segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Empresa de Lacerda enviou US$ 117 milhões para exterior


Em 2008, Novojornal divulgou que entre 2001 e 2002 uma das empresas controlada pelo atual prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), era investigada pela Polícia Federal por suposto envio ilegal de US$ 117 milhões (cerca de R$ 500 milhões, em valores atuais) a uma conta movimentada por doleiros em Nova York.

Na época, Marcio Lacerda, então candidato a prefeito de Belo Horizonte, ajuizou Ação no Juizado Criminal de Belo Horizonte contra o diretor responsável do Novojornal.

Fundamentado em uma Certidão, hoje comprovadamente falsa, emitida pela Polícia Federal, de que Lacerda não estaria sendo investigado, o juiz, descumprindo a tramitação normal do processo e uma decisão superior, condenou o diretor do Novojornal. O processo encontra-se hoje no Superior Tribunal de Justiça (STJ), aguardando para ser enviado para o Supremo Tribunal Federal (STF).

O Certificado pela PF que atestava não existir qualquer investigação que envolvia Marcio Lacerda, desde então tentava tirar a culpa dele.

Mesmo assim, a Polícia Federal confirmou que, as remessas foram feitas em nome da Construtel Tecnologia e Serviços S.A., sem comunicação às autoridades financeiras do país, entre 2001 e 2002. Concluindo, informa: A investigação apura se houve crimes de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Na época das remessas, Marcio Lacerda era sócio majoritário, diretor-presidente e representante legal da empresa.

Hoje, a empresa é dirigida por Gabriel Nascimento de Lacerda, filho do prefeito. Marcio Lacerda, no entanto, é o principal acionista da Macunaíma Participações Ltda, que detém o controle da Construtel.

Apesar de ser o representante legal da empresa à época, ao contrário do que determina a lei, Lacerda inexplicavelmente foi excluído de responsabilidade direta no caso, em uma decisão do delegado da Polícia Federal agora confirmada no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) no último dia 27 de outubro. Para o tribunal, não houve "comprovação objetiva" da responsabilidade de Lacerda nas remessas. Como se para ser responsável pela remessa, deveria Marcio Lacerda ter levado o dinheiro até o exterior.

Informações da PF, reproduzidas na decisão do TRF-1, mostram que houve essa comprovação em relação a Edmundo do Nascimento Pires, homem de confiança de Marcio Lacerda.

Pires era o diretor financeiro da Construtel na época do envio do dinheiro ao exterior. Ele continua até hoje na direção da companhia, ao lado de Gabriel Lacerda.
A participação de Edmundo continua sob investigação. O inquérito agora passará a tramitar na Justiça Federal de Minas Gerais.
Doações

Em 2002, a Construtel foi uma das principais doadoras da campanha de Ciro Gomes à Presidência da República, com uma contribuição de R$ 400 mil. Marcio Lacerda, que doou outros R$ 550 mil, era o responsável pelas finanças da campanha.

A investigação contra a Construtel é um desdobramento da Operação Farol da Colina, de 2004, que descobriu um esquema de lavagem de dinheiro por meio de doleiros. Mais de 50 pessoas foram presas.

Assim como no caso envolvendo a empresa de Lacerda, os dólares eram depositados em subcontas registradas com nomes de fantasia e vinculadas a uma "conta mãe", a Beacon Hill, no banco JP Morgan Chase, em Nova York.

Documentos que fundamentam esta matéria


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Sinal Fechado: infográfico explica funcionamento do suposto esquema

A "corrida pelo ouro" desvendada pelo Ministério Público na operação Sinal Fechado tem vários personagens e eventos. Segundo os promotores de Justiça, o esquema visava fraudar os serviços de registro cartorial de vendas por alienação de veículos e da inspeção veicular (cancelada em fevereiro 2011).

O portal TN Online elaborou um infográfico explicando como, de acordo com informações repassadas pelo Ministério Público, funcionaria o suposto esquema fraudulento no Grande Prêmio do Detran-RN.

Para acompanhar a corrida, basta colocar o cursor do mouse sobre os números indicados no mapa abaixo.


Por @karlisson e Caroline Amorim


http://tribunadonorte.com.br/noticia/sinal-fechado-infografico-explica-funcionamento-do-suposto-esquema/203889

Sinal Fechado: Justiça prorroga prisões de investigados

A Justiça prorrogou a prisão temporária de dez investigados na operação Sinal Fechado. A decisão foi proferida na tarde desta segunda-feira (28), pela juíza Emanuelle Cristina, da 6ª Vara Criminal. Além disso, a Justiça também converteu em prisão preventiva a prisão temporária de Carlos Alberto Zafred Marcelino.

A decisão atende a pedido do Ministério Público Estadual. Caso não fosse acatado, os investigados que estavam cumprindo prisão temporária seriam liberados na manhã da terça-feira (29).

O MP requereu a prorrogação das prisões temporárias sob o argumento de que os documentos apreendidos ainda não puderam ser analisados por estarem sendo reunidos e separados pela Justiça, e ainda pelo fato de nem todos os investigados terem sido interrogados. Sob esse argumento, a juíza decidiu acatar o pedido para a prorrogação das prisões.



Já sobre a conversão da prisão temporária de Carlos Alberto Zafred Marcelino em prisão preventiva, o MP argumentou que isso seria "para a garantia da aplicação da lei penal, visto que foi o único a não ter a constrição cumprida por ter se evadido, encontrando-se em local incerto e não sabido".

Os investigados George Anderson Olímpio da Silveira, Marcus Vinícius Furtado da Cunha e Alcides Fernandes Barbosa, suspeitos de serem os líderes da suposta quadrilha, já estão detidos preventivamente.

Sinal Fechado: vejam como funcionava o esquema e quem está envolvido



24NOVEMBRO
No dia de hoje (24), após nove meses de investigações acerca do contrato da inspeção veicular ambiental no Rio Grande do Norte, o Ministério Público Estadual desencadeou a Operação “Sinal Fechado”, dando cumprimento a 14 mandados de prisão e 25 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Juízo de Direito da 6ª Vara Criminal da Comarca de Natal/RN, que também determinou o sequestro de bens de diversos investigados.
A operação contou com o apoio dos Ministérios Públicos dos Estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, e a colaboração da Polícia Militar do RN, com diligências simultâneas nas cidades de Natal/RN, Parnamirim/RN, São Paulo/SP, Curitiba/PR e Porto Alegre/RS, mobilizando 40 Promotores de Justiça e mais de 250 policiais, que cumpriram as ordens judiciais.
A investigação, conduzida pela Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público da Comarca de Natal, com o auxílio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/RN), descortinou uma organização criminosa que atuou no âmbito do Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN/RN), com ramificações em outros Estados da Federação, no período de 2008 a 2010.
O objeto inicial da apuração foi o contrato da inspeção veicular ambiental no RN. Descobriu-se que, de fato, a quadrilha fraudou desde o processo de elaboração da lei, em meados de 2009, até o processo licitatório, em 2010, chegando ao ponto de determinar o modelo de prestação do serviço – por meio de concessão -, o que permitiria a obtenção de elevados lucros com o contrato, em detrimento do erário e dos cidadãos potiguares.
A fraude à licitação foi tamanha que a organização chegou a elaborar o próprio edital de licitação, direcionando-o para o Consórcio INSPAR, além de elaborar os seus anexos e as respostas às impugnações de empresas concorrentes a este edital, garantido, assim, a vitória do referido consórcio. Com a fraude referente a inspeção veicular, a quadrilha teria um faturamento bruto no montante de R$ 1 bilhão, no prazo da concessão (vinte anos).
Revelou-se que, em verdade, o esquema criminoso instalado no DETRAN/RN envolveu outras fraudes, como a celebração viciada de convênio com o Instituto de Registradores de Títulos e Documentos de Pessoas Jurídicas do RN – IRTDPJ/RN em meados de maio de 2008, e, em seguida, em meados de dezembro de 2010, a contratação emergencial fraudulenta da empresa PLANET BUSINESS LTDA, para o registro dos contratos de financiamento de veículos no Estado do RN.
A investigação identificou, ainda, que o líder da referida quadrilha é GEORGE ANDERSON OLÍMPIO DA SILVEIRA, contando com a participação dos ex-Governadores WILMA MARIA DE FARIA e IBERÊ PAIVA FERREIRA DE SOUZA nestas fraudes, bem como do então Diretor-Geral do DETRAN/RN, CARLOS THEODORICO DE CARVALHO BEZERRA.
Descortinou-se, noutro quadrante, que a organização criminosa comandada por GEORGE OLÍMPIO (empresário, advogado e “lobista”) teria feito pagamento de vantagem indevida (propina) às pessoas de IBERÊ PAIVA FERREIRA DE SOUZA (ex-Governador do RN), JOÃO FAUSTINO FERREIRA NETO (ex-Deputado Federal e Suplente de Senador da República), LAURO MAIA (advogado e filho da ex-Governador WILMA MARIA DE FARIA) e MARCUS VINICIUS FURTADO DA CUNHA, Procurador-Geral do DETRAN/RN à época dos fatos.
As provas produzidas na investigação revelaram, conforme retratado na petição de busca e apreensão, a participação das pessoas de ALCIDES FERNANDES BARBOSA (“lobista” paulista), CARLOS ALBERTO ZAFRED MARCELINO (empresário paulista, sócio da NEEL BRASIL TECNOLOGIA LTDA), MARCO AURÉLIO DONINELLI FERNANDES (empresário gaúcho), JOSÉ GILMAR DE CARVALHO LOPES (GILMAR DA MONTANA, empresário potiguar sócio da MONTANA CONSTRUÇÕES), EDSON CÉZAR CAVALCANTE SILVA (empresário potiguar, sócio da INSPETRANS), EDUARDO DE OLIVEIRA PATRÍCIO (empresário potiguar), CAIO BIAGIO ZULIANI (advogado e sócio de GEORGE OLÍMPIO), JAILSON HERIKSON COSTA DA SILVA (engenheiro e sócio de GEORGE OLÍMPIO), FABIANO LINDEMBERG SANTOS ROMEIRO (contador e operador financeiro da organização criminosa), MARCUS VINICIUS SALDANHA PROCÓPIO (empresário potiguar), JEAN QUEIROZ DE BRITO (empresário potiguar), NILTON JOSÉ DE MEIRA (empresário paranaense), FLÁVIO Ganem Rillo (empresário paranaense), LUIZ ANTÔNIO TAVOLARO (advogado paulista, atual Procurador-Geral do Município de São José do Rio Preto/SP), MARLUCE OLÍMPIO FREIRE (tia de GEORGE OLÍMPIO, Presidente do IRTDPJ/RN) e LUIZ CLÁUDIO MORAIS CORREIA VIANA (sócio de GEORGE OLÍMPIO), nas fraudes em questão, entre outros.
A organização criminosa em comento, conforme apurado, fez investidas em diversos Estados da Federação, havendo provas e/ou indícios de que houve oferecimento de vantagem indevida a agentes públicos, ou de que, simplesmente, se obteve contratações com vícios semelhantes em Estados como, por exemplo, Paraíba, Minas Gerais e Alagoas.
O Ministério Público requereu o sequestro de bens no montante de R$ 35 milhões, valor estimado da fraude relativa ao registro de contratos de financiamento de veículos.
Após o cumprimento das mencionadas ordens judiciais, o Ministério Público analisará os documentos apreendidos e, em tempo hábil, oferecerá denúncia acerca dos fatos delituosos investigados.
* Fonte: MP/RN

A GOTA D’ÁGUA




Os “negócios” de Kassab, Serra, e dos amigos de Agripino Maia e do “operador” João Faustino

Laerte Braga

Tem horas que nem a chamada grande mídia consegue evitar que um ou outro, ou outros, dos bandidos que integram a grande quadrilha das elites políticas e econômicas do País, além de seus prepostos no Congresso, nas prefeituras, governos estaduais, em mandatos públicos, saiam ilesos de tanta bandalheira.

Quando isso acontece a maior parte da mídia ignora o fato, ou noticia superficialmente. O dinheiro que sustenta essa turma vem dessas quadrilhas (lembre-se do contrato de Alckmin com a Editora Abril sem licitação, foi feito também por José Serra) e o jeito acaba sendo a crucificação de um dos aliados, o bode expiatório, um anel para salvar os dedos dos esquemas podres que sustentam o capitalismo no Brasil.

É o que começa a acontecer com o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab acusado de corrupção num inquérito policial sobre contrato sem licitação com uma empresa de nome CONTROLAR. Cuida da vistoria de veículos e outras coisas mais. Opera também no Rio Grande do Norte, braço da quadrilha, ou vice versa, versa vice, tanto faz.

No caso de Kassab são dois aspectos. A necessidade de um bode expiatório para livrar a cara de José Serra – Kassab e outros – e isolar o prefeito de São Paulo. É que Kassab ao fundar o PSD imaginou-se maior do que é; e nesse jogo sórdido tentou criar um partido/moeda para trocas vantajosas em curto e médio prazo num primeiro momento, consolidando a longo prazo um poder sem tamanho nos subterrâneos do Poder Público.

Pensou que pudesse virar Serra, ou FHC. Pelo jeito vai se estrepar nos “negócios”, ou nos sonhos. Nem por isso deixa a Prefeitura pobre ou vai para a cadeia em termos de condenação, de cumprir sentença (tem sempre um Gilmar Mendes para salvar essa turma).

O que significa dizer que, numa certa e boa medida, o crime compensa.

Quando viajou para Londres Kassab estava informado que poderia ser preso, a tal prisão administrativa e tratou de “negociar” com seu comparsas um jeito de evitar o incômodo, digamos assim.

A Operação Sinal Fechado (Polícia Federal, Ministério Público Federal e juízes decentes), entre outras, resultou na prisão de João Faustino, suplente do senador Agripino Maia (DEM/RN) e tucano de filiação. Foi sub-chefe da Casa Civil do governo de José Serra em São Paulo (o chefe da Casa Civil é o atual senador Aluísio Nunes, ex-ministro da Justiça de FHC), deputado federal pelo Rio Grande do Norte em três mandatos e encarregado de arrecadar fundos para a campanha presidencial do tucano em outros estados que não São Paulo.

O filho de Faustino foi solto no fim de semana passado de uma prisão em Minas Gerais. Estava detido para responder sobre os “negócios”.

Kassab foi da base política de Paulo Maluf, secretário do governo de Celso Pitta e vice-prefeito na chapa de José Serra (2004). Assumiu a Prefeitura de São Paulo quando Serra saiu para ser candidato a governador. Foi reeleito em 2008 depois de uma disputa intra muros tucano/democratas com Geraldo Alckmin. O governador José Serra peitado pelos DEMOcratas mandou Alckmin às favas – liderava as pesquisas, Kassab era o terceiro colocado – e colocou todo o esquema a trabalhar para o seu sucessor.

Peitar Serra equivale dizer chantagear. Naquele momento Serra não tinha como sair da chantagem, iria liquidar com sua campanha presidencial em 2010, pagou o preço. Mais ou menos como FHC no escândalo da concorrência do SIVAM, logo no início de seu primeiro mandato. Chantageado engoliu em seco, aceitou o acordo e pagou. São fatos comuns entre bandidos, o tal rabo preso. Um com outro.

No Rio Grande do Norte esse esquema envolve desde João Faustino, um coordenador geral, ao senador Agripino Maia, ao senador Garibaldi Alves, a ex-governadora Wilma qualquer coisa, todos em partidos diferentes (PSDB, DEMO, PMDB e PSB), uma oligarquia que tem o controle da máquina pública e se reveza no saque aos cofres públicos, mais primos, sobrinhos, cunhados, genros, filhos, etc.

O ex-governador de Brasília, José Roberto Arruda, quando preso, era o preferido de José Serra para seu companheiro de chapa. Os inquéritos abertos contra Arruda mostravam que recursos públicos estavam, entre outros cofres particulares, sendo desviados para a pré-campanha do candidato tucano. Serra, numa reunião em Brasília, chegou a dizer que a chapa seria de “dois carecas”, ele e Arruda.

A quadrilha opera em todo o País.

Outro fato que chama atenção são os telegramas da embaixada dos EUA para Washington, dando conta da “indignação” das companhias petrolíferas estrangeiras com a decisão de manter a PETROBRAS como operadora do pré-sal, o fracasso do lobby no Congresso (compraram muitos, mas tem quem não se vende) e a declaração de José Serra, num dos telegramas. O então pré-candidato às eleições de 2010 dizia que era para deixar eles fazerem o que bem entendessem que quando fosse ele, Serra, o presidente, tudo chegaria ao desejado pelos chefes maiores.

O fecho de ouro do esquema iniciado com FHC. O Brasil entreposto do capital estrangeiro. Uma espécie de vice-reinado para a América Latina.

A CONTROLAR começou a operar o esquema de vistoria de veículos no governo Paulo Maluf, se manteve no governo Celso Pitta – já com restrições do MP e do Tribunal de Contas, além de técnicos da Prefeitura – saiu do circuito no governo Marta Suplicy e voltou a toda no governo Serra. Permanece intocada no governo Kassab. Estendeu seu esquema para o Rio Grande do Norte e os planos de João Faustino eram de um faturamento de um bilhão de reais neste ano com os “negócios”.

A íntegra da denúncia do Ministério Público pode ser vista no ANEXO

Já no governo de Celso Pitta, promotores e juízes conseguiram impedir que o “negócio” funcionasse.

Para se ter uma idéia só dos ganhos em São Paulo, o quarto maior aglomerado urbano do mundo e uma frota de sete milhões de veículos, a CONTROLAR inspecionou cerca de um milhão e quinhentos mil desses veículos em 2009 e quatro milhões e meio em 2010, a um custo de R$ 61,98 cada e um faturamento estimado para o ano passado da ordem de R$ 278,91 milhões. O dono de veículo que não pagasse a tarifa estaria impedido de renovar o licenciamento e a multa para tal era de R$ 550,00.

Negócio da China.  

A grande mídia nem toca no assunto, ou toca de leve. Esse tipo de maracutaia não vai para a capa de VEJA. VEJA está no bolso, foi comprada por nove milhões de reais e mais outros contratos semelhantes, só que em outras áreas de operação da quadrilha.

A CONTROLAR opera no Rio Grande do Norte, como os “negócios” da quadrilha se estendem por todo o Brasil, foram feitas prisões em vários estados na Operação Sinal Fechado. O Brasil, para esse tipo de gente, é apenas um “negócio” a mais. Nada, além disso.

O esquema da CONTROLAR no Rio Grande do Norte foi montado após o de São Paulo e José Serra, como governador, estendeu as “operações” a outros 217 municípios paulistas. E no meio do caminho a CONTROLAR foi vendida ao grupo CAMARGO CORRÊA, “patrióticos” empreiteiros e bandidos que operam em todos os ramos de “negócios” no Brasil.

O assunto foi ignorado pelo jornal O GLOBO, pelo portal de Daniel Dantas, o IG, um ou outro toque num ou noutro esquema da mídia e sempre de leve, como é que a mídia vai sobreviver sem o dinheiro dessa turma?

Edson José Fernandes Ferreira, o “Edson Faustino” foi preso em Minas, na Operação João Barro, solto agora no dia 25 de novembro. É filho de João Faustino, o do Rio Grande do Norte que operava em São Paulo e no estado nordestino. Serra não trouxe só esse esquema do Rio Grande do Norte não. Roberto Freire veio também, virou conselheiro dum trem qualquer em São Paulo; havia perdido as eleições em Pernambuco e acabou de novo deputado, agora por São Paulo. Fundiu o PPS com a quadrilha DEMO/PSDB/PMDB tucano/PSB e outros.

O volume de “negócios” da quadrilha é maior que o revelado pela operação Sinal Fechado. Cobre todos os setores do Estado brasileiro, das máquinas estaduais onde a quadrilha colocou as garras, envolve as elites empresariais, financeiras e latifundiários no País e fora do País.

Vai da inspeção de veículos ao lixo, aos serviços de saúde terceirizados, tem campo fértil em Minas Gerais onde Aécio pontifica com a aberração Antônio Anastasia. As brigas internas são brigas de poder, coisa comum e corriqueira entre máfias. Às grandes obras públicas, não há um setor onde não tenham presença, tudo.

As informações obtidas e reveladas aqui passam pelo NOMINUTO, como porSinal Fechado: vejam como funcionava o esquema e quem está envolvido  ou no Território Livre da Laurita Arruda (várias postagens desde 24/11/11) e/ou, ainda no blog do Ailton (também com várias postagens desde 24/11/11)  mais as postagens no blog da Thais Galvão.

Há um monte de operações da Polícia Federal onde a turma está envolvida, com um detalhe fundamental. É grande o número de prefeituras em todo o País onde a quadrilha tem ramificações.

Em todos os estados sem exceção.

Não existe alternativa dentro desse modelo, do chamado mundo institucional. O cineasta Sílvio Tendler em proposta que faz para o Congresso Nacional mostra a falência de toda essa estrutura e propõe reações que, certamente, os mafiosos montados em cavalos com a bandeira da integridade – para inglês ver – não vão aceitar.

O que acontece em São Paulo, no Rio Grande do Norte, no Espírito Santo, em Minas, no Rio com Sérgio Cabral e no Espírito Santo com Casagrande (fantoche), a luta pelos royalties é fachada para a entrega do pré-sal.

Os caras são criminosos e o faturamento de Nem da Rocinha perto dessas quadrilhas faz do traficante “micro-empresário”.

Acabar com essas máfias é só querer. Não vão querer, eles próprios se julgam e se auto absolvem a despeito de promotores e juízes dignos (tem sempre um Gilmar Mendes).

A luta é nas ruas, é contra eles e o modelo. E antes que o vendaval de podridão caia sobre os trabalhadores e a própria classe média, embevecida porque troca de carro todos os anos perca o sono, porque vai acabar andando a pé.

Nessa altura do campeonato Nem, Fernandinho Beira-Mar e outros devem estar imaginando em suas celas que teria sido melhor virar tucano e tentar um mandato qualquer, ou em qualquer partido.

Esse modelo político e econômico foi desenhado para quadrilhas e os que lutam com bravura de caráter, dignidade, acabam como na igreja onde o sino é de madeira. Não ecoa.  

Paranóia petista?




Sonia Montenegro

Sonia Montenegro em 28.11.2011

Que NUNCA MAIS se diga que é paranóia do PT ou da esquerda, quando afirmam que a “grande” imprensa brasileira é parcial e descaradamente contra eles.

Em entrevista à GloboNews ontem, no programaDossiê GloboNews, ao jornalista Geneton Moraes Neto, o ex-todo-poderoso da Rede Globo, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, afirmou que a Globo foi procurada pelo comitê do Collor, quando da 1ª eleição direta para a presidência da República em 1989, e o candidato foi orientado pela equipe de marqueteiros da emissora.

Era consenso de que Lula vencera o 1º debate, portanto, tinham que reverter o quadro para o 2º, contra o enorme perigo que seria a eleição de Lula, e então fabricaram a imagem do Collor. Colocaram nele um silicone no rosto para dar a aparência de suor e tiraram a gravata, para disfarçar sua aparência de “mauricinho”, dando-lhe um aspecto mais “popular”.

Arbitrariamente, a emissora já tinha exibido parte do programa eleitoral do Collor no Jornal Nacional, que antecede a novela no horário nobre da emissora, vista por um número de espectadores muito maior do que o da audiência do horário eleitoral gratuito, do depoimento de Miriam Cordeiro, antiga namorada e mãe de uma filha de Lula, quando ele era viúvo, dizendo que ele ofereceu dinheiro para que ela provocasse um aborto. Tempos depois ela se confessou “arrependida”, e que o fez por de 24 mil dólares.

Mas o Boni disse ainda diz que colocaram na mesa do Collor, uma série de pastas, induzindo que seriam novas denúncias contra Lula. Por mais que Lula tivesse a sua consciência tranquila, tinha sido acusado de forma vil, com o respaldo da maior emissora do país, portanto, até prova em contrário, qualquer denúncia seria “verdadeira”, e lá poderia conter outras tantas mentiras, que a Globo se encarregaria de dar fé.

Durante o debate, o Collor fingia que ia consultar as pastas e, no final, mostrou que estavam vazias, fato confirmado pelo Boni na entrevista.

O candidato escolhido pela emissora sofreu impedimento. O candidato que ela prejudicou, governou por 8 anos e terminou o mandato com 87% de aprovação popular, o que o levou a eleger sua sucessora, mas a Globo garante que quer o bem do povo brasileiro.

Ex-Globo, Boni confessa o que todos já sabiam



Ex-Globo, Boni confessa o que todos já sabiamFoto: MAURO PIMENTEL/AGÊNCIA ESTADO

EX-TODO PODEROSO ADMITE SEGREDO DE POLICHINELO EM UM DOS MAIORES EVENTOS LITERÁRIOS DO ANO: O LANÇAMENTO DE SEU LIVRO, "O LIVRO DO BONI". EM ENTREVISTA À GLOBO NEWS, JOSÉ BONIFÁCIO SOBRINHO DETALHA MANIPULAÇÃO DA EMISSORA NO DEBATE DE 1989, ENTRE COLLOR E LULA. NESTA NOITE, ELE ESTARÁ NO PROGRAMA DO JÔ

28 de Novembro de 2011 às 20:56
247 - Todos já sabiam sobre a manipulação de imagens por parte do jornalismo da Rede Globo, no Jornal Nacional, um dia depois do debate do dia 14 de dezembro de 1989 entre os candidatos à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Collor de Mello. Agora, no entanto, 22 anos após o ocorrido, o homem que formatou o “Padrão Globo de Qualidade” simula uma "revelação bombástica" para lançar sua nova obra, "O Livro do Boni": a Globo manipulou o debate.
Em entrevista ao jornalista Geneton Moraes Neto, transmitida pela Globo News, José Bonifácio Sobrinho, o Boni, dá detalhes da noite do debate, cuja repercussão foi considerada fundamental para a vitória no segundo turno de Collor de Mello, uma vez que antes do acontecimento os dois políticos estavam em situação de empate técnico.
Boni admitiu que a emissora assumiu o lado de Fernando Collor de Mello. Segundo ele, após ser procurado pela assessoria do ex-presidente, o superintendente executivo da Globo, Miguel Pires Gonçalves, pediu que ele palpitasse no evento. “Eu achei que a briga do Collor com o Lula nos debates estava desigual, porque o Lula era o povo e o Collor era a autoridade”, contou. “Então nós conseguimos tirar a gravata do Collor, botar um pouco de suor com uma 'glicerinazinha' e colocamos as pastas todas que estavam ali com supostas denúncias contra o Lula – mas as pastas estavam inteiramente vazias ou com papéis em branco”, disse Boni. “Todo aquele debate foi [produzido] – não o conteúdo, o conteúdo era do Collor mesmo -, mas a parte formal nós é que fizemos”.
Ao contar algo que todos já sabiam, fazendo questão de acrescentar detalhes picantes, para ter mais repercussão - trechos de sua entrevista já foi replicada por diversos veículos e portais de comunicação - o ex-chefão da Globo conseguiu protagonizar um dos maiores eventos literários do ano. Nesta noite, ele estará no Programa do Jô, também da TV Globo, também com o objetivo de lançar o livro. Certamente haverá mais detalhes sobre a noite de 14 de dezembro de 1989.
Com informações do portal Panorama Mercantil.

Faustino é amigo do Cerra há 50 anos. Será ele o Marcos Valério II ?


Saiu no Blog do Barbosa notícia sobre João Faustino, suplente do Senador Agripino Maia e hoje devidamente encarcerado, e a pergunta que não quer calar: será João Faustino o Marcos Valério do Cerra ?

João Faustino lembra nome de Jarbas para vice do PSDB


por Carlos A. Barbosa | agosto 10, 2009 | Hora postada: 15:43


O presidente de honra do PSDB no Rio Grande do Norte, João Faustino, esteve neste último sábado (8), como um dos destaques nas páginas do Jornal do Commercio, maior veículo da mídia impressa de Pernambuco. O ex-deputado foi entrevistado pela jornalista Ana Lúcia Andrade e entre outros assuntos falou da sua relação com o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e sobre política, ressaltando a campanha eleitoral de 2010. Segue abaixo a entrevista na íntegra:


ENTREVISTA / JOÃO FAUSTINO FERREIRA


“O vice do PSDB tem de ser do Nordeste”


Primeiro suplente do senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), João Faustino Ferreira acompanha José Serra há 50 anos. Deixou a chefia do Gabinete Civil do governo tucano, em janeiro, para “colaborar com o projeto 2010″. Traduzindo: coordenar a campanha presidencial de Serra no Nordeste. Pernambucano de Aliança, Mata Norte, João Faustino defende que o vice do PSDB – seja Serra ou Aécio o candidato – deve ser nordestino. E entre os líderes da região, diz não encontrar nome melhor do que o do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB).


JORNAL DO COMMERCIO – Qual é a sua relação com o governador José Serra?

JOÃO FAUSTINO FERREIRA – Eu era subchefe do Gabinete Civil do governo de São Paulo. Deixei essa função para colaborar com o governador. Ele ainda não formou sua equipe de coordenação (de campanha), não existe ainda um coordenador, nem coordenadores regionais. Estou colaborando na condição de amigo pessoal dele, de colaborador que sou dele. Fui vice líder de Serra na Câmara dos Deputados. Sempre que convocado por ele, como eu tenho sido, procuro colaborar com esse projeto de 2010. Esse projeto (2010) ele só quer deflagrar a partir de fevereiro do ano que vem. Os eventos dos quais ele participa são eventos meramente administrativos, culturais, não têm assim a conotação nitidamente política. Tanto que em Exu ele fez questão de ser recebido quase que exclusivamente por lideranças locais.


JC – Mas foi inevitável não perceber o governador como pré-candidato a presidente.

FAUSTINO – Apesar de passarem lá o senador Sérgio Guerra e outras lideranças locais, não se teve essa conotação. Porque não estamos em campanha ou fazendo proselitismo político.


JC – Quando o senhor foi afastado da subchefia do Gabinete Civil do governo Serra?

FAUSTINO – Em janeiro desse ano.


JC – Para assumir a coordenação da pré-campanha de José Serra no Nordeste?

FAUSTINO – Exatamente por não se estar em campanha é que não existe coordenador. Existem pessoas que colaboram com esse momento do governador – na condição de líder nacional que ele é – em várias regiões do país.


JC – Mas o senhor é filiado ao PSDB ou foi contratado pelo partido?

FAUSTINO – Eu sou fundador do partido. Sou uma das 18 assinaturas da aprovação do manifesto partidário (manifesto de criação do PSDB). Em Pernambuco, eu estive ao lado de Cristina Tavares (ex-deputada federal que faleceu em 1992), Egídio Ferreira Lima (ex-deputado federal), para não falar em Mário Covas (ex-governador de São Paulo que faleceu em 2001), Franco Montoro (ex-governador de São Paulo que faleceu em 1999), José Richa (ex-senador pelo Paraná que faleceu em 2003), Pimenta da Veiga (ex-presidente nacional do PSDB). Portanto, tenho uma presença partidária de fundador do partido. Me interesso muito por esse projeto de 2010, essa presença em várias regiões do país.


JC – O senhor é nordestino?

FAUSTINO – Sou Pernambucano, mas faço política no Rio Grande do Norte. Fui deputado por 16 anos, quatro mandatos, e hoje sou o primeiro suplente do senador Garibaldi Alves. Meu território político é o Rio Grande do Norte.


JC – Uma função de subchefe do governo de Serra presume uma razoável proximidade do senhor com o governador.

FAUSTINO – Eu conheço Serra há 50 anos. Fizemos política estudantil juntos. Participamos do Congresso (estudantil) de Santo André (SP), em 1963. Trabalhei com ele para que fosse presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), hoje transformada em casa de pelegos. Na época eu fazia política estudantil no Rio Grande do Norte e era presidente da UEE (União Estadual dos Estudantes) e Serra era presidente da UEE em São Paulo. Depois, ele foi para o exílio e eu fiquei por aqui. Fui perseguido pelo regime militar, preso, mas fiquei no batente. Com a volta de Serra, ele se elege deputado federal e me convoca para ser vice-líder dele. Depois, quando ele foi ministro da Saúde, servimos juntos ao governo Fernando Henrique. Já sem mandato, eu ocupei o cargo de secretário-geral da Presidência da República. Nós sempre tivemos um excelente relacionamento.


JC – Que avaliação o senhor faz da recepção de José Serra no Nordeste em sua passagem por Exu?

FAUSTINO – Eu vou lhe dar uma pesquisa que foi feita recentemente no meu estado, o Rio Grande do Norte. Serra tem 37%, Dilma tem 17% e Ciro Gomes tem 15%. Então, no meu estado ele tem uma aceitação muito positiva.


JC – Mas em Pernambuco o presidente Lula é muito forte. E ele atuará como cabo eleitoral da ministra Dilma nessa eleição…

FAUSTINO – É, é a terra do presidente. Ele está muito presente aí, isso pode ter um quadro diferente.


JC – E o que pode equilibrar esse jogo em Pernambuco?

FAUSTINO – A força da liderança do senador Jarbas Vasconcelos.


JC – Como candidato a vice de Serra ou a governador do Estado?

FAUSTINO – Jarbas é referência nacional. É um dos quadros mais sérios, competentes e mais brilhantes que o Brasil possui neste momento. Qualquer candidato a presidente se sentiria orgulhoso, gratificado e seguro de tê-lo como vice. Mas agora tudo isso é apenas um desejo meu e de alguns militantes do PSDB. Isso depende das decisões partidárias. Jarbas está no PMDB, que é um partido dividido e hoje muito próximo do governo federal. Tudo isso dificulta, não tenha dúvida.


JC – Mas na sua avaliação, para o projeto Serra, o senador Jarbas contribuiria mais sendo vice ou candidato a governador?

FAUSTINO – Veja bem, o candidato a vice presidente na chapa do PSDB – seja o candidato a presidente Serra ou Aécio Neves -, tem de ser do Nordeste. E não há nome mais qualificado, de maior expressão, do que o senador Jarbas Vasconcelos.