segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Emediato: “Silêncio da mídia com o livro do Amaury será rompido em breve”


Da Carta Maior


Editor de A privataria tucana percebeu que tinha uma bomba nas mãos ao conhecer a documentação reunida pelo autor. Segundo ele, muita gente vai se decepcionar com José Serra. “Resta a ele vir a público dizer que não sabia de nada. Mas falar que não sabia das movimentações milionárias da filha é algo difícil de acreditar”, afirma Emediato.
Luiz Fernando Emediato, 59, está exultante. A privataria tucana, de Amaury Ribeiro Jr., lançado há uma semana por sua Geração Editorial, esgotou a primeira tiragem de 15 mil exemplares em 48 horas. Uma nova fornada de 30 mil está a caminho. Saudado com um silêncio ensurdecedor pela grande mídia, a obra faz uma devassa nos porões da venda do patrimônio público durante os dois governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2003). E mostra, com farta documentação, as idas e vindas de comissões, favorecimentos e propinas que fizeram a fortuna de poucos felizardos que gravitavam em torno do PSDB.
Ao mesmo tempo, a obra não pode ser acusada de estar a serviço do PT. A agremiação de Lula sai chamuscada do livro em pelo menos dois episódios: o grande acordo que acabou com a CPI do Banestado, em 2003, e o comportamento de alguns dirigentes, durante a campanha presidencial de Dilma Rousseff, em 2010.
Emediato é um veterano da imprensa e um prolífico escritor. Criou o Caderno 2, no Estado de S. Paulo, em 1986, foi diretor executivo de jornalismo do SBT, entre 1988 e 1990 e tem vários volumes de contos publicados. Nesta entrevista, ele comenta a obra de Amaury e fala de bastidores de seu lançamento.
Carta Maior – Por que o senhor decidiu lançar "A privataria tucana"?
Emediato - Acompanho o Amaury há muito anos e sempre admirei sua coragem e seu trabalho. Sabia que ele preparava um livro sobre as privatizações, mas não tinha idéia do que era. Ouvi falar disso tantas vezes, que até parecia lenda urbana. No ano passado, aconteceu aquela história da campanha da Dilma, que a imprensa repercutiu muito. Diziam que o Amaury estava envolvido na produção de um suposto dossiê contra o candidato José Serra. Eu não acreditei, pois ele é um repórter policial, um repórter investigativo premiado e, acima de tudo, uma pessoa íntegra. No final da campanha, liguei a ele e quis saber se o livro de fato existia. Ele retrucou: “Não apenas existe, como está pronto”. Aí resolvemos editá-lo.
Carta Maior – O senhor imaginava esse sucesso todo?
Emediato - Quando eu preparava o material, me deparei com uma quantidade incrível de documentos e percebi que estava diante de uma bomba maior que supunha. Era um best-seller instantâneo! O problema é que as livrarias procuradas pouco antes do lançamento não acreditaram. Eu queria lançar 50 mil exemplares, mas os livreiros não botaram fé. Então tirei 15 mil, que se esgotaram em 48 horas! Até sexta-feira, mais 30 mil chegam às lojas. Acho que é um livro para mais de 200 mil exemplares. Depois das acusações e calúnias contra ele, o Amaury está lavando a alma...
Carta Maior - Quais foram os mais vendidos de sua editora até agora?
Emediato – Pela ordem, foram Honoráveis bandidos, do Palmério Dória, sobre o clã Sarney, que vendeu 120 mil, Memória das trevas, de João Carlos Teixeira Gomes, contando a vida de Antonio Carlos Magalhães, com 70 mil, e Operação Araguaia, de Taís Morais e Eumano Silva, sobre a guerrilha, com 60 mil. É importante frisar que o livro do Palmério vendeu isso tudo em um ano. É um fenômeno. Mas acho que Privataria vai ultrapassar esse número.
Carta Maior – A grande mídia até agora silenciou sobre o lançamento. Por que?
Emediato – Acho que esse silêncio será rompido em breve. As redes sociais, os blogues e portais independentes deram ampla divulgação ao livro. Não se trata de um dossiê, mas de jornalismo investigativo sério. Tenho amigos do PSDB, que são amigos de José Serra. Devem estar decepcionados. Paciência. Quando foram revelados os crimes de Stalin, também houve muita decepção. É uma verdade incômoda, que enche de nódoa um político sério e um economista competente, como o Serra. Mas esta é uma situação constrangedora. Na verdade, ele não tem um envolvimento direto com os crimes, pois se trata disso, de crimes! É sempre a filha, o genro, um assessor, ou um companheiro de partido... Resta a ele vir a público dizer que não sabia de nada. Mas falar que não sabia das movimentações milionárias da filha é algo difícil de acreditar...
Carta Maior – O PT também sai chamuscado no livro...
Emediato – Não vejo ninguém do PT fugindo do livro. O que há é uma conspiração de um grupo dentro da disputa interna de poder. Isso está na parte “PT contra PT”, porque o autor foi alvo de uma denúncia sórdida de que estaria produzindo dossiês de campanha. Ele agora está se defendendo. E esperou a campanha terminar para contar essa história.
Carta Maior – Jornalismo vende bem?
Emediato - Eu trabalhei na grande imprensa até 1990 e tenho grande orgulho de ter publicado este livro. Amaury fez o que os jornais e revistas deveriam fazer: jornalismo investigativo. Isso é muito diferente de um repórter receber um dossiê na redação de um grupo que quer destruir outro, seja grupo político ou econômico. Isso não é jornalismo! São as máfias instrumentalizando a imprensa. O livro é investigação e apuração. Ele pode ter falhas. Aliás, quem descobrir algum equívoco ou erro nele, peço que entre em contato conosco, para que possamos corrigir em futuras edições.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=19198

Um sucesso de vendas cercado por um muro de silêncio


Da Carta Maior


O livro "A Privataria Tucana", de Amaury Ribeiro Jr., foi lançado há quatro dias e já é um fenômeno de vendas cercado por um muro de silêncio. Produto de doze anos de trabalho - e, sem dúvida, a mais completa investigação jornalística feita sobre o submundo da política neste século -, o livro consegue mapear o esquema de corrupção e lavagem de dinheiro que teria sido montado em torno do tucano José Serra. De quebra, coloca o PT em duas saias justas. Ao atirar para os dois lados, o livro-bomba do jornalista acabou conseguindo a façanha de ser ignorado pela mídia tradicional, pelo PT e pelo PSDB.
O livro "A Privataria Tucana", de Amaury Ribeiro Jr., foi lançado há quatro dias e já é um fenômeno de vendas cercado por um muro de silêncio. Produto de doze anos de trabalho - e, sem dúvida, a mais completa investigação jornalística feita sobre o submundo da política neste século -, o livro consegue mapear o esquema de corrupção e lavagem de dinheiro montado em torno do político tucano José Serra - ex-deputado, ex-senador, ex-ministro, ex-governador, ex-prefeito e candidato duas vezes derrotado à Presidência da República. De quebra, coloca o PT em duas saias justas. A primeira delas é a constatação de que o partido, no primeiro ano de governo Lula, "afinou" diante do potencial de estrago da CPMI do Banestado, que pegou a lavanderia de vários esquemas que, se atingiam os tucanos, poderiam também resvalar para figuras petistas. O segundo mal-estar com o PT é o ultimo capítulo do livro, quando o autor conta a "arapongagem" interna da campanha do PT, que teria sido montada para derrubar o grupo ligado ao mineiro Fernando Pimentel da campanha da candidata Dilma Rousseff. Amaury aponta (como ele já disse antes) para o presidente do partido, Rui Falcão. Falcão já moveu um processo contra o jornalista por conta disso. O jornalista mantém a acusação.
Ao atirar para os dois lados, o livro-bomba do jornalista, um dos melhores repórteres investigativos do país, acabou conseguindo a façanha de ser ignorado pela mídia tradicional e igualmente pelo PT e pelo PSDB. O conteúdo de seu trabalho, todavia, continua sendo reproduzido fartamente por sites, blogs e redes sociais. Esgotado ontem nas livrarias, caminha para sua segunda edição. E já foi editado em e-book.
Os personagens do PSDB são conhecidos. O ex-caixa de campanha de Serra e de FHC, Ricardo Sérgio de Oliveira, aparece como o "engenheiro" de um esquema que operou bilhões de dólares durante as privatizações e os dois governos de Fernando Henrique Cardoso. A mesma tecnologia financeira usada por Oliveira foi depois copiada pela filha de Serra, Verônica, e seu marido, Alexandre Burgeois. Gregório Marin Preciado surge também como membro atuante do esquema. Ele é casado com uma prima do tucano nascido na Móoca, ex-líder estudantil e cardeal tucano.
Embora esteja concentrado nesse grupo específico do tucanato - o empresário Daniel Dantas só aparece quando opera para o mesmo esquema -, o livro não poupa gregos, nem troianos. A documentação da Comissão Parlamentar de Inquérito Mista (CPMI) do Banestado, que forneceu os primeiros documentos sobre lavagem de dinheiro obtido ilegalmente das privatizações, é o pontapé inicial do novelo que se desenrola até as eleições presidenciais do ano passado. A comissão, provocada por denúncias feitas pela revista Isto É, em matéria assinada pelo próprio Ribeiro Jr. e por Sônia Filgueiras, recebeu da promotoria de Nova York, e foi obrigada a repassá-lo à Justiça de São Paulo, um CD com a movimentação de dinheiro de brasileiros feita pelo MTB Bank, de NY, fechado por comprovação de que lavava dinheiro do narcotráfico, do terrorismo e da corrupção, por meio de contas de um condomínio de doleiros sul-americanos.
O material era uma bomba, diz o jornalista, e provocou a "Operação Abafa" da comissão de inquérito, pelo seu potencial de constranger tanto tucanos, como petistas (a CPMI funcionou no primeiro ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003).
Amaury Ribeiro conta de forma simples intrincadas operações de esfria/esquenta dinheiro ilegal - e, de quebra, dá uma clara ideia de como operava a "arapongagem tucana" a mando de Serra. Até o livro, as acusações de que Serra fazia dossiês para chantagear inimigos internos (do PSDB) e externos eram só folclore. No livro, ganham nome, endereço e telefone.
Nos próximo parágrafos, estão algumas das histórias contadas por Amaury Ribeiro Jr., com as fontes. Nada do que aponta deixa de ter uma comprovação documental, ou testemunhal. É um belo roteiro para a grande imprensa que, se não acusou até agora o lançamento do livro, poderia ao menos tomá-lo como exemplo para voltar a fazer jornalismo investigativo.
1. A arapongagem da turma do José Serra (pág. 25) - Quando ministro da Saúde do governo FHC, José Serra montou um núcleo de inteligência dentro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) (a Gerência Geral da Secretaria de Segurança da Anvisa). O núcleo era comandado pelo deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ), também delegado. O grupo foi extinto quando a imprensa denunciou que o grupo bisbilhotava a vida dos funcionários. O funcionário da Agência Brasileira de Informações Luiz Fernandes Barcellos (agente Jardim) fazia parte do esquema. Também estava lá o delegado aposentado da Polícia Federal Onézimo de Graças Souza.
Este núcleo, mesmo desmontado oficialmente, teria sido usado por Serra, quando governador, para investigar os "discretos roteiros sentimentais" do governador de Minas, Aécio Neves, no Rio de Janeiro. De posse do dossiê, Serra teria tentado chantagear Aécio para que o governador mineiro não disputasse com ele a legenda do PSDB para a Presidência da República. O agente Jardim, segundo apurou Amaury, fez o trabalho de campo contra Aécio. (Fontes: O agente da Cisa Idalísio dos Santos, o Dadá, conseguiu informações sobre o núcleo de arapongagem de Serra e teve a informação confirmada por outros agentes. Para a "arapongagem" contra Aécio, o próprio Palácio da Liberdade).
2. O acordo entre Serra e Aécio (págs. 25 a 28) - Por conta própria, Ribeiro Jr., ainda no "Estado de Minas" e sem que sua apuração sobre a arapongagem de Serra tivesse sido publicada, retomou pauta iniciada quando ainda trabalhava no "Globo", sobre as privatizações feitas no governo FHC. Encontrou a primeira transação do ex-tesoureiro de campanha de FHC e Serra, Ricardo Sérgio de Oliveira: a empresa offshore Andover, com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, que injetava dinheiro de fora para outra empresa sua, em São Paulo, a Westchester. (Fontes: cartórios de títulos e documentos e Juntas Comerciais de São Paulo e do Rio).
Nos mesmos papéis, encontrou outro personagem que usava a mesma metodologia de Oliveira: o genro de Serra, Alexandre Bourgeois, casado com Verônica Serra. Logo após as privatizações das teles, Bourgeois abriu duas off-shores no mesmo paraíso fiscal - a Vex Capital e a Iconexa Inc, que operavam no mesmo escritório utilizado pelo ex-tesoureiro, o do Citco Building. (Fonte: 3° Cartório de Títulos e Documentos de São Paulo).
Amaury ligou para assessoria de Serra no governo do Estado e se deu mal: as informações, das quais queria a versão do governador, serviram para que o tucano paulista ligasse para Aécio e ambos aparassem as arestas. O Estado de Minas não publicou o material.
3. Ricardo Sérgio de Oliveira, Carlos Jereissati e a privatização das teles - O primeiro indício de que a privatização das teles encheu os cofres de tucanos apareceu no relatório sobre as movimentações financeiras do ex-caixa de campanha Ricardo Sérgio de Oliveira que transitou pela CPMI do Banestado. A operação comprova que Oliveira recebeu propina do empresário Carlos Jereissati, que adquiriu em leilão a Tele Norte Leste e passou a operar a telefonia de 16 Estados. A offshore Infinity Trading (de Jereissati) depositou US$ 410 mil em favor da Fanton Interprises (de Ricardo Sérgio) no MTB Bank, de Nova York.
Comprovação do vínculo da Infinity Trading com Jereissati: Relatório 369 da Secretaria de Acompanhamento Econômico; documentos da CPMI do Banestado.
Comprovação do vínculo de Oliveira com a Franton: declaração do próprio Oliveira, à Receita Federal, de uma doação à Franton, em 2008.
4. Quando foi para a diretoria Internacional do Banco do Brasil, Ricardo Sérgio tinha duas empresas, a Planefin e a RCM. Passou a administração de ambas para a esposa, a desenhista Elizabeth, para assumir o cargo público. Em 1998, a RCM juntou-se à Ricci Engenharia (do seu sócio José Stefanes Ferreira Gringo), para construir apartamentos. Duas torres foram compradas pela Previ (gerida pelo seu amigo João Bosto Madeira da Costa) ainda na maquete. A Planefin entrou no negócio de Intenet recebeu líquido, por apenas um serviço, R$ 1,8 milhão do grupo La Fonte, de Carlos Jereissati, aquele cujo consórcio, a Telemar, comprou a Tele Norte Leste (com a ajuda de Ricardo Sérgio, que forneceu aval do BB e dinheiro da Previ à Telemar).
5. Em julho de 1999, a Planefim comprou, por R$ 11 milhões, metade de um prédio de 13 andares no Rio, e outra metade de outro edifício em Belo Horizonte. As duas outras metades foram compradas pela Consultatum, do seu sócio Ronaldo de Souza, que morreu no ano passado. Quem vendeu o patrimônio foi a Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, reduto tucano. O dinheiro para pagar a metade de Ricardo Sérgio nos imóveis veio da Citco Building, nas Ilhas Virgens Briânicas, a mesma "conta-ônibus" de doleiros que viria a lavar dinheiro sul-americano sujo, de várias procedências.
Amanhã, a Carta Maior contará o que o livro de Amaury Ribeiro Jr. revela das operações feitas pela filha e genro de Serra, Verônica e Alexandre Bourgeois, e pelo primo Gregório Marín Preciato.

Ministro curinga



Titular da pasta das Comunicações é cotado para a Educação na reforma ministerial que acontece no início do ano. Mas também pode ir para Cidades. Ou dirigir a Itaipu Binacional

Enquanto a reforma ministerial não chega, a presidente Dilma Rousseff começa a estudar os nomes que podem ocupar os cargos de petistas que deixam o governo para concorrer às eleições municipais. Em dois casos mais emblemáticos — Ministério da Educação e direção-geral da Itaipu Binacional — o nome do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, aparece como provável solução. Aos 59 anos, ele é hoje um dos "curingas" a que a presidente pode recorrer para completar o seu jogo em situações estratégicas.

Os sintomas de que Paulo Bernardo pode estar mesmo arrumando as gavetas nas Comunicações começaram a surgir quando um técnico considerado um dos "meninos de ouro" da equipe do ministro, o secretário de Serviços de Comunicação Eletrônica, Genildo Lins, saiu de férias de modo inesperado. Sinal de que o chefe quer que ele o siga em uma nova empreitada.

Nestes 11 meses como ministro de Comunicações, Paulo Bernardo mudou a diretoria da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e reestruturou os Correios. No Planalto, considera-se que o ministro silenciosamente fez "o dever de casa", embora tenha enfrentado uma denúncia — a de ter voado em avião de empresa privada que ajudou a financiar a campanha para o Senado de sua mulher, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.

No Ministério de Comunicações, as especulações são as de que ele estaria de partida para o Ministério da Educação, abrindo a vaga na pasta para o deputado André Vargas (PT-PR), ligado ao setor. No governo, há quem diga que a transferência de Bernardo para a Itaipu Binacional é mais plausível porque ajudaria a preparar um projeto do PT no estado hoje governado pelo tucano Beto Richa. Jorge Samek, que dirige a empresa, é pré-candidato a prefeito de Foz do Iguaçu.

Bernardo começou o primeiro governo de Lula, em 2003, no banco de reservas. Em 2005, deixou o mandato de deputado e foi para o Planejamento após a migração de Guido Mantega ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No governo, Bernardo se reaproximou do presidente e tornou-se parte do grupo de articuladores. Chegou ao ponto de o presidente Lula pedir que ele não deixasse o governo nos pleitos de 2006 e 2010.

Boa convivência

Bernardo convive bem com o PMDB, principal sócio do PT na base do governo. "Ele é uma das pessoas de quem eu gosto de verdade. Tem tino político e é leal", afirma o diretor de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica, Geddel Vieira Lima, um dos integrantes da cúpula do PMDB. A exceção, é claro, é o adversário paranaense, o senador Roberto Requião.

Do ponto de vista pessoal, Paulo Bernardo é reservado e de hábitos simples. Disciplinado, perdeu 10 quilos recentemente, quando o médico mandou que emagrecesse seis. Assim como a presidente Dilma, tem fama de mau-humorado. Detesta perder tempo. Recentemente, em São Paulo, dispensou o carro oficial e foi de metrô para um compromisso para não ficar parado no trânsito. É tão interessado em mobilidade urbana que não será surpresa se for escolhido ministro das Cidades. Ninguém mais é candidato a tantas pastas.-Informações do Correio Braziliense

Líder do PSDB minimiza denúncia contra tucanos: É café requentado




Ana Cláudia Barros
O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias, minimizou as denúncias apresentadas no livro A Privataria Tucana, de autoria do jornalista Amaury Ribeiro Jr., lançado na última sexta-feira (9). Em entrevista a Terra Magazine, o parlamentar, que não costuma se negar a falar sobre casos de corrupção, contou que não leu o livro e chamou os fatos relatados por Ribeiro de "café requentado".
Por meio de documentos, o jornalista afirma ter comprovado desvios de recursos e pagamentos de propinas durante o processo de privatizações no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A obra descortina ainda, segundo o autor, um esquema de lavagem de dinheiro com conexões em paraísos fiscais, unindo membros do PSDB, como o ex-ministro da Saúde e ex-governador paulista José Serra, ao banqueiro Daniel Dantas. Pessoas vinculadas ao tucano, entre elas, sua filha, Verônica Serra, também são citadas.
O livro já teve a primeira edição com 15 mil exemplares esgotada, conforme Luiz Fernando Emediato, da Geração Editorial, que prepara nova tiragem com o mesmo número de cópias.
- Essas denúncias são da campanha (presidencial). Pelo menos, eu não vi nenhuma movimentação no PSDB em relação a elas. A primeira jornalista que me indaga a respeito disso é você. Não houve qualquer interesse, e tem vários dias que isso está na internet, nas redes sociais, e ninguém se interessou pela matéria. Exatamente porque é café requentado. Isso foi discutido na campanha e o propósito era eleitoreiro. Haviam anunciado a divulgação do livro na campanha, depois se adiou - diz Alvaro Dias.
A Privataria Tucana é tema de capa da revista Carta Capital desta semana. O jornalista Amaury Ribeiro Jr. também foi entrevistado por Terra Magazine, que procurou ainda Serra e FHC para repercutir as denúncias.
Indagado se era a favor da apuração dos fatos divulgados no livro, o parlamentar respondeu:
- Se desejarem mesmo providências sobre estes fatos aludidos, que aceitem a CPI da corrupção no Congresso. E podem acrescentar esse item. O que não se deve é voltar ao passado para blindar o presente.
Sobre a repercussão do livro entre os integrantes do PSDB, o senador informou que o tema não foi discutido com os colegas de partido. "Ninguém ventilou o assunto comigo. Das conversas que tive com os companheiros neste final de semana por telefone, ninguém ventilou o assunto".
Confira a entrevista.
Terra Magazine - O que o senhor achou das denúncias apresentadas no livro A Privataria Tucana, de autoria do jornalista Amaury Ribeiro Jr.?
Alvaro Dias -
 Eu não li o livro. O que sei é da origem. Este processo todo começou na campanha eleitoral. O objetivo era a campanha. Não conheço o livro. Sei que ele tinha esse propósito.
Que propósito exatamente? Tumultuar a campanha eleitoral em prejuízo do candidato de oposição (José Serra). Esse era o objetivo. De outro lado, se houve irregularidades, ilícitos praticados naquele período que antecede a doze anos, obviamente, houve prevaricação de quem assumiu o poder, de quem assumiu o governo e não tomou providências. Por isso é muito estranho que, depois de tanto tempo, esses fatos sejam colocados como prioridade para o debate. Quando nós temos no Congresso um pedido de CPI da corrupção para investigar os grandes escândalos do momento, voltam para duas décadas atrás.
O que o senhor está dizendo então é que há uma tentativa de fazer uma cortina de fumaça?Se desejarem mesmo providências sobre estes fatos aludidos, que aceitem a CPI da corrupção no Congresso. E podem acrescentar esse item. O que não se deve é voltar no passado para blindar o presente.
Sobre a denúncia de que havia um esquema de desvios de recursos das privatizações durante o governo FHC. Qual é a avaliação do senhor?Eu não acho nada porque isso não foi denunciado à época. Esse é um fato que não foi denunciado no momento adequado.
E o senhor acha que pelo fato de não ter sido denunciado no momento adequado não é pertinente que se investigue? É essa sua opinião?A minha avaliação é a seguinte: se querem apurar, aprovem a CPI da corrupção no Congresso, que tem vários itens, e acrescentem esse. Os itens do momento, da atualidade, os maiores escândalos da história do Brasil a partir do mensalão. Nunca houve tanta corrupção no Brasil como a partir dos últimos nove anos. E ficam buscando lá atrás fatos que eu, pessoalmente, teria dificuldade de apreciar, porque estamos distantes deles. Sem as condições adequadas para fazer uma avaliação.
Me parece que o livro não foi divulgado durante a campanha eleitoral (corrida presidencial em 2010), certamente, porque poderia produzir uma reação inversa. Aguardou-se o momento. Como hoje, há um festival de denúncias contra os governantes atuais, aí, busca-se, no passado, uma espécie de nuvem de fumaça para acobertar fatos presentes, fatos da atualidade, que são gravíssimos.
Mas o senhor é ou não a favor da investigação dos fatos apresentados no livro?Eu nunca fui contra a investigação de fato algum. Agora, o que não pode haver é irresponsabilidade. Se desejam investigar, investiguem. Existem os mecanismos adequados para isso. Se querem investigar na área política, obviamente, tem que incluir no elenco de itens já postos na CPI da corrupção, que está à disposição de senadores e de deputados no Congresso para a assinatura.
E sobre o "fogo amigo" entre Serra e Aécio (o livro relata que Serra mandou espionar Aécio)? Como o senhor vê isso?Isso tudo é requentado. Esses fatos foram da campanha eleitoral. Por isso que a mídia nacional não deu importância a esse livro. Não houve nenhum interesse da grande imprensa do País sobre esse fato, exatamente porque é um fato superado que ocorreu durante a campanha eleitoral. Não me cabe fazer esse tipo de apreciação. Não tenho conhecimento disso. Isso à época foi repelido pelas partes. Então apenas estão requentando o fato.
O jornalista Amaury Ribeiro Jr. alega que as denúncias estão fundamentadas em documentos recolhidos em fontes públicas. O senhor tem interesse em olhar esses documentos. Aliás, o senhor pretende ler o livro, senador?Se houver tempo... Eu tenho coisa interessante para ler, mas se houver possibilidade, vou ler. Principalmente, conhecendo a origem e as razões da obra, certamente, o interesse diminui. Mas vamos ler, sim.
Como essas denúncias repercutiram no PSDB?Essas denúncias são da campanha (presidencial). Pelo menos, eu não vi nenhuma movimentação no PSDB em relação a elas. A primeira jornalista que me indaga a respeito disso é você. Não houve qualquer interesse, e tem vários dias que isso está na internet, nas redes sociais, e ninguém se interessou pela matéria. Exatamente porque é café requentado. Isso foi discutido na campanha e o propósito era eleitoreiro. Haviam anunciado a divulgação do livro na campanha, depois se adiou.
Mas houve preocupação por parte do PSDB? Preocupação em relação à imagem do partido?Não conversei com ninguém a respeito. Ninguém ventilou o assunto comigo. Das conversas que tive com os companheiros neste final de semana por telefone, ninguém ventilou o assunto.

"Privataria Tucana' fere credibilidade da velha mídia de morte


O mainstream midiático, ora ocupado com a faxina ética empreendida pela presidente Dilma para varrer a corrupção de seu governo, ignorou completamente o evento da década no Brasil, a publicação do livro bomba do jornalista Amaury Ribeiro Jr, um dos mais premiados jornalistas brasileiros, sobre o processo de privatização inaugurado no governo FHC, envolvendo grossa roubalheira que implica diretamente o ex governador José Serra e familiares. Como resumiu Brizola Neto em seu blog, não se trata de um livro baseado na opinião de um jornalista, muito mais do que informações bem documentadas para não pairar nenhuma dúvida, o livro vai além de uma reportagem investigativa, é um processo penal primorosamente instruído que cabe agora ao ministério público avaliar e aprofundar as investigações com vistas a apontar os responsáveis legais pela mais descarada rede de corrupção armada para saquear o erário, durante o desgoverno de Fernando Henrique Cardoso.



O próprio Amaury em entrevista transmitida ao vivo pela WEB na última sexta feira, fez questão de salientar que o material contido no livro vem de origem pública. Diferente do que a imprensa alardeou durante as eleições passadas quando ligou diretamente Amaury a um esquema de violação de sigilo de Serra e familiares, o livro é fruto de uma disputa judicial com Ricardo Sérgio, o mentor do esquema de lavagem e internação de dinheiro no país. Amaury pediu e obteve da justiça a exceção da verdade para provar o que já dizia de Ricardo Sérgio há mais de dez anos, ao responsabilizá-lo pelo propinoduto das privatizações em reportagens que escreveu para revista Istoé. Com a decisão da justiça conseguiu importantes documentos da CPI do Banestado que investigava os crimes de lavagem de dinheiro formando a base de seu livro bomba. Para quem não assistiu a entrevista do Amaury aos blogueiros sujos de esquerda, clic no link http://www.tijolaco.com/privataria-tucana-ao-vivo-com-amaury-ribeiro/




O release do livro faz uma chamada provocadora: "Prepare-se, leitor, porque este, infelizmente, não é um livro qualquer. A "PRIVATARIA TUCANA" nos traz, de maneira chocante e até decepcionante, a dura realidade dos bastidores da política e do empresariado brasileiro, em conluio para roubar dinheiro público. Faz uma denúncia vigorosa do que foi a chamada Era das Privatizações, instaurada pelo governo de Fernando Henrique Cardoso e por seu então Ministro do Planejamento, José Serra. Nomes imprevistos, até agora blindados pela aura da honestidade, surgirão manchados pela imprevista descoberta de seus malfeitos.


Amaury Ribeiro Jr. faz um trabalho investigativo que começa de maneira assustadora, quando leva um tiro ao fazer reportagem sobre o narcotráfico e assassinato de adolescentes, na periferia de Brasília. Depois do trauma sofrido, refugia-se em Minas e começa a investigar uma rede de espionagem estimulada pelo ex-governador paulista José Serra, para desacreditar seu rival no PSDB, o ex-governador mineiro Aécio Neves. Ao puxar o fio da meada, mergulha num novelo de proporções espantosas. "



Lançado de surpresa, o livro teve sua primeira edição de 15.000 exemplares rapidamente esgotada, embora a grande mídia o tenha ignorado por óbvias razões. "Privataria Tucana" está desmascarando a parcialidade da velha mídia que continua silente e sem dá uma linha sobre o mais bem sucedido lançamento de um livro investigativo, terá de colocar nas suas listas de mais vendidos um livro que fingiu desconhecer completamente, ainda que seja o assunto mais comentado na internet e redes sociais.




Se alguém tinha dúvidas de que a seletividade da mídia em relação ao denuncismo que só ataca setores do governo federal petista, é proposital, articulado por um esquema de poder dirigido para devolver os tucanos ao governo central, agora ficou escancarada a blindagem dada pela velha mídia aos governo tucanos. Sua já combalida credibilidade tem sido duramente questionada até por leitores que lhe são fiéis e deixam formar sua opinião pelo que publica.




Uma avalanche de críticas partindo de todos lados está colocando em cheque a postura da velha mídia em relação sua resistência em discutir o livro publicado pela geração editorial, de autoria de Amaury Ribeiro Jr. Um pacto de morte selado entre a velha mídia para impedir que o livro seja conhecido nacionalmente só contribui para que mais gente entre no site da editora em busca de adquirí-lo. O que se espera é que finalmente este capítulo macabro da história recente do Brasil seja investigado por quem tem a responsabilidade de fazê-lo. Com a palavra o MPF e a PF

Livraria Cultura não tem previsão para receber “Privataria Tucana”



Livraria Cultura não tem previsão para receber “Privataria Tucana”Foto: Divulgação

EM NOTA, LOJA DO CONJUNTO NACIONAL, EM SÃO PAULO, NEGA QUE TENHA HAVIDO TENTATIVA DE COMPRA DE TODAS AS UNIDADES DO LIVRO, LANÇADO NA ÚLTIMA SEXTA-FEIRA E COM ESTOQUE ESGOTADO NO MESMO DIA

12 de Dezembro de 2011 às 16:38
247 – A Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo, ainda não recebeu novos exemplares do livro “Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Junior, lançado na última sexta-feira, 9, e com estoque esgotado no mesmo dia. A obra traz revelações importantes sobre a era das privatizações, expõe o tráfico de influência comandado pelo ex-governador de São Paulo José Serra e revela ainda como uma guerra interna no ninho tucano deu origem a toda essa história.
Neste fim de semana, boatos começaram a surgir nas redes sociais dando conta de que houve tentativa, da parte de Serra, de comprar todas as unidades da livraria da Avenida Paulista, e assim impedir que outras pessoas o adquirissem. Ao Brasil 247, uma vendedora da loja confirmou a história, publicada no sábado. “O Serra ligou ontem [sexta-feira] à noite pedindo para reservar, porque ele iria comprar todos”, disse uma fonte que não quis se identificar. “Foi ele mesmo quem ligou, mas nós não pudemos reservar. A gente quer vender o livro e parece que ele quer vetar a venda”, acrescentou.
Em nota divulgada nesta segunda-feira, a Livraria Cultura negou o acontecimento, sem citar o nome de José Serra. “Uma fonte não identificada da Livraria teria dito que houve uma tentativa de comprar todo o estoque do produto com o suposto objetivo de impedir que outros o adquirissem. Esclarecemos que tal fato não aconteceu e que vendemos livros para todos que os queiram comprar, independentemente da quantidade pedida”. A nota acrescenta, no entanto, que “se alguém decidir comprar centenas de exemplares de um mesmo título será tão bem atendido quanto aquele que desejar ter apenas um exemplar”.
Segundo a assessoria de imprensa, não há previsão para a reposição do estoque de “Privataria Tucana” e que a empresa depende da capacidade de atendimento da editora, Geração Editorial. No dia do lançamento, foram vendidos 15 mil exemplares do livro, uma surpresa para o dono da editora, Luiz Fernando Emediato (leia entrevista).

Morvan Bliasby: O filme Tucanheit 451 e o livro do Amaury



Farenheit 451: O Livro do Amaury Ribeiro no “Index Librorum Prohibitorum Tucanorum” (ou: o método piguiano de encobrir pistas)
por Morvan Bliasby
Com o recente lançamento do livro do Amaury Ribeiro, “A Privataria Tucana”, tido, por muitos (inclusive aquele que vos escreve) como “lenda urbana”, mito, chantagem, pura e simplesmente, houve um corre-corre para a sua aquisição, por parte dos internautas, já que a sua repercussão via mídia tradicional foi quase inexistente (proposital, pois a obra mexe com o poder e incomoda a muitos, em todos os partidos políticos, em maior ou menor grau).
A mídia tradicional fez a sua opção pelo silêncio, um “Index Librorum Prohibitorum Tucanorum” à sua maneira. Alguns alegam que tentou-se comprar a maior quantidade da pequena tiragem e deixá-los indisponíveis para outros leitores. Não parece ter sido esta a estratégia do PIG). O PIG parece ter optado pelo método Ricúpero (“O que é bom para nós, a gente divulga…”).
Ao ver a repercussão deste livro (na blogosfera, bien sûr), não pude deixar de traçar um paralelo entre o lançamento deste livro-bomba e o filme (belíssimo!) “Farenheit 451”, de François Truffault, baseado na obra de Ray Bradbury.
O filme é uma distopia sobre o futuro e mostra uma sociedade totalitária onde os livros são proibidos, pois só servem para distração e provocam perda de produtividade. Farenheit 451: esta é a temperatura (232,78°C) na qual os livros são carbonizados, impedindo que o papel possa ser, de alguma forma manipulado, tornando-os totalmente inacessíveis.
Os bombeiros são pagos não mais para evitar incêndios, e sim para queimar livros. Eles têm as rotas e os tipos de livros a queimar pelos dias da semana.
Guy Montag (interpretado por Oskar Werner) é um destes bombeiros modernos (Hic!). Ele é um dos mais dedicados ao seu trabalho e um dos mais fiéis. Sua visão de mundo começa a mudar quando conhece Clarisse (a atriz Julie Christie interpreta Clarisse e Linda Montag, esposa do próprio, que o denuncia às autoridades) e esta lhe mostra um mundo totalmente diferente daquele por ele vivido. Ao passar de queimador de livros, ou, na trama, bombeiro, Montag é perseguido.
Ele conhece, através de Clarisse, um grupo de pessoas-livro, pessoas que decoraram obras completas, e assim, evitaram que estas se perdessem para sempre. Montag conhece o pessoa-livro capaz de contar com fidedignidade “O Morro dos Ventos uivantes”, conhece “A República”, “Guerra e Paz”, “Alice no País das Maravilhas”, e por aí vai…
O líder dos pessoa-livro afirma para Montag: “Guardamos os livros aqui dentro, onde ninguém consegue encontrá-los”, apontando para a cabeça. “Por fora, somos vagabundos. Por dentro, bibliotecas”.
Uma cena em que Montag é questionado por Clarisse sobre ser estranho bombeiros incendiando coisas, Montag afirma: “Sempre foi assim”.
Pois bem. Vós já conheceis o filme. Agora eu crio uma paródia sobre o mesmo. O personagem se chama “Serrag”. Ele incendeia livros não porque seja ou seu trabalho, e sim para encobrir pistas que o prejudiquem. Ele é um bombeiro moderno mas também o é bastante seletivo: ele jamais incendiaria “Os Petralhas”, por exemplo. Agora, este do Amaury, este vai para o Index Tucanorum PIGorum.
Abaixo temos uma imagem do filme original, e, após a própria, a minha versão do filme com o personagem Serrag.
Façamos, pois, como os homens-livro: compremos o livro do Amaury, mais de um, se possível, distribuamos o restante e assim evitaremos que a informação do livro se perca. Este livro é um divisor de águas: depois da sua publicação, nada será como antes. Os Poderes Constituídos só não agirão se não o quiserem. O livro é fartamente documentado e ajudará a construir o país que queremos. Copie a capa e a reproduza onde puder. Vamos fazer a maior propaganda viral da história. Se depender de nós, é o começo de uma nova era. Uma era que pode ter final feliz: pode começar colocando na cadeia muito “jênio” “brilhante”.
À Luta, homens-livro.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fahrenheit_451_%28filme%29 (Farenheit 451 na WikiPedia em português)
http://www.blogdacompanhia.com.br/2011/06/eu-sou-moby-dick/ (crítica ao filme Farenheit 451 na  Cia. das letras)
http://www.imdb.com/title/tt0060390/ (IMDB.com, Farenheit 451)
Morvan Bliasby é pedagogo, especializado em orientação educacional e em recursos humanos e psicologia organizacional e ganha a vida como servidor público. Recebeu, em 2008, do Governo do Estado do Ceará, a Comenda “Mérito Funcional”, por ministrar aulas, gratuitamente, sobre Software Livre para todos os colaboradores do Estado.