terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Ministro do STF defende, na TV, corporativismo do tipo caixa-preta



ministro Marco Aurélio
Ministro Marco Aurélio
Nesta segunda-feira (9), o ministro Marco Aurélio Mello, no programa Roda Viva da televisão Cultura de São Paulo, voltou a ignorar o princípio constitucional da transparência, um dos fundamentos da democracia representativa. Lógico, o representante do povo (magistrado) não pode colocar numa caixa-preta sua atuação funcional, de modo a impedir o exame do cumprimento das suas obrigações e deveres por órgão constitucional, que é o Conselho Nacional de Justiça (CNJ),
O ministro Marco Aurélio sustenta que o CNJ não possui poder autônomo para investigar magistrados sob suspeita de desvios funcionais. Para o ministro em tela, cabe às corregedorias dos tribunais, estaduais ou federais, a iniciativa e só perde a exclusividade em caso excepcional de omissão ou patente incúria.
Para embasar sua tese de afronta ao fundamental princípio democrático da transparência, o ministro Marco Aurélio, em flagrante leguleio de ilegítima e odiosa proteção corporativa, fala em ofensa ao princípio federativo. Esse argumento é equivocado e construído na areia. Basta atentar, numa evidência solar,  para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), com poderes, além da competência originária,  de revisar e reformar decisões jurisdicionais dos tribunais dos estados.  E Marco Aurélio não entende ser o STJ inconstitucional. A autonomia do CNJ, por evidente, não prejudica a atividade das corregedorias dos tribunais estaduais e federais, que podem e devem apurar, mantida a avocação até para evitar decisões conflitantes.
O certo, como já escrevi na minha coluna desta semana na revistaCartaCapital, é ter o  ministro Marco Aurélio Mello colocado o Supremo Tribunal Federal (STF) numa camisa de 11 varas. Ele concedeu, no apagar das luzes do ano judiciário de 2011, sem que houvesse situação de urgência e contrariando o espírito de norma constitucional moralizadora (princípio da transparência), uma medida liminar que esvazia as atribuições correcionais do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), instalado em 2005.
A camisa com essa medida (vara) era, na Inglaterra, colocada nos condenados à morte. No particular, o ministro Marco Aurélio, com a liminar, levou ao patíbulo a ética e a transparência.
Conhecido como novidadeiro, Marco Aurélio, como aponta o jurista Joaquim Falcão, teve 73% de posicionamentos vencidos em julgamentos de questões constitucionais. No caso do CNJ, ele contou com um “abraço de afogado” dado pela Associação de Magistrados Brasileiros (AMB).
Uma medida liminar só pode ser concedida quando existir urgência. E essa urgência é verificável, medida, mesurada, diante do risco de dano irreparável ou de difícil reparação.
A expressão latina periculum in mora é utilizada pelos autores de obras sobre as primeiras linhas do direito processual para ensinar que o atraso, a mora, pode prejudicar a satisfação da sentença final. No caso da liminar de Marco Aurélio, a urgência era nenhuma.
O CNJ já afastou, mediante atuação autônoma, diversos magistrados por desvios funcionais, como o ministro Paulo Medina, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ex-presidente da Associação de Magistrados Brasileiros.
Os ministros do STF, em sessão plenária ocorrida em setembro do ano de 2011, retiraram de pauta o julgamento de ação direta de inconstitucionalidade (Adin) sobre a atividade correcional do CNJ. Fosse urgente a questão, os ministros não teriam adiado o julgamento. No STF tramitam mais de 30 ações, incluídas as de magistrados sancionados, a questionar a competência do CNJ. A prevalecer o entendimento aureliano, tudo será anulado e juízes reintegrados às funções.
O posicionamento de Marco Aurélio é conhecido desde 2004 e insistente, apesar da clareza do dispositivo constitucional: “Compete ao CNJ conhecer das reclamações contra membros ou órgãos judiciários”. Para Marco Aurélio, o CNJ nas fiscalizações só pode atuar subsidiariamente, ou seja, apenas estaria legitimado a agir na inércia ou incúria das corregedorias estaduais ou federais. Tal entendimento é minoritário na doutrina brasileira, que entende concorrentes as funções.
A integrar esse quadro surreal não se deve esquecer a liminar do ministro Ricardo Lewandowski, apesar de correições anteriores realizadas em diferentes tribunais estaduais. Essa liminar nada urgente suspendeu as correições no Tribunal de Justiça de São Paulo, em face de suspeitas de indevidos favorecimentos a um grupo seleto de desembargadores.
O CNJ, é bom lembrar, nasceu de uma reforma do Judiciário que durou cerca de 11 anos. Quando sancionada, o presidente Lula avisou que o CNJ abriria a “caixa-preta” do Judiciário. Mais comedido, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, falou em órgão de controle externo da Magistratura brasileira. O órgão não é de controle externo e, também, não fiscaliza toda a Magistratura: o STF, por interpretação em causa própria e distante do espírito do legislador, entende estar imune ao CNJ. O CNJ decorreu de uma exigência da sociedade, inconformada com a atuação das corregedorias dos tribunais.
Wálter Fanganiello Maierovitch

Afif: “Flerte” com PT pode “acabar em namoro”



Afif: “Flerte” com PT pode “acabar em namoro”Foto: Divulgação

VICE-GOVERNADOR, UM DOS NOMES NO BOLSO DO COLETE DO PREFEITO KASSAB PARA AS ELEIÇÕES MUNICIPAIS, ENGROSSA CORO NO PSD EM FAVOR DE APROXIMAÇÃO COM HADDAD E SEU PADRINHO LULA; ELE QUER MESMO, PORÉM, CASAR COM O PSDB; “SE NÃO DER CERTO...”

Por Agência Estado
10 de Janeiro de 2012 às 19:55Agência Estado
O vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (PSD), defendeu hoje a aproximação de seu partido com o PT, uma vez que os tucanos não avançam nas negociações com a sigla sobre a sucessão do prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. Afif lembra que as conversas com o PT fora da capital paulista "existem desde o tempo do DEM" e, mesmo com a resistência do PT paulistano, essa aproximação tem tudo para "acabar em namoro"."Se você me perguntar em que grau está, eu digo que é um flerte. Ninguém pegou na mão ainda", afirmou Afif à Agência Estado.
Defensor da manutenção da aliança com o PSDB, o vice-governador reclamou da insistência dos tucanos em impor na negociação com o PSD um cabeça de chapa. "Eles querem já partir com um nome na mesa. Esse não é o caminho", criticou. Para Afif, o "caminho" para um acordo com os tucanos seria primeiro discutir a aliança e depois buscar os nomes para a candidatura. "Dentro desta visão se há tendência de imposição de nomes, o PSD pode buscar alternativas. O PSD não está órfão. Se não tem um caminho, tem outro", frisou. "Eu luto pela manutenção da aliança que elegeu o (José)Serra, que elegeu o Kassab - embora tenha havido rompimento, mas ela foi reatada na eleição do Alckmin. A lógica manda que mantenhamos a aliança. Se não der certo...", insinuou.
Afif contou que, na visita ao "amigo" Luiz Inácio Lula da Silva na última quarta-feira (4) no Hospital Sírio-Libanês, Kassab e o ex-presidente não resistiram ao tema político durante a conversa informal. "A pergunta foi: como é que a gente pode estar juntos?", disse sem revelar de quem teria partido a proposta. "Podemos discutir (uma aliança) para 1º ou para 2º turno", respondeu.
Mesmo com o PT fazendo oposição ferrenha à gestão de Kassab em São Paulo, o vice-governador vê espaço para que possam estar juntos na eleição municipal. "Esse radicalismo está caindo à medida que o processo da democracia avança. Hoje não temos mais um nível de diálogo radical", afirmou. Sobre a possibilidade de o PSD apoiar o ministro da Educação Fernando Haddad para a Prefeitura de São Paulo, Afif evitou falar em apoio. "Eu não me meto nisso", respondeu.
Laços de família - A família de Afif tem uma relação próxima com a família de Haddad. "No caso da família do Guilherme Afif Domingos é uma relação na colônia (sírio-libanesa) de décadas, principalmente com o irmão dele, o Jorge", revelou o ministro em entrevista à Agência Estado em dezembro passado.
Jorge Domingos Neto foi criador do Departamento de Esportes para Menores do Clube Sírio, em São Paulo, quando o "menino" Fernando Haddad frequentava as aulas de futebol de salão do clube e era chamado de "Dandão". "O Jorge é uma espécie de tutor dessa meninada. Essa criançada tem adoração por ele", contou Afif. O irmão de Afif foi diretor e vice-presidente esportivo de 1965 a 1986 e hoje é conselheiro vitalício do clube.
Considerando a amizade de longa data, o vice-governador sinalizou que não seria um sacrifício subir no palanque de Haddad. "O aspecto partidário nunca proibiu o nosso relacionamento. Temos um relacionamento pessoal", ressaltou.

Com medo do PT, PMDB convoca militância



Com medo do PT, PMDB convoca militânciaFoto: Divulgação

VICE-PRESIDENTE MICHEL TEMER VAI CONVOCAR, EM PROGRAMA DE TEVÊ, OS PRÉ-CANDIDATOS E MILITANTES A TRABALHAREM PARA MANTER A HEGEMONIA NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2012; GABRIEL CHALITA E EDUARDO PAES GANHAM DESTAQUE EM PROPAGANDA

Por Agência Estado
10 de Janeiro de 2012 às 20:47Agência Estado
A cúpula do PMDB se desloca amanhã para São Paulo a fim de gravar as participações no programa partidário, que vai ao ar no próximo dia 19, em cadeia nacional de rádio e televisão. No programa, com dez minutos de duração, o presidente nacional da sigla, senador Valdir Raupp (RO), vai convocar os pré-candidatos e militantes a trabalharem pela hegemonia da legenda nas eleições municipais. Além de Raupp, o vice-presidente Michel Temer - presidente licenciado do PMDB -, que se recupera de uma cirurgia, também deve gravar amanhã sua participação no programa.
Em 2008, o PMDB elegeu 1.207 prefeitos, seguido do PSDB, com 788 e do PT, com 558 dirigentes municipais. O receio do PMDB, entretanto, é que o PT ultrapasse, pela primeira vez, a legenda em número de prefeitos eleitos, como efeito da alta popularidade da presidente Dilma Rousseff e da aprovação dos oito anos de governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2008, após um ano e meio de mandato presidencial de Lula, o PT ampliou em 36% o número de prefeituras em relação às eleições de 2004.
Assim como o último programa do partido, que foi ao ar no dia 24 de novembro, a nova propaganda partidária vai privilegiar os pré-candidatos a prefeitos de capitais. Assim, o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP) e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes - que vai tentar a reeleição -, estrelam o programa ao lado dos deputados José Priante (PMDB-PA) e Teresa Surita (PMDB-RR), respectivamente pré-candidatos às prefeituras de Belém e Boa Vista.

CPI e a “palhaçada” de Serra


A

Por Altamiro Borges, no Blog do Miro
José Serra, o derrotado presidenciável tucano, começou o ano furioso, irritadiço. Numa solenidade hoje (10) no Instituto do Câncer de São Paulo, ele foi ríspido com os jornalistas ao responder sobre o pedido protocolado na Câmara Federal de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os crimes cometidos no processo de privatizações das estatais no triste reinado de FHC.
Acompanhando o governador Geraldo Alckmin, o papagaio de pirata primeiro disse desconhecer o pedido de criação da CPI apresentado pelo deputado Protógenes Queiroz (PCdoB) – que colheu 185 assinaturas em pleno final do ano, 14 a mais do que o mínimo constitucional de um terço dos 513 deputados. Na seqüência, mais agressivo, atacou: “Não foi instalada nenhuma CPI ainda… Isso é tudo palhaçada, porque eu tenho cara de palhaço, nariz de palhaço, só pode ser palhaço”.
Episódio confirma desespero
Segundo o jornalista Raoni Scandiuzzi, da Rede Brasil Atual, José Serra se mostrou incomodado com as perguntas. Depois de criticar a “palhaçada”, ele se afastou bruscamente dos repórteres “sem responder aos outros questionamentos sobre o tema”. O episódio confirma que o ex-governador está apavorado com os desdobramentos da CPI, que tem como fonte principal o livro de Amaury Ribeiro, “A privataria tucana”.
A obra, que já vendeu mais de 100 mil exemplares, apresenta inúmeros documentos, obtidos na Justiça, que comprovam a lavagem de dinheiro e outras maracutaias ocorridas durante o processo de privatização das estatais. O ex-ministro José Serra aparece como o maior beneficiário do esquema de corrupção. Sua filha, seu genro, seu primo e seu ex-tesoureiro de campanha seriam os pivôs dos crimes das privataria.

Ex-todo-poderoso no picadeiro

Serra garante que não tem “cara de palhaço ou nariz de palhaço”, mas a sua atitude intempestiva deve ter rendido algumas gargalhadas – inclusive junto ao “fogo amigo” no interior do PSDB. O ex-todo-poderoso tucano adora brandar pela abertura de CPIs e se travestir de vestal da ética. Agora, diante da possibilidade de apuração do “maior assalto ao patrimônio público” da história do Brasil, ele perde o rebolado. Ele finalmente está na picadeiro!

Ricardo, o Lula manda na Dilma ?


Ninguém conhece mais a Dilma do que o Lula


Essa foi a primeira pergunta que o ansioso blogueiro fez a Ricardo Batista Amaral, autor do excelente livro “A vida quer é coragem – a trajetória de Dilma Rousseff, a primeira presidenta do Brasil”, editado pela Primeira Pessoa.

A entrevista vai ao ar nesta terça-feira, às 22h15, na Record News, depois do programa do Heródoto Barbeiro.

O livro conta a história da Presidenta desde infância, em que sobressai a figura fascinante de Pedro Rousseff, o pai búlgaro que a ensinou a ler na infância Emile Zola e Dostoievski – e a lutar pela justiça social.

E a quem a filha dedica admiração que se percebe nas vírgulas.

Tem a Dilma guerrilheira – da Polop, Colina e VAR-Palmares, onde se forma para entrar no PDT e, depois, no PT. 

(Ela não participou do roubo do cofre do Ademar, nem tramou o sequestro do Delfim, tal como concebido pela peça de ficção da Folha (*).)

Dilma foi torturada por 20 dias seguidos.

Imagine qualquer tipo de tortura – que ela própria descreve no livro, em letras fortes e chocantes, em entrevista extraída do livro “Mulheres que foram à luta armada”, de Luiz Maklouf.

(Amaral acredita que, de tão expressiva, aguda, jamais a Presidenta voltaria a dar uma entrevista igual.)

Clique aqui para ler “Como Dilma vai entrar para a História. Com uma foto”

Ricardo Amaral não entrevistou Dilma para o livro.

Valeu-se da experiência de respeitado jornalista político de Belo Horizonte e Brasília que trabalhou na campanha, ao lado da atual Ministra Helena Chagas, e dos depoimentos dos que trabalharam e militaram com ela, desde a clandestinidade política.

Não é uma biografia autorizada.

Nem um livro de proselitismo, partidário.

É um jornalista objetivo, daqueles que, um dia, habitaram o PiG (**).

Amaral conta que a foto que está na contra-capa do livro e, na opinião deste ansioso blogueiro, é o perfil inteiro da Dilma que vai para a História, foi a própria Dilma quem deu de presente ao ex-marido e para sempre amigo, Carlos Araújo.

Porque Dilma não abriu o bico sob tortura, Araújo não caiu.

“Lealdade” – essa é de todas as virtudes, a que a Dilma mais venera.

Dilma não entregou ninguém.

E não se arrepende do que fez na juventude.

Ela sempre teve um lado.

Ela está do lado em que o pai, Pedro, lhe ensinou a ficar.

E está lá, até hoje.

Amaral conta que Lula se encantou com o talento da jovem economista mineiro-gaúcha com a crise do Apagão, que desmoralizou a suposta eficiência dos governos tucanos.

Dilma, secretária de Energia do Rio Grande do Sul, em pleno Apagão tucano, aumentou a produção de energia do Rio Grande e conseguiu escapar do racionamento.

O Lula recém eleito temia um novo Apagão.

Dilma resolveu o problema.

Quando veio a crise do mensalão que derrubou José Dirceu, a quem Lula poderia recorrer, para evitar um novo apagão, político ?

À Dilma.

Ainda no primeiro mandato, numa conversa com Olívio Dutra, governador do Rio Grande do Sul  e chefe da Secretária Dilma, pela primeira vez Lula deu a entender que Dilma seria a sucessora.

Nunca, em nenhum momento, Lula disse a Dilma que ela era a escolhida.

Ele criou o fato consumado.

E ela foi em frente.

Quando surgiu o câncer, Dilma, lealmente, perguntou a Lula se queria ir em frente.

Ele foi em frente.

Durante a campanha, este ansioso blog disse que Dilma é Lula, e Dilma é Dilma.

Ricardo, o Lula manda na Dilma ?

A relação entre eles é de lealdade, ele disse.

Ninguém conhece mais a Dilma do que o Lula.

E ele sabe.

Ninguém manda na Dilma – foi a resposta.

Paulo Henrique Amorim

(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Campos desmonta teoria do privilégio do PiG



O governador Eduardo Campos descreveu com pormenores as tragédias que assolaram Pernambuco e Alagoas e justificaram a decisão da Presidenta Dilma Rousseff de destinar recursos a obras do Ministério da Integração.

A entrevista sobre o que o PIG (*) e seus colonistas (**) chamam de “privilégio” de Pernambuco vai ao ar nesta terça-feira, às 22h15, na Record News, depois do programa do Heródoto Barbeiro.

Campos anunciou que ele e o governador de Alagoas, do PSDB, o partido de oposição, Teotônio Vilela, divulgarão um artigo para desmascarar a acusação de “privilégio”.

Campos descreveu os efeitos das enchentes sucessivas em Pernambuco e o trabalho competente, profissional e republicano com que elaborou os projetos para consertar os efeitos das enchentes e prevenir desgraças.

Por telefone, ele acertou com a Presidenta Dilma Rousseff um esquema de financiamento das obras, em que o estado de Pernambuco entrava com um real para cada um real do Governo federal.

O início das obras de duas barragens no interior de Pernambuco foi amplamente coberto pelo PIG, pois lá esteve a própria presidenta de República.

Eduardo Campos lamenta que o PiG (ele não usa a expressão) tenha perdido a oportunidade de publicar um grande furo: o Brasil destinaria apenas R$ 50 milhões para obras de combate as enchentes, no Ministério de Integração.

Lamenta, também, que o PIG não tenha procurado ouvir o “outro lado”.

Porque, se tivesse feito isso, saberia que as verbas contra enchente são muito maiores do que essa, distribuídas por outros ministérios.

Lembrou que os Governadores de Minas, Alagoas e Espírito Santo, perseguidos pela enchente, e supostas vítimas do suposto privilégio foram solidários com Eduardo Campos e o ministro da integração, Fernado Bezerra Coelho quando acusados de surripiar a verba de seus estados.

O ansioso blogueiro perguntou se ele atribuía parte da campanha do “privilégio” ao preconceito contra o nordestino, que se tornou conspícuo com a pseudo-reportagem do Estadão – clique aquipara ler – que considerou um crime inafiancável nordestino chefiar o Ministério da Integração.

Essa mesma pseudo-reportagem chamou Eduardo Campos de “coronel moderno”.

A resposta, diplomática, de Eduardo Campos contém a palavra “preconceito”.

O ansioso blogueiro perguntou se ele será candidato a vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff em 2014.

Ele respondeu: não.

Paulo henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta  costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse  pessoal aí.

Pig chama competência de privilégio

Funai diz que morte de índio é boato infundado



Por Lissandra Leite, jornalista
A Coordenação Regional da Funai em Imperatriz liberou, no início da noite de hoje (09), uma “Nota de esclarecimento” com os resultados da visita da comissão que foi investigar a denúncia do possível assassinato de uma criança indígena da etnia Awá-Gwará em Arame-MA. O relatório conclui que a denúncia “não passou de um boato infundado, uma mentira” e que nunca houve corpo carbonizado, nem filmagem. A visita, iniciada na sexta e finalizada somente no domingo, concluiu também que os Awás continuam circulando na terra indígena Araribóia.
A fonte principal ouvida pelos servidores da Funai foi o índio Clóvis Guajajara, citado pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI) como um dos autores da denúncia ao órgão. Segundo o indígena, tudo realmente não passou de um boato. O relatório não esclarece, entretanto, se o índio realmente fez as denúncias, equivocadamente, ao CIMI ou a jornalistas, no início de novembro. Também não fica claro se a comissão chegou a visitar o local do acampamento onde estaria o grupo awá-gwajá.
Durante a visita, a comissão flagrou um caminhão madeireiro que seguia para abastecimento dentro da área Araribóia. O caminhão era dirigido por um indígena já reincidente na retirada ilegal de madeira, que relatou que a madeira a ser retirada “teria como destino as serrarias do senhor Miguel e do senhor Paulo no município de Grajaú-MA”.
Não foi possível fazer ouvir o CIMI sobre a nota da Funai.
Dica do Alexandre Porto @aleportoblog
Matéria do Azenha dobre o assunto:
Segue o relatório da Funai anexado, dica da Niara de Oliveira @NiDeOliveira71 
Imagens: 
Funai diz que morte de índio é boato infundado
Funai diz que morte de índio é boato infundado
Funai diz que morte de índio é boato infundado
Funai diz que morte de índio é boato infundado
Funai diz que morte de índio é boato infundado
Funai diz que morte de índio é boato infundado
Funai diz que morte de índio é boato infundado
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Funai diz que morte de índio é boato infundado
Funai diz que morte de índio é boato infundado

Mulher denuncia que foi à delegacia registrar acidente, apanhou e foi presa



Prezado Luiz Carlos Azenha,
Como internauta frequentador de sua importante página na Internet (Blog), gostaria de encaminhar importante denúncia pelo que tem de grave contra a cidadania, e reveladora do atual sistema de serviços prestados por nossas autoridades policiais, em São Paulo.
Minha irmã, AMS (nome completo preservado pelo Viomundo), ontem, ao deixar a casa do pai de seu filho, teve um pequeno incidente de trânsito na Av. Pacaembu, quando foi acusada de raspar numa moto.
Ao parar para observar a ocorrência de danos, o motoqueiro, agindo agressivamente, passou a xingá-la e retirou as chaves do contato do carro dela.
Ao ser interpelado pelos maus modos o jovem passou a agredí-la fisicamente com empurrões e socos, quando minha irmã caiu ao chão.
E disse na frente de testemunhas que se chamava Adolf Hitler e que detestava pobres, pretos, gays e nordestinos (minha irmã é de Fortaleza/CE)
Passados os momentos de agressão, minha irmã, tentando se recompor, procurou ir a uma delegacia, mas pelo seu estado emocional, foi-lhe impossível dirigir, tendo que abandonar o carro e procurar a ajuda de um táxi.
Como já é vítima de sintomas de pânico, fazendo inclusive tratamento clínico para o problema, tomou um comprimido de clamante, provavelmente diazepan, e chegou à delegacia sob efeito desse medicamento.
Ao ter péssimo atendimento e reclamar por isso junto ao delegado plantonista, sob efeito de calmante, foi confundida com uma pessoa drogada e recebeu um tratamento inadmissível ao ser chamada de filha da puta.
Retrucou à altura e levou um tapa na cara do delegado!
Foi presa sob acusação de desacato, algemada e colocada numa cela com outras detentas.
Protestou, pediu para ligar para o seu advogado, o que não lhe foi permitido, pois tomaram sua bolsa com seu telefone celular.
Ficou detida numa cela até pouco antes do amanhecer quando foi solta.
No momento em que fazia este relato, estava agora há pouco na Corregedoria de polícia civil para oficializar a denúncia.
Gostaria de solicitar-lhe a gentileza de denunciar o caso em seu blog assim que tivermos uma cópia da denúncia oficial à Corregedoria como prova do fato.
Repercussões através de blogs e canais alternativos, como redes sociais e outros, têm trazido bons resultados ao combate a esse tipo inaceitável de ocorrências no Brasil.
Por favor, ajude-nos.
Atenciosamente,
Luiz Carlos de Moares e Silva
PS do Viomundo: Conversei por telefone com o irmão da vítima. Há 22 anos ele é servidor da Justiça Federal em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. A irmã já denunciou o caso à Corregedoria da Polícia em São Paulo. O advogado dela é Luiz Eduardo Greenhalgh. Foram abertos dois procedimentos para investigação, um operacional e outro criminal. Conversei também com AMS, por telefone. Ela é produtora musical em São Paulo. Confirmou a denúncia do irmão, disse que também foi chamada de ‘vagabunda’ e que ficou numa cela com uma traficante de crack.  O boletim de ocorrências foi registrado às 7h30m da manhã, “para que não ficasse provado que passei a madrugada na cela”.

Prisão por racismo merece aplausos na Bahia



Prisão por racismo merece aplausos na BahiaFoto: Reprodução

MULHER DISCRIMINA OUTRA NA FILA DO CAIXA DO SUPERMERCADO; "ISSO É COISA DE PRETO, DE QUEM NÃO TEM ESTUDO", DISSE; ELA FOI FLAGRADA POR UMA DELEGADA E SAIU ALGEMADA DO LOCAL; "NOSSA BAHIA PRECISA SE RESOLVER", OPINOU TESTEMUNHA SOBRE RACISMO; ASSISTA AO VÍDEO

10 de Janeiro de 2012 às 18:07
247 – O mito da democracia racial no Brasil se esfacela cada vez que se revelam episódios,como o denunciado pela Band nesta terça-feira, 10. Os negros são tratados de forma diferente? Que isso! Uma bobagem, diriam alguns sociólogos (ou globais). Na noite passada, no entanto, uma senhora discriminou uma mulher negra na fila de um supermercado em Salvador. “Isso é coisa de preto, de quem não tem estudo”, teria dito a acusada. Ela não contava com a presença de uma delegada, também à espera de sua vez no caixa. Foi detida no local e saiu algemada de lá.
A prisão foi acompanhada por baianos que saudaram a polícia com uma salva de palmas. “É racismo e precisa ser punido. Nossa Bahia precisa se resolver”, defendeu um entrevistado pela Band. É essa frase a senha de que a discriminação de negros persiste – mesmo em um estado com acentuada população de negros. De acordo com dados do IBGE de 2008, 73,4% dos baianos são pretos ou pardos.
Por isso mesmo, a punição de quem pratica o crime de racismo precisa ser explícita e aplaudida pela população brasileira. Assista ao vídeo: