quinta-feira, 19 de abril de 2012

Mino Pedrosa publica grampos comprometedores de diretor do 247

Mino Pedrosa

A PENA COMPRADA DE LEONARDO ATTUCH
19/04/201217:05

No dia 7 de junho de 2011 o Superior Tribunal de Justiça decidiu  anular toda a Operação Satiagraha, que resultou na condenação por corrupção da quadrilha do banqueiro Daniel Dantas, dono o grupo Opportunity, a 10 anos de prisão. O  STJ concluiu que foi ilegal a participação de integrantes da Agência Nacional de Inteligência  - Abin, nas investigações.  Um alívio para Daniel Dantas e para o jornalista Leonardo Attuch.

Attuch, repórter da Revista Isto É Dinheiro, da Editora Três, foi flagrado trabalhando em benefício da quadrilha de Dantas e Naji Nahas que saqueava os cofres públicos. O “jornalista” usava a Revista para publicar matérias encomendadas pelo banqueiro, muitas delas redigidas por outras mãos e assumidas por Attuch. O “repórter” era pago pelo Caixa 2 comandado por Humberto Braz, homem da Construtora Andrade Gutierrez, a serviço do apelidado por FHC,  “gênio do mal” Roberto Figueiredo do Amaral.
Roberto Amaral indicou Braz para ser o homem de confiança do banqueiro Daniel Dantas. Braz passou a atuar nos “negócios” da Brasil Telecom,  chegou a presidência da empresa e foi o grande consultor do Grupo Opportunity até ser flagrado pela Polícia Federal tentando corromper com R$ 1 milhão o delegado que comandava a Operação  Satiagraha , Protógenes Queiroz, que costumava chamar Humberto de “o homem da mala”.

Leonardo Attuch foi flagrado na Operação Satiagraha como assessor de comunicação da organização criminosa. Certa vez, Carlos Rodemburg foi chamado na Editora Três, Revista Isto É Dinheiro, pelo presidente Domingos Alzugaray, para mostrar uma matéria feita por Leonardo Attuch denunciando o banqueiro Daniel Dantas usando o nome de laranjas no contrato do Opportunity com o Citybank. A matéria foi produzida a partir de um dossiê da Telecom Itália, que estava em litígio com a Brasil Telecom.
 
Attuch foi chamado pela direção da Editora Três para apresentar a matéria que tinha produzido. A matéria não foi veiculada. Mas Attuch se cacifou perante Daniel Dantas, tornando-se seu homem de confiança na Imprensa.
A partir daí foram várias as matérias publicadas na Isto É Dinheiro, “confeccionadas” por Attuch. Daniel Dantas fez uma compra de R$ 15 milhões em livros da Editora Três. E Attuch ficava visivelmente satisfeito com os negócios entre a BR Telecom e a Editora Três.
 
Humberto Braz, “o mala”, era responsável mensalmente pela felicidade de Attuch. A imprensa , na época da Operação Sathiagaha, denunciou Attuch de receber propinas e presentes de Daniel Dantas, como por exemplo uma confortável casa no bairro classe A, de São Paulo, o Alphaville.
 
A quadrilha de Daniel Dantas até hoje sustenta o “jornalista”. Montaram um site www.brasil247.com, onde Attuch atua sem se identificar, a serviço não só da quadrilha de Dantas, como também cuidando dos interesses de empresários  como José Batista Junior, da Friboi, que se filiou ao PSB em Goiás para disputar o governo com Marconi Perillo (PSDB), e empresas como a Odebrech, apadrinhada pelo deputado cassado e personagem central no Mensalão do PT José Dirceu e o Banco BVA.
 
O site de Attuch ataca os políticos de Goiás preparando o terreno para as eleições de 2014, quando o dono do Frigorífico Friboi sairá candidato ao Governo do Estado. Attuch também abocanha verba na Secretaria de Comunicação do governador do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz. Parte desses contratos Attuch não pode receber pelo site, porque são propinas pagas através de Caixa 2.

O Quidnovi publica com exclusividade documentos em segredo de justiça do Relatório de Inteligência Policial da Operação Chacal e áudio mostrando a intimidade de Leonardo Attuch com a quadrilha de Dantas  numa conversa íntima com Naji Nahas, na qual o “jornalista” desclassifica os jornalistas Diogo Mainardi, Paulo Henrique Amorim, Elvira Lobato e o patrono do Jornalismo Brasileiro Mino Carta por não fazerem parte da quadrilha. Os documentos falam por si. Ponto!
 
 
 
 
http://www.quidnovi.com.br/novo/mino/detalhe.asp?c=403

Cachoeira manda soltar grampo contra Leonardo Attuch do 247


'Essa turma de Mino Carta, Paulo Henrique Amorim, tem que processar esses filhos da puta todos'



As palavras seriam de Leonardo Attuch, atual diretor do site Brasil 247, numa gravação cujo interlocutor seria o "dono do Pinheirinho" Nagi Nahas, e estão reproduzidas no vídeo acima, distribuído por Mino Pedrosa, que foi, e agora voltou a ser - ainda que não oficialmente -, assessor de Cachoeira.

É a reação dos 'jornalistas' hospedados na Papuda.

Isto É, Veja, Folha, tem pra todo mundo nas palavras de Attuch, nesse vídeo que foi distribuído certamente contra ele.

O Brasil 247 tem batido diariamente nas relações espúrias de Veja com o bando de Cachoeira. Levou o troco. Vai revidar ou entendeu o recado?

Os intestinos da imprensa começam a vir à tona. O cheiro ruim e a profusão de grampos de uns contra outros parece ser só o começo.
http://blogdomello.blogspot.com.br/2012/04/essa-turma-de-mino-carta-paulo-henrique.html

Quem não tem cão...



por Marcos Coimbra


A primeira reação dos setores conservadores às denúncias contra Demóstenes Torres foi de silêncio estupefato. Demoraram a perceber o que estava acontecendo: um de seus heróis tinha sido apanhado com a boca na botija.

À medida que os detalhes de suas relações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira foram sendo revelados, viram que seria impossível defendê-lo. Tiveram de reconhecer que alguém em quem haviam apostado nada mais era que o cúmplice – para dizer o mínimo – de um suspeito – continuando a dizer o mínimo – de nebulosas transações.

A segunda reação foi apressar-se na condenação. Talvez por raiva do senador, que os fez de bobos. Devem tê-lo imaginado rindo dos aplausos, enquanto brindava com os amigos.

Mas a razão principal estava na necessidade de controlar os prejuízos colaterais. O apodrecimento do senador Demóstenes poderia contaminar um pedaço grande da política brasileira. Que fosse rapidamente extirpado.

A terceira foi uma clássica manobra de luta ideológica: passar para o ataque. Se a defesa é insustentável e se não interessa protelar, o jogo tem de ser mudado.


Era preciso embaralhar as culpas do Demóstenes oposicionista com aquelas de políticos governistas. E era óbvio com quais: os acusados pelo “mensalão”. Eles e Demóstenes tinham de ser igualados.

Se esse diversionismo fosse bem-sucedido, o escândalo terminaria por ser positivo: aumentaria as pressões para que o STF julgasse logo o caso.

Quem conhece o funcionamento do Supremo sabe, no entanto, que a chance de que ele se pronuncie nos próximos meses é pequena. A complexidade das questões que suscita, sua sensibilidade, seus efeitos na dinâmica interna do Tribunal, tudo sugere que o julgamento não vá começar de imediato.

Essa perspectiva não agrada a quem quer utilizá-lo para atingir o PT e suas lideranças. Por extensão, para fragilizar o governo.

Tudo o que esses setores desejam é que o País fique meses a discutir o episódio. Sonham recriar os dias em que a TV Câmara disputava audiência, transmitindo ao vivo as sessões da CPMI dos Correios.

É uma aposta com pequena possibilidade de sucesso. Acreditar que o retorno do “mensalão” pela via judiciária terá o mesmo efeito na opinião pública que a sua revelação original é imaginar muito.

Para a vasta maioria das pessoas, será igual a ler o jornal de anteontem. Tudo é conhecido, não há qualquer fato novo.

Sem falar que a discussão no Supremo dificilmente terá a teatralidade do Legislativo. A leitura de um voto – que pode durar horas – costuma fazer dormir até os especialistas.

Mas quem não tem cão, caça com gato. Confusa em seu discurso, dividida por conflitos internos, a oposição partidária avalia que a volta do assunto às manchetes é uma oportunidade para adquirir novo fôlego. O mesmo vale para os veículos da mídia conservadora, que acreditam que assim poderão fazer seu acerto de contas com o “lulopetismo”.

O problema é que o escândalo Demóstenes e o “mensalão” são completamente diferentes. No primeiro, um político é suspeito de fazer o que os bandidos fazem. No segundo, alguns políticos são acusados de fazer o que todos fazem.

Não são, portanto, nem de longe, a mesma coisa.

A maior parte dos que serão julgados pelo “mensalão” fez, apenas, aquilo que as regras não escritas da política sempre admitiram. E que, por essa razão, seus colegas praticaram – e continuam a praticar. Ou alguém acha que, agora, tudo é feito de maneira ortodoxa?

Ninguém os acusa de advocacia de interesses escusos ou de conluio com os fora da lei. Suspeitar que receberam uma espécie de mesada para votar com o governo é uma simples história da carochinha: petistas ganhando para isso?

No fundo, o esforço de igualar o que é flagrantemente diferente, talvez acabe sendo positivo na hora em que o Supremo julgar. Deixa nítido que o inaceitável é Demóstenes.

http://maureliomello.blogspot.com.br/2012/04/quem-nao-tem-cao.html

José Serra contrata editor da Veja para coordenar campanha



Robert Civita, dono da Veja e José Serra
Será sugestão de Cachoeira?

O candidato tucano não podia ser mais previsível. Na eleição passada também recrutou Marcio Aith dos quadros da revista Veja.

Deu na Folha de São Paulo:
O jornalista Fábio Portela vai assumir a coordenação de imprensa da campanha do ex-governador José Serra à Prefeitura de São Paulo.
Ao assumir a função, Portela deixará o posto de editor de Brasil na revista "Veja", em São Paulo. Ele trabalhará com o marqueteiro Luiz Gonzalez, que chefiará a comunicação da campanha.
http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2012/04/jose-serra-contrata-editor-da-veja-para.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed:+blogspot/Eemp+(Os+Amigos+do+Presidente+Lula) 

Sem perder a pose, Demóstenes apoia CPI



Sem perder a pose, Demóstenes apoia CPIFoto: Alan Marques/Folhapress

EM NOME DA COERÊNCIA, O PARLAMENTAR MAIS AFETADO PELA REVELAÇÃO DA INFLUÊNCIA DO BICHEIRO CARLINHOS CACHOEIRA NA POLÍTICA NACIONAL DIZ QUE O CONGRESSO NACIONAL "TEM RAZÃO PARA CRIAR A CPMI"; MAS ELE NÃO ASSINOU O PEDIDO DE ABERTURA; "NÃO FAÇO FALSO HEROÍSMO", JUSTIFICOU

19 de Abril de 2012 às 16:52
247 com Agência Brasil - O principal parlamentar afetado pelas denúncias da Operação Monte Carlo, senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), disse hoje (19) que apoia a criação de uma comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) para investigar os escândalos de corrupção e tráfico de influência resultantes da investigação da Polícia Federal. Demóstenes, contudo, não assinou o pedido de abertura da comissão. "Não faço falso heroísmo", justificou.
Demóstenes, que está retornando ao Senado, depois de ficar mais de um mês longe da Casa, falou rapidamente com os jornalistas e disse que sempre foi “coerente”. “Acho que o Congresso Nacional tem razão para criar a CPMI. Respeito a decisão dos colegas e todos têm direito de assinar o requerimento de criação dela”.
O senador goiano foi flagrado em diversas conversas com Carlinhos Cachoeira, que é acusado pela Polícia Federal de ser o controlador da máfia de jogos ilegais em Goiás. Nos telefonemas grampeados, Demóstenes e Cachoeira tratam de inúmeros negócios como a relatoria de projetos relacionados aos jogos e a influência no Ministério Público, do qual o senador é membro e seu irmão é chefe em Goiás, para resolver questões de interesse da quadrilha denunciada.
Por causa das denúncias, que também afetam outras autoridades e funcionários públicos, Demóstenes Torres responde a um processo no Conselho de Ética do Senado e uma CPMI foi criada para investigar o caso. Apesar disso, o senador disse hoje que não se sentia constrangido em voltar ao Congresso e participar das atividades parlamentares. “Esta é minha Casa, fui eleito para isso”.
O senador deverá entregar sua defesa ao Conselho de Ética no próximo dia 25. Carlos Cachoeira está preso desde 1º de março e foi transferido ontem do Presídio Federal de Mossoró (RN) para a Penitenciária da Papuda, em Brasília. A CPMI criada hoje de manhã irá investigar a relação de Demóstenes, e o envolvimento de pelo menos cinco deputados federais, funcionários públicos do alto escalão dos governos do Distrito Federal e de Goiás e a construtora Delta com o empresário de jogos ilícitos.

“Meninas” do Jô revelam a tática da mídia para distorcer a CPI


Se alguém ainda tinha dúvida de que a mídia não queria investigação do Congresso sobre as relações do bicheiro Carlinhos Cachoeira com o PSDB e o DEM de Goiás e de que, sendo a investigação inevitável, trataria de distorcê-la, após assistir ao programa do Jô Soares que o blog graciosamente reproduz abaixo, terá tal dúvida sepultada.
Mais do que isso, por intragável que seja enfrentar aquela quase uma hora de mau-caratismo, há que prestar atenção no programa porque deixa ver, de cima a baixo, a forma como a mídia cobrirá as investigações da CPMI.
Apesar das aparências de socialites fúteis e desocupadas que têm as “meninas” demo-tucanas desse apresentador-humorista-escritor que se notabilizou pelo seu partidarismo político e pelo uso escandaloso de uma concessão pública de televisão com fins político-partidários, tratam-se de jornalistas tarimbadas que já passaram pelas mais importantes redações do país.
No programa de quarta-feira, 18 de abril de 2012, estiveram, além do próprio Jô Soares, Ana Maria Tahan, Cristiana Lobo, Cristina Serra e Lillian Witte Fibe. Lucia Hippolito, que integrava a formação original do quadro político, segundo o apresentador ela não participou do programa por “Estar na França”.
Jô começa o “debate” ironizando declaração da Secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, em recente cerimônia no Itamaraty na qual elogiou a administração da presidente Dilma Rousseff por haver estabelecido um “novo padrão” de combate à corrupção.
Contradizendo a norte-americana, o apresentador passa a bola para Cristiana Lobo perguntando se o governo daquela que Hillary elogiou estaria “atrasando a CPI”, apesar de esta ter sido criada em tempo considerado recorde.
A resposta de Cristiana Lobo começa com ela dizendo que “A notícia do dia” 18 de abril teria sido a de que o governo quereria “controlar a CPI”, o que combina muito pouco com a declaração da secretária de Estado dos EUA que elogiou a transparência desse mesmo governo.
Em seguida, a jornalista faz uma afirmação que mostra como a mídia não hesitará em criar as teses mais absurdas para tentar induzir a sociedade a julgar que os autores da investigação é que serão os réus: diz que “O PMDB quer investigar mais o PT, o PT queria mais investigar o PSDB, o Marconi Perillo, o PSDB quer dizer eu não tenho nada com isso, eu apoio a CPI”.
Apesar de o PMDB ser aliado do PT, tendo a vice-presidência da República, segundo essa “analista” quer investigar mais o aliado do que os opositores do PSDB, do DEM, do PPS e do PSOL. Para um público que nada entende de política e que não sabe quem é aliado de quem, provavelmente ignorando até o nome do vice-presidente da República, os malvados que querem investigar os adversários por razões políticas são PMDB e PT, enquanto que o PSDB “não tem nada com isso”.
Não poderia faltar, na boca de alguém como Cristiana, a boa e velha teoria de que “Pro governo nunca é bom uma CPI porque o PMDB vai lá e cobra mais caro”, ou seja, governo e partido que o sustenta tornam-se duas pontas de uma relação espúria de compra e venda de benesses.
Nada que ver, de novo, com a transparência do governo constatada por Hillary. Não foi à toa que o apresentador não perdeu a deixa e pediu esclarecimento da teoria de que o aliado do governo iria lhe “cobrar mais caro”, ao que é informado de que a CPI terá poder para convocar ministros e, para não vê-los convocados, a presidente subornaria o aliado.
Ao fim, Cristiana reconheceu que o governo “não tem muito o que temer, até agora”, mas asseverou que “tem muito cargo, tem muita obra”, mas como a investigação teria começado como uma CPI do Cachoeira e mudado de foco, agora quem deveria se preocupar seriam o governo, o PT e seus aliados.
Agora a inquirida pelo apresentador é Cristina Serra (que não tem relação alguma de parentesco com o ex-governador paulista, por mais tentadora que seja a ilação). A ela, coube discorrer, no âmbito de uma discussão sobre a CPI do Cachoeira, sobre como, antigamente, “Bastava dizer ele é do PT” para o contemplado receber um “aval de integridade” e sobre como “hoje em dia não é mais assim”.
Eis que, evidentemente treinada, Serra (perdão, não resisti) atribuiu a desmoralização do PT ao… Mensalão. O partido é citado como tendo sido descoberto como “mais tolerante ou menos tolerante com a corrupção” de acordo com suas correntes internas, ou seja, mais ou menos “tolerante”, o partido toleraria a corrupção em várias intensidades.
O que havia de intolerante com a corrupção no PT, segundo Serra (Cristina fez por merecer), saiu e formou o PSOL. Os que ficaram, seriam todos tolerantes. Não é à toa que vemos tantos psolistas dizendo, nas redes sociais, que a mídia não é tão má assim, chegando a fazer dobradinhas com um poder reacionário como o da Globo, autora intelectual da ditadura militar.
De resto, Cristina Serra reduziu o objetivo da CPMI a mero “acerto de contas”, a mera “vingança” de um adversário contra o outro. O programa tentou induzir o público à crença de que não existiriam motivos outros para a investigação. A intenção, claríssima, é a de desestimular as pessoas a acompanhar o processo, ficando apenas com as manchetes que já se pode prever que passarão mensagens de fácil assimilação pelo público idiotizado.
À ex-comentarista de economia Lillian Witte Fibe coube a pergunta sobre como a investigação prejudicará a economia, já para que o telespectador considere que irá prejudicá-lo pessoalmente. Brota a onomatopeia de um sorriso irônico que poderia ter encerrado o assunto e induzido à crença de que a CPMI será economicamente ruim para o país.
Socorro!
Mas a explicação verbalizada é ainda pior. A CPI, segundo alguém que de boba não tem nada, seria responsável pela “roubalheira do dinheiro público”. Ou seja: a CPI não é para combater a roubalheira, mas para gerá-la. Acredite quem quiser.
Em seguida, uma platitude apresentada como grande proposta: abolir o uso da expressão “desvio de dinheiro público”, substituindo “desvio” por “roubo”.  Sobrevêm os aplausos dos fantoches da platéia, do apresentador e de suas “meninas” diante de uma Lillian satisfeita com a própria frase de efeito.
Finalmente, Lula entra na dança – estava demorando. É acusado de ter incentivado a CPI do Cachoeira sem Dilma saber, aproveitando a ida dela aos Estados Unidos. O ex-presidente teria feito reuniões com ministros e secretários de Dilma sem ela saber e eles não a avisaram por achar que “não seria necessário”.
A presidente é apresentada como uma governante fraca que se deixa atropelar pelo antecessor, que dá ordens aos seus ministros. Dilma teria se “rendido” a uma mera estratégia de Lula e de José Dirceu para “desviar atenções do julgamento do mensalão”. Lillian diz que os dois teriam sido “ingênuos” ao acreditarem que poderiam fazê-lo.
Foi a deixa para Ana Maria Tahan começar a tagarelar sobre o mensalão, ou seja, a discussão sobre a CPI roda, roda e volta sempre para o tema “corrupção no PT”. Até aqui, nem sombra daquilo em que consiste o foco principal de uma investigação chamada de CPI do Cachoeira e que era o assunto em pauta.
Ana Maria começa repisando a notícia amplamente divulgada de que o STF não irá interromper o julgamento nem que coexista com o processo eleitoral deste ano. Jô a interrompe com a proibição legal para que jornalistas opinem sobre política durante o processo eleitoral, deixando o espectador sem entender o que tem o mensalão que ver com isso.
O assunto volta para Cachoeira, para a ligação entre a CPMI e o mensalão, remetendo ao episódio Waldomiro Diniz, desencadeado pelo bicheiro goiano. Os debatedores atropelam um ao outro, falando todos ao mesmo tempo, sedentos de continuarem mantendo o foco nos adversários políticos da família Marinho.
Ana Maria volta a falar. Sua tese é a de que, apesar de o governo ter maioria na CPI, não poderá impedir que seu foco seja contrário ao governo, do que se pode depreender que a estratégia será a de a oposição apresentar denúncias e a imprensa repercuti-las maciçamente e, assim, pautar a investigação.
Por 64 segundos, quando o programa já se aproximava da primeira meia hora, Cristiana Lobo interrompe os colegas de bancada e toca no nome de Demóstenes Torres, porém sem falar em oposição, DEM ou PSDB, sendo imediatamente cortada por Jô, que põe na roda o promissor tema “Dadá”, ou seja, o sargento Idalberto Matias de Araújo, preso na Operação Monte Carlo.
O foco volta a Demóstenes por mais 45 segundos, com o programa já se aproximando de 40 minutos. É apresentado trecho de entrevista do senador goiano em que pregava moralidade na política. Apresentador e convidadas fazem algumas gracinhas sem citar o DEM uma só vez e matam o assunto.
Assunto envolvendo a oposição, porém sem mencioná-la, até agora soma 119 segundos, quase dois minutos inteiros, contra cerca de 2.400 segundos de malhação do PT, do governo Dilma e de seus aliados.
Entra o intervalo. Quando o programa retorna, o assunto proposto pelo apresentador é uma “Comissão de Ética” que ao público não diz nada. Em vez de dizer para que servirá, no âmbito do assunto Cachoeira, constitui-se em mera desculpa para continuarem malhando o mesmo lado.
O apresentador e convidadas ironizam nomes dos integrantes da Comissão que julgará Demóstenes, tais como Renan Calheiros e Romero Jucá, insinuando que são corruptos e que, portanto, seria um contrassenso integrarem aquela Comissão.
Mais algumas gracinhas e Jô continua malhando o governo, agora dizendo que não entende que sejam nomeados ministros que não entendem do assunto da pasta que dirigem. O governo já está exangue de tanto apanhar e continua apanhando.
Cristiana Lobo ajuda a bater falando que a CPI enfraquecerá o governo. De novo.
Ana Maria Tahan se apressa em dar a sua contribuição para malhar o governo como se o assunto estivesse começando agora. Passa a discorrer sobre as alianças do governo dizendo que deveriam ser feitas em torno de um projeto, mas se dão através da distribuição de cargos. A CPI do Cachoeira, até agora, apesar de ser o tema do programa praticamente não foi abordada.
Mais gracinhas e o assunto, agora, muda do governo para o governo. Jô insere o caso das lanchas envolvendo a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e o ministério da Pesca. Mais uma vez as “meninas” se esbaldam com a pergunta do apresentador sobre “Em que águas navegam” as embarcações. E cabe a Cristiana Lobo resumir o caso: “falcatrua”.
E o governo continua apanhando.
Lillian Witte Fibe rompe a carapaça de silêncio na qual fora encerrada pela verborragia do apresentador, de Ana Maria Tahan e de Cristiana Lobo para decretar que “O que vai ferver, agora, é uma tal de construtora Delta”.
Enquanto as “meninas” falam uma em cima da outra, sobressai intervenção de Serra (a Cristina, não o José):
– Essa CPI que ia nascer pra investigar Demóstenes e Cachoeira, na verdade o foco, agora, é Delta (…)
Aí se produz talvez a cena mais nonsense que já vi:
Lillian Witte Fibe — Eu não quero prejulgar ninguém, mas eu tô assustada com o que eu tô vendo…
Jô Soares – Antes de mais nada muito bem, porque a gente tem o hábito de prejulgar antes até do julgamento…
Lillian – Eu resisto demais a isso… Mesmo os réus do mensalão. São 38 réus. Gente, se tiver um inocente, ali, foi destruída a vida desse cara. Não sei se tem, mas eu não falo, antes, que ele… O condenado é bandido antes de ser condenado. Agora, eu tô assustada com o que eu tô lendo sobre a Delta. Eu tô assustada…
Jô – Mas, ó, parabéns pela postura de não condenar antes do fato acontecer (…)
A platéia aplaude, entusiasmada com a alegada repulsa da jornalista a julgamentos precipitados… A expressão da jornalista, diante da afirmação do apresentador de que ela não “condena antes”, merece ser vista (abaixo).
Cristiana Lobo “muda” de assunto. Agora é Lula. Diz que por ele estar com José Sarney no hospital paulistano Sírio Libanês, é lá que fica, agora, o “principal escritório político do Brasil”. De novo, a tese do “bumerangue”. Elas diz que quando o ex-presidente “estimulou a CPI, não tinha a Delta, ainda”. E que, agora, eles estão lá “pedindo moderação, sobriedade”.
Detalhe: não se sabe de onde saiu isso, mas foi dito como fato inquestionável.
A partir daí, até o fim do bloco o tribunal de exceção passa a debochar da aparência física dos desafetos políticos do patrão. Nada que valha a pena reproduzir. Só vale registrar que essa besteira durou umas dez vezes mais do que os 119 segundos gastos, até então, para citar Demóstenes Torres sem citar suas vinculações políticas.
Depois dessa chega. O resto do programa perdeu o foco e foi gasto com masturbação ideológica sobre política internacional e suas relações com a que é feita no Brasil e as platitudes de sempre sobre combate a corrupção. Ainda ressuscitaram o mensalão mais algumas vezes, mais algumas ironias sobre o governo e ficou nisso.
O uso político do programa contra PT, governo Dilma e aliados e acobertando a oposição é claro. De acordo com a legislação brasileira, foi um uso ilegal como tantos outros que são feitos diuturnamente sobretudo pela Globo em concessões públicas de rádio e tevê. Constitui-se em uma espécie de demonstração de força: “Usamos mesmo a concessão em nosso favor e vocês não poderão fazer nada”.
Os que se beneficiam disso, hoje, ficam sorrindo de orelha a orelha. Esquecem-se de que muitos dos que já foram favorecidos pela manipulação midiática e pela usurpação de espaços públicos de comunicação por grupos privados, atualmente são alvo dessa manipulação. Desconhecem que só quem ganha sempre com isso são os concessionários de meios eletrônicos.
De qualquer forma, a postagem consegue antecipar o que irá prevalecer na mídia durante a CPMI que terá início na semana que vem. A menos, é claro, que os “ingênuos” Lula, José Dirceu, Dilma, PT e aliados saibam de alguma coisa que as meninas do Jô, o próprio, os patrões deles e os políticos seus amigos não sabem…
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Abaixo, a íntegra do programa dividido em quatro vídeos
Parte 1 de 4
Parte 2 de 4
Parte 3 de 4
Parte 4 de 4

Deputado estadual do Ceará chama Ciro Gomes de desocupado




Roberto Mesquita chama Ciro de "desocupado" e é repreendido por base aliada


O deputado pelo PV reagiu a declarações do ex-governador e disse ainda que Ciro precisa ser internado
O deputado estadual Roberto Mesquita (PV) utilizou seu pronunciamento na sessão de hoje da Assembleia para atacar duramente o ex-governador Ciro Gomes (PSB). Entre as muitas críticas, o parlamentar o classificou de "desocupado" e lembrou que Ciro foi o deputado federal mais faltoso, não apresentando nenhum projeto sequer durante os quatro anos de mandato. 

A postura de Mesquita foi uma reação às últimas declarações do irmão do mais velho do governador Cid Gomes (PSB), que teria dito a blogs que “(a prefeita) Luizianne está bancando o PV na oposição ao governo Cid”.

Durante sua fala, Mesquita chegou a dizer que Ciro foi, por muito tempo, sustentado pelo empresário e atual secretário-chefe da Casa Civil, Arialdo Pinho. Por conta disso é que Ciro não teria permitido a demissão de Arialdo do Governo, envolvido em denúncias de tráfico de influência no caso dos empréstimos consignados. 

“Todas as paredes dos mais remotos cantos do Estado sabem que o secretário (Arialdo Pinho) só não caiu porque o Ciro não permite, porque o Ciro não deixa”, complementou o parlamentar. O deputado disse ainda que se for para impedir que um nome apoiado por Ciro chegue ao comando da Prefeitura de Fortaleza, ele irá apoiar com empenho o candidato da prefeita Luizianne Lins. 

Por último, Mesquita bateu também no governador Cid Gomes: “O seu irmão (Ciro), que é seu grande inspirador, como o senhor tem dito nas suas falas, está precisando de internação para se desintoxicar de tanta ruindade, de tanta presunção, de tanta vontade de achincalhar todos que pensam diferente dele”.

Logo em seguida, parlamentares saíram em bloco na defesa de Ciro Gomes. O deputado Manoel Duca (PRB) afirmou que a personalidade do ex-governador é admirada, apesar de ser, às vezes, "barulhento, pavil curto". "Isso é da natureza da pessoa, da índole, e a pessoa expressa aquilo que ela sente. Ninguém pode negar as virtudes do grande Ciro, um homem com honestidade a toda prova". 

O deputado Zezinho Albuquerque (PSB), político da maior confiança dos Ferreira Gomes, disse que Ciro é uma personalidade "que todo cearense tem orgulho". Acrescentou que ele sobrevive hoje graças às palestras que dá Brasil afora. Já Welington Landim (PSB) afirmou que esse tipo de discussão não leva a nada. "Ciro ainda é a maior esperança para o Estado do Ceará, é o homem que fala mais alto pelos interesses do nosso Estado", ressaltou. 

Roberto Mesquita reagiu às defesas e disse que a "metralhadora usada por Ciro para humilhar e oprimir as pessoas precisa sim ser diminuída". 
da redação do O POVO Online

Só blogosfera noticia ação de José Serra contra Privataria Tucana.



Pag. 57 e 58 do livro "A Privataria Tucana"
Serra não contesta esse e outros conteúdos do livro na ação civil.
O texto no livro é acompanhado de documentos que provam o que está escrito.
O PIG esconde.

Ontem a notícia caiu na blogosfera progressista: "Serra resolveu abrir ação civil de indenização contra o livro A Privataria Tucana".

Além dos blogs progressistas, só os portais de notícias Rede Brasil Atual, R7 e Portal Imprensa noticiaram.

Foi o próprio Serra quem colocou a notícia em pauta, ao mover processo.

Na versão demotucana, Serra estaria sendo injustiçado pelo livro. Logo, isso seria notícia obrigatória nos jornalões e TVs. Daí ser curioso só blogs e portais mais independentes noticiarem.

Folha, Estadão, Veja e Globo tem obrigação de noticiar e cobrir o assunto, afinal é fato jornalístico incontestável.

Mas a ordem nas redações é censura total sobre o assunto, para reduzir danos à candidatura Serra, e o mínimo de pessoas possível tomarem conhecimento do conteúdo do livro.

Vada a bordo, PIG! Noticie o processo.

Escaldado com o falso catão Demóstenes Torres, até eleitor demotucano desconfia de Serra, pela frouxidão com que enfrentou as denúncias do livro "A Privataria Tucana"

O único processo que interessava a Serra era retirar o livro de circulação. Como não tem jeito, Serra não queria saber de processo coisa nenhuma, porque fatalmente vira notícia e atrai atenção para o conteúdo do livro, que os tucanos preferem abafar.

O problema é que, como Serra foge de dar explicações sobre o conteúdo do livro, a candidatura dele subiu no telhado até para o mais reacionário eleitor paulistano, que teme votar em alguém que seja outro Demóstenes Torres. Até eleitores demotucanos exigem: se as denúncias do livro são falsas, cadê o processo contra o autor?

Sob pressão, Serra resolveu processar para dar alguma satisfação ao distinto público.

Mas Serra não teve coragem de mover ação por calúnia, o que permitiria a Amaury recorrer à exceção à verdade, ou seja, provar que o que escreveu é verdade.

Assim Serra moveu um processo chinfrim, civil, apenas pedindo indenização. E a ação não contesta o conteúdo do livro. Apenas reclama do que o livro não diz.

Segundo nota do viomundo, a ação civil reclama do livro não provar que são propinas da privatização para Serra, as movimentações financeiras nas empresas offshore em paraísos fiscais, de sua filha, seu genro, seu "primo" político e ex-sócio Gregório Preciado e do ex-caixa de campanha de Serra, Ricardo Sérgio de Oliveira. Sem contestar que tudo isso é verdade, apenas diz que não são propinas da privatização para ele.

Detalhe da malandragem: o livro sequer afirma que foi Serra quem teria recebido propinas em seu nome, e sim que houve propinas para pessoas ligadas a ele. Logo a ação já tem defeitos de origem, e tem tudo para ser derrotada nos tribunais.

Outra reclamação é de que o livro não provaria que ele teve uma rede para espionar Aécio Neves. Mas o autor, Amaury Ribeiro Jr, garante que quanto a isso tem provas suficientes. De fato o livro mostra um inusitado contrato do governo paulista quando Serra era governador e pré-candidato à presidente, com a empresa de espionagem Fence, do Rio de Janeiro, onde Aécio tem residência e passa a maior parte do tempo livre.

O que percebe-se claramente, é que o objetivo tucano não é ganhar a indenização, é apenas estratégia de marketing político para manter o processo "vivo" até a data das eleições, para Serra desconversar, dizendo que está processando o autor quando alguém perguntar sobre algo do conteúdo do livro.

O que Serra não contesta e que está no livro:

- as empresas offshore em paraísos fiscais de sua filha e de seu genro;
- a sociedade com a irmã de Daniel Dantas;
- o indiciamento na Polícia Federal de sua filha, pela quebra de sigilo bancário de milhões de brasileiros;
- a contratação da empresa de espionagem Fence antes das eleições de 2010, com dinheiro dos cofres públicos paulista;
- os negócios envolvendo o ex-sócio Gregório Preciado, além das transação do ex-caixa de campanha de Serra, Ricardo Sérgio de Oliveira.
E o resto que está no livro, abundantemente documentado. Na ação civil, Serra não contesta praticamente o livro inteiro.
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