terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Monique e Daniel negaram ter feito sexo, diz delegado



Participantes do BBB prestaram depoimento na manhã desta terça-feira. Policiais apreenderam roupas íntimas e roupa de cama da casa do Big Brother Brasil

Leo Pinheiro, do Rio de Janeiro
A cena em que Daniel se movimenta sob o edredom, enquanto Monique parece desacordade: polícia vai investigar suspeita de estupro
A cena em que Daniel se movimenta sob o edredom, enquanto Monique parece desacordade: polícia vai investigar suspeita de estupro (Reprodução)
O delegado Antônio Ricardo, da 32ª DP (Taquara), afirmou que os participantes Monique e Daniel, do Big Brother Brasil, negaram que tenha havido sexo sob o edredom na casa do programa, na madrugada de domingo. O delegado tomou os depoimentos dos dois envolvidos na suspeita de abuso sexual que gerou na expulsão de Daniel do programa. Monique, segundo Antônio Ricardo, não quis registrar queixa nem se submenter a exame de corpo de delito.
Como o caso é tratado como "estupro de vulnerável", não é preciso que Monique queira registrar queixa para que a investigação prossiga. O crime consiste na violência sexual contra menores de 14 anos ou de pessoas que, por algum motivo, estejam inconscientes ou incapazes de reagir.

Segundo Antônio Ricardo, cada um dos dois BBBs foi ouvido por uma hora e meia, na manhã desta terça-feira, no Projac. Foram apreendidos, segundo o delegado, as roupas íntimas de Monique e Daniel e a roupa de cama do quarto em que eles estavam. O objetivo é descobrir se há vestígios de esperma.

Daniel não foi indiciado, e prestou depoimento na condição de “testemunha”. “Vou analisar as imagens para confrontar com os depoimentos. O objetivo da investigação é saber se Monique tinha consciência ou não daqueles atos”, afirmou o delegado.

Monique e Daniel prestaram depoimento acompanhados de advogados da Rede Globo. Segundo o delegado, os dois afirmaram que trocaram apenas carícias sob o edredom. “Ambos negaram que tiveram relação sexual. Mas nós apreendemos as roupas íntimas utilizadas por eles e a roupa de cama também. Isso vai ser encaminhado para a perícia, para ver se há resíduo de esperma”, disse Antônio Ricardo.

Mais depoimentos – A investigação não para nas declarações de Monique e Daniel. Sem afirmar quem ainda será ouvido, Antônio Ricardo admitiu que mais envolvidos no caso podem ser chamados a depor, também como testemunhas. “Possivelmente nós ouviremos mais pessoas, outros integrantes do programa”, disse.

O delegado não quis comentar se há contradições nos relatos de Monique e Daniel. Antes da entrada da polícia no Projac, advogados da Rede Globo foram até a casa do Big Brother, de onde Monique foi retirada para receber orientações.
Caso seja comprovado que Monique estava inconsciente, é possível que integrantes da cúpula do programa sejam chamados a depor. Mas a Rede Globo só será envolvida caso algum dos envolvidos se sinta prejudicado pela emissora. “Pessoa jurídica não tem responsabilidade criminal. Quem responde nesse caso é pessoa física. Eventualmente, se alguém se sentir constrangido ou ofendido, vai entrar com a medida judicial cabível (contra a pessoa jurídica)”, disse Antônio Ricardo.

Segundo o delegado, não estão descartadas acareações para esclarecer o caso. E, se for comprovado que Monique estava inconsciente, é possível que técnicos e funcionários da emissora que estavam na casa no momento, assistindo à cena, sejam responsabilizados, pois haveria, nesse caso, como impedir o suposto abuso.

Ministério pede imagens do "BBB12" para Globo


Do R7

DE BRASÍLIA
O Ministério das Comunicações afirmou que irá requisitar as imagens passadas em TV aberta no "Big Brother Brasil" para analisar se, ao tratar do suposto estupro cometido por Daniel Echaniz, foram transmitidas imagens "contrárias à moral familiar e aos bons costumes", o que pode gerar a abertura de um processo de apuração por parte da pasta.
Governo acompanha investigação de suposto estupro
O ministério também solicitou que a verificação seja feita pela Anatel, agência estatal que regula a TV por assinatura --as imagens do possível abuso sexual foram transmitidas no "pay-per-view" do BBB.
Em tese, o processo de apuração pode resultar até mesmo na interrupção do serviço da Globo, diz o ministério, citando o Código Brasileiro de Telecomunicações.
As imagens requisitadas são dos dias 14 e 15, e serão degravadas pela pasta.
O Ministério da Justiça, que estabelece as classificações indicativas da TV aberta mas não interfere no conteúdo pago, afirmou que está sendo realizada uma reunião nesta tarde para definir se irá se posicionar de alguma maneira em relação ao caso.
Também hoje, a Secretaria de Políticas para as Mulheres, subordinada à Presidência da República, lançou nova nota, dizendo que acompanha as apurações feitas pela Polícia Civil e o Ministério Público do Rio.

As lições do BBB 12


Quem disse que a edição brasileira da franquia holandesa Big Brother não serve para nada? Certamente é inútil do ponto de vista cultural, sociológico, antropológico ou do mais tênue bom gosto. Não serve nem como lazer porque induz a exacerbação de sentimentos negativos, incompatíveis com a descontração e a alegria que caracterizam – ou deveriam caracterizar – o entretenimento. Mas serve como exemplo do que não presta na televisão brasileira.
Sim, o Big Brother Brasil tem lições a ensinar que vão desde como não expor comportamento e linguajar inadequados na tevê até o limiar da criminalidade, seja em termos sexuais, “raciais” ou de agressão à formação de crianças e adolescentes ou do próprio direito de pais e responsáveis de lhes imporem o ritmo que bem entenderem até poderem vivenciar ou conhecer o que poderíamos chamar de “fatos da vida”, por assim dizer.
Em primeiro plano ficou a hipótese repugnante de uma garota de idade análoga à de minhas filhas ter sido obrigada a ir “até o fim” em um namorico regado a uma substância que lhe entorpeceu a razão e que vem sendo alvo de iniciativas legais de lhe proibir a publicidade nos meios de comunicação de massa assim como ocorreu com o tabaco, pois os efeitos nefastos do álcool – e do estímulo ao consumo – dispensam apresentações.
Em plano igualmente grave, ainda que menos focado, está hipótese de racismo contra alguém que na estréia do Big Brother respondeu negativamente à pergunta do apresentador Pedro Bial sobre se via “necessidade de cotas para negros no BBB”, pergunta que lhe foi feita por ser o único negro do programa. Se o rapaz “estuprou”, não se sabe, mas sabe-se que, a partir de agora, o programa não terá negro nenhum e os de sempre dirão o que já ouvi, ou seja, que de “gente assim” não se poderia “esperar outra coisa”.
O plano mais importante, porém, é o que está em terceiro lugar. E a cena que o ilustra é bem eloquente: duas meninas de 10 anos e um garoto de 9 debatem, acaloradamente, tudo o que os adultos estão debatendo sobre o caso, porém ainda sem saber direito o que seria o tal “estrupo” de que tanto falam, ainda que especulem sobre o que cabeças, corpos e membros do casal de “brothers” faziam sob o edredon.
Em benefício dos mais sensíveis, o leitor será poupado dos detalhes do diálogo.
Há, ainda, uma quarta lição que a atração da Rede Globo e a própria deixam ao país: os interesses empresariais e econômicos dos detentores de concessões públicas de rádio e televisão, sejam eles quem forem, não se sobrepõem à formação moral de crianças e adolescentes e aos direitos civis dos próprios integrantes voluntários desse programa ou similares, direitos que não podem ser violados nem sob anuência de seus detentores.
O saldo desse episódio envolve uma imensa lição, quase uma grade curricular, portanto.
O casal de “brothers” foi exposto da pior forma possível. A moça está tendo sua honra posta em dúvida de forma indelével e permanente, o rapaz corre o risco de ter sua vida destruída, pois ninguém quer empregar ou ter ligações com um estuprador independentemente do que realmente tenha acontecido sob o edredon, e crianças estão tendo que encarar precocemente o lado mais cru dos fatos da vida, queiram seus pais e responsáveis ou não.
Já o Estado brasileiro corre o risco de deixar claro que não serve para nada ao permitir que empresários inescrupulosos joguem com as vidas de tantos atores – dezenas de milhões deles, não nos esqueçamos – sem que qualquer autoridade diga um A, pois a única autoridade que se manifestou agiu em defesa do lado que está longe de ser o mais vulnerável, não obstante o seu direito inquestionável de proteção contra eventual abuso que possa ter sofrido.
Viu quanta coisa aprendemos com o “BBB”, leitor?

Sumiço de joias leva ex-delegado e três agentes a cadeia



Sumiço de joias leva ex-delegado e três agentes a cadeiaFoto: Shutterstock

O CRIME OCORREU NO DIA 13 DE JUNHO DE 2001; O EX-DELEGADO DA PF WASHINGTON DA CUNHA MENEZES E TRÊS AGENTES FORJARAM OPERAÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO PARA LEVAR O EQUIVALENTE A US$ 600 MIL EM JOIAS DE OURO

17 de Janeiro de 2012 às 18:11
MPF-SP - O juiz federal Bruno César Lorencini condenou o ex-delegado da Polícia Federal Washington da Cunha Menezes e três ex-agentes da Polícia Federal, Emerson Ide, Emerson Luís Lopes e Celso Ferreira, pelo crime de peculato (apropriação, pelo servidor público, de dinheiro ou bem móvel de que tem posse em razão do cargo). O episódio ficou conhecido como o “caso do sumiço das joias” e foi descoberto na Operação Oeste, deflagrada em abril de 2007, iniciada para combater o envolvimento de delegados de polícia, empresários, advogados e agentes policiais com o crime organizado na região Oeste do Estado de São Paulo.
Ide, Lopes e Ferreira foram condenados a 6 anos de reclusão e ao pagamento de 30 dias-multa. O ex-delegado Menezes foi condenado a 8 anos de reclusão e 40 dias-multa. Cada dia-multa foi fixado no valor de um salário mínimo.
Quanto à autoria do crime de peculato, o juiz afirma que “não há quaisquer dúvidas que os réus participaram conjuntamente da empreitada delitiva... tanto que todos assinaram o fatídico auto de apreensão, que mais oculta do que revela acerca dos bens apreendidos”.
Para Lorencini, os réus se aproveitaram “da condição de autoridades policiais para, fazendo uso dos sistemas policial e judicial, revestirem de suposta legalidade um verdadeiro ato criminoso, desviando mercadorias apreendidas em uma diligência autorizada judicialmente”.
Lorencini absolveu os réus da acusação de concussão (exigência de vantagem indevida). Segundo a sentença de Lorencini, não é possível condenar os policiais por este crime, pois os depoimentos colhidos no processo não teriam revelado que os réus teriam sido violentos ou ameaçado a vítima, que teria dito apenas ter medo de denunciar o caso.
A sentença é do último dia 19 de dezembro e o MPF em Marília tomou ciência da decisão esta semana. O procurador da República Célio Vieira da Silva anunciou que poderá recorrer em relação às penas aplicadas, bem como relativamente à absolvição pelo crime de concussão.
Esta foi a segunda sentença proferida no “caso do sumiço das joias”. Em dezembro de 2008, todos os acusados foram absolvidos e tiveram a prisão preventiva revogada pela Justiça Federal de Marília e o MPF pediu a suspeição do juiz que havia sentenciado o caso. A 1ª Turma do Tribunal Regional da 3ª Região concordou com o pedido do MPF e anulou a sentença absolutória em razão da suspeição. Posteriormente, o TRF-3 designou Lorencini para assumir a condução da ação penal.
Entenda o caso
A ação penal do “caso do sumiço das joias” foi aberta em agosto de 2007. Menezes, Ide, Lopes e Ferreira são acusados de terem se apropriado e desviado joias em ouro, avaliadas em torno de US$ 600 mil.
O crime aconteceu em 13 de junho de 2001. Segundo a denúncia do MPF, Menezes e os três agentes, com base em uma falsa denúncia anônima, realizaram busca e apreensão na fábrica Franco Joias, de Roald Brito Franco, que era supostamente apontado como doleiro e receptador de joias roubadas da Caixa.
O auto de apreensão não relacionava de modo específico tudo aquilo que foi apreendido e não há anotações do número do lacre no local, procedimentos obrigatórios. Na busca, grande quantidade de joias e alguns dólares foram apreendidos e Franco foi preso em flagrante, acusado de sonegação fiscal. Preso por um dia, foi liberado após o pagamento de fiança de R$ 15 mil.
Um mês depois, Franco foi chamado à agência da CEF para reconhecer as mercadorias apreendidas e descobriu o desaparecimento das peças. Indicado pelo empresário José Abdul Massih, Franco procurou o advogado Marino Morgato, que o teria aconselhado a não procurar seus direitos, pois poderia “piorar a situação”.
Tempos depois, Franco encontrou o agente da PF Celso Ferreira e recebeu proposta para indicar aos policiais uma nova vítima para outro golpe e que, só assim, receberia as mercadorias de volta, o que nunca ocorreu.
O advogado Marino Morgato e o empresário Massih também foram denunciados, em razão de o Ministério Público Federal ter entendido que eles contribuíram para que o crime acontecesse. Por meio de habeas corpus, Morgato obteve o trancamento da ação penal que havia sido instaurada contra ele. A decisão foi da 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que entendeu que a conduta do advogado não constituiu crime. Massih obteve o desmembramento do processo e a acusação contra ele corre separadamente, encontrando-se em grau de recurso.

Pela unidade do PSDB, Alvaro Dias pleiteia Palácio do Planalto



Pela unidade do PSDB, Alvaro Dias pleiteia Palácio do PlanaltoFoto: Divulgação

LÍDER TUCANO NO SENADO DEFENDE PRÉVIAS PARA A ESCOLHA DO PRÓXIMO CANDIDATO À PRESIDÊNCIA EM 2014, PARA DAR A FIM A IMPOSIÇÃO DE SERRA OU AÉCIO, E SE APRESENTA COMO ALTERNATIVA; MAS PSDB TEM PLANOS MENOS AMBICIOSOS PARA ELE: DISPUTAR GOVERNOS DE RIO OU DISTRITO FEDERAL

17 de Janeiro de 2012 às 20:43
Rodolfo Borges _247 – A três anos da próxima eleição presidencial, o quadro no PSDB é o mesmo das eleições de 2010: depois de aparentemente abrir mão de concorrer à prefeitura de São Paulo, José Serra permanece sustentando seu projeto pessoal de se eleger presidente do Brasil, enquanto o senador Aécio Neves se apresenta, ainda que de forma tímida, como a alternativa mais clara. Tendo em vista o fracasso nos últimos três pleitos, o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), vem sugerido uma mudança de estratégia, como registrado pelo 247 em março de 2011. Em vez de impor mais uma vez o nome de seu candidato, o partido deveria submetê-lo à escolha dos militantes. A novidade é que Dias se incluiu pela primeira vez entre os pleiteantes ao cargo nesta semana.
O comentário foi feito em entrevista ao portal Congresso em Foco publicada nesta terça-feira. “É preciso consultar os militantes. Tenho a cautela de não antecipar as decisões pessoais. Não cabe priorizar uma ambição pessoal. É necessário convocação”, disse ao site, defendendo a valorização da militância do partido. “Se eu fosse chamado (pela maioria do PSDB), atenderia. Mas ainda não fui chamado”, completa o senador.
O líder do PSDB considera que a imposição dos nomes de Aécio e Serra tem atrapalhado a unidade partidária, e que a melhor forma de reerguer o partido é começando pelas bases. “Na última eleição não tivemos problemas porque o candidato era único. Na próxima eleição, daqui a quatro anos, podemos ter outros nomes. Estabelecer primárias seria a medida preliminar indispensável, porque antes de se falar em nomes deve se discutir o método de escolha. Não vejo método mais eficiente do que esse”, comentava o senador ao 247 há quase um ano.
A naturalidade com que Dias fala de uma possível candidatura se escora provavelmente no fato de que o hoje senador já pleiteou a posição em 1989, quando perdeu para Ulysses Guimarães a indicação do PMDB – seu partido então. Na época, Dias era governador do Paraná. O político que iniciou a carreira como vereador, em 1968, e chegou á liderança do partido no Senado após o fracasso da candidatura a reeleição de Arthur Virgílio (AM), em 2010, tenta dar fim às panelinhas criadas dentro do PSDB. Conseguirá? Outra: você votaria em Alvaro Dias para presidente?
Outros planos
Apesar da solicitude de Alvaro Dias, o PSDB parece ter outros planos:
Agência Estado - O líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PR), foi sondado pelo presidente de honra do PSDB do Rio de Janeiro, Marcelo Alencar, e pelo diretório regional do partido no Distrito Federal para disputar o governo do Estado ou do DF. No terceiro mandato de senador, Dias diz que somente no ano que vem é que vai avaliar o rumo que adotará politicamente. Mas ele praticamente descarta a opção de concorrer às eleições fora do Paraná. "Embora esteja disposto a cumprir missões que o partido me impuser, tenho de considerar que a prioridade é o meu Estado", afirma o senador.
Com mais três anos de mandato no Senado, Alvaro Dias já foi vereador, deputado e governador de seu Estado. "Tenho compromissos com a minha origem, não tenho pretensão de deixar o Paraná", acrescenta. O senador admite que se sentiu "prestigiado" pela sondagem. "O convite gratifica, acredito que seja a repercussão do meu trabalho no Senado, de não fazer medir esforço para destacar o trabalho da oposição", justifica.
O líder reconhece que a procura por um nome fora do DF e do Rio de Janeiro demonstra que o partido tem de ser "revitalizado". No Distrito Federal, o PSDB se aliou nas últimas eleições com o grupo do ex-governador Joaquim Roriz e foi mal sucedido. A ex-governadora tucana Maria de Lourdes Abadia disputou uma vaga ao Senado graças a um recurso, já que sua candidatura foi questionada com base na Lei da Ficha Limpa. No Rio, o partido apoiou a candidatura do governo do ex-deputado Fernando Gabeira (PV), que ficou em segundo lugar com 20,68% dos votos do Estado.

Evangélicos se levantam contra Haddad



Evangélicos se levantam contra HaddadFoto: Divulgação

COORDENADOR DA BANCADA EVANGÉLICA, DEPUTADO JOÃO CAMPOS (PSDB) PROTOCOLOU REPRESENTAÇÃO CONTRA O MINISTRO DA EDUCAÇÃO PARA APURAR PRÁTICA DE CRIME DE RESPONSABILIDADE POR NÃO TER RESPONDIDO A UM REQUERIMENTO SOBRE A DISTRIBUIÇÃO DE PRESERVATIVOS EM ESCOLAS PÚBLICAS

Por Agência Estado
17 de Janeiro de 2012 às 14:20Agência Estado
O coordenador da bancada evangélica, deputado João Campos (PSDB-GO), e seu colega Paulo Freire (PR-SP) protocolaram na manhã de hoje uma representação na Procuradoria-Geral da República contra o ministro da Educação, Fernando Haddad. Eles pedem a apuração de prática de crime de responsabilidade por parte do ministro por não ter respondido a um requerimento sobre a distribuição de preservativos em escolas da rede pública.
O requerimento sem resposta é de autoria dos dois parlamentares. Eles questionaram Haddad sobre a implantação de máquinas para a distribuição de camisinhas em escolas. Entre as perguntas estão dúvidas sobre a faixa etária dos alunos que terão acesso, se haverá consulta aos pais, e qual o objetivo do governo com o programa.
Haddad está de saída do Ministério para disputar a Prefeitura de São Paulo pelo PT. Durante sua gestão teve alguns conflitos com a bancada evangélica. O de maior repercussão foi sobre a distribuição de um kit contra a homofobia em escolas. A pressão dos evangélicos fez a presidente Dilma Rousseff suspender a distribuição do material.

Bruno Daniel: Gilberto levava dinheiro para o PT



Bruno Daniel: Gilberto levava dinheiro para o PTFoto: Agência Estado

IRMÃO DE CELSO DANIEL, CUJO ASSASSINATO COMPLETA DEZ ANOS NESTA QUARTA, DEU ENTREVISTA BOMBÁSTICA À BAND; DISSE QUE O ATUAL SECRETÁRIO-GERAL DA PRESIDÊNCIA LEVOU R$ 1,2 MILHÃO DA PROPINA ARRECADADA EM SANTO ANDRÉ PARA A CAMPANHA DE LULA EM 2002; “MEU IRMÃO DEU A VIDA PELO PT”, DISSE ELE

17 de Janeiro de 2012 às 20:58
247 – Depois de se exilar em Paris, Bruno Daniel, um dos irmãos de Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André (SP) que foi assassinado brutalmente no dia 18 de janeiro de 2002, está de volta ao Brasil. E deu uma entrevista exclusiva à TV Bandeirantes, que acaba de ser levada ao ar no jornal da Band. “Meu irmão deu a vida pelo PT”, disse Bruno Daniel. Ele afirmou que o ex-prefeito comandava um esquema de arrecadação de propinas em Santo André, para financiar campanhas do PT – inclusive a disputa de 2002, que levou Luiz Inácio Lula da Silva ao poder. Bruno conta que a revelação foi feita pelo ex-secretário de Santo André e atual secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho. “Ele nos contou que levou R$ 1,2 milhão em espécie para o PT no seu corsinha preto”, disse Bruno Daniel. O valor teria sido entregue ao então presidente nacional do partido, José Dirceu.
O assassinato de Celso Daniel completa dez anos nesta quarta-feira. O empresário e ex-assessor da prefeitura de Santo André Sérgio Gomes da Silva, o “Sombra”, deve ser julgado neste ano como mandante do crime. De acordo com a reportagem exibida pela Band, Celso Daniel comandava o esquema de arrecadação de propinas, mas não concordava com a destinação de recursos para finalidades não partidárias. Por isso, teria sido assassinado, assim como várias pessoas que presenciaram o jantar entre Celso Daniel e Sérgio Gomes da Silva numa churrascaria de São Paulo, antes do sequestro do ex-prefeito. Bruno Daniel conta que se exilou em Paris por medo de ser assassinado. Mas diz que decidiu voltar para resgatar a verdade e a memória do irmão. “Fatos como esse não podem se repetir”, disse ele.
Em 2002, Celso Daniel coordenava a campanha de Lula à presidência da República. Depois do assassinato, foi substituído por Antonio Palocci. Caso a tragédia não tivesse ocorrido, ele poderia estar hoje sentado na cadeira de presidente da República. Teria sido ministro da Fazenda de Lula e provavelmente seu candidato em 2010.

MPF pede esclarecimento sobre suposto estupro no BBB 12



Dayanne Sousa
O Ministério Público Federal em São Paulo abriu procedimento em que pede à TV Globo esclarecimentos sobre as suspeitas de abuso sexual envolvendo participantes do reality show Big Brother Brasil. Em nota, o órgão diz que vai avaliar se houve violação aos direitos da mulher.
A nota ressalva que não se trata de um procedimento criminal, uma vez que o caso está sendo apurado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. O objetivo seria, caso comprovada a violação, obrigar a emissora a esclarecer o público sobre a "estigmatização da mulher".
Nesta segunda-feira (16), o modelo Daniel Echaniz foi expulso do reality depois de suspeitas levantadas por uma cena dele na cama com a ex-colega de confinamento Monique Amin. A 32ª Delegacia de Polícia, da Taquara, investiga se Daniel teria abusado de Monique enquanto ela dormia após uma festa na casa do Big Brother.
Leia a nota
A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo, órgão do Ministério Público Federal abriu hoje um procedimento para "apurar divulgação de cena com possível abuso sexual por parte de participante do Big Brother Brasil BBB12, com violação aos princípios constitucionais da Comunicação Social e ofensa aos direitos da mulher".
O procedimento não é de natureza criminal. O possível crime ocorrido no estúdio em que é gravado o programa já é objeto de apuração da Polícia Civil e do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.
A natureza da investigação do MPF é cível e visa garantir, principalmente, o respeito aos direitos da mulher. O objetivo do procedimento é que a Rede Globo, emissora de alcance nacional, não contribua para o processo de estigmatização da mulher, mas para a promoção do respeito à mulher e a desconstrução de ideias que estabelecem papéis estereotipados para o homem e a mulher, conforme prevê a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher (Convenção de Belém do Pará).
Uma das possíveis linhas de trabalho do MPF é exigir da emissora a publicação de esclarecimentos no BBB sobre os direitos das mulheres, de forma semelhante à atuação da instituição no caso do BBB 10, quando o MPF exigiu da Globo um esclarecimento sobre as formas de transmissão da Aids.
Outro questionamento que o MPF fará é sobre a forma como a Rede Globo informou o público a respeito dos fatos ocorridos na casa. Segundo a emissora, o participante Daniel teria sido expulso por "comportamento inadequado", mas a grande parcela do público que não tem pay-per-view e não viu as cenas ocorridas no último final de semana entre ele e a participante Monique, nem acompanha o debate em torno do assunto nas redes sociais, ficou sem saber em que contexto o "comportamento inadequado" ocorreu.
O MPF em São Paulo, em virtude da fase inicial em que se encontra a apuração, não se manifestará publicamente sobre o caso novamente enquanto não receber as respostas da emissora. .