terça-feira, 29 de novembro de 2011

Serra teme perder apoio de Kassab, diz tucano




Serra tem medo de perder o apoio de Kassab, diz tucano



Declaração de dirigente foi dada após debate entre pré-candidatos tucanos à Prefeitura de São Paulo na noite da segunda-feira, 28



Após a realização de um debate entre os quatro pré-candidatos tucanos à Prefeitura de São Paulo, na noite desta segunda-feira, 28, um dirigente tucano resumiu com a seguinte frase a tensão vivida pelo PSDB paulista nos últimos dias: “o problema é que Serra tem medo de perder o apoio do Kassab”. De acordo com ele, o ex-prefeito e ex-governador de São Paulo tem falado claramente a interlocutores sobre isso. Para Serra, diz ele, a questão não é só São Paulo, mas também outras regiões do País, onde o PSD, partido criado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, conquistou apoios importantes.



A preocupação, acrescenta, é sobretudo em relação ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), com quem Kassab tem mantido conversas. Campos, além de ser presidente nacional do PSB, é fenômeno de popularidade no Nordeste e tem seu apoio disputado por várias legendas. Além disso, o Estadão mostrou que o PT estaria preprarando uma estratégia para blindar Kassab, em função das alianças em outros Estados.



Apesar de tudo isso, o dirigente não desconsiderou de todo a possibilidade de o PSDB apoiar o PSD após a realização de todos os debates das prévias. Ele também defendeu uma eventual participação do PDT na coligação, o que, na sua avaliação, daria maior penetração ao partido no movimento sindical.

Divisão no ninho tucano. A tensão entre os tucanos e o prefeito Gilberto Kassab ficou evidente durante debate realizado na noite da segunda-feira, 28, quando três dos quatro pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo criticaram a gestão do prefeito. O deputado federal Ricardo Trípoli, que foi o menos incisivo, lembrou que os quatro foram desacreditados quando iniciaram a campanha pelas prévias. Já o secretário estadual de Energia, José Aníbal, reclamou da “lerdeza” dos serviços da prefeitura e afirmou que as subprefeituras viraram “zeladorias”. O secretário estadual de Cultura, Andrea Matarazzo, pediu melhorias no transporte e disse que é preciso enfrentar as empresas de ônibus – calcanhar de Aquiles da gestão Kassab.



“Só um povo muito consciente para me eleger”, afirma Capiberibe



“Só um povo muito consciente para me eleger”, afirma CapiberibeFoto: Valter Campanato/AGÊNCIA BRASIL

APÓS SER BARRADO PELA LEI DA FICHA LIMPA, O SENADOR JOÃO CAPIBERIBE (PSB-AP) TOMOU POSSE HOJE DEPOIS DE DECISÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF) QUE DERRUBOU A NORMA PARA AS ELEIÇÕES DO ANO PASSADO

29 de Novembro de 2011 às 21:37
Evam Sena_247, em Brasília – O senador João Capiberibe (PSB-AP), barrado pela Lei da Ficha Limpa, tomou posse hoje depois de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que derrubou a norma para as eleições do ano passado. A posse foi dada pelo seu adversário histórico, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Os dois chegaram a se cumprimentar, de forma protocolar.
João Capiberibe, ex-governador do Amapá, foi barrado pela Lei da Ficha Limpa, por ter sido condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela compra de votos no valor de R$ 26 reais nas eleições de 2002. Sua mulher e deputada Janete Capiberibe (PSB-AP) também foi cassada. No pleito do ano passado, Capiberibe ficou em segundo lugar na disputa pelo Senado com 130.411 votos, mas não pôde assumir. Em seu lugar, tomou posse o aliado de Sarney Gilvan Borges (PMDB-AP).
O caso da compra de voltas sofreu uma reviravolta depois que uma das testemunhas mudou seu depoimento e acusou Gilvam Borges de ter comprado testemunhas. Capiberibe acusa também Sarney no envolvimento na compra de testemunhas.
Em discurso na tribuna, o senador do PSB, lembrou sua trajetória política, que passou pela luta contra a ditadura na mesma ALN (Aliança Nacional Libertadora) do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP). Ele acusou o TSE de ter "jogado para a plateia" ao decidir pela sua cassação. Capiberibe propôs um pacto a Sarney para deixarem de lado as "diferenças políticas" em favor do Amapá.
Em entrevista à imprensa, Capiberibe, pai do atual do governador do Amapá, Camilo Capiberibe, afirmou: “Só um povo muito consciente para me eleger. Não é fácil ser eleito nas condições que eu fui, tachado de ficha suja. Não tem melhor juiz que o povo. Desqualificar a escolha do povo é desqualificar a democracia”. Ele comparou a acusação de compra de votos com a prisão na ditadura. “Pior do que prisão, tortura e exílio é ser vítima de uma acusação infame”, declarou.
Representante de um estado na Amazônia Legal, Capiberibe vai participar da votação do novo Código Florestal no plenário do Senado amanhã. Ele criticou o texto aprovado na Comissão de Meio Ambiente no tocante à anistia aos desmatadores e diminuição do rigor nas áreas de preservação. “Os desastres naturais, como deslizamentos no Rio de Janeiro, deveriam alertar que o desmatamento será pior no futuro”, disse.
Capiberibe é o segundo senador enquadrado pela Ficha Limpa que toma posse, depois de Cássio Cunha Lima (PSDB-PB). O STF ainda vai julgar o caso do ex-governador do Pará e ex-senador Jader Barbalho. Capiberibe será o quarto senador do PSB. Com as mudanças, o PMDB perde duas vagas, de Gilvan Borges e de Wilson Santiago (PMDB-PB). Se Jader voltar ao Senado, quem sairá é a senador Marinor Brito (PSOL-PA).

A boquinha tucana de João Faustino em São Paulo



Foto: Divulgação

DETIDO PELA OPERAÇÃO SINAL FECHADO, O EX-DEPUTADO E SUPLENTE DE SENADOR RECEBIA, ATÉ O ANO PASSADO, REMUNERAÇÃO MENSAL DE DUAS ESTATAIS PAULISTAS DE TRANSPORTE; TANTO NO GOVERNO DE JOSÉ SERRA (À ESQ.) QUANTO NO DE GERALDO ALCKMIN (À DIR.)

29 de Novembro de 2011 às 20:41
247 – Detido por conta da investigação de um esquema de fraudes em licitações do Detran do Rio Grande do Norte, o suplemente de senador João Faustino (PSDB-RN) recebeu, até julho do ano passado, remuneração mensal da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) de São Paulo. O pagamento de jetons que variavam de R$ 3,5 mil a R$ 4,4 mil pelas estatais de São Paulo aproxima ainda mais o ex-deputado detido do ex-governador José Serra e do atual governador do estado, Geraldo Alckmin.
Enquanto Serra foi governador de São Paulo, Faustino despachava no Palácio dos Bandeirantes, como subchefe da Casa Civil. Naquela época, ele estava diretamente subordinado ao então chefe da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, hoje senador pelo PSDB. Quando Serra se tornou presidenciável, João Faustino passou a coordenar as atividades da campanha – inclusive a arrecadação de recursos – fora de São Paulo. Mas não deixou de receber das estatais paulistas.
Hoje acusado de fazer lobby para um consórcio envolvido no esquema da inspeção veicular, Faustino era apenas um dos dez ex-parlamentares que as empresas do governo de São Paulo empregaram até o ano passado em seus conselhos de administração, entre eles a ex-vereadora e ex-subprefeita Soninha Francine (PPS). A lista incluía políticos de partidos como PSDB, PPS e DEM, de estados como Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Tocantins. Todos recebiam, por reunião mensal, entre R$ 3,5 mil e R$ 4,4 mil, o chamado jetom – como o regulamento permite até duas sessões remuneradas por mês, eles podiam acumular até R$ 8,8 mil em 30 dias.
A conexão Rio Grande do Norte–São Paulo foi reforçada ainda mais nesta segunda-feira, quando o procurador jurídico da prefeitura de São José do Rio Preto, Luiz Antonio Tavolaro, deixou o cargo sob a acusação de integrar a quadrilha que controlava o serviço de inspeção veicular no estado nordestino. Ex-diretor Jurídico da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A de São Paulo), Tavolaro foi um dos responsáveis pela licitação que contratou o consórcio Inspar para o serviço de inspeção veicular no Rio Grande do Norte.

Acusado de controlar esquema em inspeção veicular pede demissão



Acusado de controlar esquema em inspeção veicular pede demissãoFoto: DIVULGAÇÃO

PROCURADOR JURÍDICO DA PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, NO INTERIOR PAULISTA, LUIZ ANTONIO TAVOLARO SE DEMITIU EM MEIO A INVESTIGAÇÕES DE FRAUDE NA INSPEÇÃO VEICULAR NO RIO GRANDE DO NORTE E EM SÃO PAULO

Por Agência Estado
29 de Novembro de 2011 às 17:21Agência Estado
Acusado de integrar a quadrilha que controlava o serviço de inspeção veicular no Rio Grande do Norte, o procurador jurídico da Prefeitura de São José do Rio Preto, Luiz Antonio Tavolaro, se demitiu nesta segunda-feira. A demissão ocorre no momento em que o Ministério Público Estadual abre investigação para apurar suposta fraude em licitação de R$ 18,3 milhões para a construção de uma avenida e uma ponte. Mas, segundo ele, a demissão ocorre para não desgastar o governo do prefeito Valdomiro Lopes (PSB) e para que tenha tempo de se defender das acusações imputadas a ele pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte.
Tavolaro levantou suspeita do MP de Rio Preto desde que seu nome surgiu, na semana passada, como um dos responsáveis pela licitação que contratou o consórcio Inspar para o serviço de inspeção veicular no Rio Grande do Norte, onde dez pessoas continuam presas, entre elas João Faustino, suplente do senador José Agripino (DEM) e ex-subsecretário da Casa Civil do governo do Estado de São Paulo na gestão de José Serra. Segundo o MP do Rio Grande do Norte, por meio de um lobista indicado por Faustino, a Inspar repassava 5% do faturamento para a Controlar.
De acordo com os promotores do Rio Grande do Norte, Tavolaro, que possui um escritório em São Paulo, foi o responsável por elaborar o projeto da lei que criou a inspeção veicular naquele Estado. Ele também teria colaborado na formatação do edital e na eliminação das empresas concorrentes que participaram da licitação para contratar o serviço. A lei teria sido feita para beneficiar os donos do consórcio Inspar que venceu a licitação.
Tavolaro e o empresário Harald Peter Zwetkoff, presidente da Controlar, empresa responsável pela inspeção em São Paulo, teriam formatado a concorrência de acordo com os interesses do Inspar. Para não participar da concorrência, a Controlar teria ficado com 5% do faturamento do consórcio Inspar.
Em Rio Preto, Tavolaro articulou licitações de mais de R$ 100 milhões na Prefeitura. Mas segundo o promotor de Justiça Carlos Romani, de Rio Preto, o inquérito aberto hoje não tem ligações com outras licitações.
Ele é especifico sobre a construção de uma avenida próxima da Represa Municipal e de uma ponte sobre a BR-153, cuja licitação teria a empreiteira Constroeste como futura vencedora. O inquérito foi aberto depois que um empresário, cuja identidade está sendo preservada, disse ao Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) que foi ameaçado por Tavolaro para não participar da concorrência porque a obra já estaria reservada para a Constroeste pelo valor aproximado de R$ 19 milhões.

Justiça suspende afastamento de presidente do metrô de SP



Justiça suspende afastamento de presidente do metrô de SPFoto: Divulgação

NO ÚLTIMO DIA 18, A JUSTIÇA DE SÃO PAULO DETERMINADO EM CARÁTER LIMINAR O AFASTAMENTO IMEDIATO DE SÉRGIO AVELLEDA, DEVIDO A PROCESSO QUE INVESTIGA IRREGULARIDADES NAS OBRAS DA LINHA 5-LILÁS

29 de Novembro de 2011 às 17:40
Fernando Porfírio _247 - O Tribunal de Justiça mandou o presidente do Metrô, Sérgio Avelleda, de volta ao cargo. A decisão é do desembargador Franklin Nogueira, da 1ª Câmara de Direito Público. O desembargador suspendeu em parte a determinação do presidente do TJ, José Roberto Bedran que, na semana passada, liberou a continuidade das obras da linha 5-lilás do metrô de São Paulo, mas manteve o presidente da companhia fora do cargo.
No dia 18, a Justiça de São Paulo havia determinado em caráter liminar, o afastamento imediato do presidente do Metrô de São Paulo, Sérgio Avelleda. Ele não poderia voltar ao cargo até o julgamento final do processo que investiga irregularidades nas obras da linha 5-lilás.
A decisão também determinou a paralisação das obras da linha 5-lilás (de Adolfo Pinheiro à Chácara Klabin), do metrô. A obra é orçada em R$ 4 bilhões. Cabe recurso ao Tribunal de Justiça.
A liminar foi dada pela juíza da 9ª Vara da Fazenda Pública da Capital, Simone Cassoretti. A magistrada determinou que, no caso de descumprimento da medida, o Estado estará sujeito ao pagamento de multa diária de R$ 100 mil.
Os pedidos foram feitos pelo Ministério Público em uma ação civil pública apresentada pela Promotoria do Patrimônio Público e Social da Capital. O MP pediu a anulação dos contratos de extensão da linha 5-lilás, sob a alegação de que houve irregularidades na licitação e prejuízo aos cofres públicos.
A juíza entendeu que a competitividade constitui um dos alicerces da licitação, para a realização dos princípios as isonomia, da economicidade e da supremacia do interesse público sobre o privado.
Em abril de 2010, o jornal “Folha de S.Paulo” registrou em cartório um documento antecipando o nome das empresas vencedoras da licitação antes da abertura dos envelopes com as propostas dos concorrentes.
O Ministério Público pede a responsabilização das construtoras e a condenação de Avelleda por improbidade administrativa. O caso será apreciado no mérito da ação civil pública.
A Promotoria também alega que há indícios de formação de cartel e contesta as regras do edital de licitação feito pelo Metrô.

Ronaldo assume Copa com conflito de interesses



Ronaldo assume Copa com conflito de interessesFoto: Divulgação

FENÔMENO PODE SUBSTITUIR RICARDO TEIXEIRA NO COMITÊ ORGANIZADOR DA COPA DE 2014, MAS SUA POSSÍVEL ATUAÇÃO PARALELA COMO EMPRESÁRIO JÁ CAUSA INCÔMODO; LUCAS, NEYMAR E LEANDRO DAMIÃO, QUE MIRAM A COPA, SÃO AGENCIADOS PELA 9INE

29 de Novembro de 2011 às 15:23
247- Após muitas especulações, Ronaldo aceitou o convite de Ricardo Teixeira e foi anunciado como o presidente do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014 (COL). Quem estava no cargo era o próprio presidente da CBF, o que era visto com maus olhos pelos especialistas, já que o COL deveria ser um elo entre a confederação local e as entidades públicas. O anúncio de Ronaldo, por outro lado, também não agradou tanto, já que hoje ele atua como empresário no ramo.
Em Copas anteriores, craques dos países sede já ocuparam o cargo que organiza internamente o principal evento esportivo do mundo. Franz Beckenbauer foi o responsável na Alemanha, enquanto Michel Platini foi o presidente do COL na França, antes de ser eleito presidente da UEFA e principal candidato à sucessão de Joseph Blatter na FIFA.
Embora Ronaldo tenha afirmado que vai exigir autonomia para permanecer no cargo – em resposta ao temor de que ele seja apenas uma marionete de Teixeira –, seu envolvimento com marcas patrocinadoras e a atuação como empresário de jogadores já levanta suspeitas. Ao saber da nomeação, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) destacou o conflito de interesses. A empresa de Ronaldo, 9ine, agencia Neymar e Ganso, do Santos, Leandro Damião, do Internacional de Porto Alegre, e Lucas, do São Paulo.
Fenômeno dentro de campo e cada vez mais também fora dele, Ronaldo deve se reunir com os mandatários do futebol brasileiro nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro, para resolver os últimos detalhes. O anúncio oficial será feito em entrevista coletiva já marcada para a quinta-feira, às 11 horas. A opção por deixar o COL soa como tentativa de Ricardo Teixeira de deixar os holofontes. O presidente da CBF vem sendo alvo frequente de denúncias desde que o Brasil foi indicado para sediar a próxima Copa do Mundo.

Deputado mais votado, Montes pode ser cassado



Deputado mais votado, Montes pode ser cassadoFoto: Divulgação

INTENÇÃO É DO PDT; APRESENTADOR DE TEVÊ E POLÍTICO PERTENCIA AO PARTIDO, MAS MUDOU PARA O PSD DO PREFEITO DE SÃO PAULO, GILBERTO KASSAB; PRESIDENTE TRABALHISTA JOSÉ BONIFÁCIO APONTA INFIDELIDADE PARTIDÁRIA; AÇÃO JÁ DEU ENTRADA NO TRE; MYRIAM RIOS TAMBÉM ESTÁ NO ALVO

29 de Novembro de 2011 às 18:27
247 – Maior puxador de votos no Estado do Rio para o PDT, o deputado estadual Wagner Montes, que obteve mais de 528 mil votos na eleição do ano passado e atualmente está no PSD, pode perder o mandato. Ele está sendo acusado de infidelidade partidária e já há uma ação no Tribunal Regional Eleitoral do Rio com um pedido de resgate do mandato para a legenda trabalhista. “O que ele fez, tipicamente, foi infidelidade partidária”, acusa o presidente regional do PDT, José Bonifácio. Além de Wagner Montes, o PDT também pediu os mandatos de Myriam Rios (PSD) e Marcos Soares (PSD), que seguiram o mesmo caminho e migraram para a nova legenda.
Em queda nos últimos anos, o PDT quase dobrou sua bancada na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) graças ao apresentador da TV Record. Em função da sua expressiva votação, Wagner Montes levou outros parlamentares dentro de sua cota e fez a bancada pedetista ter 11 deputados no começo do ano. Montes acreditou que não seria alvo de punição pelo PDT, em razão da ‘mãozinha’ que deu ao partido, mas, pelo jeito, ele errou de cálculo. Agora, terá de se defender na Justiça para se manter na Assembleia Legislativa. No mesmo caso estão Myriam e Soares.

Juízes apoiam estudantes e atacam reitor da USP



Juízes apoiam estudantes e atacam reitor da USPFoto: DIVULGAÇÃO

EM DURO COMUNICADO, A ASSOCIAÇÃO DE JUÍZES PARA A DEMOCRACIA CRITICA POSTURA DO REITOR JOÃO GRANDINO RODAS, A QUEM CONSIDERAM REACIONÁRIO E SEM DIÁLOGO COM A UNIVERSIDADE

29 de Novembro de 2011 às 18:04
Claudio Tognolli_247 – Com a epígrafe citando a clássica frase É preciso solidarizar-se com “as ovelhas rebeldes”, a Associação Juízes para a Democracia emitiu nesta terça-feira um duro comunicado contra a a reitoria da USP. No documento, a entidade estabelece que segmentos da sociedade, que ostentam parcela do poder institucional ou econômico, com fundamento em uma pretensa defesa da legalidade, estão fazendo uso, indevidamente, de mecanismos judiciais, desviando-os de sua função, simplesmente para fazer calar os seus interlocutores e, assim, frustrar o diálogo democrático”.
Trata-se de um sutil golpe contra o reitor da USP, Grandino Rodas, cujo nome foi construído no mundo do direito e, sobretudo, no da magistratura. A entidade deixa claro o descontentamento contra a presença de forças policiais no campus da USP, no Butantã, para debelar focos de estudantes amotinados. E contra comportamento análogo adotado pela reitoria da Unicamp. Veja a íntegra da nota:
A ASSOCIAÇÃO JUIZES PARA A DEMOCRACIA - AJD, entidade não governamental e sem fins corporativos, que tem por finalidade trabalhar pelo império dos valores próprios do Estado Democrático de Direito e pela promoção e defesa dos princípios da democracia pluralista, bem como pela emancipação dos movimentos sociais, sente-se na obrigação de desvelar a sua preocupação com os eventos ocorridos recentemente na USP, especialmente em face da constatação de que é cada vez mais frequente no país o abuso da judicialização de questões eminentemente políticas, o que está acarretando um indevido controle reacionário e repressivo dos movimentos sociais reivindicatórios.
Com efeito, quando movimentos sociais escolhem métodos de visibilização de sua luta reivindicatória, como a ocupação de espaços simbólicos de poder, visam estabelecer uma situação concreta que lhes permita participar do diálogo político, com o evidente objetivo de buscar o aprimoramento da ordem jurídica e não a sua negação, até porque, se assim fosse, não fariam reivindicações, mas, sim, revoluções.
Entretanto, segmentos da sociedade, que ostentam parcela do poder institucional ou econômico, com fundamento em uma pretensa defesa da legalidade, estão fazendo uso, indevidamente, de mecanismos judiciais, desviando-os de sua função, simplesmente para fazer calar os seus interlocutores e, assim, frustrar o diálogo democrático.
Aliás, a percepção desse desvio já chegou ao Judiciário trabalhista no que se refere aos “interditos proibitórios” em caso de “piquetes” e “greves”, bem como no Judiciário Civil, como ocorreu, recentemente, em ação possessória promovida pela UNICAMP, em Campinas, contra a ocupação da reitoria por estudantes, quando um juiz, demonstrando perfeita percepção da indevida tentativa de judicialização da política, afirmou que “a ocupação de prédios públicos é, tradicionalmente, uma forma de protesto político, especialmente para o movimento estudantil, caracterizando-se, pois, como decorrência do direito à livre manifestação do pensamento (artigo 5º, IV, da Constituição Federal) e do direito à reunião e associação (incisos XVI e XVII do artigo 5º)”, que “não se trata propriamente da figura do esbulho do Código Civil, pois não visa à futura aquisição da propriedade, ou à obtenção de qualquer outro proveito econômico” e que não se pode considerar os eventuais “transtornos” causados ao serviço público nesses casos, pois “se assim não fosse, pouca utilidade teria como forma de pressão”.[1]
Ora, se é a política que constrói o direito, este, uma vez construído, não pode transformar-se em obstáculo à evolução da racionalidade humana proporcionada pela ação política.
É por isso que a AJD sente-se na obrigação de externar a sua indignação diante da opção reacionária de autoridades acadêmicas pela indevida judicialização de questões eminentemente políticas, que deveriam ser enfrentadas, sobretudo no âmbito universitário, sob a égide de princípios democráticos e sob o arnês da tolerância e da disposição para o diálogo, não pela adoção nada democrática de posturas determinadas por uma lógica irracional, fundada na intolerância de modelos punitivos moralizadores, no uso da força e de expedientes “disciplinadores” para subjugar os movimentos estudantis reivindicatórios e no predomínio das razões de autoridade sobre as razões de direito, causando inevitáveis sequelas para o aprendizado democrático.
Não é verdade que ninguém está acima da lei, como afirmam os legalistas e pseudodemocratas: estão, sim, acima da lei, todas as pessoas que vivem no cimo preponderante das normas e princípios constitucionais e que, por isso, rompendo com o estereótipo da alienação, e alimentados de esperança, insistem em colocar o seu ousio e a sua juventude a serviço da alteridade, da democracia e do império dos direitos fundamentais.
Decididamente, é preciso mesmo solidarizar-se com as ovelhas rebeldes, pois, como ensina o educador Paulo Freire, em sua pedagogia do oprimido, a educação não pode atuar como instrumento de opressão, o ensino e a aprendizagem são dialógicos por natureza e não há caminhos para a transformação: a transformação é o caminho."

Morte de vereador em Santa Catarina mobiliza líderes do PT



Morte de vereador em Santa Catarina mobiliza líderes do PTFoto: DIVULGAÇÃO

MARCELINO CHIARELLO, RESPONSÁVEL POR DENÚNCIAS DE CORRUPÇÃO NO ESTADO, MORREU ENFORCADO DENTRO DA PRÓPRIA CASA; HOMICÍDIO NÃO É DESCARTADO; MINISTRA IDELI SALVATI PEDE RIGOR NA APURAÇÃO DO CASO E VAI A CHAPECÓ

29 de Novembro de 2011 às 14:00
247 – O vereador Marcelino Chiarello (PT), de 44 anos, foi encontrado morto por volta das 11h30 desta terça-feira em sua casa no bairro Santo Antônio, em Chapecó, município de Santa Catarina. O filho dele, de 10 anos, e a mulher, que é professora, chegaram em casa e viram o vereador enforcado em uma fita de náilon, amarrada na janela, no quarto de visitas. Após reviravolta no caso, a Polícia Civil não descarta a possibilidade de homicídio. Informações extra-oficiais dizem que havia manchas de sangue no local e sinais de luta na casa. A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvati (PT-SC), entrou em contato com o governador Raimundo Colombo (PSD) e com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT), para pedir rigor na apuração do caso.
A vereadora Angela Domingues, colega de partido, declarou à imprensa local que Chiarello chegou a dizer, no último sábado, que estava precisando de escolta policial. Outros membros do PT chegam a levantar suspeitas contra o vereador Dalmir Pelicioli (PSD), que era denunciado pelo petista. O parlamentar, que também era subprefeito de Chapecó, estaria desviando subvenções sociais destinadas a associações. O vereador do PSD foi afastado do cargo, tendo voltado à Câmara dos Vereadores, por conta das denúncias de Chiarello. O PT pedia sua cassação.
Angela acredita que outra pessoa pode ter se aproveitado desta briga para cometer o assassinato. “Ele não estava deprimido. Não era psicótico, não tomava medicamento. Estava feliz, falava em se candidatar a prefeito”, disse a vereadora. Ela lembra de outras denúncias feitas por Chiarello, como a de irregularidades na aquisição de lombadas eletrônicas pela Prefeitura. Em entrevista à Rádio Super Condá, de Chapecó, o advogado Sérgio Martins de Quadros declarou que Marcelino, pelo momento que estava vivendo, jamais cometeria suicídio. Ele também acredita em homicídio pelas denúncias que Chiarello vinha fazendo.

Empresa dos dólares na cueca é sócia do FGTS



Empresa dos dólares na cueca é sócia do FGTSFoto: Divulgação

ALUPAR, DE PAULO GODOY, JÁ RECEBEU R$ 527,5 MILHÕES DO FI-FGTS E QUER MAIS R$ 300 MILHÕES; EMPRESA É A MESMA QUE, SEGUNDO O MP DO CEARÁ PAGOU “PROPINA” AO PETISTA JOSÉ ADALBERTO DA SILVA, FAMOSO POR TRANSPORTAR DINHEIRO NAS PARTES ÍNTIMAS

29 de Novembro de 2011 às 15:44
247 – A imagem de um assessor parlamentar do PT, preso por transportar dólares na cueca, ficará para sempre guardada no anedotário político brasileiro. O nome dele era José Adalberto Vieira da Silva, que trabalhava como assessor parlamentar do deputado José Guimarães. Antes de ser flagrado, com as verdinhas nas partes íntimas, José Adalberto havia visitado os escritórios do grupo Alusa, que pertence ao empresário Paulo Godoy. Este, por sua vez, é também presidente da Associação Brasileira da Indústria de Base, a Abdib, que reúne as grandes empreiteiras brasileiras. À época, em 2005, o Ministério Público do Ceará concluiu que o dinheiro transportado na cueca era uma propina referente a um empréstimo de R$ 300 milhões obtido pela Alusa, de Paulo Godoy, junto ao Banco do Nordeste. Ou seja, uma retribuição pelos juros subsidiados.
A novidade agora é que, esta mesma Alusa, é sócia do FGTS, o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. Brasil 247 teve acesso a todos os valores contratados pelo FI-FGTS desde 2008. Este fundo, cujos empréstimos são decididos por representantes da Caixa Econômica Federal e do Ministério do Trabalho, do polêmico Carlos Lupi, já distribuiu R$ 17,4 bilhões nos últimos três anos. E, além de emprestar recursos com taxas bem abaixo das que são cobradas das empresas normais, sem acesso aos favores oficiais, o FI-FGTS também adquire participações acionárias.
Pois bem: a Alupar, de Paulo Godoy, é um dos clientes preferenciais do FI-FGTS. Em 12 de dezembro de 2008, o FI-FGTS desembolsou R$ 42 milhões na compra de ações da Alupar – Ijuí Energia. Uma semana depois, em 18 de dezembro, foram R$ 22,5 milhões para a Alupar Queluz. No mesmo dia, mais R$ 21,9 milhões para a Alupar Lavrinhas. Em 30 de janeiro de 2009, R$ 40,9 milhões para a Alupar Foz do Rio Claro. Mais recentemente, em 23 de setembro de 2009, a Alupar Participações recebeu R$ 400 milhões. Em todos os casos, não foram empréstimos – o FGTS, que pertence aos trabalhadores brasileiros, se associou à Alupar, de Paulo Godoy.
Um novo pedido
Até agora, o grupo comandado pelo presidente da Abdib já recebeu R$ 127.524,120,00 do FI-FGTS. O maior negócio, no entanto, pode ocorrer nos próximos dias, quando o fundo avaliará uma operação de R$ 300 milhões, a ser fechada com a Hidrelétrica Ferreira Gomes, que também pertence à Alupar. Neste caso, seria um empréstimo, com juros subsidiados – a uma taxa de 7% ao ano.
Procurada pela reportagem do 247, a Alupar não se manifestou sobre os recursos já recebidos e sobre o novo pedido em análise pela Caixa Econômica Federal, na vice-presidência comandada pelo executivo Marcos Vasconcelos. A Caixa, até o presente momento, também não se manifestou.