terça-feira, 8 de novembro de 2011

Lobista desmente deputada e defende Agnelo




Lobista desmente deputada e defende Agnelo Foto: Divulgação

OPOSIÇÃO E GOVERNO APRESENTARAM DIFERENTES DEPOIMENTOS DE UM MESMO DENUNCIANTE SOBRE SUAS RELAÇÕES COM O GOVERNADOR. VERSÕES VÃO DESDE PAGAMENTO DE PROPINA ATÉ DEVOLUÇÃO DE EMPRÉSTIMO

08 de Novembro de 2011 às 21:27
Noelle Oliveira_Brasília 247 – Um ex-funcionário da indústria farmacêutica União Química é o novo pivô das denúncias envolvendo o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. Em menos de 24 horas, Daniel Tavares apareceu dos dois lados da história – como acusador e como defensor do petista. Na tarde desta terça-feira (8), o deputado distrital Chico Vigilante (PT) apresentou na Câmara Legislativa um vídeo em que o suposto denunciante aparece dizendo ser amigo de Agnelo e negando que tenha pagado propina ao governador, como havia afirmado a deputada distrital Celina Leão (PSD) na segunda-feira (7).
"Várias pessoas de Brasília, de fora de Brasília, me ofereceram para falar contra o governador Agnelo, mas eu não fiz isso", afirmou Tavares no vídeo de 2 minutos e meio. Celina fez a denúncia baseada em depoimento que colhera do próprio denunciante em 23 de outubro e em um extrato bancário entregue por ele mostrando um depósito na conta do governador no valor de R$ 5 mil. Na época, início de 2008, Agnelo era diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Vigilante afirma que, para denunciar Agnelo, Daniel Tavares recebeu uma proposta da oposição: R$ 400 mil, mais salário de R$ 10 mil por um ano e aluguel no valor de R$ 4 mil. Celina Leão nega a oferta. Segundo a distrital Eliana Pedrosa (PSD), foi ela quem Tavares procurou primeiramente. "Ele disse que estava se sentindo ameaçado." Eliana diz que marcou, em sua casa no Lago Sul, o depoimento do denunciante para Celina Leão, presidente da Comissão de Defesa dos Direito Humanos, Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Legislativa. No fim da conversa, ele teria pedido vantagens a Eliana para assinar a declaração, o que foi recusado.
A deputada Celina Leão nega que tenha visto Tavares pedindo dinheiro, mas confirma o restante da versão da colega. Ambas foram à Polícia Federal depois da sessão entregar as gravações. "Vou pedir que quebrem o sigilo telefônico do Daniel para ver com quem ele conversou ontem e que fez com que mudasse de opinião, assim, tão rápido", disse Celina. As duas deputadas também consultaram a Polícia Civil sobre os procedimentos a serem tomados diante das acusações de Tavares expostas no vídeo divulgado por Chico Vigilante.
O deputado Chico Vigilante, por sua vez, pediu investigações à Mesa Diretora da Câmara Legislativa. "A era dos dossiês e das armações acabou, quem produziu tudo isso terá de pagar." Tanto o vídeo de Tavares negando a propina quanto a degravação do depoimento do denunciante à Comissão de Ética foram entregues ao presidente da Casa, deputado Patrício (PT), que prometeu investigar o caso e condenou a reunião "secreta" da Comissão de Ética. Segundo ele, conforme o Regimento Interno da Casa, as reuniões externas das comissões permanentes só podem ser realizadas com antecedência de, no mínimo, 12 horas, com a convocação de todos os parlamentares que a integram. "Fica claro, portanto, que não houve nenhuma reunião da Comissão de Ética na casa da deputada Eliana Pedrosa", enfatizou. Celina Leão justificou-se dizendo que se tratou de oitiva.
O vaivém das denúncias fez com que, pela primeira vez, a Câmara Legislativa se movimentasse publicamente diante da crise política que atinge o governador e é negada pelo governo. A base aliada, no entanto, ainda se pronuncia de forma tímida. Além de Vigilante, líder do PT, apenas o deputado Wasny de Roure, líder do governo, defendeu Agnelo. Mais cedo, os presidentes dos partidos que compõem a aliança política que elegeu o governador assinaram nota em que reafirmam a confiança no governo e defendem a governabilidade. São 14 partidos.
Após as discussões na Câmara, Agnelo afirmou, também em nota, que está "diante da comprovação dos mecanismos criminosos de que o submundo da política se utiliza no Distrito Federal". Antes, em evento com a presidente Dilma Rousseff, o governador já tinha falado sobre a possibilidade de "montagem" das denúncias. "Estou confiante de que tudo será apurado e de que a verdade começa a ser, agora, restabelecida", disse.

Na TV, Dilma diz que combaterá "malfeitos" sem trégua




Na TV, Dilma diz que combaterá Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

COMENTÁRIO FOI FEITO DURANTE PRONUNCIAMENTO EM REDE NACIONAL DE RÁDIO E TV, EM QUE A PRESIDENTE COMENTOU AÇÕES VOLTADAS PARA A ÁREA DE SAÚDE, ANUNCIADAS PELA MANHÃ EM CERIMÔNIA NO PALÁCIO DO PLANALTO

Por Agência Estado
08 de Novembro de 2011 às 20:59Agência Estado
No meio de mais uma crise política, com denúncias agora atingindo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, a presidente Dilma Rousseff disse hoje que vai fiscalizar gastos e combater "sem tréguas" desvios e malfeitos.
O comentário foi feito durante pronunciamento em rede nacional de rádio e TV, em que a presidente comentou ações voltadas para a área de saúde, anunciadas pela manhã em cerimônia no Palácio do Planalto. "A implantação do Melhor em Casa e do SOS Emergências demanda tempo, dedicação e recursos. Temos uma orientação clara: fazer mais com o que temos e não ficarmos de braços cruzados esperando que os recursos caiam do céu. Para isso, vamos continuar a aperfeiçoar métodos, fiscalizar gastos, acabar com o desperdício e combater sem tréguas os desvios e malfeitos", disse a presidente.
De acordo com Dilma, o governo conseguiu economizar nos seis primeiros meses deste ano cerca de R$ 600 milhões com a implantação de medidas, como a compra centralizada de medicamentos e a realização de auditorias.
A presidente prometeu reduzir o tempo de espera para atendimento de emergência e de internação, além de aumentar o número de médicos na rede pública. Dilma ainda defendeu um pacto republicano na saúde, envolvendo o governo federal, Estados e municípios.
O SOS Emergências pretende melhorar a gestão e o atendimento em hospitais da rede pública - a ação começa em 11 hospitais de grande porte neste ano. Já o Melhor em Casa é voltado para a ampliação do atendimento domiciliar pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Caso USP deflagra guerra política em São Paulo



Caso USP deflagra guerra política em São PauloFoto: ANDRÉ LESSA/AGÊNCIA ESTADO

RETOMADA DA REITORIA PELA POLÍCIA MILITAR MARCA A LARGADA EFETIVA DA CORRIDA ELEITORAL EM SÃO PAULO; FERNANDO HADDAD, CANDIDATO PETISTA, DIZ QUE UNIVERSIDADE NÃO É A “CRACOLÂNDIA”; JOSÉ ANÍBAL, POSSÍVEL ADVERSÁRIO TUCANO, O CHAMA DE “FROUXO”

08 de Novembro de 2011 às 19:50
Cassius Oliveira_247 – A retomada da reitoria da Universidade de São Paulo, na madrugada desta terça-feira, por um batalhão de elite da Polícia Militar de São Paulo, será lembrada como o marco zero da disputa eleitoral em São Paulo. Fernando Haddad, virtual candidato do PT à prefeitura da capital paulistana, disse que a USP não deve ser tratada como “a cracolândia”, reduto dos viciados em crack na cidade. José Aníbal, que pleiteia ser seu adversário no ninho tucano, rebateu, chamando Haddad de “frouxo”. Para o governador paulista, Geraldo Alckmin, a Polícia Militar deu uma “aula de democracia” aos estudantes – 70 deles foram presos e ainda não foram liberados porque não pagaram a fiança.
Na USP, visitada nesta tarde pela reportagem do 247, o clima é de apreensão. Muitos alunos continuam revoltados com a presença da PM dentro do campus e atacam a gestão do reitor João Grandino Rodas, indicado pelo ex-governador José Serra. Uma estudante de artes plásticas, que preferiu não se identificar, falou ao 247: “Este reitor, que implementou o convênio com a PM, não tem nenhuma legitimidade democrática na universidade; ele tem uma inteligência reacionária e processou diversos alunos por uma movimentação politica”, afirma. “É uma inocência achar que ele fez isso (presença da PM no campus) por segurança, foi um oportunismo, pois ele se aproveitou de uma morte para fazer este convênio”. Em setembro deste ano, um aluno foi baleado e morto quando deixava a USP.
Diversos estudantes defendem um policiamento comunitário na USP e têm sido tratados como “maconheiros” e “vagabundos” pelos que defendem uma presença mais ativa da PM no campus – neste mês, três estudantes foram presos fumando maconha na universidade. Para o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que defende a descriminalização das drogas, a vida universitária é “um ritual de passagem” para os jovens e não faz sentido tratar o estudante como um potencial criminoso.
Divisão interna
Alguns estudantes que ocupavam a reitoria falaram que a PM entrou no edifício por volta das cinco horas da manhã arrombando portas e utilizando spray de pimenta para tomar posse do local. Um aluno de Ciências Sociais ilustrou a situação: “Cheguei por volta das 6 horas da manhã e esta rua (em frente ao prédio da reitoria) parecia um campo de batalha, com vários helicópteros da policia, dezenas de viaturas, era realmente uma cena de guerra”. Os estudantes que ocuparam a reitoria estavam preparados com dezenas de coquetéis molotov e bombas caseiras, mas foram surpreendidos pela PM. Eles defendem a melhoria da guarda universitária, aumento da iluminação do campus e alternativas de transporte na USP.
Na Universidade de São Paulo há uma divisão entre os que são a favor da presença da Policia Militar no campus, liderados pelos alunos da Faculdade de Economia e Administração, a FEA, e os que condenam esse policiamento ostensivo. Brian Ogundairo, estudante do primeiro ano de Administração, defende a ideia da PM estar na USP. “Apesar da PM não saber lidar com estudantes, é necessário porque querendo ou não a Guarda Universitária não é preparada para combater criminosos de verdade”. A maioria que é contra é formada por estudantes da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Brian também disse que estes alunos já hostilizaram os alunos da FEA por apoiarem a presença da PM na USP.
O que antes se restringia a uma disputa entre estudantes agora atinge também os pré-candidatos à prefeitura de São Paulo.

Mansão de Senna está a venda por R$ 24 milhões



Mansão de Senna está a venda por R$ 24 milhõesFoto: Divulgação

A PROPRIEDADE SE LOCALIZA NO RESORT QUINTA DO LAGO, EM PORTUGAL; A ÁREA CONTA COM SALÃO DE JOGOS, CAMPO DE FUTEBOL, DE GOLFE E QUADRA DE TÊNIS

08 de Novembro de 2011 às 16:27
A mansão em que Ayrton Senna morava antes de sofrer o acidente em Imola, na Itália, está à venda. A residência localizada no Algarve, em Portugal, está à venda por 10,2 milhões de euros, o equivalente a R$ 24 milhões.
Com muito luxo e bastante sofisticada, a mansão distribui em 10,5 mil m² seis suítes, todas de frente para um jardim com piscina aquecida e água salinizada. A área de lazer conta com salão de jogos, campo de futebol, de golfe, e uma quadra de tênis.
A propriedade, localizada no resort Quinta do Lago, conta com uma casa de hóspedes com três suítes, sala e cozinha. As duas casas passaram recentemente por uma reforma completa.

Nem, com overdose, é atendido na UPA da Rocinha



Nem, com overdose, é atendido na UPA da RocinhaFoto: Divulgação

TRAFICANTE NEM PASSOU MAL DURANTE FESTA DE DESPEDIDA REGADA A DROGAS E ÁLCOOL E BUSCOU SOCORRO EM UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO; ROCINHA VAI RECEBER UNIDADE DE POLÍCIA PACIFICADORA NESTE DOMINGO

08 de Novembro de 2011 às 14:36
Rio 247 _ O chefão do tráfico da Rocinha, Antônio Bonfim Lopes, o Nem, passou mal na madrugada desta segunda-feira , durante festa de despedida da facção criminosa Amigos dos Amigos (ADA), a poucos dias da favela receber nova unidade de polícia pacificadora (UPP). Nem teria tido convulsões após misturar álcool e ecstasy e foi atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da favela. O delegado Carlos Augusto Nogueira Pinto, da 15ª DP (Gávea), ainda investiga a hipótese do traficante ter sido baleado.
O baile de despedida da ADA , foi regada a uísque e drogas, principalmente, sintéticas e contou com a cúpula da quadrilha como Anderson Rosa Mendonça, o Coelho, do São Carlos; Sandro Luís de Paula Amorim, o Lindinho; e Leandro Nunes Botelho Pinto, o Scooby, do Morro dos Macacos. Nem teria exibido também um novo visual para escapar da polícia.
Pela manhã, a polícia recebeu informações de que Nem havia sido baleado na perna, o que acabou não sendo confirmado. A nova UPP da Rocinha será instalada neste domingo, dia 13. Segundo informações da PM, o traficante seguirá para o Morro da Pedreira, em Costa Barros, reduto do bando. Outro destino de parte da quadrilha seria Macaé, no Norte Fluminense.

Esquema de 'hospedagem' na Polinter: 13 prisões



Esquema de 'hospedagem' na Polinter: 13 prisõesFoto: Divulgação

NA CADEIA DE NOVA FRIBURGO, POLICIAIS MANTINHAM CONTROLE SOBRE PERMANÊNCIAS E TRANSFERÊNCIAS DE PRESOS; FICAR ALI PODIA CUSTAR ATÉ R$ 2 MIL POR QUINZENA; VISITAS ÍNTIMAS TAMBÉM ERAM COBRADAS, COMO ACONTECE NOS MOTÉIS; CASA CAIU COM A OPERAÇÃO FARAÓ

Por Agência Estado
08 de Novembro de 2011 às 19:07Agência Estado
13 pessoas foram presas hoje, durante operação contra quadrilha acusada de praticar crimes de concussão, prevaricação, usurpação de função pública e facilitação de acesso a aparelho telefônico a presos no Rio de Janeiro. Cinco suspeitos estão foragidos. Os mandados de prisão foram cumpridos na capital, Niterói, Teresópolis e Nova Friburgo.
Os 16 suspeitos foram denunciados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Entre eles estão o Delegado de Polícia Civil e Coordenador do Núcleo de Controle de Presos (NUCOP), Renato Soares Vieira, oito policiais civis, seis detentos e uma servidora, ao Juízo da 2ª Vara Criminal de Nova Friburgo.
Segundo a denúncia feita pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ), o grupo tinha o controle sobre as transferências dos presos da Polinter - Base Nova Friburgo para outras unidades prisionais. Eles são acusados de montar um esquema de arrecadação de vantagens ilícitas ao exigir dinheiro dos presos ou de seus familiares para impedir essas transferências, como também para a realização de visitas comuns e íntimas. A investigação identificou uma tabela de preços, onde era cobrado R$ 10 por hora por visitas e cerca de R$ 1.500 a R$ 3 mil para evitar transferências de presos.
Denominada Operação Faraó, a ação teve por base investigações iniciadas pela Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Nova Friburgo e, posteriormente, conduzidas pela Corregedoria-Geral Unificada (CGU).
A investigação teve por base prova testemunhal e conversas telefônicas que flagraram diálogos entre os membros da quadrilha descrevendo as práticas criminosas realizadas até outubro deste ano.

Abaixo, notícia a respeito publicada hoje em Rio247:
A operação Faraó, deflagrada pela CGU (Corregedoria Geral Unificada) na manhã desta terça-feira (8), prendeu quatro pessoas acusadas de pertencer a esquema de propina nas carceragens da Polinter. Entre os presos está um delegado, identificado como Renato Soares Vieira, coordenador do Núcleo de Controle de Presos da Polinter (Nucop).
Segundo informações da polícia, a quadrilha cobrava propina para realizar transferências ou permanência dos presos nas carceragens. O grupo também extorquia dinheiro de parentes e de presos para garantir mordomias atrás das grades e visitas. O valor cobrado pelo grupo chegava a R$ 2mil por 15 dias de permanência nos presídios da Polinter.
A ação visa cumprir 16 mandados de prisão e 16 de busca e apreensão. Participam da ação a Corregedoria Geral Unificada (CGU) e da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) nos municípios do Rio, Teresópolis, Friburgo, São Gonçalo, além da Baixada Fluminense. Todos são integrantes de uma quadrilha que atuava na DC Polinter, base de Friburgo. A base de Friburgo já havia sido desativa há cerca de dois meses, como parte da investigação.
De acordo com o delegado Marcelo Fernandes Rodrigues, da Corregedoria da Polícia Civil, nove mandados de prisão são para policiais, sendo sete inspetores, um oficial de cartório e um delegado, já preso. Os outros sete mandados são para quatro homens que já estão presos e dois em prisão temporária. Uma servidora terceirizada do Nucop também é procurada.

Padres presos por crimes sexuais contra crianças



Padres presos por crimes sexuais contra criançasFoto: Divulgação

NO INTERIOR DE SÃO PAULO, JOSÉ AFONSO DÉ (À ESQ.) FOI CONDENADO A 60 ANOS E OITO MESES DE PRISÃO POR ABUSAR SEXUALMENTE DE MENINOS; NO PARANÁ, OUTRO ‘RELIGIOSO’ É PRESO SOB SUSPEITA DE TER ESTUPRADO MENINA DE 7 ANOS; “ESTAVA SÓ BRINCANDO”, DISSE ELE

Por Agência Estado
08 de Novembro de 2011 às 18:55Agência Estado
A Justiça de Franca, no nordeste de São Paulo, condenou o padre José Afonso Dé, de 76 anos, a cumprir 60 anos e oito meses de prisão. A pena é em regime fechado, mas a defesa obteve um habeas corpus para que o religioso responda em liberdade enquanto aguarda o julgamento do recurso.
A decisão partiu da 2ª Vara Criminal e se refere a crimes cometidos ainda no ano passado quando Padre Dé, como era chamado pelos fiéis, dirigia a Paróquia São Vicente de Paulo, no Jardim Tropical. A condenação foi pelos crimes de estupro e atentado violento ao pudor.
Como foi em primeira instância, a decisão ainda cabe recurso e pesou em favor do padre, para que continue livre, sua idade e o fato de até agora não oferecer risco de fuga. Durante o inquérito quatro adolescentes que atuavam ou que chegaram a atuar como coroinhas na igreja, na faixa entre 11 e 16 anos, contaram à polícia que foram molestados pelo religioso.
A decisão saiu há quatro meses, mas somente agora se tornou pública porque corre em segredo de Justiça. O padre chegou a depor na CPI da Pedofilia do Senado Federal, que enviou representantes a Franca.
O religioso está afastado desde o ano passado da igreja e também se nega a falar novamente sobre qualquer assunto que envolva as denúncias.
Em Londrina, a delegada da Mulher Elaine Aparecida Ribeiro disse hoje que as testemunhas ouvidas no inquérito que apura estupro de vulnerável de um padre contra uma menina de sete anos no domingo à tarde, em um clube da cidade, disseram que havia outra criança que também teria sofrido as mesmas agressões. "Só uma esteve no plantão para prestar queixa, mas agora procuro a outra para ver se ele também mexeu com ela", afirmou.
O padre Marco Túlio Simonini, de 51 anos, estava detido até a tarde de ontem em uma cela especial do 2º Distrito Policial mas seu advogado, Abraham Lincoln da Silva, tentava conseguir a liberdade. Em depoimento à delegada, o padre negou que tenha cometido qualquer abuso contra as meninas. "Ele disse que estava só brincando", destacou a delegada.
Testemunhas disseram que a menina de sete anos estaria sentada em seu colo, enquanto ele tocava as partes íntimas dela. A delegada disse que terminará o inquérito nos dez dias previstos por lei. Ela acentuou não ter dúvidas de que o padre realmente estava molestando a menina, embora não tenha havido nenhuma conjunção carnal. "Por isso autuei", afirmou.
Ela estava de plantão na tarde de domingo, quando o flagrante foi registrado. "As provas testemunhais são muitas, da família, dos funcionários do clube, dos seguranças." No domingo, quando perceberam o suposto ato libidinoso, as pessoas que estavam no clube ameaçaram o padre de linchamento. Ele só não aconteceu em razão da chegada da Polícia Militar.
Simonini não era conhecido da família e a identidade de padre somente foi revelada na delegacia. Na tarde de segunda-feira, o reitor do Seminário Paulo VI, padre Rafael Solano, disse que Simonini estava afastado do exercício dos ministérios sacerdotais desde julho de 2010, em razão de estar se tratando de uma forte depressão.
Ele também havia pedido um tempo para pensar sobre a continuidade na carreira, iniciada em 2001. No entanto, morava no seminário e costumava sair para andar de bicicleta. Em alguns domingos, frequentava a piscina de um clube da cidade. Solano disse que nunca houve qualquer reclamação de alguém contra Simonini. Em razão das acusações, ele está suspenso das ordens sacerdotais.

Agnelo diz ser amigo de denunciante



Agnelo diz ser amigo de denuncianteFoto: Thyago Arruda / 247 - 26.10.2011

EX-FUNCIONÁRIO DE UM LABORATÓRIO DE MEDICAMENTOS, DANIEL TAVARES TERIA ACUSADO O GOVERNADOR DO DF DE RECEBER PROPINAS PARA LIBERAR CERTIFICADOS NA ANVISA. ESTE DESQUALIFICOU DEPUTADA DO PSD QUE DIZ TER GRAVADO A DENÚNCIA

08 do 11 de 2011 às 14:49
Noelle Oliveira_Brasília 247 – O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, desqualificou na manhã desta terça-feira (8) as denúncias feitas pela deputada distrital Celina Leão (PSD) envolvendo seu nome. A parlamentar afirma ter ouvido depoimento de Daniel Almeida Tavares, ex-representante do laboratório União Química, que teria denunciado o pagamento de propinas a Agnelo quando o governante ainda dirigia a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O denunciante apresentou documento em que comprova transferência de R$ 5 mil, em janeiro de 2008, para a conta bancária de Agnelo.
No mesmo dia em que a quantia caiu na conta do governador, 25 de janeiro de 2008, a União Química obteve da Anvisa um certificado que assegurava o registro de seus medicamentos e a participação em licitações. Na época, Agnelo era o responsável por conceder o certificado. Visivelmente irritado, o governador considerou a denúncia mais uma montagem para agredi-lo. "Não pode dar crédito para gente do tipo que fez essa denúncia, tem de ter cuidado com isso, com montagem", disse o governador no Palácio do Planalto, após cerimônia de lançamento do Melhor em Casa – Serviço de Atenção Domiciliar do SUS –, que teve a presença da presidente Dilma Rousseff.
Diferentemente do que disse à revista Veja em julho, quando a mesma denúncia foi apresentada, Agnelo afirmou que é amigo de Daniel Tavares e não soube explicar por que, diante da amizade, o colega o estaria denunciando. "O Daniel era uma pessoa amiga minha, que foi militante há anos no PC do B", disse. "Ele trabalhava com um grande amigo meu há 20 anos", complementou, referindo-se a Fernando de Castro Marques, dono da União Química. Para a Veja, Agnelo afirmou que conhecia Tavares "apenas de reuniões oficiais".
O governador sustentou a mesma versão divulgada em nota oficial pela Secretaria de Comunicação de que os R$ 5 mil depositados por Tavares em sua conta seriam referentes ao pagamento de um empréstimo de caráter pessoal. "Como não tem uma denúncia na cidade e estou colocando um monte de empresas que estavam na corrupção como inidôneas, essas pessoas utilizam os seus apoiadores na Câmara Legislativa para continuar a mesma prática", acusou o governador.
Agnelo Queiroz viaja na tarde desta terça-feira (8) a São Paulo. A Secretaria de Comunicação não informou o motivo. A deputada Celina Leão analisa com uma equipe técnica jurídica o que fará com o registro das denúncias que colheu de Daniel Tavares. Pela manhã, ela esteve no Congresso Nacional e conversou com a executiva do DEM, partido que vai ingressar nesta quarta-feira (9) com pedido de impeachment contra Agnelo. As denúncias contra o governador prometem ser pauta na Câmara Legislativa durante a sessão da tarde desta terça-feira. O distrital Chico Vigilante (PT) já adiantou que usará a tribuna do plenário para defender Agnelo.

Alckmin: "Estudantes precisam ter aula de democracia"



Alckmin: Foto: MISTER SHADOW/AGÊNCIA ESTADO

GOVERNADOR DE SÃO PAULO CRITICOU ESTUDANTES DA USP POR "DEPREDAR INSTITUIÇÕES QUE FORAM CONSTRUÍDAS COM DINHEIRO DA POPULAÇÃO QUE PAGA IMPOSTOS"

Por Agência Estado
08 de Novembro de 2011 às 17:12Agência Estado
O governador Geraldo Alckmin afirmou em conversa com jornalistas hoje que os estudantes que invadiram a reitoria da Universidade de São Paulo (USP) precisam ter aula de democracia. "Eu entendo que os estudantes precisam ter aula de democracia, precisam ter aula de respeito ao dinheiro público, respeito ao patrimônio público", disse. "Não é possível depredar instituições que foram construídas com dinheiro da população que paga impostos", acrescentou.
"(Eles) Precisam ter aula de respeito à ordem judicial. É inadmissível isso, é lamentável que tenha que chegar ao ponto de a policia ter que ir lá para fazer cumprir uma decisão judicial, mas ela já foi feita", continuou Alckmin. Anteriormente, ao falar sobre a operação policial para reintegração de posse que aconteceu na manhã de hoje, o governador declarou que "a Polícia Militar mostrou mais uma vez sua competência, sua capacidade de trabalhar nessas questões de alto stress".