sábado, 3 de março de 2012

Maria Lucia Fattorelli: Estado máximo, só para os bancos

http://www.viomundo.com.br/politica/maria-lucia-fattorelli-estado-maximo-so-para-os-bancos.html


Só setor financeiro  privado e grandes transnacionais ganham com privatizações
por Maria Lucia Fattorelli
Em meio a  insistentes  ataques  da  grande  mídia  à  “corrupção”  de  autoridades  dos  três  poderes institucionais, uma verdadeira corrupção institucional está ocorrendo no campo financeiro e patrimonial do país, destacando-se: privatização da previdência dos servidores públicos, privatização de jazidas de petróleo — inclusive do pré-sal –, privatização dos aeroportos mais movimentados do país, privatização de rodovias, privatização de hospitais universitários, privatização de florestas, privatização da  saúde,  educação,  segurança…
E  muitos  outros  serviços essenciais, que recebem cada vez menor quantidade de recursos haja vista a luta de 20 anos pela implantação do piso salarial dos trabalhadores da Educação, a recente greve dos  policiais na Bahia, ausência de reajuste salarial para os servidores em geral, entre vários outras necessidades não atendidas, evidenciada recentemente na tragédia dos moradores do Pinheirinho em São Paulo, enquanto o volume destinado ao pagamento de  Juros e Amortizações da Dívida Pública continua crescendo cada vez mais.
Qual a justificativa para a entrega de áreas estratégicas ao setor privado? Por que criar um mega fundo de pensão para os servidores públicos do país quando os fundos de pensão estão quebrando no mundo todo,  levando milhões de pessoas ao desespero? Por que  leiloar  jazidas de petróleo se a Petrobrás possui tecnologia de ponta? Por que abrir mão da segurança nacional ao entregar os aeroportos mais movimentados para empresas privadas e até  estrangeiras? Por que privatizar os  hospitais universitários se esses são a garantia de formação acadêmica de qualidade? Por que privatizar florestas em um mundo que clama por respeito ambiental? Por que deixar que serviços básicos, sejam automaticamente privatizados,  a partir do momento em que se corta recursos destas áreas?  O que há de comum em todas essas privatizações e em todas essas questões?
O ponto central está no  fato de que o beneficiário de todas essas medidas é um ente estranho aos interesses  do povo  brasileiro e da Nação. Os únicos beneficiários têm sido o setor financeiro privado e as grandes transnacionais.
Então, por que o governo tem se empenhado tanto em aprovar todas essas medidas contrárias aos interesses nacionais? E o que  diz  a grande  mídia a respeito dessas medidas indesejáveis?  Não divulga a posição dos afetados e prejudicados por todas essas medidas, mas promove uma completa “desinformação” ao apresentar argumentos falaciosos e convincentes propagandas de que o Brasil vai muito bem e que a economia está sob controle.
Ora, se estamos tão bem assim, qual a razão para rifar o patrimônio público? Por que esse violento round de privatizações partindo justamente de quem venceu as eleições acusando a privataria? Na realidade, o país está sucateado.  Vejam as estradas rodoviárias assassinas e a ausência de ferrovias; a desindustrialização; o esgotamento de nossas riquezas; as pessoas sem atendimento hospitalar, com cirurgias adiadas até a morte; os profissionais de ensino desrespeitados e obrigados a assumir vários postos de trabalho para sustentar suas famílias; o crescimento da violência e do uso de drogas.
É  inegável o fato de que  o PIB brasileiro cresceu e já somos a 6ª potencia mundial, mas o último relatório da ONU mostra que ocupamos a vergonhosa 84ª posição em relação ao atendimento aos direitos humanos, de acordo com o IDH [1], o que é inadmissível considerando as nossas imensas riquezas.
Algo está muito errado. Não há congruência entre nossas riquezas e nossa realidade social. Não há coerência entre o discurso ostentoso e a liquidação do patrimônio nacional. Dizem que temos reservas internacionais bilionárias, mas não divulgam o custo dessas reservas para o país, o dano às contas públicas e ao crescimento acelerado da dívida pública brasileira que paga os  juros mais elevados do mundo.
Dizem que  temos batido recordes com exportações, mas não divulgam que  lá de  fora, valorizam os preços das chamadas “commodities” e o que fazemos: aceleramos a exploração dos nossos recursos naturais e  os  exportamos  às  toneladas. Mas quem ganha já não é  o país, pois as minas, as  siderúrgicas e o agrobusiness já foram privatizados há muito tempo.
Outra grande falácia é de que o Brasil está tão bem que a crise financeira que abalou as economias dos países mais ricos do Norte – Estados Unidos e Europa – pouco afetou o país. A grande mídia não divulga, mas a raiz da atual crise “da Dívida” que abala  as economias do Norte está na crise do setor financeiro.
A crise estourou em 2008 quando as principais instituições financeiras do planeta entraram em risco de quebra. Tal crise dos bancos decorreu do excesso de emissão de diversos produtos financeiros sem lastro –  principalmente os  derivativos —  possibilitada  pela desregulamentação e autonomia do setor financeiro bancário. Embora tivessem agido com tremenda irresponsabilidade na emissão e especulação de incalculáveis volumes de papéis sem lastro, tais bancos foram “salvos” pelos países do Norte à custa do aumento da dívida pública, que agora está sendo paga por severos planos de ajuste  fiscal contra os  trabalhadores e crescente sacrifício de direitos sociais.
Apesar  da monumental  ajuda das Nações aos bancos,  o sistema financeiro internacional ainda se encontra abarrotado  de  derivativos e outros papéis sem lastro  –  tratados pela grande mídia como “ativos tóxicos”. Grande parte desses papéis foi transferida para “bad Banks” [2] em várias partes do mundo, à espera de serem trocados por “ativos reais”, principalmente em processos de privatizações.
Assim  funcionam  as  privatizações: são uma forma de reciclar o acúmulo de papéis e transferir as riquezas públicas para o setor financeiro privado. Relativamente à privatização da Previdência dos Servidores Públicos, o Projeto de Lei PL-1992 cria o FUNPRESP que, se aprovado, deverá ser um dos maiores fundos de pensão do mundo.
Na  prática, esse projeto se insere em  tendência mundial ditada pelo Banco Mundial,  de reduzir a participação estatal a um benefício mínimo, como alerta Osvaldo Coggiola, em seu artigo “A Falência Mundial dos Fundos de Pensão”:  “Com este esquema,  o que  se quer é reduzir a aposentadoria estatal de modo a diminuir o gasto em aposentadorias e aumentar os pagamentos da dívida do Estado.”
A dívida brasileira já supera os R$ 3 trilhões. A grande mídia não divulga esse número, mas o mesmo está respaldado em dados oficiais [3]. Os fundos de pensão absorvem grandes quantidades de papéis, pois  funcionam trocando o dinheiro dos trabalhadores por papéis que circulam no mercado financeiro. Os tais “ativos tóxicos” estão provocando sérios danos aos fundos de pensão, como adverte Osvaldo Coggiola:  “… duas  Agentinas  e meia  faliram  nos  Estados  Unidos como produto da crise do capital,  levando consigo os fundos de pensões  lastreados em suas ações. Na Europa, a situação não é melhor. A OCDE advertiu  sobre o grave  risco da queda nas Bolsas sobre os fundos privados de pensão, cuja viabilidade está ligada à evolução dos mercados de renda variável: “Existe o risco de que as pessoas que investiram nesses fundos recebam pouco ou nada depois de se aposentar”.
O art. 11 do PL-1992 não permite ilusões quanto ao risco para os servidores federais brasileiros, pois assinala que a responsabilidade do Estado será restrita ao pagamento e à  transferência de contribuições ao FUNPRESP. Em outras palavras, se algo funcionar errado com o FUNPRESP; se este adquirir papéis podres ou enfrentar qualquer revés, não haverá responsabilidade para a União, suas autarquias ou fundações. Previdência é sinônimo de segurança. Como colocar a previdência em aplicações de risco? Qual o sentido dessa medida anti-social?
O gráfico a seguir revela porque a Previdência Social tem sido alvo de ferrenhos ataques por parte do setor financeiro nacional e internacional:  o objetivo  evidente, como também alertou Osvaldo Coggiola, é apropriar-se dos recursos que ainda são destinados à Seguridade Social para destiná-los aos encargos da dívida pública.
As diversas auditorias  cidadãs em andamento no Brasil e no exterior, bem  como  a auditoria oficial equatoriana (2007/2008) e a CPI da Dívida no Brasil (2009-2010) têm demonstrado que o único beneficiário do processo de endividamento público tem sido o setor financeiro.
No Brasil, o gráfico a seguir denuncia o privilégio da dívida, pois a dívida absorve quase a metade dos recursos  do orçamento federal,  o que  explica o  fabuloso lucro auferido pelos bancos aqui instalados, enquanto faltam recursos para as necessidades sociais básicas, tornando nosso país um dos mais injustos do mundo.
É urgente unir as lutas contra a privatização do que ainda resta de patrimônio público no Brasil, pois é para pagar a dívida pública e preservar este modelo de “Estado Mínimo” para o Social – e “Estado Máximo” para o Capital – que as riquezas nacionais continuam sendo privatizadas.
[1] IDH = Indice de Desenvolvimento Humano
[2] Bad banks = instituições paralelas, criadas para absorver grandes quantidades de “ativos tóxicos” que alcançaram volumes tão elevados que passaram a comprometer o funcionamento do sistema financeiro mundial. Até mesmo o G-20 (grupo dos 20 países mais ricos do mundo) chegou a pautar, na última reunião ocorrida en Cannes, a preocupante questão do Sistema Bancário Paralelo.
[3] Elaboração: Auditoria Cidadã da Dívida.
Nota: O valor de R$ 708 bilhões inclui o chamado “refinanciamento” ou “rolagem”, pois a CPI da Dívida Pública comprovou que parte  relevante dos juros são contabilizados como tal.

Ex-deputado do DEM tinha 1.400 balas em casa



Ex-deputado do DEM tinha 1.400 balas em casaFoto: Divulgação

DENUNCIADO POR PORTE ILEGAL DE ARMA, ALBERTO FRAGA, EX-SECRETÁRIO DE TRANSPORTES DO DISTRITO FEDERAL, SE DIZ VÍTIMA DE PERSEGUIÇÃO POLÍTICA EM ENTREVISTA À VEJA

03 de Março de 2012 às 15:03
247 – Não é só o senador Demóstenes Torres (DEM/GO) que anda em maus lençóis, em função de suas relações perigosas com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. O ex-deputado Alberto Fraga (DEM-DF), que também ocupou a Secretaria de Transportes no governo de José Roberto Arruda, foi denunciado por porte ilegal de arma. Na sua residência, foi encontrada munição pesada: 1.400 balas de revólver e uma pistola Magnum, de uso restrito.
Em entrevista à revista Veja desta semana, Fraga tentou se defender. “Sou atirador profissional”, disse ele. O ex-deputado também afirmou que sua família possui uma academia de formação de vigilantes e que a munição era usada nos cursos. Sobre a Magnum, Alberto Fraga disse que ela não lhe pertencia.
Fora do Congresso Nacional, ele diz ser alvo de “perseguição política”. Ligado à área de segurança pública, ele é suspeito de ter estimulado a greve dos policiais militares em Brasília, onde os salários são os mais altos do País.

Folha também escondeu caso Carlinhos Cachoeira



Folha também escondeu caso Carlinhos CachoeiraFoto: Reprodução

NOTÍCIA SOBRE AS RELAÇÕES DO BICHEIRO COM GOVERNADOR MARCONI PERILLO, DO PSDB, E DEMÓSTENES TORRES, DO DEM, É QUASE INVISÍVEL NO JORNAL; SERÁ QUE O PIG EXISTE MESMO?

03 de Março de 2012 às 15:36
247 – Pé de uma página par, sem fotos, e sem referência aos nomes dos políticos no título e no olho. Assim, a Folha de S. Paulo noticiou o que apurou sobre as relações entre o mafioso Carlinhos Cachoeira e dois personagens centrais da política goiana: o governador Marconi Perillo, do PSDB, e o senador Demóstenes Torres, do DEM.
Intitulada “Preso pela PF tinha contato com políticos de GO”, a matéria está bem escondida. No entanto, a reportagem tem revelações importantes. Uma delas, a de que Perillo recebeu Carlinhos Cachoeira em audiência oficial. Outra, a de que Demóstenes jantava com frequência com o bicheiro, contando muitas vezes com a presença do governador. Além disso, Cachoeira era um suposto lobista da Delta Engenharia junto ao governo de Goiás.
Assim, como a Folha, as Organizações Globo também esconderam o que a Operação Monte Carlo traz de mais relevante: o fato de Carlos Cachoeira possuir influência direta no governo goiano (leia mais aqui).

Pannunzio, da Band, ataca PHA e revela patrocínio



Pannunzio, da Band, ataca PHA e revela patrocínioFoto: Divulgação

NUM POST CHAMADO “PHA, O MALCOM XYZ DA BLOGOSFERA BRASILEIRA”, FÁBIO PANNUNZIO, ÂNCORA DA BANDEIRANTES, REVELA VALOR DA PUBLICIDADE DOS CORREIOS NO SITE CONVERSA AFIADA; FORAM R$ 120 MIL EM TRÊS MESES; CONTRATO FOI SUSPENSO E SEGUNDO A ESTATAL NÃO TEM RELAÇÃO COM RACISMO CONTRA HERALDO PEREIRA

03 de Março de 2012 às 18:05
247 – O caso Heraldo Pereira ainda vai dar pano pra manga. Dias atrás, 247 revelou, em primeira mão, que Paulo Henrique Amorim, jornalista da Record e do blog Conversa Afiada, pagaria R$ 30 mil ao colega Heraldo Pereira, da Globo, por tê-lo chamado de “negro de alma branca”. Depois disso, PHA anunciou processos contra vários veículos de comunicação, incluindo 247 (leia mais aqui). Agora, Fábio Pannunzio, âncora dos telejornais da Band, revela que os Correios teriam pago R$ 120 mil ao Conversa Afiada, por três meses de patrocínio. O contrato, segundo Pannunzio, teria sido suspenso em razão da polêmica em torno do racismo. Agora, já são três os jornalistas das três principais emissoras de televisão do Brasil, envolvidos na polêmica. Leia, abaixo, o post de Pannunzio sobre o caso:
PHA, o Malcolm-XYZ da blogosfera brasileira
O blogueiro autoproclamado progressista Paulo Henrique Amorim, dublê de líder negro e empregado do bispo Edir Macedo, recebeu R$ 120 mil dos Correios por três meses de patrocínio a seu Der Angriff eletrônico, o blog Conversa Afiada.
O valor equivale a 1043 benefícios do programa Bolsa Família, em média de R$ 115 por família assistida, ou a três vezes o valor do acordo que PHA foi obrigado a assinar com o jornalista Heraldo Pereira, injuriado por ele com a expressão racista “negro de alma branca”. PHA responde criminalmente pela ofensa e pode pegar até cinco anos de cadeia por prática de racismo.
A informação sobre o valor do patrocínio foi publicada no Blog dos Correios.
O patrocínio foi cortado no dia 29 passado. De acordo com a Assessoria de Imprensa dos Correios, a polêmica racial em que Pha se envolveu com Heraldo não tem relação com a suspensão da veiculaçao dos banners, que foram exibidos durante os meses de outubro, novembro e fevereiro.
Em nova investida contra colegas que o criticam pelas insanidades que tem publicado, Pha anunciou agora há pouco que vai processar os jornalistas Fábio Pannunzio, editor do Blog do Pannunzio, Jorge Bastos Moreno, do jornal O Globo, e Alberto Dines, do Observatório da imprensa.
Parafraseando o Malcolm-XYZ da blogosfera brasileira, “diga-me quem te processa e eu te direi quem tu és.

Outro peixe na cachoeira goiana: é Cavendish



Outro peixe na cachoeira goiana: é CavendishFoto: Divulgação

BICHEIRO CARLOS CACHOEIRA, PRESO NA OPERAÇÃO MONTE CARLO, TAMBÉM INTERMEDIAVA INTERESSES DA CARIOCA DELTA ENGENHARIA, DO EMPREITEIRO FERNANDO CAVENDISH, JUNTO AO GOVERNO DO TUCANO MARCONI PERILLO; ESCÂNDALO CRESCE A CADA INSTANTE

03 de Março de 2012 às 18:14
247 – Aos poucos, começam a aparecer novos peixes na rede da Operação Monte Carlo, que, dias atrás, prendeu o bicheiro Carlos Cachoeira. Além das relações políticas, que incluíam o governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, e o senador Demóstenes Torres, do DEM, Cachoeira também mantinha bons contatos empresariais. Um dos principais era com a empreiteira Delta Engenharia, do carioca Fernando Cavendish. De acordo com o inquérito, Cachoeira mantinha negócios informais com Claudio Abreu, diretor da Delta. E, segundo as investigações da Polícia Federal, abria portas no governo goiano.
Cavendish é um emergente no mundo da construção pesada. Cresceu muito nos últimos anos, partindo do Rio de Janeiro, a partir de boas relações construídas com políticos de vários partidos, como José Dirceu, Valdemar Costa Neto e Sérgio Cabral. Recentemente, ele esteve presente no noticiário, quando seu helicóptero caiu na Bahia.
Em Goiás, a relação com o governo acontecia na Agência Goiânia de Transporte e Obras, autarquia responsável pelos maiores projetos do Estado. Os facilitadores eram Carlinhos Cachoeira e o tucano Wladimir Garcez, ex-presidente da Câmara Municipal, que também foi preso na Operação Monte Carlo.
A Delta informou que "não foi e nem é objeto da investigação" e disse que adotará medidas para "tomar conhecimento do inteiro teor do inquérito". Marconi Perillo, no entanto, admitiu em entrevista ao jornal O Popular, o maior de Goiânia, que pode ter recebido doações de campanha da Delta (leia mais aqui).

CDN nega envolvimento de Mario Sabino no caso BB



CDN nega envolvimento de Mario Sabino no caso BBFoto: Divulgação

EM NOTA, PRESIDENTE DA EMPRESA, JOÃO RODARTE, AFIRMA QUE O JORNALISTA MARIO SABINO, QUE SE DEMITIU, NÃO TEVE QUALQUER RELAÇÃO COM A CRISE DO BANCO DO BRASIL

03 de Março de 2012 às 18:40
247 – Nas próximas semanas, o Banco do Brasil conduzirá uma investigação interna para apurar quem vazou o sigilo bancário do ex-vice-presidente Allan Toledo e da aposentada Liu Mara Zerey. Ambos tiveram suas movimentações financeiras publicadas no jornal Folha de S. Paulo.
Como uma das assessorias de imprensa do BB é a CDN e, no auge da crise, deu-se a demissão do jornalista Mario Sabino, que havia acabado de ingressar na empresa após sua saída da revista Veja, especulou-se, nos meios jornalísticos, que os fatos poderiam estar relacionados.
Em nota enviada ao 247, o presidente da CDN, João Rodarte, garantiu que Sabino jamais atendeu o Banco do Brasil, nos seguintes termos:
“Com relação ao noticiário sobre a CDN, esclareço que o jornalista Mario Sabino trabalhou na agência do dia 14 a 27 de fevereiro, desligando-se espontaneamente para seguir outro caminho profissional. Neste curto período, Sabino em nenhum momento prestou serviços ao Banco do Brasil nem manteve qualquer contato com pessoas do banco, que é nosso cliente há dez anos”.
O ponto de contato entre a CDN e o Banco do Brasil é o vice-presidente Ricardo Oliveira, apontado em reportagens do fim de semana como o principal desafeto de Allan Toledo na instituição.

Valcke continua no ataque e chama governo de 'infantil'



Valcke continua no ataque e chama governo de 'infantil'Foto: Divulgação

EM LONDRES, SECRETÁRIO-GERAL DA FIFA, JÉRÔME VALCKE, DEBOCHA DA REAÇÃO NO BRASIL, DE NÃO MAIS CONSIDERÁ-LO COMO INTERLOCUTOR, E APROFUNDA AS CRÍTICAS

Por Agência Estado
03 de Março de 2012 às 19:06Agência Estado
O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, debocha da reação no Brasil, não cede, aprofunda as críticas e chama o governo de “infantil". Neste sábado, em Londres, o homem-chave da Fifa na organização da Copa do Mundo de 2014 reagiu com ironia à decisão do governo de não mais considerá-lo como interlocutor.
Questionado sobre as declaração de Aldo Rebelo, ministro do Esporte, Valcke não hesitou. “Por que é que ele não lida com os problemas?", atacou. “Se o resultado de minhas declarações é que não querem mais falar comigo, se não sou a pessoa com quem querem trabalhar, então, como dizemos em francês, é um pouco infantil".
Valcke não deu nenhum sinal de que vai atender ao pedido de Aldo Rebelo de vê-lo afastado. "Vou viajar ao Brasil no dia 12 de março", disse.
Ele ainda debochou da reação no Brasil diante de seus comentários de que tudo estava atrasado. "Uau, esse é o problema porque nada ocorreu nos últimos cinco anos e o resultado de eu ter feito um comentário dizendo que as coisas não estão indo bem?", questionou. “Eu disse exatamente o que está ocorrendo no Brasil", declarou.

Demóstenes já foi herói de Reinaldo Azevedo



Demóstenes já foi herói de Reinaldo AzevedoFoto: Divulgação

AMIGÃO DO BICHEIRO CARLOS CACHOEIRA, O SENADOR MORALISTA DO DEM ERA UMA DAS FONTES PRINCIPAIS DO BLOGUEIRO MAIS RADICAL DA IMPRENSA BRASILEIRA; ALÉM DISSO, PASMEM, DEMÓSTENES TAMBÉM DEFENDIA UMA CPI PARA INVESTIGAR OS BINGOS NO BRASIL; SÓ RINDO

03 de Março de 2012 às 16:30
247 – É triste o fim do senador Demóstenes Torres (DEM/GO), amigo do peito do mafioso Carlos Cachoeira. Afinal, como ensina a sabedoria, perdoa-se o pecador; o pregador, jamais. Demóstenes Torres sempre foi um pregador moral no Congresso, pronto a atacar qualquer desvio da base aliada. Assim, ele se tornou fonte preferencial de boa parte daquilo que se convencionou chamar de PIG, o Partido da Imprensa Golpista, cujo representante mais célebre é o jornalista Reinaldo Azevedo.
Pois Demóstenes sempre foi um dos grandes heróis do blogueiro da revista Veja. Num post recente, Reinaldo exaltou “a coragem de Demóstenes”. E deu como subtítulo o texto “Por uma direita democrática, por mais rigor penal, contra as contas raciais e NÃO à descriminação das drogas”.
Só rindo. O amigo do bicheiro defendia mais rigor penal e combatia a liberação das drogas. Eis o que escreveu Reinaldo Azevedo sobre seu herói:
“Admiro a sua atuação política, como sabem os leitores deste blog. Nem sempre concordo com ele, é fato. Mas sempre lhe reconheço a argumentação consistente e corajosa. Está entre as pouquíssimas vozes do Congresso que dizem o que pensam com clareza, sem temer os “aiatolás” de causas privadas tornadas autoridades públicas. Demóstenes afirma, e eu concordo plenamente, que um dos males do país são as oposições, muitas vezes, querem se parecer com o governo. Defende, entre outras tantas, algumas das boas causas: maior rigor penal contra o crime, fim das cotas raciais e um “não” peremptório à descriminação das drogas.”
Abaixo, alguns trechos da entrevista citada à Veja:
Sobre Palocci
Tudo indica que, depois do escândalo do caseiro, ele novamente tenha caído em tentação. Mais uma vez, a mão forte do governo parece estar pesando sobre o Congresso. Essa tentativa de blindagem que foi arquitetada pela base aliada só transmite duas mensagens: que Palocci realmente deve e que o governo é conivente com as atitudes dele, o que é inconcebível em um país democrático. Todo homem público deve prestar contas à população.
(nosso comentário: o senhor também caiu em tentação, Demóstenes?)
Sobre Segurança Pública
Defendemos uma política de segurança pública sem tantos benefícios aos detentos, como indultos e progressão de pena. A violência só refluiu em locais nos quais se aplicaram com rigor as políticas convencionais. É o caso do estado de São Paulo, onde os índices de homicídio diminuem ano a ano. A frouxidão penal é uma lástima e um incentivo para os criminosos.
(nosso comentário: bicheiros devem ser presos, senador?)
Sobre ser de direita
A direita não tem compromisso com a quebra da ordem constitucional. Ao contrário, ser de direita é justamente defender os valores institucionais, como a lei e a democracia. Por isso, a meu ver, ser de direita significa combater o ideário que põe em risco os valores mais nobres da democracia ao pregar o aparelhamento e o inchaço do estado, o desperdício de dinheiro público e o assistencialismo desmedido.
(nosso comentário: ser de direita é defender a lei recebendo presentes de mafiosos, senador?)
Sobre descriminação das drogas
A droga é a origem de inúmeros crimes, e o usuário não pode ser tratado apenas como uma vítima, uma vez que alimenta esse ecossistema pernicioso. Além disso, a lei já o protege, impedindo o cumprimento de pena. Em vez de liberar o consumo de drogas, o governo deve construir centros dignos de tratamento e reabilitação para viciados.
(nosso comentário: quem joga não alimenta nenhum sistema pernicioso?)
No caso do senador Demóstenes Torres, a incoerência entre o que diz e o que faz é tamanha que, em 2004, ele defendeu a criação de uma CPI dos Bingos, quando se descobriu que o ex-assessor da Casa Civil, Waldomiro Diniz, pedia propinas a Carlinhos Cachoeira. Ué, mas o Carlinhos Cachoeira não havia abandonado o crime?
Leia, abaixo, reportagem da época:
O senador Demóstenes Torres (PFL-GO) leu da tribuna os resultados de pesquisa do Datafolha divulgada nesta terça-feira (2), a qual revela que 81% dos eleitores do país querem a CPI para investigar o caso Waldomiro Diniz e outros 83% apóiam uma CPI para investigar as atividades dos bingos no Brasil. Já 67% dos entrevistados afirmaram que o ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu, deve se afastar do cargo ou se demitir definitivamente.
Para ele, o governo Lula está "abatido, sem ânimo moral," por causa das denúncias dos últimos dias envolvendo em corrupção um assessor do ministro José Dirceu. Demóstenes Torres acha que, "depois de ter perdido o primado da probidade", o governo do PT "perambula em sérias indecisões éticas e desencontros políticos".
- Durante 24 anos, o PT apedrejou o Estado brasileiro como se ele fora uma mulher adúltera. É compreensível que o partido, que ostentava ímpeto raivoso a cada passo em falso dos governos de então, perca a sede de escândalos e das CPIs - acrescentou.
Para o senador, a esta altura "nem mesmo Eremildo, o idiota, personagem do jornalista Elio Gaspari", acredita nas CPIs do Waldomiro e dos bingos.
Instalada a crise após as denúncias, continuou Demóstenes Torres, "o núcleo duro do governo reage como se tivesse miolo mole" e patrocina atos como o jantar de desagravo a José Dirceu na casa do ministro das Comunicações, na última quinta-feira, "que acabou se convertendo em convescote alcoolizado". Depois, continuou, "imaginou-se o fechamento dos bingos e caça-níqueis e, o que era para ser um ato de agenda positiva, se transforma numa manifestação de protesto de 320 mil desempregados dos bingos".
- O PT não está preparado para enfrentar protestos. Bastaram as manifestações maciças em São Paulo para que o ministro da Justiça dizer uma coisa pela manhã e mudar de opinião à tarde, sobre a MP dos bingos - observou.
O senador Demóstenes Torres disse que continuará exigindo, como vem fazendo desde o ano passado, que a Caixa Econômica Federal forneça ao Senado a documentação completa sobre a renovação de contratos com a empresa norte-americana Gtech. Citou informação da revista Istoé Dinheiro de que a Getech "possui extensa folha corrida globalizada de falcatruas".
Em aparte, o senador Arthur Virgílio Neto (AM), líder do PSDB, lembrou ter assinado com Demóstenes, em junho passado, o pedido de informações à Caixa, negadas até agora. "O governo não está sequer aceitando que existe uma crise. Isso pode custar a governabilidade do país", disse.Também em aparte, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) sustentou que a questão ética continua sendo o norte do PT e observou que "até a Polícia Federal terá dificuldades" para investigar o caso Waldomiro Diniz, pois o principal envolvido se recusou, nesta terça-feira (2), a responder a 50 perguntas do delegado que comanda as investigações.