quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A ESPANHA E O PRINCÍPIO DA RECIPROCIDADE


Por Mauro Santayana
Se, conforme o personagem de Guimarães Rosa, cada um de nós tem os seus seis meses, com as sociedades nacionais ocorre a mesma coisa. Em tempos recentes, e as causas são conhecidas, o Brasil passou por momentos amargos, e centenas de milhares de brasileiros se dispersaram pelo mundo – do Japão à Irlanda, de Portugal ao Canadá. Era a diáspora econômica, depois da diáspora política dos anos de chumbo.
Uma onda de xenofobia nos atingiu, principalmente na Península Ibérica. Em Portugal, país de que jamais poderíamos esperar uma atitude dessas, fomos rechaçados como leprosos morais. Foi necessária uma combinação diplomática hábil, entre firmeza e paciência, conduzida, nos momentos mais agudos, pelo Embaixador José Aparecido de Oliveira, que contou com as personalidades políticas mais responsáveis daquele país – entre elas e, em primeiro lugar, Mário Soares – a fim de que o repúdio aos brasileiros se amenizasse.
Dos espanhóis, a quem não nos ligavam os mesmos sentimentos afetivos, recebemos tratamento igual, mas que não nos doeu, naquele momento, tanto quanto o daqueles de quem herdamos a língua e a nossa forma de sentir o mundo.
Na época, muitos brasileiros lembraram, menos como cobrança histórica, mas com perplexidade, da acolhida que o nosso país sempre deu aos europeus, nas épocas de crise, principalmente aos portugueses, mesmo tendo sofrido, como havíamos sofrido, a brutalidade do colonialismo. Em toda a Europa, a situação foi semelhante. Registremos, com justiça, que - mesmo com o rigor de suas leis a respeito do assunto - nos Estados Unidos, no Japão, e no Canadá, os brasileiros não foram vistos com o mesmo desprezo que sofríamos na Europa.
Os ventos históricos movem as nossas velas, neste momento. As circunstâncias internas e externas, aproveitadas com inteligência pelo governo e pela sociedade brasileira, nos permitiram, até agora, fazer frente à crise internacional, e assegurar relativo crescimento ao país. Os que têm bom senso se esquivam de considerar essa situação como adquirida para sempre. Também contraria a nossa índole transformar os êxitos atuais em manifestações grosseiras de desforra. As lições da História não podem ser desprezadas.
Todos os povos são iguais. O sentimento de patriotismo é positivo, mas não pode ser exercido na xenofobia, no chauvinismo, no preconceito étnico. A nossa diplomacia sempre tratou com cautela o problema dos brasileiros no Exterior. Por um lado, em alguns governos, como os de Fernando Collor e Fernando Henrique, fomos conduzidos pelo complexo de inferioridade, e tentávamos entrar no convívio dos países maiores - como fazem os servidores contratados para as festas – pelas portas dos fundos.
Pelo outro, temíamos, ao tratar de tema tão delicado, que o nosso endurecimento pudesse provocar situações ainda mais difíceis aos nossos compatriotas no exterior. Depois que o Tratado de Schengen foi alterado pelos acordos de Lisboa, de2007, a situação dos chamados extracomunitários na Europa se tornou ainda mais dramática. A Espanha, Portugal e a Itália exacerbaram o controle da entrada, em suas fronteiras, dos visitantes latino-americanos em geral - e dos brasileiros, em particular. E, convém registrar: o Aeroporto de Barajas, em Madri, destacou-se na brutalidade em reter os turistas brasileiros em suas instalações, principalmente os mais jovens, antes de devolvê-los, sob o látego da humilhação. Muitos eram algemados, e assim mantidos nas dependências policiais, sem comer, nem beber. Ao mesmo jejum eram submetidas as crianças retidas.
Em 2007, mais de 3.000 brasileiros já haviam sido repatriados dos aeroportos espanhóis, com um prejuízo, só em passagens, de mais de 6 milhões de dólares. Em 2008, foram 2.196. Em 2009, 1.714. Em setembro de 2010, ocorreu a segunda Reunião Consular de Alto Nível entre os dois países, mas nada mudou. Naquele ano foram expulsos mais 1.695 brasileiros.
O governo atual, que procura solucionar problemas antigos, entre eles, os da corrupção no Estado, decidiu reexaminar a questão. O Itamaraty vinha tentando, com a paciência tradicional da Casa, resolver o problema com as autoridades espanholas, sem qualquer êxito. Reuniões se fizeram em Madri e foram feitas promessas, nunca cumpridas.
Diante de tudo isso, a Chancelaria decidiu exercer, na defesa de nossos compatriotas, o direito e o dever da reciprocidade. A partir de dois de abril, os espanhóis que vierem ao Brasil deverão cumprir as mesmas exigências que as autoridades espanholas exigem dos visitantes brasileiros. Nenhuma a mais, nenhuma a menos.
Em conseqüência, um movimento de ódio, insuflado pela extrema-direita espanhola, ocupou a internet, com insultos chulos contra o povo brasileiro. Voltaram aos estereótipos: todo jovem brasileiro que chega a Madri é um travesti; toda jovem, uma prostituta. Travestis e prostitutas existem em todas as sociedades, e se essas pessoas mudam de país é porque encontram em seu destino mercado para as suas atividades. E há mais: as organizações internacionais humanitárias denunciam essa mobilização como tráfico internacional da escravidão branca. Moças e rapazes são seduzidos com falsos contratos de trabalho, ou sob enganosas promessas de casamento, para serem submetidos ao cárcere privado, em prostíbulos.
Em princípio, qualquer estado soberano tem o direito de fechar suas fronteiras a qualquer estrangeiro, negando-lhe a entrada, sem explicar sua atitude. Mas é da boa norma, nas relações internacionais, que trate com dignidade o recusado, favorecendo seu contato com as autoridades consulares de seu país, se as houver, e de prestar-lhe a assistência recomendada nas circunstâncias, como alimentá-lo e dar-lhe alojamento decente, enquanto durar a custódia. Não era o que ocorria aos brasileiros em Madri.
Temos sido muito complacentes – em nome dos interesses dos negócios do turismo – com os estrangeiros. Em certo momento, e já no governo Lula, o ministro do Turismo, Walfrido Mares Guia, propôs que revogássemos, unilateralmente, a exigência de vistos de turismo para os cidadãos norte-americanos. Felizmente, prevaleceu, na ocasião, o bom senso e a ponderação do Itamaraty de que não devíamos fazê-lo. Agora, o mesmo complexo de inferioridade se manifesta. Em programa de televisão, certa senhora de São Paulo, apresentada como analista de não sabemos bem o quê, criticou a posição brasileira. Somos humilhados e ofendidos pelos espanhóis e devemos, conforme essa senhora, tratá-los com o pão, o sal e as flores da velha hospitalidade. Não só devemos oferecer a outra face aos que nos estapeiam, mas, também, beijar as mãos agressoras.
Vamos receber, com o devido respeito, a partir do segundo dia de abril, todos os espanhóis que chegarem às nossas fronteiras, marítimas, aéreas e terrestres, munidos da mesma documentação que nos exigem em seu país, e submetê-los aos mesmos trâmites imigratórios, mas sem nenhum arranhão aos direitos humanos.
O povo de Cervantes e de Picasso, de Goya e de Lorca, é muito maior do que a facção dos Torquemadas e Francos, e merece o nosso respeito. Mas, até mesmo para que dêem valor à nossa acolhida, os espanhóis honrados sabem que devem cumprir as mesmas normas que cumprimos quando visitamos o seu país. Não merece respeito o povo que não respeita os outros povos, nem lhes exige, em troca, o mesmo comportamento.

Criador do Megaupload é libertado


Kim Schmitz, fundador do Megaupload, foi preso na Nova Zelândia e pode ser extraditado para os EUA (Foto: David Rowland/AP)
O criador do Megaupload, o alemão Kim Schmitz, também conhecido como Dotcom, acusado de cometer crime de pirataria virtual, foi posto em liberdade nesta quarta-feira (22) após conseguir liberdade condicional na Nova Zelândia, informou a imprensa local.
Os EUA vem pedindo a extradição de Schmitz. O juiz Nevin Dawson, do Tribunal do distrito de North Shore, concedeu liberdade condicional ao criador do Megaupload por considerar que ele não representa uma ameaça de fuga.  
Dotcom havia apelado perante o Tribunal do Distrito de North Shore de uma decisão que lhe negou a liberdade condicional e o juiz dessa instância considerou que o informático alemão não apresenta perigo de fuga, segundo a emissora de televisão "TVNZ".
De acordo com a decisão, Dotcom deverá residir em sua mansão de Coatesville, próxima a Auckland, e estará proibido de acessar à internet e não poderá dispor de nenhum meio de transporte aéreo ou marítimo de uso particular que lhe permita abandonar o país.
Dotcom também não poderá afastar-se mais de 80 quilômetros de sua propriedade e deverá notificar à polícia com 24 horas de adiantamento qualquer reunião fora dali, com exceção de emergências médicas.

Carnavalesco Paulo Barros surpreende novamente





Alexandre Rodrigues
Admirado e criticado a cada desfile, o carnavalesco Paulo Barros surpreendeu mais uma vez. Diferentemente dos últimos anos, sua Unidos da Tijuca não chegou hoje à apuração como uma clara favorita ao título, o segundo da carreira dele. Depois de seguidos vice-campeonatos entalados na garganta, ele só havia vencido em 2010, com o enredo "É segredo!", que iniciou sua marca de encantar a plateia com surpresas e truques de ilusionismo já na comissão de frente.
Curiosamente Barros leva mais uma vez o troféu para a comunidade do Morro do Borel, na zona norte, fazendo concessões em relação à modernização que vem tentando imprimir ao carnaval do Rio. Em 2010, só conquistou os jurados ao apresentar também alegorias mais tradicionais. Já neste ano, parou de resistir ao pedido do presidente da Tijuca, Fernando Horta, para elaborar um enredo sobre Luiz Gonzaga. Mas avisou logo que não faria um desfile biográfico convencional, o que ele, sem meias palavras, classificou de "muito chato".
"É o resultado de um trabalho de um ano. Foi dito que eu não gostava de fazer enredos tipicamente brasileiros. Mesmo não sendo um enredo autoral meu, abracei a ideia. Tenho que me apaixonar pelo que faço e eu sou apaixonado pelo meu trabalho", disse Barros ontem ao chegar à quadra da Tijuca recebido aos gritos de "campeão". Ele confessou que chorou muito com a conquista.
Aos 49 anos, o carnavalesco da Tijuca está longe da unanimidade e, para muitos, vem construindo uma imagem arrogante ao criticar abertamente as convenções das escolas de samba. Para outros, é um gênio incompreendido. Sem esconder que detesta explicar suas criações, Barros diz fazer alegorias simples e objetivas, que retratam uma cena só, mas sempre espetaculares.
Nascido em Nilópolis, na Baixada Fluminense, ele cresceu perto da Beija Flor e acabou se tornando mais tarde o principal rival da escola subvertendo padrões na defesa de que os desfiles precisam ser vistos cada vez mais como espetáculos cênicos, onde cabem inclusive figuras da cultura pop.
Por outro lado, Barros nunca escondeu que teve no maior mito da Beija Flor, o carnavalesco Joãosinho Trinta, sua principal inspiração para trocar a carreira de comissário de bordo pela de mago do carnaval. No desfile de segunda-feira, ele fez destaques que retratavam reis no seu abre-alas exibirem a face do mestre, que morreu no ano passado, sob a legenda de "rei do carnaval".
Assim como seu ídolo, Barros tem alcançado seu principal objetivo desde que estreou no Grupo Especial pela Tijuca, em 2004: incomodar. Enquanto Trinta emplacou o luxo como padrão, Barros introduziu já naquele ano as alegorias humanas como uma tendência repetida pelas outras escolas. Mas ele já chamava a atenção no mundo do samba desde 1993, quando começou na pequena Vizinha Faladeira e ainda passou por Arranco e Paraíso do Tuiuti, no Grupo de Acesso.
Revelado pela Tijuca, que mudou de patamar entre as grandes escolas, Barros logo teve o passe valorizado comprado pela Viradouro, em 2007, onde exercitou sua criatividade produzindo mais polêmicas, como um carro alegórico retratado de ponta a cabeça. Os jurados não gostaram e a escola também não, o que viabilizou a volta à Tijuca, onde Barros se diz mais à vontade para criar. Quando finalmente venceu em 2010, Barros se declarou "absolvido" e este ano chegou a dizer que a vitória não era mais uma obsessão.
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Unidos da Tijuca é a campeã do carnaval carioca



Enredo da escola viajou pelo sertão para coroar Luiz Gonzaga

Do Portal Terra
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A Unidos da Tijuca foi declarada a campeã do carnaval carioca de 2012. Com 299,9 pontos, a escola perdeu apenas um décimo de ponto, na categoria Alegorias e Adereços. A segunda colocada foi a Salgueiro, com apenas dois décimos de diferença. Em terceiro ficou a Vila Isabel, com 299,5 pontos. As escolas rebaixadas foram a Porto da Pedra e a Renascer de Jacarepaguá.
Com muita criatividade, a Unidos da Tijuca desfilou a obra de Luiz Gonzaga no sambódromo do Rio nesta terça-feira (21) de um jeito inusitado. Sem couro, gibão e outros elementos da cultura sertaneja, a escola mostrou o enredo O Dia em que Toda a Realeza Desembarcou na Avenida para Coroar o Rei Luiz do Sertão contando uma viagem de reis e rainhas de todo o mundo para a coração do rei do sertão.
O enredo foi desenvolvido por Paulo Barros, que desde 2004 tem surpreendido o público na comissão de frente e nas alegorias. Apesar de falar de Nordeste e do sertão, o carnavalesco optou por não usar as cores e elementos da estética tradicional da região. A história da coroação de Luiz Gonzaga deu margem para o carnavalesco ousar nas alegorias, com muitas coreografias, encenações e tecnologia.
Sempre muito aguardada, a comissão de frente da escola apresentou a "Alma da Sanfona", com dançarinos representando turistas guiados por Lampião e Maria Bonita. Os integrantes trocavam de roupa durante o desfile, se transformando em sanfonas vivas. Além disso, um tripé representava o instrumento e de dentro dela surgiu um dançarino executando performances numa roupa sanfonada e colorida.
A primeira alegoria mostrou um saguão de aeroporto, de onde surgiam realezas inusitadas, como Pelé, Roberto Carlos, Michael Jackson, a rainha Elizabeth, Elvis Presley e outras figuras. No carro, esculturas de jegues estilizadas em prata ofereciam serviços de 'Jegue Taxi' às celebridades. Os personagens também apareceram em outros momentos do desfile, pontuando aspectos da viagem pelo sertão até a coroação de Luiz Gonzaga.
As alas mostraram as comidas típicas do Nordeste, costumes dos sertanejos, e a beleza do artesanato local. Outras alas mostraram as danças típicas, o colorido das roupas e a alegria do povo nordestino. As baianas estavam fantasiadas com palhas, destacando as criações artesanais da região. "Mercado de São José do Recife" foi a segunda alegoria da escola, apresentando uma réplica do mercado municipal, com objetos de cerâmica e diversos produtos do artesanato local.
O segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira, Vinícius e Jackellyne, iniciou uma ala em homenagem aos bonecos de cerâmica criados pelo Mestre Vitalino. Uma grande ala com fantasias do boneco seguiu o casal, marcando de marrom a passarela do samba. Na terceira alegoria, mais 154 bonecos preenchiam um barraco de sapê cujo telhado era formado por uma gangorra. Cada um dos integrantes carregava uma sanfona prateada, que produziu um belo efeito visual em contraste com a cor do barro.
As alegorias desenvolvidas pela Tijuca chamaram a atenção do público. "Missa do Vaqueiro", apresentou um brinquedo de parque, o Crazy Dance, em que doze cavaleiros giravam em diferentes direções sob um chão forrado de bois. Outro destaque foi a alegoria que lembrou o Rio São Francisco, com peixes saltando de uma piscina de panos.
O encerramento do desfile contou com uma alegoria que içava no alto da Sapucaí um ator encenando Luiz Gonzaga. Na alegoria, 79 integrantes vestidos de pássaros brancos faziam uma coreografia sob um fundo preto, lembrando a famosa canção "Asa Branca". Na passarela, o efeito dos passistas coreografando os movimentos das asas impressionou o público.
Histórico
Criada na Zona Norte do Rio, a Unidos da Tijuca surgiu em 1931, e é a Tijuca é a terceira escola de samba mais antiga da cidade. Apesar de tradicional, a escola passou a maior parte de sua história no grupo de acesso, retornando à elite em 2000. A partir de 2004, com a ajuda do carnavalesco Paulo Barros, a escola fez história com enredos e comissões de frente surpreendentes.
 
Ficha técnica 
Presidente: Fernando Horta 
Carnavalesco: Paulo Barros 
Intérpretes: Bruno Ribas 
Cores: Amarelo e azul 
Posição no Carnaval de 2011: vice-campeã

Universal terá de trazer restos mortais de pastor ao Brasil



Universal terá de trazer restos mortais de pastor ao BrasilFoto: JOSÉ PATRÍCIO/AGÊNCIA ESTADO

TRIBUNAL DE SÃO PAULO CONDENOU A IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS, DE EDIR MACEDO, A TRAZER AO PAÍS OS RESTOS MORTAIS DE PASTOR DA IGREJA MORTO NA COLÔMBIA; DAVISON OLIVEIRA MORREU MISTERIOSAMENTE HÁ SEIS ANOS

22 de Fevereiro de 2012 às 20:44
Fernando Porfírio _247 - O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou a Igreja Universal do Reino de Deus a trazer para o Brasil os restos mortais de um pastor da igreja comandada por Edir Macedo morto na Colômbia. A decisão é da 6ª Câmara de Direito Privado e foi publicada na última sexta-feira (17).
Davison Oliveira, que trabalhava para a Universal, morreu misteriosamente há seis anos. No caso de não cumprir a determinação, a igreja terá de pagar multa de R$ 5 mil por dia a partir da intimação.
A Universal se defende e alega que Oliveira não tinha vínculo trabalhista com a igreja. Na defesa feita perante o Tribunal de Justiça, a IURD alegou que Oliveira não era mais seu pastor e sim da Igreja Universal do Reino de Deus da Colômbia, onde trabalhava quando foi morto.
Ainda de acordo com a defesa, as duas igrejas eram pessoas jurídicas diferentes o que liberava a igreja brasileira da obrigação de arcar com a responsabilidade de trazer par ao Brasil os restos mortais do pastor.
O desembargador Roberto Solimene, da 6ª Câmara de Direito Privado, não aceitou o argumento da defesa e disse que era obrigação da igreja comandada por Edir Macedo providenciar o translado do corpo do pastor para o Brasil.
De acordo com Solimene, as obras do pastor beneficiaram a igreja. O desembargador, por analogia, comparou a igreja com as empresas são mundialmente conhecidas.
“A causa da Igreja Universal é a mesma, seja qual for a região onde se apresente”, argumentou o desembargador para justificar o dever de responsabilidade da IURD.
O desembargador sustentou que a igreja não pode negar o direito da família de enterrar seu morto depois de se valer da prestação de serviços, ainda que não onerosa – supostamente na modalidade “trabalho desinteressado”.
“As homenagens dos parentes e dos amigos é um direito subjetivo imaterial, um direito da personalidade”, completou o relator.
A ação foi proposta pela a cozinheira Aliete de Almeida, mãe do pastor. Para entrar na Justiça ela contou com apoio da Defensoria Pública. Para o desembargador Solimene, o filho da cozinheira saiu do Brasil para prestar serviços na Colômbia, sendo patente a colaboração entre as igrejas.
Ao julgar o recurso da Universal, que já havia sido condenada em primeira instância, o Tribunal paulista determinou prazo de 180 dias para que a Igreja efetive o translado dos restos mortais do pastor, ficando por conta da família a indicação do local de chegada.

Site tucano retira vídeo no qual Serra é chamado de 'palhaço'


O PSDB da cidade de São Paulo retirou na noite desta quarta-feira do site tucano Sua Metrópole um vídeo no qual o ex-governador José Serra é chamado de "palhaço" por uma militante do partido.

"Está mais do que claro que maturidade nós temos. Quem não tem maturidade é José Serra. Ele está sendo palhaço, ele está brincando com a gente", disse a militante do PSDB do bairro de Indianópolis (zona sul) Catarina Rossi.


De acordo com o PSDB, a página criada para as prévias da sigla na eleição em São Paulo é pós-moderada e não permite a publicação de ofensas.

"A direção municipal do PSDB não permite nenhum tipo de ofensa, sobretudo ao ex-governador José Serra, que é um líder muito respeitado", disse Fábio Lepique, tesoureiro do diretório municipal e um dos criadores do site.

O discurso da militante foi feito em um protesto com cerca de 90 militantes tucanos na quinta-feira passada chamado de "ato contra o golpe das prévias". O vídeo foi postado no mesmo dia.

A manifestação aconteceu na sede estadual do PSDB de São Paulo. Simpatizantes dos quatro pré-candidatos do PSDB à Prefeitura de São Paulo, eles queriam impedir que a prévia seja anulada caso Serra entre na disputa municipal.

Nenhum dos pré-candidatos --Andrea Matarazzo, Bruno Covas, José Aníbal, Ricardo Tripoli-- e ou membro da cúpula tucana participou do ato.

Por salário, Hebe ameaça deixar RedeTV!; emissora nega


A apresentadora Hebe Camargo, 81, está bastante descontente com os rumos da RedeTV! e os constantes atrasos de salários que vêm ocorrendo desde o ano passado. Segundo o "F5" apurou, a apresentadora tem dito a amigos que pode largar as gravações de seu programa caso a situação não seja resolvida até o fim deste mês.
Procurada, a direção de Comunicação da RedeTV! negou tudo. "A informação é improcedente. Diferentemente do que diz a nota, ela (Hebe) está feliz com seu programa na emissora."

Hebe estaria com ao menos dois meses de salários atrasados. Sua produção foi bastante atingida pela crise da emissora no final do ano passado. A assessoria de Hebe não foi localizada para comentar o assunto.
FIM DO GAME
Também na RedeTV!, terminou a temporada de "O Último Passageiro", game show cujo formato pertence à Endemol e é apresentado por Mario Frias (ex-Globo). O problema é que a atração deixaria o ar para a entrada de uma nova (para o mesmo público), comandada por Dudu Surita, filho de Emílio, do "Pânico". Com a saída de seu pai e toda trupe do humorístico, Dudu também não deveria continuar na emissora, mas a RedeTV! diz que vai.
Em nota, a emissora diz que "o programa do Dudu Surita, 'Estação Teen', irá entrar na faixa das 19h e será diário. Já "O Último Passageiro" é semanal - vai ao ar todos os domingos às 19h50. O contrato do programa foi renovado com a Endemol por mais uma temporada (até o início de 2013), e que também foi renovado com o apresentador Mário Frias".
SBT
Hebe Camargo está chateada com RedeTV!
Hebe Camargo está chateada com RedeTV!

http://f5.folha.uol.com.br/televisao/1051950-por-salario-hebe-ameaca-deixar-redetv-emissora-nega.shtml

Carnaval de rua do Rio reúne 4 milhões de pessoas, diz prefeitura



 R7:



Quatro milhões de pessoas participaram dos desfiles de blocos no Rio de Janeiro durante os quatro dias de folia. Com isso, segundo a prefeitura, o Carnaval de rua da cidade foi oficializado como o maior do país. Ao todo, desfilaram pela cidade 316 blocos em 372 apresentações.


A festa ainda segue até domingo, com mais 9 blocos. Os destaques são o Quizomba, no próximo sábado (25), e o Monobloco, no domingo (26).


Segundo a Prefeitura do Rio, no sábado (18) o tradicional desfile do Cordão da Bola Preta, último representante dos antigos cordões carnavalescos, bateu mais um recorde: foram cerca de 2 milhões de pessoas seguindo o cortejo pela avenida Rio Branco, no centro do Rio.


No domingo (19), na zona sul, o Simpatia É Quase Amor arrastou 150 mil foliões pela avenida Vieira Souto, em Ipanema. No mesmo dia, 60 mil foram ao Aterro do Flamengo atrás do Bangalafumenga. No centro, o tradicional Cordão do Boitatá recebeu 40 mil pessoas na praça XV.


Na segunda (20), a zona sul voltou a receber um grande número de foliões. O desfile do AfroReggae levou cerca de 400 mil pessoas à orla de Ipanema – o dobro do previsto. Já no Aterro do Flamengo, o bloco Sargento Pimenta consagrou-se como a maior festa Beatles do mundo, com mais de 60 mil pessoas curtindo o som do grupo londrino adaptado para o Carnaval, feito por uma banda de dez pessoas acompanhadas por uma bateria com 120 ritmistas.


A terça-feira (21) teve como destaque o bloco Carmelitas, que desfilou nas ladeiras de Santa Teresa, na região central. Na zona sul, o Vagalume O Verde reuniu 20 mil pessoas na rua Jardim Botânico. O Rio Maracatu foi do Posto 8 ao 9, na Orla de Ipanema, e levou um pouquinho da cultura do Ceará para os 5.000 que agitaram o bairro pela manhã.