sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Foi ele



Biografia autorizada da presidenta Dilma revela que o guru digital da campanha de Serra, Ravi Singh, comandou a onda de ataques anônimos contra ela em 2010

Pedro Marcondes de Moura
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A edição de ISTOÉ de 27 de outubro de 2010 denunciou o uso de uma central de
boatos para atingir Dilma. O guru Ravi Singh, contratado  por Serra, era o responsável
Em outubro de 2010, uma onda de agressões à então candidata do PT, Dilma Rousseff, chegava às caixas de entrada dos e-mails de milhares de brasileiros. Aquelas mensagens, como ISTOÉ mostrou na reportagem “Os santinhos de uma guerra suja”, revelavam um lado espúrio da política: o uso de calúnias para atingir um candidato e promover o medo em parte do eleitorado. Tudo feito anonimamente. Sob títulos como “Dilma defende o aborto” e “A terrorista petista”, os textos distorciam a visão da presidenta sobre fatos caros a segmentos representativos da sociedade. No ritmo frenético da internet, as acusações reverberaram em sites, blogs, redes sociais e ensejaram até sermões religiosos. Agora, o criador da estratégia vem à tona. Na biografia autorizada da presidenta Dilma Rousseff, “A Vida Quer é Coragem”, o jornalista Ricardo Amaral, que assessorou Dilma na Casa Civil e na eleição, afirma que por trás dos e-mails estava o especialista em marketing político digital Ravi Singh, que já trabalhou em mais de 600 disputas eleitorais pelo mundo. 

A capacidade de Ravi de construir reputações, pela internet, lhe rendeu o apelido de “guru de campanhas” em publicações americanas. Com esse currículo exemplar, ele desembarcou com turbante e tudo para prestar consultoria ao candidato José Serra, em agosto de 2010. Sua estada no país durou, no entanto, cerca de um mês. Integrantes do staff tucano reclamaram, entre outras razões, de ele ter burocratizado o site da campanha, fazendo os visitantes preencherem extensos formulários. Graças a essa prática, segundo o livro – lançado na quinta-feira 15, Ravi montou um “gigantesco banco de e-mails”, usado pela campanha de Serra para disparar mensagens apócrifas contra Dilma. Pelo tamanho da repercussão na época, o guru mantinha muitos seguidores. 
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Estadão desmente FHC e mostra que documentos da Privataria Tucana são autênticos



http://goo.gl/HL9jV
O Estadão, muito a contragosto, capitulou à realidade nua e crua e estragou a estratégia de José Serra e FHC de tentar desacreditar o livro "A Privataria Tucana", do premiado jornalista investigativo Amaury Ribeiro Júnior.

José Serra e FHC malufavam ao dizer que os documentos são falsos. O Estadão os desmente e diz que são verdadeiros, e dá até a fonte de um deles, inédito até então, da CPI do Banestado.

O título da reportagem é ruim de doer, seria análogo a escrever "Reportagem usa auto de apreensão de cocaína contra Nem da Rocinha"... o Estadão recorre a clichês para atenuar a denúncia, toda hora dizendo que Amaury é indiciado, mas para ser isento também deveria dizer que ele coleciona vários prêmios de jornalismo... mas de qualquer forma a reportagem tem o mérito de não fugir da realidade.

O leitor do Estadão deve ter entrado em estado de choque ao saber, com retardo, muita coisa que os leitores de nosso blog já sabiam há muito tempo:

- "... documentos inéditos da antiga CPI do Banestado que apontam supostas movimentações irregulares de recursos por pessoas próximas ao ex-governador José Serra (PSDB)...".

- "... Gregório Marin Preciado, casado com uma prima de Serra, utilizou-se de uma conta operada por doleiros em Nova York para enviar US$ 1,2 milhão para a empresa Franton Interprises, que seria ligada ao ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio de Oliveira..." (Nota do blog: faltou falar da sociedade de Preciado com Serra em um terreno no Morumbi).

- "... Indicado por Serra para o Banco do Brasil no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Ricardo Sérgio é apontado na obra como suposto articulador da formação de consórcios que participaram do processo de privatização, graças a sua influência na Previ, fundo de pensão dos funcionários do banco estatal..."

- "... Ricardo Sérgio controlava empresas em paraísos fiscais que teriam recebido supostas propinas de beneficiados pelo processo de privatização, entre eles o próprio Preciado, representante da espanhola Iberdrola na época em que a empresa comprou três estatais de energia no Brasil..."

- "... A mesma empresa Franton recebeu US$ 410 mil de uma empresa pertencente ao grupo La Fonte, de Carlos Jereissati, que adquiriu o controle da Telemar(atual Oi) durante a privatização da antiga Telebrás..."

- "... a redução de dívidas de empresas de Marin Preciado no Banco do Brasil quando Ricardo Sérgio era diretor... Entre 1995 e 1998, segundo o Ministério Público Federal, duas empresas de Preciado obtiveram desconto de cerca de R$ 73 milhões em um empréstimo que, originalmente, era de US$ 2,5 milhões. O valor final da dívida, segundo o livro, chegou a pouco mais de R$ 4 milhões..."

- "...A Privataria Tucana também aborda a sociedade entre Verônica Serra, filha do ex-governador, e Verônica Dantas, irmã do banqueiro Daniel Dantas, na empresa Decidir.com, sediada em Miami. De acordo com o autor, a empresa foi transformada em uma offshore nas Ilhas Virgens Britânicas e, de lá, injetou recursos em uma empresa brasileira que tinha Verônica Serra como vice-presidente, a Decidir do Brasil..." (nota do blog: até que enfim, depois de 18 meses que nosso blog desafiou o jornalão a publicar).

A reportagem é sóbria, seca e sem ilações. Ainda ficou devendo falar da arapongagem da empresa Fence sobre a vida de Aécio com dinheiro público paulista, do indiciamento de Verônica Serra por quebra de sigilo financeiro de milhões de brasileiros, e da movimentação do genro em paraísos fiscais, e dívidas previdenciárias. 

Mas para o leitor do Estadão que vem sendo adestrado a pedir a cabeça de ministros até por causa de multas de trânsito, a reportagem é mais do que suficiente para sentir o mau cheiro das relações da família Serra com essas roubalheiras todas.
http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2011/12/estadao-desmente-fhc-e-mostra-que.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+blogspot%2FEemp+%28Os+Amigos+do+Presidente+Lula%29

MP acusa Folha de expor crianças; Suzana avisou!



MP acusa Folha de expor crianças; Suzana avisou!Foto: Felipe L. Gonçalves/Edição/247

ILUSTRAÇÕES DA FOLHA ILUSTRADA, DE 19 DE JULHO DE 2010, SÃO CONSIDERADAS “IMPRÓPRIAS E INADEQUADAS” PARA CRIANÇAS; MATÉRIAS TIVERAM OS TÍTULOS “O SEXO COMO ELE (NÃO) É” E “ESSE OBSCURO OBJETO DO DESEJO”, COM DESENHOS DE CARLOS ZÉFIRO; OMBUDSMAN SUZANA SINGER ALERTOU SOBRE GROSSERIA; MULTA PODE SER EQUIVALENTE AO VALOR APURADO COM TODA A TIRAGEM

16 de Dezembro de 2011 às 22:38
Fernando Porfírio _247 - O Ministério Público paulista acusou o jornal Folha de São Paulo de extrapolar o bom senso ao tratar de sexo, na edição de 19 de julho do ano passado, do caderno conhecido como Ilustrada. O MP afirma que o jornal praticou ato ilícito ao expor crianças e adolescentes “ao risco de acesso a ilustrações impróprias e inadequadas”, capazes de causar prejuízo ao desenvolvimento infantil.
Por isso, entrou na Justiça com ação civil pública contra a Empresa Folha da Manhã S.A , que publica o jornal Folha de S. Paulo. A Promotoria da Infância e Juventude da Capital quer a condenação da empresa por danos morais difusos e coletivos, que, na opinião do Ministério Público teriam sido causados pela veiculação de desenhos retratando cenas obscenas.
A ação foi proposta na última segunda-feira (12). No pedido, a promotora de justiça Carmen Lucia de Mello Cornacchioni pede a condenação da Folha da Manhã em valor não inferior ao que foi obtido com a venda daquela edição do jornal. O dinheiro da condenação, se for concedida, será recolhido ao Fundo gerido pelo Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente.
De acordo com o MP, em 19 de julho do ano passado o jornal publicou no caderno Ilustrada as matérias “O Sexo como ELE (não) é” e “Esse obscuro objeto de desejo”. As reportagens tratavam sobre histórias em quadrinhos pornográficas produzidas no Brasil entre os anos 1950 e 1980, cujo autor mais famoso do gênero foi Carlos Zéfiro. A edição informava também o lançamento editorial de quatro livrinhos e 12 histórias desenhadas por Zéfiro.
Ainda segundo o MP, para ilustrar as matérias, o jornal publicou cinco desenhos dessa histórias, além das capas dos quatro livrinhos, que retratam cenas obscenas de bacanal, sexo oral, sexo anal e penetração. “Todas de conteúdo evidentemente erótico, e totalmente inadequadas e impróprias para crianças”, segundo a ação.
A promotora de justiça informa que a publicação gerou uma série de representações encaminhadas ao Ministério Público, por parte de pais inconformados com o elevado teor erótico da matéria. As representações provocaram a instauração de inquérito civil.
Na investigação, as reportagens e as ilustrações foram submetidas à análise da professora Rosana Aparecida Salvador Rossit, chefe do Departamento de Saúde, Educação e Sociedade da Universidade Federal de São Paulo. A especialista concluiu que as matérias veiculadas são prejudiciais ao desenvolvimento infantil e ao desenvolvimento da sexualidade.
De acordo com a ação, o jornal desrespeitou o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que impõe tutela diferenciada à criança em virtude de se cuidar de indivíduo em situação peculiar, por se encontrar em processo de desenvolvimento, e que proíbe a venda de revistas e publicações contendo material impróprio ou inadequado a crianças e adolescentes sem embalagem lacrada.
“O jornal, nos dias de hoje, está acessível para crianças e adolescentes, seja em casa, em escolas, em bibliotecas públicas e até na internet. Longe de se desaconselhar a leitura de jornais por crianças e adolescentes, é notório que hoje esse hábito é estimulado, inclusive como parte de estratégias didáticas”, sustenta a promotora.
Segundo a ação, o jornal praticou um ato ilícito causador de danos morais coletivos ao expor crianças e adolescentes em todo o território nacional ao risco de acesso a ilustrações impróprias e inadequadas, capazes de causar prejuízo ao desenvolvimento infantil, notadamente ao que diz respeito ao desenvolvimento da sexualidade.
A ação ressalta que a própria ombusdman do jornal criticou a publicação. “... Difícil dizer se os catecismos merecem figurar no repertório artístico do país e mais difícil ainda é entender a forma como saíram na Folha. O jornal escolheu um sábado - dia da Folhinha e de literatura na Ilustrada - para dar destaque à pornografia (essas publicações nem se pretendem "eróticas").”, escreveu a ombusdman, na coluna publicada no dia 27 de junho de 2010.
A Promotoria tentou a solução extrajudicial junto à empresa publicadora do jornal, mediante tomada de compromisso de ajustamento de conduta, mas ajuizou a ação diante da recusa da empresa. A ação foi distribuída à Vara Central da Infância e Juventude da Capital.

Kassab sanciona reajustes de mais de 200%



Kassab sanciona reajustes de mais de 200%Foto: NILTON FUKUDA/AGÊNCIA ESTADO

ESTÁ NA EDIÇÃO DESTA SEXTA DO DIÁRIO OFICIAL DE SÃO PAULO: SUBPREFEITOS TERÃO SALÁRIO REAJUSTADO DE R$ 6.573 PARA R$ 19.294; PREFEITO BASEIA O PRESENTE DE R$ 19 MILHÕES/ANO AOS COMISSIONADOS NA COMPETÊNCIA DOS PROFISSIONAIS DO GOVERNO; PARA OS VEREADORES, MEDIDA AJUDA A COMBATER CORRUPÇÃO

16 de Dezembro de 2011 às 21:37
247 – Virou lei. Subprefeitos, secretários-adjuntos e funcionários em cargos de confiança da Prefeitura de São Paulo receberão reajustes de até 236% a partir de 1º de janeiro. O prefeito Gilberto Kassab sancionou o aumento, proposto pelo Executivo e aceito pela Câmara de Vereadores na semana passada, que vai impactar em mais de R$ 19 milhões por ano as contas do município. A decisão publicada no Diário Oficial da cidade desta sexta-feira.
De acordo com a lei, secretários-adjuntos deixam de receber R$ 5.455 para ganhar expressivos R$ 18.329. Os subprefeitos também receberão um belo de um aumento: seus rendimentos mensais R$ 6.573 passarão para R$ 19.294. No caso dos chefes de gabinete de secretarias, o salário passa de R$ 5.400 para pouco mais de R$ 17.300. Essa também será a remuneração do chefe de gabinete pessoal do prefeito, do chefe de gabinete pessoal da vice-prefeita, Alda Marco Antônio (PMDB), e dos chefes de gabinete de secretarias municipais e da secretaria executiva de Comunicação.
O prefeito admitiu ser o autor da ideia dos aumentos e os justificou destacando o nível de competência dos profissionais envolvidos na administração pública da cidade. Para os vereadores, que aprovaram os reajustes na semana passada, a medida contribui para evitar a corrupção.
Agora, falta a Kassab sancionar apenas seu próprio aumento, o da vice-prefeita e o dos secretários de governo. Em julho, a Câmara de São Paulo aprovou que a remuneração do chefe do Executivo passasse de R$ 20.042 para R$ 24.117,62 (aumento mais acanhado, de 20%) a partir de janeiro – o salário da vice-prefeita sobe para R$ 21.705,86. No caso dos secretários de governo, o reajuste é de 250%: eles, que recebiam R$ 5.344, vão passar a ganhar R$ 19.294.

"Crítica interna é assunto da redação", diz Suzana



Foto: Divulgação

PELO TWITTER, OMBUDSMAN DA FOLHA MOSTRA BOA FLEUGMA; CRÍTICA INTERNA DE SUZANA SINGER VAZA PARA INTERNET; "EU RECEBI 141 MENSAGENS", REGISTROU A JORNALISTA, SOBRE DEMORA DO JORNAL EM FALAR DO LIVRO PRIVATARIA TUCANA; "A MATÉRIA ESTÁ CORRETA (...), MAS O JORNAL DEVERIA CONTINUAR NA HISTÓRIA"; ÍNTEGRA

16 de Dezembro de 2011 às 16:18
247 – O blog da Cidadania, de Eduardo Guimarães, divulgou ontem uma nota em que afirma ter recebido por e-mail, assim como outros blogueiros, uma crítica interna da Ombudsman Suzana Singer, da Folha de S.Paulo, sobre Privataria publicada pelo jornal, que vazou na internet nesta quinta-feira. Veja, abaixo:
ANTES TARDE DO QUE NUNCA
por Suzana Singer
Ainda bem que a Folha deu a notícia sobre o livro “A Privataria Tucana” (A11). A matéria está correta, com o destaque devido, mas o jornal deveria continuar no assunto, porque há mais pautas no livro.
Exemplo: por que Verônica Serra e o marido têm offshores? Não deveríamos investigar e questioná-los? É já publicamos que Alexandre Bourgeois, marido de Verônica, foi condenado por dever ao INSS? É verdade que as declarações que ela deu na época das eleições, sobre a sociedade com a irmã de Daniel Dantas, eram mentirosas? Fomos muito rigorosos com o caso Lulinha, por exemplo.
Outra frente é a o tal QG de dossiês anti-Serra na época da eleição presidencial, que a Folha deu com bastante destaque. O livro conta coisas de arrepiar a respeito de Rui Falcão. Ao mesmo tempo, sua versão de roubo dos seus arquivos parece inverossímel. Seria bom investigar, já que ele faz acusações graves contra a imprensa, especialmente “Veja” e “Folha”.
Teria sido bom editar um “acervo Folha conta a história da privatização” para lembrar ao leitor que o jornal foi muito duro com o governo FHC. É um erro subestimar a capacidade da internet -e da Record- de disseminar a tese do “PIG”. E também seria bom esclarecer, com mais detalhes, o que é novidade no livro sobre esse período.
O Painel do Leitor só deu hoje uma carta cobrando a cobertura do livro. Eu recebi 141 mensagens. Quem escreveu hoje criticou a matéria publicada por:
1) ter um viés de defesa dos tucanos;
2) não ter apresentado Amaury Ribeiro Jr. devidamente e não tê-lo ouvido;
3) exigir provas que são impossíveis (ligação das transações financeiras entre Dantas e Ricardo Sérgio e as privatizações);
4) não ter esse grau de exigência em outras denúncias, entre as mais recentes, as que derrubaram o ministro do Esporte (cadê o vídeo que mostra dinheiro sendo entregue na garagem?);
5) não ter citado que o livro está sendo bem vendido

Devendo R$ 100 mi e sem Ibope, Rede TV! naufraga



Devendo R$ 100 mi e sem Ibope, Rede TV! naufragaFoto: Felipe L. Gonçalves/Edição/247

EMISSORA DE MARCELO DE CARVALHO E AMILCARE DALLEVO BALANÇA; DÍVIDA É COM BANCO RURAL - E AUDIÊNCIA ESTÁ INFERIOR À DA TV CULTURA; MULHER DE CARVALHO, LUCIANA GIMENEZ ESTÁ SEM SALÁRIO HÁ QUATRO MESES; MAS DANIELA ALBUQUERQUE, PATROA DO MAJORITÁRIO DALLEVO, RECEBE EM DIA; CIÚMES E PÂNICO GERAL!!!

16 de Dezembro de 2011 às 15:59
247 – A Rede TV! vive seu pior momento em 12 anos de história na concorrida e quase monopolizada TV aberta brasileira. Apresentadora do SuperPop, Luciana Gimenez anda conversando com a Band. Casada com o sócio minoritário da emissora, Marcelo de Carvalho, a ex-modelo viu completarem quatro meses sem salário, enquanto Daniela Albuquerque, mulher de Amilcare Dallevo (o sócio majoritário), que aparece num programa matinal, está com o salário em dia – e assim permanecerá, em seu período de gravidez.
E a retirada de pro-labore para ele [Marcelo] também ficou complicada. Agora, é Marcelo quem espalha a possível venda para um grupo americano chamado Global Eagle, supostamente ligado à MGM. Contudo, nenhuma transação será efetuada se não for resolvida a pendência com o Banco Rural, hoje aproximadamente de R$ 100 milhões. Para quem não sabe, Rural e TV Ômega (razão social da emissora) se digladiam na justiça há anos, onde correm quatro processos diferentes.
Num deles, sigiloso, o banco revela procedimentos contábeis e financeiros da TV Ômega com os quais, literalmente, não concorda. Os problemas da emissora não param por aí. A audiência, na média, nos últimos dias, conseguiu ser inferior a da TV Cultura. O programa jornalístico comandado por Kennedy Alencar, no final da tarde, Tema Quente (patrocinado pela Petrobras), tem audiência média de 0,2.
O diretor da Rede TV! Marcelo Meira planeja, como já aconteceu com o SBT, executar uma estratégia de redução de salários. Ficam de fora o pessoal do Pânico na TV (dá audiência e faturamento) e a superintendente artística Mônica Pimentel (mais de R$ 100 mil mensais). Para piorar, a emissora não conseguiu até agora certidão negativa (Receita e INSS), que está completando quatro meses de vencimento de sua concessão de funcionamento no Ministério das Comunicações.
Fica a pergunta: a Rede TV! terá o mesmo destino da sua antecessora, a TV Manchete do polêmico empresário ucraniano Adolpho Bloch?
Com informações do portal Panorama Mercantil

Dilma diz que vai ampliar critérios para escolha de ministros


VALDO CRUZ
FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA


A presidente Dilma Rousseff aproveitou café da manhã com a imprensa para mandar um recado para sua base aliada. Disse que não vai aceitar ingerência dos aliados nos ministérios, ao ser questionada sobre os casos de irregularidades que derrubaram ministros.
Subindo tom de voz, ela disse que vai "exigir cada vez mais os critérios [de escolha e acompanhamento de sua equipe]", acrescentando que "nenhum partido pode interferir nas relações de governo". Em seguida, fez questão de dizer, subindo ainda mais o tom: "Vale para qualquer partido".

Sete ministros já deixaram o governo Dilma, seis após denúncias de corrupção. Dilma afirmou que seu governo é de "tolerância zero" com malfeitos e atos de corrupção.
Ao mesmo tempo, ela afirmou também que jamais fará uma "caça às bruxas", destacando que todo mundo tem direito de se defender. "Eu não posso sair por aí apedrejando as pessoas e fazendo julgamento sem direito de defesa", afirmando, acrescentando que "por pressão nenhuma" fará isso. "Não tolerar malfeito de um lado, mas também não vou criar caça às bruxas."

Durante a conversa, Dilma não deixou de alfinetar a imprensa, ao dizer que os escândalos ganham mais destaque na mídia do que os programas sociais do governo. "Parece até que existem dois Brasis", afirmou ao se queixar de que, enquanto ela se dedica a montar programas, a imprensa ficaria concentrada em outros temas. Em seguida, completou: "Obviamente que escândalo vende mais jornal".

Ela chegou a lamentar, sem citar nomes, a queda de alguns de seus ministros, afirmando que eram quadros competentes. Questionada sobre a crise mais recente, envolvendo seu ministro e amigo pessoal Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Dilma refutou o argumento de que teria dois pesos e duas medidas. "[O caso] do Pimentel não tem nada do meu governo."

Ao ser confrontada com o caso de seu ex-ministro da Casa Civil, que enfrentou crise semelhante à de Pimentel, ela completou: "Mas o Palocci quis sair".

Dilma também evitou adiantar qualquer informação sobre a reforma ministerial prevista para janeiro. Ela chegou a dizer que imprensa iria ter uma "surpresa", quando foi indagada se estava nos seus planos reduzir o número de ministérios. "Não me venham com essa conversa. Não terá redução de ministérios, não é isso que faz a diferença no governo."
Alan Marques/Folhapress
Presidente Dilma Rousseff durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto
Presidente Dilma Rousseff durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto

ECONOMIA

Num encontro que durou pouco mais de uma hora, Dilma, bem-humorada, afirmou ainda estar otimista para o próximo ano, dizendo que sua meta de crescimento para 2012 é de 5%, e não quis assumir compromisso em levar a inflação para o centro da meta no próximo ano.

Segundo ela, o mais importante é manter uma "curva suave" da inflação em direção ao centro da meta, sinalizando que não irá impor sacrifícios ao crescimento em troca do combate a pressões inflacionárias.

"O meu [cenário] é otimista. Crescimento de 4,5% a 5%. Minha meta é de 5%, de toda a área econômica também", afirmou Dilma, ao fazer suas previsões para o comportamento da economia no próximo ano.

Questionada se esse crescimento não poderia levar a inflação para o centro da meta, ela, primeiro, disse ter "certeza de que a inflação fica sob controle, fazendo uma curva suave".
Ou seja, sua orientação para a equipe econômica é seguir com os ajustes moderados na taxa de juros, combinada com estímulos à economia, para criar condições para o país recuperar seu crescimento em 2012 sem permitir uma inflação descontrolada.

JUDICIÁRIO

Dilma manteve sua posição de não apoiar um aumento de salário para o Judiciário, diante das pressões do STF (Supremo Tribunal Federal) e até de aliados, como os peemedebistas.
Segundo ela, uma política de gastos sem controle deixaria o governo fragilizado num momento de incerteza na economia internacional. "Não era hora de dar reajuste salarial para nenhuma categoria."

Ao final da entrevista, porém, ela não quis antecipar se vetaria uma decisão do Congresso de incluir no Orçamento de 2012 uma previsão de aumento do Judiciário. "Não vou comentar decisão de outros Poderes."

"Isso vale para todo mundo. Não me acho melhor do que ninguém", afirmou, justificando sua defesa de não dar reajuste ao Judiciário, acrescentando: "Eu não faço análises sobre Poderes", na hipótese de o Congresso aprovar o reajuste.

Diante da insistência da imprensa, afirmou: "Eu não faço, e nem ninguém me fará fazer análises sobre outros Poderes. Se fizesse isso, seria uma grande leviandade".

Com 72%, Dilma é mais popular que FHC e Lula



Com 72%, Dilma é mais popular que FHC e LulaFoto: Roberto Stuckert Filho/PR

APESAR DA CRISE ECONÔMICA E DA QUEDA DE SETE MINISTROS, DILMA ROUSSEFF CHEGA AO FIM DO PRIMEIRO ANO DE GOVERNO COM AVALIAÇÃO MELHOR QUE OS ANTECESSORES; APROVAÇÃO DO GOVERNO, DE 56%, TAMBÉM É RECORDE; NÚMERO DE BRASILEIROS QUE ACREDITA QUE PRÓXIMOS TRÊS ANOS SERÃO BONS É OUTRO QUE SUBIU

16 de Dezembro de 2011 às 13:36
247 – Saiu uma nova pesquisa CNI/Ibope sobre a avaliação do governo Dilma Rousseff e, mais uma vez, a aprovação da presidente cresceu. Após quase um ano de governo, 56% dos brasileiros classificam a gestão da petista como ótima ou boa – em setembro o percentual era de 51%. A aprovação pessoal de Dilma também subiu, mas apenas um ponto percentual, de 71% para 72% (como a margem de erro da pesquisa é de 2%, a aprovação pessoal fica entre 70% e 74%).
A aprovação do governo de Dilma é maior que as dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso, que, ao fim do primeiro ano de governo, eram aprovados, respectivamente, por 43% e por 41% da população. No início do segundo mandato, FHC era aprovado apenas por 17% dos brasileiros. Já Lula, agravada a 51% no fim do primeiro ano de seu segundo mandato.
Na comparação pessoal, Dilma também fica na frente dos dois colegas. Ao fim do primeiro ano de governo, FHC agradava a 57% dos brasileiros. Já Lula tinha a aprovação de 66%. No fim do primeiro ano do segundo mandato, Fernando Henrique agradava a 26% da população, e Lula, a 65%.
A avaliação positiva recorde de Dilma Rousseff fica curiosa quando analisada à luz de outro dado da pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria: o assunto mais lembrado pelos consultados envolve denúncias de corrupção. Dos entrevistados, 28% lembraram de imediato de alguma notícia ligada a irregularidades no governo. Ou seja, a população aparentemente está satisfeita com a forma como Dilma tem lidado com as denúncias de irregularidades que surgiram durante 2011.
Os cidadãos consultados lembraram com mais frequência (23%) do caso do ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi, que deixou o governo depois de semanas tentando se segurar no cargo. Apesar da queda de sete ministros, as expectativas do brasileiro em relação ao governo Dilma melhoraram. Até setembro, 56% dos brasileiros imaginavam que os próximos três anos de Dilma seriam bons ou ótimos. Agora, são 59%.
Nesta sexta-feira, a presidente concedeu longa entrevista aos jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto. Confira reportagem da Agência Brasil:
Agência Brasil - A presidenta Dilma Rousseff defendeu hoje (16) uma "relação civilizada" com a oposição. Ao ser lembrada da disposição de "estender as mãos" para os oposicionistas, ideia que fez questão de destacar em seu discurso de posse, Dilma disse que teve "muito prazer" em conversar com Fernando Henrique Cardoso e de manter uma boa relação com governadores.
"Acredito que é preciso estender a mão civilizadamente para a oposição. Acredito muito na relação civilizada. Não precisa ter a mesma posição, mas capacidade de entender. E se pode ter outras posições. E sempre me dispus a ter. E considero também muito boa a relação com os governadores dos partidos de oposição."
Dilma citou sua relação "aproximada" com governadores tucanos como os de São Paulo, Geraldo Alckmin, de Minas Gerais, Antônio Anastasia, e de Alagoas, Teotônio Vilela, além da governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini, do DEM. "Relação civilizada significa conversa, que é uma das atividades intrínsecas do ser humano", ressaltou a presidenta em um café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto.
Ela contou que não leu o livro Privataria Tucana, de Amaury Ribeiro Júnior, que aponta um esquema de desvio de recursos públicos no processo de privatização de empresas estatais ocorrido na década de 1990.
"Eu não li nem o meu", disse, referindo-se ao livro A Vida Quer É Coragem, biografia recém-lançada da presidenta, assinada pelo jornalista Ricardo Amaral. Ela também não quis comentar a possibilidade de abertura de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) na Câmara para investigar as denúncias contidas no livro Privataria Tucana.
Dilma citou situações que envolvem relação entre opositores governistas e que produziram efeitos negativos. Um exemplo citado pela presidenta foi o episódio da votação do teto da dívida dos Estados Unidos.
"Neste ano, nos países do mundo, a relação entre oposição e situação foi incivilizada, até deletéria, como no episódio da votação do teto de endividamento dos Estados Unidos", disse Dilma. Chega a um ponto em que um fala uma coisa e o outro fala outra. Essa é uma das piores doenças da democracia, é quando se perde o compromisso do bem comum", disse Dilma.
"É preciso lembrar que, em todas as circunstâncias, o que está em jogo é interesse do país", destacou a presidenta.