitamos o repasse das responsabilidades dos Poderes Executivos, somos a favor da política de investimentos públicos pelo Estado. Implementação de saneamento básico é política de saúde, investir em educação, transporte e habitação é proposta de um Estado comprometido com a cidadania plena de seus habitantes. Investimentos públicos são a forma de garantir o retorno aos cidadãos dos impostos, tributos e taxas de serviços pagas” salientou.

    Konig denunciou que nos últimos anos, o país está assistindo ao desmonte dos serviços públicos, e a terceirização dos serviços de engenharia tem sido uma prática. “Não somos contra a prestação de serviços de consultoria de projetos, mas não podemos admitir que as responsabilidades constitucionais do Estado e dos municípios na execução de obras sejam repassadas para aqueles que não pertencem aos quadros dos servidores públicos, sejam estatutários ou celetistas”.

    Defendeu a urgente a promoção de concursos públicos para contratação de profissionais, para que se repasse aos novos contratados o maior patrimônio profissional da classe, que é o conhecimento adquirido com o passar dos anos e que foi pago pelos cofres públicos.

    O dirigente da entidade advertiu que o IEEA (Instituto Estadual de Engenharia e Arquitetura do Rio de Janeiro) tem um quadro de somente 355 profissionais para atender toda a administração direta, fundações e autarquias, é óbvio que não é o suficiente. A idade média destes profissionais que estão na ativa é de 53 anos, portanto, caso não haja concurso em mais 7 anos o quadro de Engenheiros, Arquitetos, Agrônomos, Geólogos e Geógrafos estará extinto.

    Lembrou que na Prefeitura do Rio de Janeiro, embora, tenham sido realizados alguns concursos públicos para reposição de mão-de-obra profissional, o quadro ainda não é o suficiente para atender a demanda das obras necessárias à Cidade do Rio de Janeiro e da manutenção e execução dos serviços públicos. E os salários estão absolutamente aquém do mercado profissional.

    “O que dizer dos demais municípios deste Estado? A catástrofe ocorrida nas cidades serranas recentemente, com centenas de mortes, é demonstração inequívoca da necessidade de profissionais públicos atuarem na solução dos problemas de habitação , saneamento , meio ambiente , proteção de encostas e estradas. É preciso ressaltar que pouco vem sendo feito para recuperar os danos ocorridos. O que assistimos é uma avalanche de denúncias sobre contratações irregulares, desvios de verba, notas fiscais frias, enfim um desrespeito total com aquela população sofrida que perdeu entes queridos, que não têm habitação condigna, que criaram expectativas para solução de seus problemas através de ações dos poderes públicos”, criticou.

    A seu ver, nos casos emergenciais as obras de recuperação devem ser contratadas de imediato mesmo sem projetos básicos, mas preconizou que as obras que passam por certames licitatórios devam ser realizadas com projetos executivos de forma a garantirmos um orçamento justo e dentro de parâmetros reais.

    “No Governo Federal assistimos, também, denúncias de desvio de conduta dos dirigentes do Ministério dos Transportes, Ministério este que é o responsável pela construção e manutenção de nossas rodovias e ferrovias federais por onde escoam a produção industrial, a colheita da produção agrícola, os coletivos de transporte de pessoas, os carros de passeio e tantas mais coisas por este Brasil afora. Não suportamos mais tanta irresponsabilidade e improbidade administrativa de nossos dirigentes na conduta das questões de interesse público, chega de não termos nossos direitos respeitados, exigimos compromisso com as devidas responsabilidades constitucionais”, assinalou, em meio a entusiásticos aplausos.

    Dirigindo bêbado em Jerusalém

     
    Thomas L. Friedman, The New York Times

    Sou um grande fã de Joe Biden. O vice-presidente é um incansável defensor dos interesses dos Estados Unidos no exterior. Por isso, é doloroso para mim dizer que, em sua recente viagem a Israel, quando o governo do primeiro-ministro Bibi Netanyahu esfregou em seu nariz os novos planos habitacionais para a disputada Jerusalém Oriental, o vice-presidente perdeu a oportunidade de enviar um poderoso sinal público: ele deveria ter fechado seu notebook, retornado imediatamente para o Air Force Two, voado para casa e deixado o seguinte bilhete: "Mensagem dos Estados Unidos para o governo israelense: amigos não deixam amigos dirigirem bêbados. E, neste momento, vocês estão dirigindo bêbados. Vocês pensam que podem constranger seu único aliado verdadeiro no mundo, para satisfazer algumas necessidades políticas domésticas, sem consequências? Vocês perderam totalmente o contato com a realidade. Chamem-nos quando estiverem falando sério. Nós precisamos nos concentrar na construção do nosso país".

    Acho que isso - em vez de irritar-se e depois colocar panos quentes - teria funcionando como uma mensagem muito útil por duas razões. Primeiro, o que os israelenses fizeram leva diretamente a uma pergunta que muitas pessoas estão fazendo sobre a equipe de Obama: o quão enérgicos são esses caras? A última coisa que o presidente precisa, num momento em que enfrenta o Irã e a China - sem falar no Congresso - é passar a impressão de que o aliado mais dependente dos Estados Unidos pode intimidá-lo.
    E, em segundo lugar, Israel precisa de uma advertência. Continuar a erguer assentamentos na Cisjordânia e até moradias na disputada Jerusalém Oriental é uma loucura total. Yasser Arafat aceitou que os subúrbios judeus lá estariam sob a soberania de Israel em um acordo de paz que também incluísse estabelecer a capital palestina nas partes árabes de Jerusalém Oriental. A expansão habitacional planejada por Israel agora levanta dúvidas sobre se Israel estará disposto a admitir uma capital palestina nas vizinhanças árabes de Jerusalém Oriental - um grande problema.

    Israel já abocanhou um vasto pedaço da Cisjordânia. Se quiser continuar como uma democracia judaica, sua única prioridade agora deve ser buscar um acordo com os palestinos que lhe permita permutar os blocos de assentamentos na Cisjordânia ocupados pelos judeus por uma quantidade de terra equivalente de Israel para os palestinos e, então, colher os resultados - em termos de economia e segurança - do encerramento do conflito.

    Infelizmente, não foi o que aconteceu na semana passada. Durante nove meses, o enviado especial do governo americano para o Oriente Médio, George Mitchell, tentou encontrar uma forma de conseguir alguma negociação de paz entre israelenses e palestinos. Os palestinos não confiam em Netanyahu, e Netanyahu tem sérias dúvidas sobre se a dividida liderança palestina será capaz de cumprir suas promessas.

    No entanto, Mitchell ainda conseguiu convencer os dois lados a concordar no sentido de negociações indiretas, as "conversas de aproximação" - os palestinos ficariam em Ramallah, e os israelenses, em Jerusalém, e Mitchell se encontraria separadamente com eles por 30 minutos.

    Depois de uma década de negociações diretas, isso mostra como o processo degringolou.

    Os assessores de Mitchell e Netanyahu fizeram um acordo informal: se os Estados Unidos derem início às conversas de aproximação, não haveria anúncios de construções em Jerusalém Oriental, nem nada para perturbar os palestinos e forçá-los a sair. Netanyahu concordou, dizem os representantes dos Estados Unidos, mas deixou claro que não poderia se comprometer com nada publicamente.

    Então, o que aconteceu? Biden chegou um dia depois do início das conversas de aproximação e foi surpreendido pelo anúncio, por parte do ministro israelense do Interior, de que Israel tinha acabado de aprovar planos para construir 1.600 novas moradias na parte árabe de Jerusalém Oriental.

    Netanyahu disse que foi pego de surpresa. Isso provavelmente seja verdade num sentido estreito. A iniciativa parece ter sido parte de uma concorrência entre dois dos ministros sefarditas direitistas de Netanyahu, membros do partido religioso Shas, no sentido de quem poderia ser o campeão em construção de casas para os judeus ortodoxos sefarditas em Jerusalém Oriental. É uma demonstração do quanto Israel dá nosso apoio como certo e do quanto a direita religiosa israelense está dessintonizada com as necessidades estratégicas dos Estados Unidos.

    Biden - um verdadeiro amigo de Israel - teria dito a seus interlocutores israelenses: "O que vocês estão fazendo aqui compromete a segurança de nossas tropas que estão lutando no Iraque, no Afeganistão e no Paquistão. Isso nos coloca em risco e coloca a paz regional em risco".

    Toda essa rixa também nos desvia do potencial deste momento: somente um primeiro-ministro de direita, como Netanyahu, pode fazer um acordo sobre a Cisjordânia; as políticas efetivas de Netanyahu sobre a questão dos territórios disputados ajudaram os palestinos a desenvolver sua economia e estabelecer sua própria força de segurança reconstruída, que está trabalhando com o exército israelense para evitar o terrorismo; os líderes palestinos Mahmoud Abbas e Salam Fayyad estão se mostrando tão honestos e sérios com relação a trabalhar na busca de uma solução quanto Israel poderia esperar; o Hamas suspendeu seus ataques a Israel na Faixa de Gaza; com os árabes sunitas obcecados com a ameaça do Irã, sua disposição para trabalhar com Israel nunca foi tão grande, e a melhor forma de isolar o Irã é deixar a carta do conflito palestino longe das mãos de Teerã.

    Em resumo, existe aqui uma real oportunidade - se Netanyahu escolher agarrar-se a ela. O líder israelense precisa decidir se quer fazer a história ou, mais uma vez, ser uma nota de rodapé nela.

    *Thomas L. Friedman é colunista do jornal The New York Times desde 1981. Foi correspondente-chefe em Beirute, Jerusalém, Washington e na Casa Branca (EUA). Conquistou três vezes o Prêmio Pulitzer, até que em 2005 foi eleito membro da direção da instituição. Artigo distribuído pelo New York Times News Service.

    Pedi cargo de filha de 'amigo' para ajudar outra pessoa, diz Timóteo

    DE SÃO PAULO

    O vereador Agnaldo Timóteo (PR) afirmou nesta quinta-feira que precisava do cargo da filha de Geraldo de Souza Amorim em seu gabinete para ajudar outra pessoa. "Eu precisava do cargo para outra pessoa que precisava mais desse trabalho, não sou nenhum Luan Santana, meu cachê é modesto", disse ele em entrevista à rádio "CBN".

    Amorim era sócio da GSA, empresa que em 2004 obteve da RFFSA (Rede Ferroviária Federal) autorização para instalar, em terreno da antiga estatal, a Feira da Madrugada, que reúne ambulantes no bairro do Pari (centro de SP).

    Timóteo disse ainda que Amorim foi quem o contou que alguém o havia procurando em nome do PR exigindo propina de R$ 300 mil, como revelado hoje pela Folha. "Amorim é um amigo por quem briguei muito, pedi muito, sempre admirei o trabalho dele na Feira da Madrugada", reiterou na entrevista à rádio.

    Reprodução

    Segundo a reportagem da Folha, o vereador mandou carta em papel timbrado da Câmara Municipal de São Paulo a Amorim em que menciona a cobrança de propina por "oportunistas" de seu partido e cita o deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP).

    Na carta, Timóteo diz ter "levado" o amigo a reuniões com o prefeito Gilberto Kassab e o ex-ministro Alfredo Nascimento (Transportes), do PR. Hoje, em evento na zona norte de SP, Kassab disse que recebe diariamente diversos vereadores em seu gabinte, que vão acompanhado por outras pessoas, mas afirma não se lembrar especificamente de Amorim. "Mas se o Agnaldo disse isso, eu confio."

    À "CBN", o vereador afirmou que não procurou o PR para discutir o assunto. "Ia falar em nome de quem? Para quem iria falar no partido? Quem comando o partido é Brasília, sou apenas um vereador."

    Desde o ano passado, a Prefeitura de São Paulo assumiu a administração do pátio onde é realizada a feira. Timóteo disse hoje que nunca mais voltou à feira.

    Editoria de Arte/Folhapress

    http://www1.folha.uol.com.br/poder/946759-pedi-cargo-de-filha-de-amigo-para-ajudar-outra-pessoa-diz-timoteo.shtml

    Agnaldo Timóteo liga PR a cobrança de propina em SP; veja carta

    DE SÃO PAULO


    O vereador Agnaldo Timóteo (PR) mandou carta em papel timbrado da Câmara Municipal de São Paulo a um antigo aliado em que menciona cobrança de propina por "oportunistas" de seu partido e cita o deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), informa reportagem de Vera Magalhães e Daniela Lima, publicada na edição desta quinta-feira da Folha.
     
    Na carta, Timóteo se explica por ter demitido de seu gabinete a filha de Geraldo de Souza Amorim, a quem diz ter "levado" a reuniões com o prefeito Gilberto Kassab e o ex-ministro Alfredo Nascimento (Transportes), do PR.

    Geraldo de Souza Amorim era sócio da GSA, empresa que em 2004 obteve da RFFSA (Rede Ferroviária Federal) autorização para instalar, em terreno da antiga estatal, a Feira da Madrugada, que reúne ambulantes no bairro do Pari (centro de SP).

    Reprodução

    Desde o ano passado, a Prefeitura de São Paulo assumiu a administração do pátio do Pari (região central), onde é realizada a Feira da Madrugada.

    Na quarta-feira (20), Agnaldo Timóteo (PR) se recusou a comentar a carta assinada por ele.

    Leia mais na Folha desta quinta-feira, que já está nas bancas.

    Editoria de Arte/Folhapress

    http://www1.folha.uol.com.br/poder/946551-agnaldo-timoteo-liga-pr-a-cobranca-de-propina-em-sp-veja-carta.shtml

    Dilma está brincando com fogo, diz líder do PR

    CATIA SEABRA
    MARIA CLARA CABRAL

    DE BRASÍLIA

    O processo de demissão a "conta-gotas" nos Transportes aumentou a insatisfação do PR com o governo Dilma Rousseff. Irritada com o desgaste de sua imagem, a cúpula do PR procurou o governo e os petistas para avisar que "estão brincando com fogo".

    Líderes do partido chegaram a admitir publicamente a ideia de aderir a um pedido de convocação do ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, caso seja apresentado no Congresso. Apesar de ser do PR, o partido não o queria no cargo.


    "Ninguém pode ser blindado neste momento. Se parlamentares quiserem ouvir quaisquer nomes, o PR engrossará fileiras", disse o líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (MG), ao ser questionado sobre Passos.

    Dizendo-se incomodado com a demissão "a conta-gotas" na pasta, Portela procurou a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) para protestar, mas desabafou mesmo com o líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP).

    Além de dizer que o governo estava brincando com fogo, o líder do PR reclamou que até mesmo as demissões dos que não foram indicados pela legenda estavam "caindo nas costas do partido".

    No telefonema, Portela se queixou do ritmo de demissões --"sangria desatada"-- e afirmou que o governo estava prejudicando o PR.

    Luciano Castro (PR-RR), vice-líder do governo, disse que o rito de demissão dá a entender "que o governo quer criar fatos políticos diários às custas do PR".

    "Se tem mais pessoas que vão ser demitidas, por que não fazer isso de uma vez só? Fica o sentimento de que a cada dia querem fazer um fato político. Parece uma forma de fazer expor o nosso partido e deixar uma situação desconfortável com o governo", disse Castro.

    Segundo integrantes do PR, o ex-ministro Alfredo Nascimento (AM) tem manifestado sua contrariedade e ameaça fazer um discurso no Senado no fim do recesso parlamentar, quando assumirá uma cadeira na Casa. Nascimento reclama não só de Passos, mas até de Dilma.

    Na tarde de quarta-feira (20), o PR ficou inconformado com o fato de não ser atendido por Ideli sob o argumento de que sua agenda estava lotada. Entre as audiências da ministra estava uma com o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE).

    Parlamentares cobraram a divulgação de nota de protesto, mas Portela abortou a ideia. Disse que o PR deve se reunir em agosto para avaliar o que fazer. "Decidir se vamos sentar com o governo, se não vamos sentar mais com o governo. Quem está desarticulado hoje pode estar articulado amanhã", disse.

    http://www1.folha.uol.com.br/poder/946539-dilma-esta-brincando-com-fogo-diz-lider-do-pr.shtml 

    É 'quase impossível' não haver problema no Dnit, diz Bernardo

    SOFIA FERNANDES
    DE BRASÍLIA

    O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou nesta quinta-feira (21) que é "quase impossível" que não haja problemas no Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), tendo em vista o orçamento polpudo do órgão, de será de quase R$ 14 bilhões em 2011.

    "Você supor que não tem nenhum problema é quase impossível, o Tribunal de Contas da União tem seguidamente apontado problema no governo, e é assim que vai continuar sendo feito", disse, defendendo apuração das denúncias de irregularidades no setor de transportes.



    Bernardo falou ainda que acredita no diálogo para solucionar o desafeto entre PR e PT, relação desgastada após as denúncias nos Transportes.

    "Acredito que o diálogo será mantido ou, se teve algum problema, será retomado e com certeza os partidos vão se entender", disse.

    Em seguida, afirmou que a presidente Dilma Rousseff está "determinada a fazer com que as coisas andem direito", tanto no Dnit como em qualquer outro ministério.

    André Renato - 12.dez.2008/Divulgação/PMM
    Paulo Bernardo disse hoje que é "quase impossível" que não haja problemas no Dnit; na imagem, com Pagot, dentro de cabine do trator, em evento de assinatura de ordem de serviço para construção, em Maringá

    Paulo Bernardo disse hoje que é "quase impossível" que não haja problemas no Dnit; na imagem, com Pagot, dentro de cabine do trator, em evento de assinatura de ordem de serviço para construção, em Maringá

    O Ministério dos Transportes enfrenta desde o início do mês acusações de corrupção que já provocaram a renúncia do ministro Alfredo Nascimento do comando da pasta e o afastamento de diretores e funcionários que também estariam envolvidos nas irregularidades.

    http://www1.folha.uol.com.br/poder/946689-e-quase-impossivel-nao-haver-problema-no-dnit-diz-bernardo.shtml

    Direito e responsabilidade

    Do Observatório da Imprensa

    Por Dalmo de Abreu Dallari em 19/07/2011


    A liberdade de expressão é um dos direitos fundamentais da pessoa humana proclamados pela ONU em 1948, sendo enfaticamente referida no artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, onde se diz que “toda pessoa humana tem direito à liberdade de opinião e expressão, incluindo-se nesse direito a liberdade de, sem interferências, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras”.

    Para reforço da eficácia jurídica desse direito, e também para deixar expressa a existência de limitações que podem ser consideradas legítimas, bem como para ressaltar que o exercício desse direito implica deveres e responsabilidades, a ONU estabeleceu algumas regras básicas sobre o exercício da liberdade de expressão no Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, aprovado em 1966. No artigo 19 do Pacto, que está em vigor no Brasil, com força de lei, desde 24 de janeiro de 1992, dispõe-se que o exercício desse direito implicará deveres e responsabilidades especiais, acrescentando-se que ele poderá estar sujeito a certas restrições, “que devem ser expressamente previstas em lei e que se façam necessárias para assegurar o respeito dos direitos e da reputação das demais pessoas, ou para proteger a segurança nacional, a ordem, a saúde ou a moral públicas”. Assim, pois, a liberdade de expressão, aqui incluída, obviamente, a liberdade de imprensa, é um direito fundamental e como tal deve ser assegurado e protegido, mas jamais poderá ser invocado como justificativa ou pretexto para a prática de atos que ofendam outros direitos.

    Direito da cidadania

    Como tem sido muitas vezes proclamado em documentos internacionais, e é expressamente consagrado na Constituição brasileira, a liberdade de imprensa faz parte do aparato essencial do Estado Democrático de Direito. É de interesse de todas as pessoas e de todo o povo que essa liberdade seja respeitada, mas é absolutamente necessário que ela seja concebida e usada como um direito da cidadania e não como um apêndice do direito de empresa ou como privilégio dos proprietários e dirigentes dos meios de comunicação, ou, ainda, dos jornalistas e demais agentes que atuam no sistema. Fazem parte dessa liberdade o direito e o dever de respeitar as limitações legais e de informar corretamente, o que implica fazer a divulgação de fatos verdadeiros, sem distorções, com imparcialidade e também sem ocultar fatos e circunstâncias que são de interesse público ou necessários para o correto conhecimento do que for divulgado.

    Essas considerações tornam-se oportunas neste momento em que um farto noticiário da imprensa informa sobre tremendos desvios éticos, implicando ilegalidades de várias naturezas, praticados sob o comando de um famoso proprietário e dirigente de um poderoso sistema de comunicações, incluindo jornais ingleses de grande circulação e tendo ramificações em muitos outros países.

    Abusos de um poderoso

    Pelo que já foi divulgado, esse personagem, o australiano Rupert Murdoch, estabeleceu sua base na Inglaterra e, ignorando barreiras éticas e legais, tornou-se verdadeiro chefe de quadrilha, desenvolvendo um conglomerado de “imprensa investigativa”, organizando um sofisticado sistema de invasão de aparelhos de comunicação e de registro de dados confidenciais. E isso vem sendo utilizado há muitos anos para a ampliação de seus negócios, publicando informações escandalosas e confidenciais, conquistando um grande público e, naturalmente, atraindo grande volume de publicidade e também a cumplicidade de grandes empresários.

    Levando ainda mais longe o abuso da liberdade de imprensa, Murdoch invadiu também a intimidade de pessoas e famílias, inclusive determinando que seus agentes fizessem a interceptação das comunicações telefônicas da própria família real inglesa, o que foi descoberto e levou um deles à prisão. Mas desse modo, valendo-se do controle de uma grande rede de jornais e penetrando também na televisão, Murdoch acabou criando um aparato de intimidação que lhe deu a possibilidade de exercer muita influência na vida política inglesa, pois, como tem sido noticiado, ele colocou agentes em postos-chaves do governo e assim até mesmo os ocupantes do mais alto posto de governo da Inglaterra, que é o cargo de primeiro-ministro, passaram a temer seu corrupto sistema de imprensa.

    Poder implica papel social

    Os fatos ocorridos agora na Inglaterra devem servir de advertência. O extraordinário crescimento dos meios de comunicação e de seu potencial de influência social já tem levado a liberdade de imprensa a ser usada como instrumento da corrupção, a serviço dos interesses empresariais e também políticos, ou de ambos conjuntamente. Não há dúvida de que modernamente a imprensa livre é requisito essencial para a existência de uma sociedade livre e democrática, mas o gozo dessa liberdade implica uma responsabilidade social, sobretudo tendo em conta a enorme influência que a imprensa exerce sobre a população. Transmitindo informações, a imprensa pesa muito na formação das convicções e pode ter um papel fundamental tanto para a consagração de posições favoráveis à dignidade e aos direitos fundamentais da pessoa humana, quanto para o estabelecimento e a alimentação de preconceitos, de atitudes discriminatórias ou para a imposição e manutenção de graves injustiças na organização da sociedade e nas relações entre os seres humanos.

    A imprensa deve ter o direito de ser livre, a fim de que possa manter o povo informado de todos os fatos de alguma relevância para as pessoas e a humanidade, que ocorrerem em qualquer parte do mundo, sem reservas ou discriminações. Na sociedade contemporânea são muitas as atividades, às vezes de grande importância para muitas pessoas ou para grupos humanos, que dependem de informações corretas, atualizadas e, quanto possível, precisas, cabendo à imprensa um papel relevante no atendimento dessa necessidade social. Bastam esses pontos para se concluir que as tarefas da imprensa configuram um serviço público relevante. E por isso a Constituição proclama e garante a liberdade de imprensa como direito fundamental.

    Deveres, não privilégios

    Mas é absolutamente necessário ter consciência de que esse direito e essa garantia não são outorgados como um favor ou privilégio aos proprietários dos veículos de comunicação de massa ou aos jornalistas e demais participantes do sistema, mas têm sua justificativa precisamente no caráter de serviço público relevante, da imprensa. Dos mesmos fundamentos que justificam o direito e a garantia de liberdade decorre o dever de informar honestamente, com imparcialidade, sem distorções e também sem omissões maliciosas, sem a ocultação deliberada de informações que possam influir sobre a formação da opinião pública. Assim, a liberdade de imprensa enquadra-se na categoria de direito/dever fundamental para a existência de uma sociedade livre, democrática e justa.
    ***

    [Dalmo de Abreu Dallari é jurista e professor emérito da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo]

    O lado megera de ex-editora

    Da CartaCapital

    Redação Carta Capital 21 de julho de 2011 às 8:11h

     Max Nash/AFP

    Rebeca Brooks e o magnata Rupert Murdoch. Com a prisão da ex-editora, repórteres começam a revelar a realidade das redações dos jornais sob o comando dela. Foto: Max Nash/AFP

    As histórias envolvendo os escândalos de espionagem do tablóide News of the World ganha novos (e rudes) detalhes a cada dia. As últimas contam casos de bastidores envolvendo a ex-editora Rebeca Brooks, uma das cabeças do grupo o qual o jornal pertencia e fortemente ligada a Rupert Murdoch.

    Na terça-feira 20, jornalistas que trabalharam com ela contaram à Associated Press (AP) que falta de escrúpulos e bullying corporativo faziam parte do cotidiano das redações pelas quais passou.

    “Os repórteres que se submetiam ao ridículo eram destinados ao sucesso”, disse Michael Taggart, que trabalhou com Rebeca Brooks em 2003 no The Sun.

    Segundo Taggart, o mantra da redação comandada por Rebeca era “faça o que for preciso”. Ele afirma ter participado de vigilâncias noturnas e operações secretas junto a celebridades, contrapondo-se aos veículos concorrentes, que tendiam a ter as informações vindas de contatos junto de celebridades.

    Um caso importante de excessos comentidas pela direção do grupo foi relatado pelo jornalista Charles Begley, que cobria tudo sobre Harry Potter em 2001. Ele chegou a ser obrigado a trabalhar com roupas do jovem mago do cinema. Quando ele se recusou a vestir as roupas, Rebeca Brooks, sua chefe, não o permitiu cobrir mais fatos sobre o Harry Potter.

    Particularmente no caso do The Sun, tabloide famoso por ter fotos de mulheres em topless, só piorou com Rebeca no comando, afirma Michael Taggart. “Era esperado que nós adjetivássemos as mulheres com expressões como ‘prostituta’”, por exemplo.

    Um problema jornalístico crônico também era rotineiro sob o comando da amiga de Ruppert Murdoch: a inserção falsa de detalhes em matérias. Um ex-repórter que trabalhou por 7 anos no News of The World disse disse, em condição de anonimato, que a prática era comum pelos editores do jornal. “Não havia como protestar”, disse. “Qualquer um que mencionasse ética ou se recusava a cooperar com as práticas duvidosas, era exilado pela redação”.

    A família soprano

    O clã Picciani quadriplicou o patrimônio da empresa da família em apenas dois anos
    O clã Picciani quadriplicou o patrimônio da empresa da família em apenas dois anos


    Se vocês acham que já viram tudo sobre a fantástica multiplicação da fortuna de Jorge Picciani e seus filhos, pois ainda tem mais. Vocês devem chegar à mesma conclusão que eu: Eike Batista é um aprendiz no mundo dos negócios perto do clã Picciani. Observem abaixo, o patrimônio da empresa Agrobilara, em 6 de fevereiro de 2009: R$ 10.100.000. E logo em seguida vejam na alteração contratual de 11 de abril de 2011, que o patrimônio deu um salto estratosférico para R$ 40 milhões. Ou seja, em dois anos e dois meses, os Picciani quadruplicaram o patrimônio da Agrobilara. Começo a imaginar se na fazenda dos Picciani, em Uberaba, as árvores não estão dando “vacas premiadas”? Ou vai ver que quando são ordenhadas sai dinheiro e não leite.


    Em dois anos e dois meses a Agrobilara quadriplicou o patrimônio, de R$ 10,1 milhões para R$ 40 milhões
    Em dois anos e dois meses a Agrobilara quadriplicou o patrimônio, de R$ 10,1 milhões para R$ 40 milhões



    Não é incrível, fantástico, extraordinário? Realmente dão tanta sorte nos negócios, que a Agrobilara já comunicou à Junta Comercial de Minas Gerais, porque a empresa é baseada em Uberaba, que está abrindo um escritório administrativo no Rio. Bem, vocês não têm noção, mas que escritório administrativo! Fica no prédio comercial mais caro e moderno da Barra, “O2 Corporate & Offices”, no edifício “Evolution”, um dos metros quadrados comerciais mais caros do Rio de Janeiro. O nome do prédio não podia ser mais apropriado para quem tem uma evolução espantosa do patrimônio: “Evolution”. Agora vejam o luxo onde vai ser o escritório administrativo da Agrobilara, do “Rei do Gado” e seus filhos. Com todo o respeito é estarrecedor, e depois, os Irmãos Picciani ainda querem falar em caráter, como se tivessem condições morais para isso. O que deviam era ter coragem de vir a público e explicar aos eleitores que votaram neles, como em dois anos conseguiram quadruplicar os seus negócios. Vergonha!


    É nesse prédio que a Agrobilara está montando o seu escritório administrativo, na Barra da Tijuca
    É nesse prédio que a Agrobilara está montando o seu escritório administrativo, na Barra da Tijuca

    http://www.blogdogarotinho.com.br/lartigo.aspx?id=8463