domingo, 11 de março de 2012

Grupo OK, de Luiz Estevão, tem os bens penhorados



Grupo OK, de Luiz Estevão, tem os bens penhoradosFoto: Dida Sampaio / Agência Estado - 26.06.2011

DETERMINAÇÃO É DA 19ª VARA FEDERAL DO DISTRITO FEDERAL; VALOR DA PENHORA É DE R$ 2,7 MILHÕES; MONTANTE SERÁ REPASSADO A UNIÃO; BENS SERIAM TRANSFERIDOS A CONSTRUTORA

11 de Março de 2012 às 20:14
Brasília 247 – O Grupo OK Construções e Incorporações Ltda., de Luiz Estevão, teve dois imóveis penhorados por decisão da 19ª Vara Federal do Distrito Federal. A Procuradoria Regional da União da 1ª Região (PRU1) pediu que os R$ 2,7 milhões resultantes sejam repassados a União.
Os imóveis estão localizados em Brasília. Um é avaliado em R$ 1.730.000 e o outro em R$ 970.000. A PRU1 tomou essa decisão para evitar que o valor acabasse nos cofres do Grupo Ok. Recentemente isso aconteceu, a construtora conseguiu reverter judicialmente, para si, a soma de R$ 586.840,93, em um processo de inventário.
Os advogados da União pediram urgência para evitar que o valor se tornasse patrimônio da construtora. Seu argumento era que enquanto o erário continuava não se recuperando, um dos maiores devedores do Estado estaria tendo êxito.
O Grupo OK Construções e Incorporações Ltda. é um dos envolvidos no desvio milionário de verbas das obras do TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo), entre 1994 e 1998.

Está mesmo tudo bem?



Está mesmo tudo bem?Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação/Inst. Lula

VISIVELMENTE MAIS MAGRO, LULA DEIXOU NESTE DOMINGO O HOSPITAL; SEGUNDO OS MÉDICOS, ELE RETOMARÁ A ROTINA NORMAL NAS PRÓXIMAS SEMANAS; O FATOR MAIS PREOCUPANTE, NO ENTANTO, TALVEZ NÃO SEJA A SAÚDE, MAS O ÂNIMO DO EX-PRESIDENTE

11 de Março de 2012 às 18:35
247 – Nos últimos meses, o Brasil assistiu ao tratamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como quem assiste um reality show. Cada passo do tratamento foi documentado por seus assessores e difundido pelo Instituto da Cidadania, criando uma corrente positiva dos milhões de brasileiros que torcem por sua recuperação.
Quando a cura de seu câncer foi noticiada em primeira mão pelo Brasil 247, milhares de pessoas repercutiram a notícia pelas redes sociais. Pouco depois, Lula passou por uma rápida internação em razão da sua dificuldade para se alimentar. Nesta última semana, foram mais sete dias no hospital, em razão de dois leves focos de pneumonia.
A foto de Lula deixando neste domingo o hospital e fazendo sinal de positivo revela a imagem de um lutador, mas também de um homem abatido. Lula perdeu praticamente dez quilos e a informação mais preocupante que circulou nos últimos dias não diz respeito propriamente a sua saúde, mas sim a seu estado de espírito. O que se comentava é que Lula vinha apresentando um quadro de depressão nos últimos dias – o que é absolutamente natural em pessoas que se tratam de um câncer.
Passada a fase mais aguda do tratamento, Lula já sabe que venceu o tumor na laringe. Mas, agora, começa a se dar conta de que sua nova vida comporta limitações. Ele ainda não pode se dedicar ao que mais gosta – a política – e sua voz não é compatível com a participação em comícios. Além disso, ele teve uma pequena decepção com a presidente Dilma Rousseff, após a demissão do presidente José Sergio Gabrielli, homem de sua confiança, que foi substituído por Maria das Graças Foster. A cada dia que passa, o governo Dilma é exatamente isto: o governo Dilma e não mais uma simples continuidade da era Lula.
De acordo com o médico Roberto Kalil, o quadro de Lula é “ótimo” e, dentro de poucas semanas, ele retomará sua rotina normal de atividades. Mas parece pouco provável que Lula se torne o grande agitador das eleições municipais de 2012, como ele mesmo havia planejado.

Senadores empregam fantasmas e até parlamentares cassados

Em 30% dos gabinetes, estudantes, advogados e até médicos


Dos 81 senadores, 25 empregam funcionários que foram cassados, enfrentam denúncias no Ministério Público e até passam os dias nos tribunais ou atendendo em consultórios médicos
Foto: O Globo / Sérgio Marques
Dos 81 senadores, 25 empregam funcionários que foram cassados, enfrentam denúncias no Ministério Público e até passam os dias nos tribunais ou atendendo em consultórios médicosO GLOBO / SÉRGIO MARQUES
BRASÍLIA - Mesmo depois da crise de 2009, quando descobriu-se que atos secretos nomeavam parentes e funcionários-fantasmas em seus gabinetes, senadores não perderam o hábito do empreguismo. Pelo contrário. Usam a estrutura da Casa para acomodar profissionais com atividades particulares, mas que recebem dinheiro público — ou que respondem a processos por mau uso de recursos do contribuinte. Levantamento realizado pelo GLOBO com base no Quadro de Servidores Efetivos e Comissionados demonstra que dos 81 senadores, pelo menos 25 (30%) abrigam em seus escritórios em Brasília ou nos estados desde estudantes que moram fora do Brasil, até médicos e advogados que passam o dia entre clínicas e tribunais. Há também casos de aliados que enfrentam denúncias do Ministério Público ou até mesmo foram cassados por compra de votos.

O presidente do DEM, Agripino Maia (RN), pagava até semana passada mais de R$ 4 mil mensais em seu escritório político no Rio Grande do Norte para uma servidora fantasma. Estudante de Medicina, em vez de trabalhar para o senador em Natal, ela foi fazer um estágio, em agosto de 2011, na Espanha. Gleika de Araújo Maia é sobrinha do deputado João Maia (PR-RN) e do ex-diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, demitido por manter escondidos os atos de nomeações e benefícios de pessoas protegidas pelos senadores. Depois de procurado pelo GLOBO, o senador demitiu a funcionária.
Já o líder do PMDB, Renan Calheiros (PMDB-AL), após renunciar à Presidência do Senado por causa de acusações de que teria recebido dinheiro de um lobista, mantém velhos conhecidos em seu gabinete. Em 2011, resolveu chamar para trabalhar no escritório regional a fisioterapeuta Patrícia de Moraes Souza Muniz Falcão. De acordo com o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (Cnes), do SUS, ela atua em duas clínicas, uma delas o Instituto Graça Calheiros, por 40 horas semanais. Renan disse não saber.

O peemedebista não abre mão da mulher de seu primo, o empresário Tito Uchôa, sócio do filho do senador, o deputado Renan Calheiros Filho, no Sistema Costa Dourada de Difusão. Vânia Lins Uchôa Lopes teve de deixar um cargo na presidência do Senado, em 2009, acusada de ser funcionária-fantasma. Em 9 de novembro de 2009, ela foi recontratada e até hoje é paga pelo Senado.

No Rio Grande do Norte, o senador Paulo Davim (PV) paga R$ 8,1 mil para a cardiologista Carla Karini de Andrade Costa, sua sócia em uma clínica no estado. Segundo dados do Ministério da Saúde, ela cumpre 50 horas semanais de trabalho no exercício da Medicina. A assessoria de Davim sustenta que 80% dos pronunciamentos do senador na tribuna do plenário versam sobre saúde. E ela seria a consultora técnica.

‘Tudo é tolerado até que vire escândalo’

Além desses casos, nos quais senadores se valem da resolução do Senado criada em 2010 para regulamentar o horário flexível de trabalho, há os parlamentares que não se importam com o passado de seus funcionários de confiança. O ex-governador do Piauí, senador Wellington Dias (PT-PI), emprega em seu escritório no estado o ex-prefeito de São Pedro do Piauí, Higino Barbosa Filho, cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral em 3 de novembro de 2009 por abuso de poder econômico e captação irregular de votos. Ele responde a três ações por improbidade administrativa. Wellington alegou que o processo não transitou em julgado — embora Higino tenha sido afastado do mandato por decisão judicial.

O senador Ivo Cassol (PP-RO) patrocina uma ilegalidade. O jornalista Francisco Sued de Brito Pinheiro Filho, nomeado como assistente parlamentar em 1 de dezembro do ano passado, ganhou outro cargo público, na Assembleia Legislativa de Rondônia. Em 1 de fevereiro deste ano, ele foi nomeado para trabalhar no gabinete da presidência da Assembleia. Embora o acúmulo de função pública seja proibido por lei, Sued continua a receber pelo Senado e pela Assembleia. A assessoria do senador disse, há 10 dias, que Cassol já havia identificado o problema e mandara demitir o funcionário. No entanto, até sexta-feira ele continuava como servidor federal, de acordo com o Quadro de Servidores Efetivos e Comissionados do Senado.

Cassol emprega Carlos Alberto Canosa, seu ex-secretário de Assuntos Estratégicos quando foi governador de Rondônia. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) pediu abertura de investigação contra Canosa por irregularidades em contrato de R$ 15 milhões para publicidade do governo.

Presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), a senadora Kátia Abreu (PSD-TO) mantém entre seus funcionários Sani Jair Garay Naiamayer. Em dezembro de 2008, a Justiça do Trabalho anulou uma sentença em que o filho de Sani, Cláudio Márcio Almeida Naimaier, havia ganho direitos trabalhistas em uma ação indenizatória contra o pai. O Ministério Público do Trabalho comprovou que a ação foi fraudulenta porque a fazenda Nova Querência, de Sani, sofria duas execuções financeiras da Fazenda Pública do Tocantins, além de duas hipotecas em favor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A senadora emprega Abdon Mendes Ferreira, condenado pelo TCE a devolver R$ 123 mil aos cofres públicos de Crixás por gasto irregular com alimentação, hospedagem e obras.


Cientista político da Universidade de Brasília, Ricardo Caldas disse que a presença de fantasmas e condenados por desvio de dinheiro público faz parte da cultura política do país, que ainda se pauta pela troca de favores.
— Ou você acredita que o senador não está retribuindo um favor? O sistema tende a acobertar até mesmo delitos de outros políticos. Tudo é tolerado até que vire escândalo. Tudo pode ser feito, se não for divulgado.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/senadores-empregam-fantasmas-ate-parlamentares-cassados-4279654#ixzz1oqhEEMRe
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PSB não se aliará a Serra, diz Eduardo Campos


Governador de Pernambuco e presidente do PSB federal, Eduardo Campos decidiu não permitir que o diretório paulistano do seu partido se alie ao tucano José Serra, hoje o principal antagonista do petista Fernando Haddad, candidato de Lula.
Eduardo alega que a campanha de São Paulo ganhou contornos nacionais. E afirma que seria um “despropósito político” ceder o tempo de tevê do PSB (um minuto e meio) para que Serra ataque o governo Dilma Rousseff e, sobretudo, seu amigo Lula.
A deliberação já foi comunicada ao prefeito Gilberto Kassab, principal aliado de Serra e parceiro político de Eduardo. Não será formalizada, porém, antes de junho, prazo limite para realização das convenções municipais.
Tenta-se ganhar tempo para dissolver um impasse. Eduardo pende para o apoio a Haddad. Menos pelo candidato, mais por Lula. E o PSB-SP, hoje majoritariamente pró-Serra, gostaria pelo menos de construir uma alternativa “neutra”.
Busca-se uma opção que permita à legenda fugir da polarização PT versus PSDB. Como? Constituindo na capital paulista um bloco de três partidos: PDT, PCdoB e PSB. Aproxima-os a aversão ao PT. Distancia-os o excesso de nomes.
O PDT já desfila a candidatura do deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical. O PCdoB corre em raia própria com o vereador-pagodeiro Netinho de Paula e negocia com Gabriel Chalita, do PMDB.
Agora, o PSB leva à mesa o seu nome: a deputada federal e ex-prefeita Luíza Erundina. O dilema está em obter um consenso capaz de unificar as três forças em torno de um único nome.
De concreto, por ora, apenas uma certeza: com Serra, o PSB não vai fechar. Mandachuva do diretório nacional do partido, Eduardo decidiu evitar. Tenta fazê-lo com maciez. Seus correligionários de São Paulo dispõem de três meses para tentar tirá-lo da canoa de Haddad.

Obama diz que massacre no Afeganistão é 'trágico e chocante'



DA FRANCE PRESSE, EM WASHINGTON

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse neste domingo estar "profundamente triste" pelo massacre de 16 civis no Afeganistão, mortos supostamente por um soldado americano.

"Ofereço minhas condolências às famílias e entes queridos daqueles que perderam a vida e ao povo do Afeganistão, que suportou muita violência e sofrimento", disse Obama em uma declaração por escrito, na qual classificou o incidente de "trágico e chocante".

"Este incidente é trágico e chocante, e não representa o caráter excepcional de nossos militares nem o respeito dos Estados Unidos em relação ao povo do Afeganistão", disse Obama.

O presidente ofereceu seu apoio completo à investigação "para estabelecer os fatos o mais rápido possível e para responsabilizar" os culpados.
Allauddin Khan/Associated Press
Afegão senta ao lado de corpos de vítimas de ataque de soldado americano em Candahar
Afegão senta ao lado de corpos de vítimas de ataque de soldado americano em Candahar
MASSACRE
Dezesseis civis afegãos, entre eles crianças e idosos, morreram supostamente pelas mãos de um soldado americano que teria saído na madrugada deste domingo de sua base na província de Kandahar, bastião talibã do sul do Afeganistão, para realizar o massacre.

A missão da Otan no Afeganistão (Isaf) divulgou no começo da manhã um comunicado no qual lamentou "um incidente que causou vítimas afegãs" e expressou suas condolência às famílias dos envolvidos.

A nota informou que o autor do "incidente" havia sido detido, mas não revelou o número de vítimas causadas por sua ação. O texto também não indicou o motivo que o teria levado a cometer o massacre, sobre o qual a Isaf anunciou que abrirá uma "investigação".

Segundo fontes militares disseram posteriormente, o soldado foi vítima de uma crise nervosa.

TALEBAN

Por outro lado, em declarações à agência local AIP, um porta-voz do movimento taleban, Qari Muhammad Yousaf Ahmadi, afirmava que 45 civis haviam morrido no incidente e que não havia se tratado de uma ação individual.

"Não foi obra de um soldado só, mas de vários que entraram nas casas para matar as pessoas", disse o porta-voz insurgente, que garantiu que em apenas um povoado tinham morrido 11 membros da mesma família.

No entanto, é comum o movimento taleban superestimar os incidentes armados entre a população local e as tropas internacionais.

Berço do movimento taleban na década de 1990, Candahar é um dos principais redutos dos insurgentes, que contam com a simpatia popular na província e a transformaram em palco frequente de operações armadas.

Em declarações dadas ao canal de televisão local Tolo, o porta-voz do Ministério de Interior afegão Sediq Sediqi fez um apelo à calma, e pediu à população de Candahar que permaneça tranquila até que "o incidente seja esclarecido".

PRESIDENTE AFEGÃO

O presidente Hamid Karzai condenou o massacre "imperdoável" de 16 civis afegãos por um militar americano, neste domingo na província de Kandahar, reduto talibã do sul do Afeganistão.

"O governo condenou reiteradamente operações realizadas em nome da guerra contra o terror, que causam perdas civis. Mas quando afegãos são mortos deliberadamente por forças americanas, trata-se de um assassinato e de uma ação imperdoável", afirmou Karzai em um comunicado.

TENSÃO

O massacre ocorreu em meio a um forte clima antiamericano no Afeganistão registrado após a queima do Corão por soldados dos Estados Unidos no final de fevereiro na base de Bagram, próxima a Cabul e a principal da Otan em solo afegão.

Obama fixou 2014 como prazo para a retirada da força de 130 mil homens da Otan liderada pelos Estados Unidos no Afeganistão, enquanto Washington treina as forças de segurança afegãs para assumir a liderança e busca negociar com os talibãs.

Dívida de Cristovam pode chegar a R$ 1 milhão



Dívida de Cristovam pode chegar a R$ 1 milhãoFoto: Waldemir Barreto/Agência Senado

LEMBRADO COMO UM DOS POLÍTICOS MAIS ÍNTEGROS DO BRASIL, SENADOR PODE ABANDONAR A VIDA POLÍTICA CASO SEJA CONFIRMADA A CONDENAÇÃO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA; JUIZ ALEGA QUE CD ROM PRODUZIDO EM 1995 COMO PRESTAÇÃO DE CONTAS DO GOVERNO SERIA PROPAGANDA ELEITORAL; À ÉPOCA, NÃO HAVIA REELEIÇÃO NO PAÍS; SENTENÇA NÃO CONSIDERA O PARLAMENTAR COMO “FICHA SUJA”

11 de Março de 2012 às 15:40
Andressa Anholete _Brasília 247 – Considerado por muitos como um dos políticos mais éticos do país, Cristovam Buarque (PDT) passa por um momento complicado. Em 1995 foram produzidos dois mil CDs ROM contendo o balanço dos primeiros 300 dias de governo. Por esse material, o parlamentar do PDT, que era governador na época, foi condenado na 2ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) a pagar os custos dos CDs, além de multa no valor de cinco vezes o salário de novembro de 1995. Hoje a dívida do senador está entre R$ 800 mil e R$ 1 milhão, valor que ele alega não ter como pagar.
O valor da produção dos CDs foi de R$ 146.050,00. Este montante somado a multa e atualizado pela taxa Selic, chega a mais de R$ 800 mil. Cristovam descarta a possibilidade de dividir a multa em cotas, como foi feito com Luiza Eurundina, e diz não saber como vai pagar a dívida. “Se eu vendesse todos os meus bens, descontando os impostos, renderia cerca de um milhão”, explica o senador. Junto a livros e quadros, o parlamentar tem em seu nome um apartamento na Asa Norte (Brasília) no qual mora há 32 anos, um outro pequeno apartamento em São Paulo, e um escritório.
Como a sentença descarta que este seja um caso de improbidade que se enquadre na lei da Ficha Limpa, a saída do cenário político fica a cargo do parlamentar. No momento, Cristovam afirma estar preocupado apenas em salvar o próprio patrimônio, e não com o seu futuro político. Mas já adianta que se for obrigado a pagar a multa, abandonará a vida política. “Com o salário de senador não tenho como pagar a dívida”, explica. Se isso acontecer, o senador considera voltar a dar aulas e cobrar por consultorias e palestras.
O advogado de Cristovam Buarque está esperando uma análise do TJDF para recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STJ). O parlamentar do PDT almeja que na outra esfera a sentença seja anulada. Para ele, no Tribunal de Justiça a interpretação está absurdamente errada. “Quem iria distribuir como propaganda de governo um CD? Ainda mais três anos antes de qualquer eleição”, indaga Cristovam afirmando que não tinha interesses eleitoreiros e lembrando que na época a reeleição não era sequer discutida.
Entenda o caso
Em outubro de 1995 a secretaria de Comunicação do governo Cristovam preparou um relatório em formato de CD ROM para divulgar a prestação de contas dos primeiros 300 dias de governo. Este material continha a foto do então governador. Foram feitas duas mil cópias que, segundo o atual senador, estavam disponíveis para qualquer um que desejasse acompanhar as medidas do governo, seja ele jornalista ou funcionário público.
Uma ação popular foi movida junto ao TJDFT alegando que o material era para autopromoção. Suspeita-se de que tenha sido influenciada por Luiz Estevão. O processo foi arquivado na justiça, e depois de reaberto, quatro desembargadores consideraram que o então governador fez promoção pessoal ao associar seu nome e sua figura às ações de seu governo mostradas no material publicitário cuja produção foi autorizada pelo secretário de Comunicação.
O colegiado negou o pedido do Ministério Público de suspender os direitos políticos do senador e do ex-secretário, por achar a medida excessiva. Porém, condenou o Cristovam e o seu secretário de comunicação do governo, Moacyr de Oliveira Filho, a devolver ao Erário, em valores corrigidos, R$ 146.050,00, que foi o custo da produção dos CDs. Primeiramente, segundo o Cristovam, cada um deveria pagar também uma multa no valor equivalente a 24 salários recebidos em novembro de 1995. Depois do recurso, caiu para cinco vezes a remuneração.

Lula deixa o hospital em São Paulo



Lula deixa o hospital em São PauloFoto: AMAURI NEHN/AGÊNCIA ESTADO

EX-PRESIDENTE APRESENTAVA QUADRO DE LEVE PNEUMONIA, APÓS TRÊS CICLOS DE QUIMIOTERAPIA E 33 SESSÕES DE RADIOTERAPIA

Por Agência Estado
11 de Março de 2012 às 16:32Agência Estado
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou o Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, às 15h15, depois de uma semana de internação. Lula, que estava acompanhado pela mulher, Marisa Letícia, deixou o hospital pela garagem, sem falar com a imprensa.
Nesta recente internação - Lula havia dado entrada no hospital no dia 4 de março - ele apresentou febre e leve pneumonia. Foram diagnosticados dois pequenos focos de infecção, um em cada pulmão. No último boletim médico divulgado, na quinta-feira passada, a equipe médica informou que o tratamento foi feito com antimicrobianos.
Apesar da febre e da leve pneumonia, os médicos consideraram o diagnóstico normal para um paciente que passou por três ciclos de quimioterapia e 33 sessões de radioterapia para combater um câncer na laringe. Nesta internação, o ex-presidente foi aconselhado também a poupar a voz, motivo que levou à suspensão das visitas ao hospital.

MP vai investigar venda de sentença em São Paulo


MP vai investigar venda de sentença em São Paulo

Foto: Divulgação

INVESTIGAÇÃO SIGILOSA, CONDUZIDA PELO PROCURADOR FERNANDO GRELLA, VAI APURAR DENÚNCIAS DE TRÁFICO DE INFLUÊNCIA DURANTE A GESTÃO DO DESEMBARGADOR ANTÔNIO VIANA SANTOS; ELE MORREU EM JANEIRO DE 2011 E DEIXOU PATRIMÔNIO MILIONÁRIO

11 de Março de 2012 às 17:12
Fernando Porfírio _247 - O chefe do Ministério Público paulista, Fernando Grella, conduz uma investigação sigilosa que apura eventual prática de improbidade administrativa na gestão do desembargador Viana Santos à frente do Tribunal de Justiça. Viana morreu em janeiro de 2011, depois do agravamento de seu quadro de saúde. A Procuradoria Geral de Justiça começou a se debruçar sobre denúncia de eventual venda de sentença para beneficiar um prefeito do interior. 
Assessores de Grella trabalham com a hipótese de que pode ter ocorrido tráfico de influência durante o mandato de um pouco mais de um ano de Viana Santos. A tese que move os trabalhos do Ministério Público é de que lobistas se instalaram na cúpula do Tribunal e passaram a agir com desenvoltura na maior corte de Justiça do país.
A investigação de eventual prática de improbidade administrativa não descarta a hipótese levantada por dois outros inquéritos que tramitam no Ministério Público de que Viana Santos foi vítima de assassinato.
Um inquérito é presidido por uma promotora de Justiça que atua no fórum da Barra Funda e o outro é conduzido pelo Gaeco, braço do Ministério Público especializado no combate ao crime organizado.
Uma das vertentes que está sendo investigada é a denúncia de eventual venda de sentença. O caso acabou vindo à tona depois que um membro do Ministério Público, que atuava na segunda instância, resolveu comprar a briga e exigir esclarecimentos da direção do Tribunal.
Há indícios de que essa denúncia cai como luva nas informações contidas numa carta anônima que chegou às mãos da Procuradoria Geral. A carta faz acusações contra a então direção do Tribunal paulista, entre elas a indignação de um prefeito do interior paulista que pagou por uma decisão e não levou o resultado. A decisão, que antes favorecia o prefeito, teria sido modificada às pressas depois da descoberta do plano.
Desde a morte de Vianna Santos, o Ministério Público apura denúncias de suposto enriquecimento ilícito e tráfico de influência envolvendo o ex-presidente da corte paulista. Duas pessoas próximas a Viana Santos são os principais alvos. O MP foi motivado a entrar no caso por entender que Vianna teria adquirido, nos últimos meses de sua vida, bens em valores muito superiores aos seus rendimentos como magistrado.
O contracheque do então presidente alcançava cerca de R$ 30 mil, incluídos quinquênios e outros benefícios. Com 42 anos de carreira, o orçamento de Viana Santos era reforçado ainda com uma aposentadoria de professor. A inspeção do Conselho Nacional de Justiça na corte paulista detectou o pagamento atípico de R$ 1 milhão a Vianna Santos. Essa informação foi depois confirmada pelo atual presidente do Tribunal, desembargador Ivan Sartori.

O médium que cuida da saúde e do espírito de Lula



O médium que cuida da saúde e do espírito de LulaFoto: Divulgação

EX-PRESIDENTE, QUE JÁ SE CUROU DE UM CÂNCER E ACABA DE DEIXAR O SÍRIO-LIBANÊS, APÓS UMA LEVE PNEUMONIA, TAMBÉM TEM RECORRIDO AO CIRURGIÃO ESPIRITUAL JOÃO DE DEUS, A QUEM SE ATRIBUEM PODERES QUASE SOBRENATURAIS

Por Agência Estado
11 de Março de 2012 às 17:11Agência Estado
247 – Neste domingo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou o hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após se tratar de uma leve pneumonia. No mesmo hospital, após três ciclos de quimioterapia e 33 sessões de radioterapia, ele também foi considerado curado de um tumor na laringe. Comenta-se que, com a dureza do tratamento e a dificuldade para ingerir alimentos, Lula estaria também sofrendo de depressão. Além dos médicos, ele conta ainda com uma ajuda especial: a do médium João de Deus, que é considerado hoje o maior cirurgião espiritual do País. Leia, abaixo, o noticiário da Agência Estado sobre o médium:
BRASÍLIA - Diagnosticado com câncer há quatro meses, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está sob os cuidados dos melhores médicos do País, no Hospital Sírio-Libanês, mas também foi buscar a "saúde da alma" em uma pequena comunidade do interior de Goiás. João de Deus, um médium especializado em cirurgias espirituais que mal sabe ler e escrever, é quem o acompanha.
Atribuem-se a João Teixeira de Faria, nome real de João de Deus, feitos como fazer cegos enxergarem, reduzir tumores e conseguir que paraplégicos voltem a andar. Uma de suas façanhas é inegável. Ele transformou a pequena Abadiânia, com 15 mil habitantes, em polo turístico internacional.
Semanalmente, milhares de pessoas dos mais diversos países gastam pelo menos U$ 2 mil para chegar ao município, distante 117 km de Brasília, em busca da cura espiritual. Seja por meio da água fluidificada, do remédio feito à base de passiflora ou pelas cirurgias visíveis (com pinças gigantes, tesouras e facas de cozinha) e invisíveis.
Desde que começou o tratamento tradicional, Lula e João de Deus se encontraram ao menos três vezes em São Paulo. Porém, ninguém fala abertamente sobre os vínculos entre os dois. "Lula é um bom filho. Um menino que começou lá de baixo, fez uma história e hoje você vê os brasileiros sorrindo", elogia João de Deus, como se traçasse um paralelo com a própria trajetória.
Nascido no vilarejo de Cachoeira da Fumaça, em Goiás, João era o mais novo de seis filhos de uma família simples. Com a mediunidade, rodou o mundo e atendeu um incalculável número de pessoas. Essa lembrança é interrompida com mais uma pergunta sobre o paciente.
"Quem trata do Lula é o coração de todos os brasileiros, que estão orando por ele. Aquele homem se dedicou até na hora que a mãe dele estava no caixão ao povo brasileiro. Se desse o contrário, o Brasil e o mundo inteiro estavam em luto", diz, prevendo o sucesso do tratamento do ex-presidente - sem especificar se o espiritual ou o tradicional.
Em um dos únicos cômodos refrigerados na Casa Dom Inácio de Loyola - onde João descansa entre os trabalhos da manhã e da tarde às quartas, quintas e sextas - há uma foto autografada de Lula com a faixa presidencial, ao lado de dona Marisa.
O porta-retrato tem destaque ao lado das outras figuras políticas que ilustram a sala. Entre eles, Nelson Jobim, que foi ministro da Defesa, o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB-GO). Todos pacientes? "Não tenho pacientes. Tenho amigos", responde o médium.
Política. Em Abadiânia, não há uma eleição sem que o apoio de João de Deus seja disputadíssimo. "Não sou um homem político. Meu voto é orar." Ele ainda mostra títulos, diplomas e certificados, que garante não lhe renderem qualquer vaidade.
Sobre a medicina, ele diz que tem o respeito dos colegas, inclusive dos médicos de Lula, e que os visitantes da casa são orientados a permanecer com o tratamento tradicional. "Os médicos têm uma missão de curar também e estudaram para isso." Ponto. Prefere mudar de assunto.
O humor do médium muda tanto quanto as entidades que o incorporam. Alguns dizem sete, outros, 30. Falar sobre o paciente ilustre e sobre as críticas às atividades da casa não lhe agrada, e ele segue respondendo sobre a certeza da missão. "Meu trabalho é dormir. Não curo ninguém. Quem cura é Deus," diz, logo depois de comentar que não dormia há 36 horas.
Na última quinta-feira, João de Deus atendeu os mais variados casos. Mulheres com dificuldades de engravidar, tumores, dores crônicas, desempregados, viciados em drogas.
A triagem dos pacientes é feita pela manhã. Em minutos, ele prescreve o tratamento. As operações visíveis não duraram mais que cinco minutos. Quem não pode se deslocar até Abadiânia manda fotos ou peças de roupa por intermediários. As curas de João, garantem os funcionários da casa, podem ser sentidas à distância.