quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Nelson Breve substitui Cruvinel na presidência da EBC



Nelson Breve substitui Cruvinel na presidência da EBCFoto: Divulgação

PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF DEVERÁ ANUNCIAR NO INÍCIO DA SEMANA A ESCOLHA DE BREVE

Por Agência Estado
27 de Outubro de 2011 às 20:42Agência Estado
A presidente Dilma Rousseff deverá anunciar no início da semana a escolha do ex-secretário de Imprensa da Presidência Nelson Breve para o cargo de presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), em substituição à jornalista Tereza Cruvinel. A EBC foi criada no governo de Luiz Inácio Lula da Silva como empresa pública de comunicação, em substituição à estatal Radiobrás.
O processo de escolha de Nelson Breve se deu depois de uma intensa disputa de bastidores não só no setor de comunicação do governo, mas também de ministros palacianos e até do ex-ministro Franklin Martins (Comunicação Social de Governo). Uma parte defendia a recondução de Tereza Cruvinel; outra, tendo à frente Franklin Martins, fazia pressão para a escolha de Nelson Breve.
Há um mês, Tereza Cruvinel teve um encontro com a presidente Dilma Rousseff. De acordo com a própria jornalista, Dilma a convidou a permanecer no cargo. Mas ela afirmou que defendia a renovação na EBC. Ao se encontrar com Dilma, Tereza já sabia das disputas pela sua sucessão. E já vinha ouvindo falar que a escolha recairia sobre Nelson Breve. Ela optou por deixar a presidente à vontade.
Ao mesmo tempo, havia a informação de que conselheiros da EBC - que não têm poder para eleger, mas sim para demitir dirigentes - trabalhavam abertamente contra a recondução de Tereza Cruvinel. Alguns deles estavam até dispostos a iniciar um processo de impeachment da presidente, caso ela fosse reconduzida.
A EBC comemorou seus quatro anos de existência hoje, numa solenidade que marcou a despedida de Tereza Cruvinel. Dela participaram os presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara, Marco Maia (PT-RS), além de alguns ministros, como Izabella Teixeira (Meio Ambiente) e Helena Chagas (Comunicação de Governo). Ao discursar, Tereza disse que a EBC sofreu muitos ataques desde que foi criada. "Nunca uma empresa tão necessária à democracia foi tão atacada", afirmou a jornalista.
A EBC, embora seja uma empresa pública, é mantida com verbas federais. Seu orçamento de 2011 é de R$ 450 milhões.

Fernando Rodrigues, colunista da Folha e também informante dos EUA, detonava o TCU em 2006



Fernando Rodrigues, colunista da Folha e também informante dos EUA, detonava o TCU em 2006Foto: Divulgação

DOCUMENTO DA EMBAIXADA DOS ESTADOS UNIDOS RELATA ENCONTRO COM O JORNALISTA, EM QUE ELE CRITICA O TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO E FAZ PREVISÕES SOBRE A ELEIÇÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

27 de Outubro de 2011 às 21:07
247 – Nos documentos da embaixada americana, vazados pelo Wikileaks, desponta mais um jornalista de renome. É Fernando Rodrigues, colunista da Folha de S. Paulo. Numa conversa de 2006, quando Aldo Rebelo, novo ministro dos Esportes, era cotado para presidir a Câmara dos Deputados, Rodrigues teve um encontro com representantes da embaixada americana. Falou, sobretudo, sobre o Tribunal de Contas da União. E detonou o TCU.
O jornalista da Folha disse que o tribunal segue orientação partidária, faz análises não confiáveis e seus noves ministros são geralmente senadores ou deputados federais que não lograram êxito na reeleição e são escolhidos por seus colegas para uma batalha partidária em outro foro – o que não deixa de ser verdade. Rodrigues citou nominalmente o ministro Aroldo Cedraz, a quem classificou como “carlista” – ligado ao finado Antonio Carlos Magalhães.
De acordo com os documentos, Rodrigues também fazia análises políticas para a embaixada americana e avaliou o cenário da Câmara em 2006, que teve como oponentes Arlindo Chinaglia, do PT, e Aldo Rebelo, do PCdoB. Rodrigues disse que, se Aldo perdesse, ganharia como prêmio de consolação o Ministério da Defesa. Detalhe: Aldo não ganhou, perdeu para Arlindo e não foi para o Ministério da Defesa.

Filho de Márcio Lacerda deixa organização da Copa



Filho de Márcio Lacerda deixa organização da CopaFoto: JOÃO GODINHO/AGÊNCIA ESTADO

NOMEAÇÃO DE TIAGO LACERDA TINHA SIDO IDENTIFICADA COMO NEPOTISMO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO DE MINAS GERAIS, MAS ELE GARANTE QUE DECISÃO NÃO TEM NADA A VER COM A AÇÃO PÚBLICA AJUIZADA POR PROMOTOR

27 de Outubro de 2011 às 22:15
247 – O filho do prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), anunciou que vai deixar o cargo de presidente do Comitê Executivo da Copa na capital mineira. O anúncio de Tiago Lacerda ocorre 20 dias depois de o Ministério Público de Minas Gerais identificar nepotismona nomeação, mas o filho de Lacerda nega que sua decisão tenha sido motivada pela abertura de ação civil pública feita pelo MP para anular sua nomeação. A saída de Tiago do cargo põe o prefeito Márcio Lacerda na presidência do comitê, que passa a ser coordenado pela ex-gerente do projeto, Flavia Rohlfs.
Tiago disse que ficou “chateado” porque questionaram a legitimidade de sua nomeação, e não a qualidade de seu trabalho. "Esta questão do Ministério Público não tem nada a ver. O juiz negou imediatamente a suspensão liminar”, explicou. Segundo o filho de Márcio Lacerda, ele esperou o lançamento do calendário de jogos da Copa pela Fifa para anunciar que deixaria o comitê. “Saio com a sensação de dever cumprido. Não teria por que me sentir injustiçado”, defendeu-se.
Depois de deixar o posto, Tiago Lacerda disse que vai se dedicar à família e não deu detalhes sobre o futuro da vida profissional.

MEC joga a bola para Christus



MEC joga a bola para ChristusFoto: L.C.Moreira/Agência Estado

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO ADMITE VAZAMENTO DE QUESTÕES NO PRÉ-TESTE APLICADO NO COLÉGIO DE FORTALEZA; ESCOLA CRITICA DECISÃO DE ANULAR PROVAS DOS ALUNOS

27 de Outubro de 2011 às 18:21
Diego Iraheta_247 - O Ministério da Educação finalmente reconheceu que houve vazamento de 14 questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2011. Segundo o ministério, esses itens haviam sido aplicados no pré-teste do colégio Christus, de Fortaleza (CE). Em nota oficial, o MEC tira do colo qualquer responsabilidade pelo incidente e dá a entender que o problema foi totalmente do Christus.
O pré-teste é um processo sigiloso organizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ligado ao MEC. O objetivo é medir o nível de complexidade das questões com turmas de terceiro ano em várias partes do País. No total, 91 alunos do Christus tiveram acesso a essas questões no pré-teste. O MEC, entretanto, enfatiza: "... as questões reproduzidas não eram de domínio público, e não poderiam ter sido memorizada spelos estudantes, devido ao grau de detalhismo e similaridade".
Na prática, o Ministério da Educação blinda a organização da etapa. O MEC destaca que, durante o pré-teste, os cadernos de provas foram devolvidos e checados. E acrescenta que nenhuma parte do material foi extraviada. Ao final da nota (leia a íntegra), reproduz quatro declarações que comprometem o Christus.
Entre elas, a revelação de um estudante que ligou para o 0800 do Inep. Segundo o jovem identificado como J.G.M, os alunos do Christus receberam apostilas com 92 questões três dias antes do exame - incluindo as 14 questões que foram cobradas no Enem. "O mais curioso foi termos recebido das mãos de um dos coordenadores e principais professores, com a instrução de que não deveríamos compartilhar os TDs [apostilas] com nenhum candidato de outra escola", denuncia.
Christus critica MEC
A escola alvo da polêmica do Enem criticou hoje a medida do MEC de cancelar as provas dos candidatos que estudam no Christus. A instituição chamou a decisão de "ilegal e abusiva" e sugeriu a anulação das questões - e não dos testes dos alunos.
"A medida acenada pelo Inep mostra-se inteiramente desconectada da solução do problema, e submete o colégio Christus e seus alunos, que não cometeram qualquer ilícito, a uma ilegal penalidade, em manifesto prejuízo aí sim, à isonomia", diz a nota, referindo-se à justificativa do MEC de que a anulação das provas dos estudantes do Christus visava a promover a igualdade de condições de todos os candidatos do concurso.

Wikileaks aponta elo entre jornalistas da Globo e EUA



Wikileaks aponta elo entre jornalistas da Globo e EUAFoto: Divulgação

EDITOR DO JORNAL DA GLOBO, WILLIAM WAACK (ESQ.), E DIRETOR DE REDAÇÃO DE ÉPOCA, HÉLIO GUROVITZ (DIR.), FORAM INFORMANTES DO GOVERNO AMERICANO DURANTE O PROCESSO ELEITORAL DE 2010, SEGUNDO O WIKILEAKS, DE JULIAN ASSANGE (CENTRO); PARA WILLIAM WAACK, DILMA ROUSSEFF ERA A CANDIDATA “MENOS COERENTE”

27 de Outubro de 2011 às 20:38
247 – No dia 13 de fevereiro de 2010, um despacho classificado como confidencial foi enviado da Embaixada dos Estados Unidos, em Brasília, para o Departamento de Estado, em Washington. O memorando relata conversas de diplomatas americanos com dois dos mais experientes e bem colocados jornalistas brasileiros: William Waack, editor do Jornal da Globo, e Hélio Gurovitz, diretor de redação da revista Época. O que se constata, da leitura dos documentos, cuja autenticidade foi confirmada pelo Wikileaks, do polêmico Julian Assange, é que tanto Waack como Gurovitz foram informantes do governo americano durante o processo eleitoral de 2010.
William Waack, que já foi correspondente de guerra e é um jornalista premiado por suas coberturas internacionais, fez um relato sobre todos os potenciais candidatos que despontavam no início de 2010, quando estava claro que Lula não poderia concorrer a um terceiro mandato. Segundo ele, Ciro Gomes seria o candidato mais forte. Aécio Neves, o mais carismático. Serra, sem graça, mas competente. E sobre Dilma Rousseff? “A menos coerente”, disse Waack a seus interlocutores norte-americanos.
Hélio Gurovitz, que passou pela Folha de S. Paulo e pela Exame, antes de chegar à Época, levado por Paulo Nogueira, também foi ouvido pelos americanos. Disse ele que o Brasil tinha uma sociedade parecida com a chilena e que o País estava pronto para alternar os partidos no poder. Ou seja: depois de oito anos de Lula e PT, seria possível voltar aos braços do PSDB. E o Chile havia acabado de eleger o conservador Sebastian Piñera, encerrando o ciclo de esquerda, dos partidos da chamada Concertación.
Tanto a TV Globo como a Época mal disfarçaram sua opção política em 2010. Numa entrevista do Jornal Nacional, William Bonner e Fátima Bernardes chegaram a ser agressivos com Dilma e tiveram uma postura distinta com José Serra. Outro episódio polêmico foi o da agressão sofrida pelo candidato tucano, com uma suposta “bolinha de papel”. A Época por sua vez fez uma capa destacando o lado guerrilheiro da candidata. Não se sabe até que ponto tais posições foram fruto da opinião dos jornalistas -- colaboradores, segundo o Wikileaks -- da embaixada americana, ou da família Marinho.

Novo ministro do Esporte anuncia fim de convênios com ONGs


Horas após ser confirmado como novo ministro do Esporte, Aldo Rebelo (PC do B-SP) afirmou nesta quinta-feira que vai fazer mudanças na pasta e que não pretende mais realizar convênios de nenhum programa do ministério com ONGs.

Segundo Rebelo, a presidente Dilma Rousseff o deu a responsabilidade de montar a nova equipe. Ele disse, no entanto, que ainda não pensou em nomes.

Aldo Rebelo defende meia-entrada para estudantes na Copa

"Recebi da presidente Dilma a demonstração de confiança e a responsabilidade de montar a minha equipe para dirigir o ministério. As mudanças serão anunciadas de acordo com as consultas que vou realizar para estruturar a equipe que trabalhará comigo no ministério (...). Certamente que haverá mudanças e certamente as competências que lá estão poderão mudar simplesmente por escolha pessoal, escolha técnica. Mas isso não significa a condenação de ninguém", disse.

Em resposta às suspeitas de irregularidades na pasta, Rebelo disse que não pretende realizar novos convênios com ONGs em todos os programas do ministério, não só nos do programa Segundo Tempo --principal alvo das suspeitas de desvio de dinheiro e que levou a queda de Orlando Silva. Ele afirmou que as ações do ministério devem continuar por meio de convênios com as prefeituras.

"Os convênios com as prefeituras continuam. Não vamos acabar com o Segundo Tempo. A intenção é acabar com os convênios com as ONGs, em qualquer programa. Não acabar com os programas. Continuaremos fazendo [os convênios] com as prefeituras, com os órgãos públicos", disse.

O novo ministro não confirmou, porém, a suspensão dos convênios que já estão em andamento. E disse que todas as investigações na pasta devem continuar.

"As ações do Ministério Público, da Polícia Federal, Tribunal de Contas, dos órgãos de controle, todas elas terão curso com apoio e ajuda ministério."

Aldo falou ainda sobre sua ligação com a Fifa e com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Ele já presidiu a CPI do Futebol, entre 2000 e 2001, mas negou que isso possa influenciar o seu trabalho. Também negou que as doações de campanha que recebeu de empresas patrocinadoras da CBF possa o atrapalhar.

"Não atingirá de qualquer forma a minha independência", disse.

Ex-presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), Rebelo confirmou que defende a meia-entrada para os jogos da Copa de 2014, no Brasil, mas disse que a partir de agora a sua posição é a posição de governo.

Ele disse que a relação da Fifa com o governo "será de cooperação e independência".
Mais cedo, Aldo almoçou com o antecessor e colega de partido, Orlando Silva. Segundo ele, para tomar conhecimento da estrutura da pasta.

Aldo Rebelo nem assumiu e já aparecem denúncias contra ele. E aí Dilma, vai desnomeá-lo?


Da Agência Estado

Novo ministro do Esporte recebeu doações de patrocinadores da CBF

De acordo com a prestação de contas da última campanha, três de dez empresas ligadas à Confederação doaram dinheiro ao deputado, além de empreiteiras envolvidas na construução de estádios da Copa

Eduardo Bresciani, do estadão.com.br
O novo ministro do Esporte, Aldo Rebelo (PC do B-SP), recebeu doações de campanha de empresas patrocinadoras da Confederação Brasileira de Futebol. Ele foi o presidente da CPI da CBF/Nike, mas nos últimos anos se aproximou de Ricardo Teixeira sendo um de seus interlocutores no Congresso. As declarações de bens do deputado mostram que ele teria perdido quase a metade do seu patrimônio entre 2006 e 2010.
Segundo as informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a prestação de contas de Aldo nas eleições do ano passado mostra que ele recebeu doações de três dos dez patrocinadores da CBF. O deputado comunista recebeu R$ 50 mil do banco Itau Unibanco, R$ 25 mil da Fratelli Vita Bebidas, que pertence à Ambev e R$ 80 mil da Companhia Brasileira de Distribuição, que controla o Grupo Pão de Açúcar.
O deputado recebeu ainda dinheiro de empreiteiras envolvidas na construção de estádios para a Copa do Mundo de 2014. No ano passado, a Mendes Júnior doou R$ 100 mil a Aldo. A construtora participa das obras em Cuiabá. Em 2006, o deputado comunista recebeu R$ 40 mil de uma empresa do grupo Odebrecht, que está a frente de obras em quatro dos doze estádios do evento. Ele recebeu ainda R$ 200 mil em 2010 e outros R$ 250 mil em 2006 da construtora Camargo Corrêa, que não participa, porém, da construção de estádios.
Patrimônio. As informações prestadas ao TSE mostram ainda um dado curioso. O deputado perdeu quase a metade de seu patrimônio desde 2006. Naquele ano Aldo declarou ter R$ 612,9 mil em bens. No ano passado, este montante caiu para R$ 376,3 mil. A perda se deve basicamente a uma casa de R$ 203 mil declaradas em 2006 e que não consta na prestação de contas do ano passado. Em 2010, o único imóvel declarado por Aldo é uma casa em Viçosa (AL), que estava em construção quatro anos antes.

“A gente tem a haver (sic) com nordestino burro?”

“A gente tem a haver (sic) com nordestino burro?”
Foto: Divulgação

É O DE MENOS O ERRO ORTOGRÁFICO NO TÍTULO, REPRODUÇÃO DO QUE FOI POSTADO NO TWITTER; QUESTÃO PRINCIPAL É A VOLTA DA XENOFOBIA NA INTERNET, MOTIVADA PELO VAZAMENTO DA PROVA DO ENEM EM ESCOLA DE FORTALEZA

27 de Outubro de 2011 às 18:08
247 - O preconceito contra os nordestinos, que parecia superado ou, ao menos, silenciado na internet, voltou à tona com força hoje. O pretexto para a mais nova onda de xenofobia foi o suposto vazamento de questões do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) em uma escola do Ceará. O Ministério da Educação decidiu ontem anular apenas as provas dos alunos do Colégio Christus, de Fortaleza, garantindo a validade de exame nacional. Isso não foi suficiente, porém, para aplacar os ânimos dos estudantes que se sentiram ameaçados de, como já aconteceu no passado, serem obrigados a realizar uma nova e estafante prova. E, com frases agressivas, alguns deles arrumaram um culpado para esta situação de tensão: sim, os nordestinos.
“O que a gente tem a haver com um monte de nordestino burro? :S”, perguntou @_ernanigarcia. Ele chamou de "burro" todos os que vivem na região, mas o próprio tuiteiro cometeu uma gafe ortográfica imperdoável, registrando por meio do verbo 'haver' o que ele queria dizer como 'a ver'. Esse, digamos, probleminha, não atrapalhou a repercussão negativa do comentário. Logo após ele ter sido postado, já havia quem concordasse, como @MatheusBorsato, que acrescentou: “Tinha que ser nordestino pra ferrar com o resto do Brasil… êee beleza”. 
A reação instantânea aos preconceituosos foi uma corrente pró-Nordeste. “E esse povo que fala p soltarem bomba no Nordeste por causa do Enem #MORRAMTODOS”, esbravejou @LeilaAckles. A hashtag #OrgulhoDeSerNordestino já está bombando. @WallaceDamasio engrossa: “E pra galera que está mais uma vez discriminando o Nordeste por q alguém deixou vazar a prova do Enem, VSF”. 
Esta não é a primeira vez que o ódio contra nordestinos ganha as redes sociais -- ao que se vê, não será a última, infelizmente. Quando foi anunciada a vitória de Dilma Rousseff na campanha presidencial, no final de outubro do ano passado, a estudante de Direito Mayara Petruso, de São Paulo, fez uma ameaça aos nordestinos pelo Twitter. Disse que todos deveriam morrer afogados. Ela foi apoiada por outros tuiteiros insatisfeitos com a eleição de Dilma, que teve ampla maioria na Região Nordeste. A presidente, lembre-se, é mineira. 
O tuíte xenofóbico contra a eleição de Dilma repercutiu no mundo off-line. Mayara foi demitida do escritório de advocacia em que trabalhava e foi processada pela Ordem dos Advogados do Brasil seção Pernambuco. Ainda que esse tipo de manifestação seja isolada, a xenofobia ainda encontra espaço nas redes sociais. Aos tuiteiros incomodados com o Nordeste, é essencial saber que uma mensagem ofensiva pode virar inquérito policial e processo na Justiça. Além de, convenhamos, não ter nada a ver com nada!

Podval, Sabino e o mistério das páginas amarelas



Podval, Sabino e o mistério das páginas amarelasFoto: Divulgação

QUE CRITÉRIO DEFINE A PUBLICAÇÃO DE UMA ENTREVISTA NUM DOS ESPAÇOS MAIS NOBRES DA IMPRENSA BRASILEIRA? O INTERESSE PÚBLICO OU PRIVADO? A ENTREVISTA, EM VEJA, DO CRIMINALISTA ROBERTO PODVAL, QUE SONHA EM PRESIDIR A OAB, DEIXA DÚVIDAS

27 de Outubro de 2011 às 18:11
247 – A disputa é apenas no ano que vem, mas a corrida eleitoral já começou. Em jogo, a presidência da seção paulista da Ordem dos Advogados do Brasil. Quem mais se movimenta numa espécie de pré-campanha no mundo jurídico é o criminalista Roberto Podval, que ganhou notoriedade nacional ao defender o casal Nardoni, no julgamento sobre o assassinato da menina Isabela.
O marco zero dessa pré-campanha de Podval foi uma entrevista nas páginas amarelas da revista Veja, um dos espaços mais nobres da imprensa brasileira, onde já falaram personalidades como Bill Clinton e Kofi Annan. Podval, apresentado pela revista como “um dos advogados que mais trabalham no País” e representante “de uma geração que tem encontrado trabalho com facilidade” foi uma surpresa até para os leitores de Veja, pois, mesmo no mundo do direito, ele é um nome ainda em formação.
Os detratores de sua chapa à presidência da OAB-SP a batizaram como “chapa Pepino di Capri”. Isso porque Podval promoveu um banquete em Capri, para festejar seu casamento, para o qual foram convidados autoridades, como o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, e jornalistas, como Mario Sabino, redator-chefe de... sim, da revista Veja. Segundo o jornalista Luis Nassif, a ligação entre Podval e Sabino provocou até a demissão de um nome de primeira grandeza de Veja – o jornalista Felipe Patury, que a trocou por Época, porque não pôde noticiar, na Abril, nenhuma linha sobre o casamento de Podval.
Ligação mais estreita
O vínculo entre Podval e Sabino, no entanto, vai além da pura amizade e de encontros eventuais na Costa Amalfitana. Foi o criminalista quem obteve para o redator-chefe de Veja o habeas corpus 2008.03.00.040887-3/SP, no Tribunal Regional Federal da Terceira Região.
Sabino era processado pelo delegado Moyses Eduardo Ferreira, da Polícia Federal, em função de três reportagens publicadas por Veja: “Nuvens Escuras no Horizonte”, “Nota Oficial de Veja” e “A falácia do Doutor Moisés”. O inquérito foi trancado em janeiro de 2010. Podval se casou em julho de 2011. As páginas amarelas foram publicadas neste mês.

Aldo confirma que assumirá Esporte; posse será na segunda


O deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP) confirmou nesta quinta-feira (27) que assumirá o Ministério do Esporte no lugar de Orlando Silva. A posse foi marcada para segunda-feira (31), segundo informou a ministra Helena Chagas (Comunicação Social).

Aldo esteve hoje no Palácio do Alvorada em reunião com a presidente Dilma Rousseff. "Eu agradeci a confiança [por ter sido chamado para a pasta], disse que aceitava como um desafio e procuraria me desincumbir da tarefa da melhor forma possível", disse o deputado após o encontro.

Ele afirmou ainda que irá tomar pé da situação a partir de agora e que à tarde dará mais detalhes sobre medidas que pretende tomar à frente da pasta.

Sérgio Lima/Folhapress
Aldo confirma que assumirá Esporte; posse será na segunda
Aldo confirma que assumirá Esporte; posse será na segunda
O deputado não quis responder sobre eventuais problemas coma Fifa, como a meia-entrada para os jogos da Copa em 2014, e afirmou que entrará em contato com integrantes do ministério para "começar uma fase de transição".

O presidente do PC do B, Renato Rabelo, também esteve no local no Alvorada e conversou com Dilma por uma hora antes de Aldo chegar.

Poucas horas após a demissão de Orlando Silva do Ministério do Esporte, o PC do B decidiu indicar à presidente o nome do deputado para comandar a pasta.

Ontem à noite, ainda estavam no páreo Flávio Dino (PC do B-MA) e a deputada Luciana Santos (PC do B-PE). Dilma manifestou a interlocutores preferência por esses nomes, mas afirmou que não vetaria nenhuma das opções.
Em seu microblog, o ex-ministro Orlando Silva postou no Twitter, sem dar detalhes: "Bom dia, Aldo Rebelo! Deus ilumine teus caminhos. Bom trabalho!".

"O partido está apaziguado e agradeço a confiança da presidente Dilma", disse Aldo.

PERFIS


Aldo Rebelo é deputado desde 1991 e cumpre o seu sexto mandato na Câmara. Nos últimos dois anos, destacou-se no debate político por ter sido relator do Código Florestal, quando foi criticada principalmente por ambientalistas. Neste ano, disputou uma vaga no TCU (Tribunal de Contas da União), com apoio da bancada ruralista, mas perdeu para a deputada Ana Arraes (PSB-PE).

Presidente da Embratur, Dino era apontado como o preferido do Planalto, enquanto Rebelo contava com a preferência da bancada. Já a deputada pernambucana, vice-presidente nacional do PC do B, corria por fora.

Luciana Santos foi a primeira opção de Dilma para o ministério na transição de governo. Foi preterida diante das pressões dos comunistas para manter Orlando, herdado do ex-presidente Lula.

"DIÁRIO OFICIAL"


O "Diário Oficial" da União publicou hoje a exoneração de Orlando Silva do cargo de ministro do Esporte. Na publicação, o secretário-executivo da pasta, Waldemar Manoel Silva de Souza, foi nomeado ministro interino.

Frio e discreto, Aldo perde e ganha sem emoção



Frio e discreto, Aldo perde e ganha sem emoçãoFoto: ANDRE DUSEK/AGÊNCIA ESTADO

COM IMPORTANTES VITÓRIAS POLÍTICAS, DA PRESIDÊNCIA DA UNE À DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, NOVO MINISTRO DO ESPORTE ENTRA FORTE NO GOVERNO EM POSIÇÃO QUE PODE TORNÁ-LO NACIONALMENTE POPULAR; ELE COSTUMA APROVEITAR BEM AS CHANCES

27 de Outubro de 2011 às 14:40
Marco Damiani_247 – Com um chapéu de couro marrom com abas moles enterrado na cabeça, taça de vinho repousada à mesa de um elegante apartamento dos Jardins, em São Paulo, o hoje novo ministro do Esporte Aldo Rebelo ouviu calado quando, via telefone celular do amigo ao lado, chegou a notícia de que o ex-chanceler Celso Amorim havia sido nomeado ministro da Defesa.
- É uma boa escolha. Eu sou candidato ao TCU.
Semanas depois, outra vez Aldo sofreria nova derrota, quando o rolo compressor da candidatura Ana Arraes alquebrou uma a uma, na Câmara dos Deputados que ele presidira (2005-2007), suas chances de conseguir o posto que, paradoxalmente, representaria sua aposentadoria política. Outra vez, a exemplo do que sucedera quando viu a Defesa escapar-lhe, Aldo não deu um pio de reclamação.
Agora, porém, a sorte lhe sorriu. A posse de Aldo no Ministério do Esporte está marcada para a próxima segunda-feira. Hoje, ele chegou por volta das 11h30 ao Palácio da Alvorada, onde se reuniu com a presidente Dilma Rousseff e com o presidente nacional do seu partido, Renato Rabelo. Questionado por jornalistas em sua chegada, ele negou que já estaria confirmado como novo ministro. Outra vez demonstrou sua frieza. À saída, já com o convite oficialmente aceito, disse poucas palavras:
- Aceitei o convite da presidente Dilma. A transição ainda será iniciada.
Para este deputado de cinco mandatos, cururu de carteirinha – é filiado ao PCdoB desde 1977 --, cujo DNA é marcado pelo exercício da secretaria-geral e da presidência da UNE, a emoção não faz parte do jogo. Aldo é um quadro frio.
Ao ruminar em silêncio as derrotas recentes, ele automaticamente se requalificou como candidato coringa da presidente Dilma Rousseff para a primeira eventualidade.
No Esporte, Aldo estará no epicentro dos acontecimentos mais importantes e populares que envolverão a sociedade brasileira – a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Obterá projeção nacional e passa a fazer parte, assim, do pequeno rol de políticos em posição estratégica não apenas para influir, mas participar diretamente das eleições presidenciais de 2014. Em tese, ele, por mais que não goste da antecipação, desponta desde logo como um ‘vice-presidenciável’.
Até chegar lá, porém, Aldo não terá uma vida exatamente fácil. Ao que se viu pela ponta do iceberg da relação entre o Ministério do Esporte e as ONGs pilotadas pelo PC do B, ele terá de desmontar uma grande teia de interesses cruzados, da qual fazem parte chefes e militantes de seu próprio partido. No front externo, vai herdar um relacionamento tenso com a Fifa – uma das recomendações ao novo ministro tornadas públicas pelo Palácio do Planalto foi a de não se aproximar demais da entidade e seus executivos – e uma salada de grandes obras cujos cronogramas estão absolutamente fora de sintonia.
O Maracanã vai ficar pronto para a Copa das Confederações, um ano antes do Mundial de 2014? Porto Alegre terá a Copa no estádio do Inter ou do Grêmio? O que haverá de realidade nos projetos de mobilidade urbana? Interrogações bastante objetivas deste tipo passarão a ser digidas a Aldo, que vai precisar mais do que habilidade, mas de verdadeira organização, para se sair com boas explicações. A ver.