domingo, 29 de abril de 2012

Bomba no DF: vice armava para derrubar governador



Bomba no DF: vice armava para derrubar governadorFoto: Edição/247

TRECHO DO RELATÓRIO DA OPERAÇÃO MONTE CARLO APONTA QUE O VICE-GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, TADEU FILIPELLI, DO PMDB, PAGAVA JORNALISTAS PARA TENTAR DERRUBAR O GOVERNADOR AGNELO QUEIROZ, DO PT, E CHEGAR AO COMANDO DO PALÁCIO DO BURITI; MINO PEDROSA, EX-ASSESSOR DE CARLOS CACHOEIRA, RECEBERIA R$ 100 MIL MENSAIS

29 de Abril de 2012 às 22:33
247 – A crise política deflagrada pela Operação Monte Carlo pode ganhar contornos incontroláveis no Distrito Federal. Um dos trechos do inquérito vazado pelo 247 aponta que o vice-governador Tadeu Filipelli, do PMDB, conspirava para derrubar o governador Agnelo Queiroz, do PT. O trecho aparece na página 202, do anexo 7 (leia mais aqui).
Trata-se do resumo de uma conversa entre o espião Idalberto Matias, o Dadá, e o policial Marcelão, que é também dono de uma agência de publicidade no Distrito Federal, a Plá. Nela, ambos comentam que o jornalista Mino Pedrosa, ex-assessor de Carlos Cachoeira, teria um contrato de R$ 100 mil mensais, que seriam pagos por Filipelli. Ambos comentam ainda que outro jornalista, chamado Edson Sombra, seria também remunerado pelo vice-governador. Há ainda uma anotação sobre um apartamento que teria sido dado por Cachoeira a Mino Pedrosa em Brasília. Além disso, Mino teria uma cunhada empregada no gabinete de Demóstenes Torres (sem partido/GO).
Nos últimos meses, o governador Agnelo Queiroz recebeu ataques em série. Denúncias, que antes eram publicadas em blogs de jornalistas do DF, como Edson Sombra e Mino Pedrosa, depois eram amplificadas em veículos de grande circulação nacional, como Veja e Época. Até agora, no entanto, o inquérito tem revelado que o esquema Delta-Cachoeira não conseguiu se infiltrar no governo do Distrito Federal da mesma maneira como dominava o estado de Goiás (sobre isso, leia o post de Ricardo Noblat).
CPI da Arapongagem
Como as ligações entre a Delta e o governo do Distrito Federal são frágeis, a tentativa de impeachment incorporou uma nova estratégia. Agnelo passou a ser acusado de montar uma rede de arapongas para grampear políticos, jornalistas e empresários. Entre eles, o vice-governador Tadeu Filipelli e o jornalista Edson Sombra. Sobre isso, já há até uma CPI instalada no Distrito Federal.
Nesta sexta, Filipelli representou ao Ministério Público Federal, solicitando a apuração de uma possível investigação ilegal, realizada contra ele, alegando a necessidade de defender as instituições. Ocorre que os grampos da Operação Monte Carlo revelam que o Watergate brasiliense pode ter sido montado justamente por aqueles que seriam beneficiados pela queda do governador.
Abaixo, o trecho do relatório da PF que menciona a doação do apartamento de Mino Pedrosa e o pagamento de jornalistas por Filipelli:
RESUMO
KID 9 (KlD NOVE).
FALAM SOBRE SUCESSÃO DO DIRETOR DA PCDF. ENCONTRO DE SANDRO AVELA E ERIC SEBA (FILMAGEM)
APARTAMENTO QUE CARLINHOS DEU PRA MINO PEDROSA.
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TELEFONE NOME DO ALVO
6192800078 Idalberto Matias de Araujo - Monte Carlo
INTERLOCUTORES/COMENTÁRIO
DADA X MARCELÃO PLX
DATNHORA INICIAL DATNHORA FINAL DURAÇÃO
07/02/201213:32:54 07/02/201213:34:32 00:01:38
ALVO INTERLOCUTOR ORIGEM DA LIGAÇÃO TIPO
A
RESUMO
MINO PEDROSA TEM UM CONTRATO COM O FILlPELI R$ 100.000 POR MES. ENTÃO O SOMBRA DEVE ESTAR
SENDO F1NANDIADO PELO FILlPELI.
A CUNHADA DO MINO TRABALHO NO GABINETE DE DEMOSTENES (SENADOR)
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" É inevitável o depoimento de Sérgio Cabral ", declara representante do PMDB na CPI de Cachoeira


Senador pelo PMDB do Espírito Santo, Ricardo Ferraço foi designado membro titular da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Câmara e do Senado encarregada de apurar o envolvimento de políticos com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Em entrevista ao Poder Online, Ferraço diz que a CPI provocará baixas em quase todos os partidos: “Sobra para todo mundo. Todos terão que cortar na carne.”
Tanto que ele classifica como inevitável que o governador peemedebista do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, seja convocado a depor na CPI, assim como os governadores de Goiás, Marconi Perillo, e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz.
Cabral é amigo do dono da Delta Engenharia, acusada de sociedade com o bicheiro Carlinhos Cachoeira e de ter sido privilegiada na obtenção de obras no Rio de Janeiro e em outros Estados.  Nesta semana, o ex-governador do Rio Anthony Garotinho divulgou fotos e vídeos de Cabral em viagem com Cavendish pela Europa.
Para o peemedebista Ricardo Ferraço, não há como a CPI livrar Cabral do depoimento. Afinal, “pau que dá em Chico, dá em Francisco”.
Poder Online – Qual deverá ser o resultado da CPI?
Ricardo Ferraço – É difícil prever o futuro. Posso falar da minha expectativa. Eu espero que possamos apurar todos os fatos levantados pelo Ministério Público e pela Polícia Federal e desfazer a teia criminosa que se montou em torno do senhor Carlos Cachoeira e seus parceiros na política e nos negócios.
Poder Online – Mas haverá pressões dos partidos para defender seus filiados arrolados nas investigações e condenar os integrantes de partidos adversários…
Ricardo Ferraço – Todos nós teremos que zelar para que isto não ocorra. Se ocorrer, transformará a CPI e o Congresso numa praça de guerra. Com o grande risco de virar um imbróglio sem solução, o que se costuma chamar de pizza. Aí será ruim não só para o país, como para a classe política como um todo.
Poder Online – Se a CPI seguir o caminho correto, pode sobrar para todos os partidos, não é mesmo?
Ricardo Ferraço – Essa é a minha primeira impressão. Sobra para todo mundo. Todos os partidos terão que cortar na carne.
Poder Online – Quem deverá ser chamado a depor? Os governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), já estão na lista.
Ricardo Ferraço – Mas não serão só eles. O Luiz Antônio Pagot ( ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT), o próprio Demóstenes. Acho que devemos chamar o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, diretores da Delta Engenharia… Enfim, à medida que a CPI avançar outros nomes deverão aparecer também.
Poder Online – A Delta é um caso complicado. Tem obras em vários Estados.
Ricardo Ferraço – É complicado sim. Ela tem obras em 24 Estados. É mais fácil relacionarmos em quais dos 27 Estados da federação a Delta não tem obras. Mas não dá para dizermos que tudo que ela fez ou está executando é ilícito. Aqui no meu Estado, o Espírito Santo, por exemplo, ela também tem várias obras. Mas foram todas conquistadas sob regime de licitação. Não há obras emergenciais da Delta por aqui. Enfim, o envolvimento da empresa fará com que todos os Estados onde ela atua sejam obrigados a mostrar como ela obteve as obras.
Poder Online – E o Sérgio Cabral, vai ser chamado a depor na CPI?
Ricardo Ferraço – Acho que vai ser inevitável o seu depoimento. Será inclusive uma oportunidade para ele se explicar sobre essas denúncias, de que privilegiou a Delta por ser amigo do Fernando Cavendish, o dono da empresa. Não faria sentido chamarmos outros governadores acusados de envolvimento na teia da CPI, como o Perillo e o Agnelo, e deixarmos o Sérgio Cabral de fora só porque pertence ao PMDB, ou porque governa o Rio de Janeiro.  Pau que dá em Chico, dá em Francisco.  Acho que esse deve ser, aliás, o lema da CPI: Pau que dá em Chico, dá em Francisco.
Poder Online – Mas o senhor deverá ser pressionado por seu partido, o PMDB.
Ricardo Ferraço – Tenho que fazer Justiça ao líder da bancada no Senado, Renan Calheiros (AL). Apesar de eu ser considerado um senador independente, o Renan me indicou como membro da CPI sem fazer qualquer restrição. Ele não pediu nada. Portanto estou com total liberdade e vou agir assim.

Noblat: gravações complicam Perillo e, até agora, isentam Agnelo



Noblat: gravações complicam Perillo e, até agora, isentam AgneloFoto: Divulgação

BLOGUEIRO DE O GLOBO DEFENDE ISENÇÃO DOS VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO NA ANÁLISE DO INQUÉRITO VAZADO PELO 247

29 de Abril de 2012 às 20:29
247 - O jornalista Ricardo Noblat, do Globo, acaba de postar comentário defendendo isencão dos meios de comunicação na interpretação do inquérito vazado pelo 247. Para ele, Marconi Perillo, governador de Goiás, se complicou. Contra Agnelo Queiroz, do Distrito Federal, ainda não surgiram gravações comprometedoras. Leia:
Marconi e Agnelo: O que o escândalo não une a isenção deve separar
A situação ideal para um jornalista preocupado com a própria isenção é aquela onde ele pode bater de um lado e do outro. Apontar malfeitos de um lado e do outro.
No caso do escândalo estrelado por Carlinhos Cachoeira e Demóstones Torres, apareceram os nomes de Marconi Perillo e de Agnelo Queiroz, respectivamente governadores de Goiás e do Distrito Federal - ambos supostamente envolvidos em falcatruas.
Vazou para a imprensa o inquérito da Polícia Federal contra Cachoeira e Demóstenes. As principais conversas grampeadas já foram publicadas.
Marconi complicou-se ainda mais. Ficou estabelecida sua proximidade incômoda com a dupla dinâmica. Agnelo, não. Cadê as gravações que de fato o incriminam? Ou que incriminam auxiliares próximos dele sem que restem dúvidas?
A isenção que une deve também saber separar. Ou não será isenção.

Cumpre-se a profecia de Cavendish: virou leproso



Cumpre-se a profecia de Cavendish: virou leprosoFoto: Folhapress_Divulgação

DEPOIS DA REVELAÇÃO DE RELAÇÕES ENTRE CARLINHOS CACHOEIRA E A CONSTRUTORA DELTA, A EMPRESA PASSA A SER INVESTIGADA EM PRATICAMENTE TODOS OS ESTADOS DO PAÍS; DA PREFEITURA DE SÃO PAULO, DE GILBERTO KASSAB, ATÉ O AMAZONAS, DE OMAR AZIZ; NO MATO GROSSO, DE SILVAL BARBOSA, TAMBÉM TEM AUDITORIA

29 de Abril de 2012 às 19:58
247 – Na única entrevista concedida desde que a construtora Delta surgiu como uma das protagonistas da CPI do Cachoeira, o empresário Fernando Cavendish profetizou: “Vou quebrar. Agora virei leproso, né?”. Não deu outra. Depois de a construtora deixar as obras do estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, outros de seus contratos não devem prosseguir. Pelo menos é o que indica o movimento de vários governos e prefeituras pelo país, que iniciaram auditorias para avaliar cada detalhe de seus acordos com a Delta.
Neste domingo, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, anunciou a determinação que fez, ao primeiro escalão do governo, para a realização de um “acompanhamento rigoroso” dos contratos da Delta com a prefeitura da capital paulista. “A prefeitura está muito atenta e toda atenção será dispensada (aos contratos com a Delta). Sabemos a dimensão que ganhou essa questão e temos toda preocupação em esclarecer isso para as pessoas”, disse Kassab, antes do início da prova de Fórmula Indy realizada em São Paulo. E não foi o único a anunciar medidas como essa.
O jornal O Globo revelou que um contrato de R$ 1,1 bilhão assinado em novembro do ano passado entre a prefeitura de São Paulo e consórcio liderado pela Delta para varrição de lixo se tornou alvo de investigação do Ministério Público. Os promotores apuram as suspeitas de apresentação de documentos falsos pelo consórcio.
O governador do Amazonas, Omar Aziz (PSD), por exemplo, determinou, na última sexta-feira, abertura de comissão especial para fiscalizar quatro contratos com a construtora Delta para locação de veículos para a Polícia Militar do Estado (ele somam R$ 143,8 milhões). Em nota, Aziz disse que a comissão acompanhará o cumprimento das etapas do contrato com a Delta. “Qualquer coisa que esteja errada eu desfaço o contrato”, garante. Dos quatro contratos, vigentes até 2014, dois deles, no valor de R$ 24,2 milhões, foram realizados sem licitação. São 252 veículos alugados pelo governo – 60 deles estão nas ruas desde o ano passado. O custo unitário do aluguel varia entre R$ 8.500 e R$ 14,4 mil.
Outro que quer saber mais detalhes sobre os contratos de seu governo com a Delta é o governador do Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB). A pedido dele, a Auditoria Geral do Estado de Mato Grosso (AGE-MT) abriu procedimento para analisar minuciosamente o contrato firmado entre a Secretaria de Segurança Pública (Sesp) e a construtora. “Eu não quero ter dúvida em nenhum procedimento no Estado”, justificou o governador. Quem quer?

Exclusivo! Cabral, Cavendish e Côrtes curtem em Mônaco, a beleza do mar Mediterrâneo





Antes de prosseguir gostaria de fazer alguns esclarecimentos atendendo aos leitores do blog. Lamento com sinceridade ter que expor as imagens da falecida esposa do dono da Delta em algumas reportagens. Nas centenas de fotos e vídeos e que estão em nosso poder tivemos a preocupação de preservá-la o quanto foi possível. Todavia algumas situações são fatos jornalísticos contundentes e reveladores, cujas ações exibidas e seus personagens comprovam ligações promíscuas e desmascaram versões que vinham sendo sustentadas para proteger um governador de Estado e seus secretários que vêm assaltando os cofres públicos.

Vocês hão de convir comigo que se tivéssemos utilizado recursos de tecnologia para esconder a esposa de Fernando Cavendish, a primeira coisa que diriam era que não passava de montagem e tentariam desacreditar tudo o que mostramos até agora. A mídia jamais reproduziria o material revelado com exclusividade pelo nosso blog.

À família de Jordana Cavendish meus sinceros sentimentos, nunca foi nossa intenção reabrir feridas, sabemos que ela também foi vítima da irresponsabilidade e soberba de Cabral, que podendo fazer um percurso de carro, de no máximo 20 minutos até o luxuoso resort onde seria comemorado o aniversario de Fernando Cavendish, fez questão de usar um helicóptero sem nenhuma necessidade, o que acabou gerando a tragédia que culminou na morte de Jordana, de sua irmã e outras crianças inocentes.

Outro ponto que me chamou a atenção é que Cabral disparou seu sistema de comunicação postando comentários contra mim em vários blogs e jornais que estão reproduzindo nossas matérias. A jogada é tão escancarada e mal feita – diga-se de passagem – que todos esses comentários começam sempre com as mesmas expressões: “é o sujo falando do mal lavado” ou então “é tudo farinha do mesmo saco”. E aí logo em seguida todos os comentários aproveitam para relembrar algum fato negativo que tenha acontecido no meu governo ou de Rosinha.

É o momento oportuno para esclarecer algumas das acusações que a mídia propagou, mentindo e deturpando. O caso Silveirinha, fiscal de renda do Estado que foi flagrado com contas no exterior é sempre citado nos comentários dos internautas a serviço de Cabral. Silveirinha foi pego com mais de RS$ 30 milhões em contas no exterior. Foi um escândalo. A mídia do Rio sempre com má vontade contra mim tentou fazer insinuações de que o dinheiro do fiscal era meu. Pra defender minha honra fui à Assembléia Legislativa e pedi uma CPI para investigar tudo. Numa tarde recebi um telefonema de um amigo de Cabral dizendo que ele estava deprimido, há dois dias sem sair de casa, sem tomar banho, nem fazer a barba. Pediu que eu fosse até a casa de Cabral conversar com ele. Lá encontrei um Cabral abalado que me disse: “Minha vida acabou. Se o Silveirinha abrir a boca vou acabar sendo preso”. Cabral era um velho amigo do fiscal Silveirinha, trabalharam juntos durante anos na TurisRio. Foi ali que desenvolveram laços que foram além da política, tanto assim que Cabral nomeou como sua assessora de total confiança na presidência da ALERJ, a mulher de Silveirinha. Perguntei então a Cabral: ”O que você teme?”. Cabral me disse que estava apavorado com a possibilidade do esquema que ele e o ex-deputado André Luiz montaram junto com Silverinha fosse todo descoberto.

Silveirinha foi condenado, seus milhões de dólares no exterior foram bloqueados; Cabral que era o autor oculto tirou o corpo fora; e para mim sobrou o desgaste de ter mantido esse episódio no anonimato até agora.

Um outro esclarecimento é que descobrimos ao longo da publicação das reportagens sobre o local exato da comemoração do aniversário de Adriana Ancelmo e da marcação do casamento de Fernando Cavendish com Jordana. Na verdade foi no restaurante Luis XV, do Hotel de France, na cidade de Monte Carlo, no Principado de Mônaco, o paraíso dos milionários e aristocratas. Pode ser coincidência, mas a operação da Polícia Federal contra Carlinhos Cachoeira que trouxe à tona o esquema da Delta chamou-se exatamente “Operação Monte Carlo”. Porque será? Foi apenas coincidência?

A identificação exata do restaurante foi possível porque ouvindo o áudio há um momento em que Cabral diz: “Este é o melhor Allain Ducasse do mundo”. Para quem não sabe trata-se do mais renomado chef de cozinha do mundo que comanda o restaurante do Hotel de France, em Mônaco. Não há dúvida eles estavam no Principado de Mônaco gastando o dinheiro do povo.

Outros internautas a serviço de Cabral afirmam: mas você foi condenado. Sim, é verdade, numa sentença comprada por Cabral onde o juiz além de ser irmão do coronel assessor parlamentar da Polícia Militar do Rio de Janeiro, proferiu a sentença quando estava com “perda de jurisdição” (não podia ter dado qualquer sentença), além de outras inúmeras armações feitas no processo para me incriminar. Não há nenhuma prova, absolutamente nada. Tanto assim que estou representando contra o juiz no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), onde estive pessoalmente com a ministra Eliana Calmon.

Outros internautas dizem “você não fez nada pelo Rio”. Talvez manipulados pela mídia as pessoas esqueçam que a minha sucessora, Rosinha, foi eleita no primeiro turno devido há alta aprovação do meu governo. Nenhum governador, nem Sérgio Cabral com o apoio da mídia conseguiu os índices de aprovação que obtive como mostrou o Datafolha.

Compreendo que por ter optado por um caminho de enfrentar banqueiros, a mídia tradicional, verdadeiras máfias que atuam dentro do estado, tomei muita pancada e por isso muitas pessoas têm uma imagem distorcida de mim. Mas apesar do preço alto que venho pagando, prefiro que o tempo e os fatos restabeleçam a verdade, do que ceder aos poderosos e aos interesses contrários ao povo para que a imprensa fale bem de mim. A minha trajetória, os meus atos, o meu patrimônio, falam por si só. Não preciso de proteção, nem de estratagemas, basta que falem a verdade.

Mas voltando ao título desta postagem vejam mais algumas fotos de Cabral, Cavendish e Sérgio Côrtes gastando o nosso dinheiro pelo mundo. Deliciem-se com o cenário paradisíaco do Mediterrâneo ao fundo de Monte Carlo.




Cabral diz hoje em mais uma nota oficial que não sabia do envolvimento da Delta, do seu amigo Fernando Cavendish com a turma do Cachoeira. É a mesma estratégia que Lula usou na época do Mensalão, disse que não sabia de nada do que José Dirceu fazia. Mas há questões mais importantes que Cabral sabe e não responde através de suas notas oficiais.

Quem pagou essas viagens milionárias?

Como ele consegue movimentar tanto dinheiro no exterior?

Será que Cabral tem alguma conta na Europa ou em outra parte do mundo?

Será que essas despesas constam de suas prestações de contas junto à Receita Federal?


Agora tenho o perfeito entendimento porque Cabral lutou tanto para impedir a aprovação do requerimento que fiz na Câmara dos Deputados, e que minha filha Clarissa Garotinho apresentou também na ALERJ, sobre suas viagens ao exterior. Iguais a essas viagens que vocês estão tomando conhecimento através do nosso blog, houve quase cem, a Paris, Nova Iorque, Roma, Londres e outros destinos sempre a passeio e esbanjando como milionário. Que Cabral não tem dinheiro pra isso todo mundo sabe. O que todos querem saber é quem paga as despesas? 

"Virei bandido", diz empresário abordado por engano pela PF no Pará


MARIANA VERSOLATO
DE SÃO PAULO

Um empresário de 40 anos de Santarém (PA) afirma ter sido humilhado por agentes da Polícia Federal ao ser confundido com um vizinho investigado por exploração de máquinas caça-níqueis.

Dono de um restaurante na cidade, Junior Chaves diz ter sido acordado em casa por cerca de 30 policiais federais às 8h de quarta-feira (25). Os agentes tinham um mandado de busca e apreensão. Na casa estavam ainda a mulher e os sogros do empresário.

"Ouvi o interfone tocando de forma até estúpida, achei que fosse alguém brincando, um bêbado. Quando abri a janela vi 30 policiais do lado de fora, enfileirados no muro da minha casa, com armas na mão. Quando perguntei sobre o que se tratava, gritaram: `Polícia Federal, abre a porta, bandido! A casa caiu!'."

Chaves conta que mora em uma avenida movimentada e uma multidão assistia à cena. "Me senti muito humilhado e envergonhado."

Segundo o relato do empresário, após abrir o portão com as mãos na cabeça, os policiais lhe deram uma chave de braço e o empurraram em direção à casa. Pediram então para ele chamar quem mais estivesse ali. Sua mulher apareceu escoltada por um policial e, logo em seguida, viu seus sogros.

"Minha esposa disse que eu não era bandido. Perguntaram então se ela não sabia que era casada com um marginal, com um vagabundo."

Chaves disse que só se deu conta do que estava acontecendo quando os policiais o chamaram pelo nome de seu vizinho. "Quando eu disse que não era ele, perguntaram:'Você quer pagar uma de otário pra gente? Faz um mês que estamos te seguindo. O delegado disse ainda que não importava que eu não fosse, que era para calar a boca ou seria preso por desacato."

O número da casa que estava no mandado era do imóvel de Chaves, mas o nome era de seu vizinho.

Alguns policiais, porém, foram à casa de seu vizinho e confirmaram o engano. O delegado ainda pediu o contrato de aluguel do empresário para conferir as informações e levou o documento.

Divulgação Polícia Civil do Pará
Polícia apreende 65 máquinas "caça-níqueis" em Santarém, no Pará
Polícia apreende 65 máquinas "caça-níqueis" em Santarém, no Pará

Segundo Chaves, um policial cochichou no ouvido do outro e todos "murcharam". "Saíram sem pedir desculpas. Só disseram que esperavam que eu entendesse, porque estavam cumprindo ordens."

O empresário disse que não pretende, por enquanto, acionar a Justiça para pedir indenização.

"Gostaria apenas que se retratassem publicamente. Não consigo dormir, a família toda ficou muito abalada com essa humilhação. Depois a PF disse na imprensa que a operação havia ocorrido dentro da normalidade, mas não podem achar isso normal. Para quem assistiu à cena na rua, virei bandido."

O empresário ficou com uma cópia do mandado de busca. Ele conta que um delegado da Polícia Civil e seu vizinho, que já foi libertado, lhe pediram desculpas. "Eu sou branco e tenho 1,81 metro. Meu vizinho é mais moreno, careca. Não temos nada a ver. Não sei que investigação foi essa que eles fizeram."

A operação Caça e Caçador, de combate ao jogo ilegal na região de Santarém, envolve as polícias Federal e Civil do Pará, e já dura dez meses.
Procurada, a Polícia Federal disse que só poderia comentar as afirmações do empresário nesta segunda-feira (30).

E agora, Globo? Inquérito cita R$ 100 mil por mês para jornalistas derrubarem Agnelo



Num dos telefonemas gravados na Operação Monte Carlo da Polícia Federal, de fevereiro deste ano, o ex-sargento Dadá diz que o jornalista Mino Pedrosa (ex-assessor de Cachoeira) teria um contrato de R$ 100 mil por mês com Filippelli (vice-governador do Distrito Federal e principal cacique do PMDB-DF) :

"Sombra" citado, remete ao jornalista Edson Sombra, que tem um blog de oposição ao governador petista.

quadrilha de Cachoeira também queria trocar Agnelo pelo vice, conforme mostra o "viomundo".

A TV Globo andou investindo nesta linha de derrubar Agnelo.

Há 15 dias atrás, o "Blog da Helena" na Rede Brasil Atual, apontou que o "Jornal Nacional" noticiou de forma inversa aos fatos, e chegou a editar diálogos, transformando-os em monólogos para tirar o contexto da conversa que era favorável à inocência de Agnelo (aqui e aqui).

Agora, com o vazamento do inquérito, merece destaque alguns trechos da conversa de Dadá com Cachoeira, após uma matéria na revista Veja atacando o governador Agnelo:


Após 25 minutos


Leia também:

Noticiário inventa trama para tentar implicar Agnelo

Diálogos no JN desmentem o JN (de novo)

Usando a Veja para chantagem



Autor: 
 
A partir de dica de Celso Madureira, pelo Twitter
É surreal o jogo de sofismas para explicar o envolvimento da Veja com Carlinhos Cachoeira. Pega-se um diálogo aqui ou ali para se tirar conclusões taxativas sobre a lisura das relações com o bicheiro.
Mesmo ainda sem as gravações de Policarpo Jr. – o que apareceram até agora foram relatórios sobre o senador Demóstenes Torres, tem-se todo o quadro de crime organizado: comando central, influência no Judiciário, Legislativo e Executivo e braço midiático.
O que diferencia Carlinhos Cachoeira de tantas outras organizações criminosas foi sua extraordinária influência política. E ela se devia, na maior parte, ao acesso que tinha à revista Veja, à possibilidade de detonar adversários ou recalcitrantes com matérias escandalosas – mesmo, muitas delas, não obedecendo sequer aos critérios de verossimilhança.
Confira aí no Apenso 1, Volume 7, página 6 (ou 110) a conversa do Cláudio, da Delta, com Carlinhos Cachoeira (PJ é Policarpo Jr):
CLÁUDIO: Deixa eu falar, o DADA me posicionou aqui, aquela história, nós não pediu nem nada, mas, deu uma reviravolta na turma lá, tá tudo desesperado né ? O DADA já me falou que você falou pra ele "botou a cabeça, agora deixa!" eles que tem que resolver, não resolvem minhas coisas lá, bicho.

CARLlNHOS:Falei pro DADA, eu liguei pro nosso amigo, falei: "ó solta o bete" (...) é ao contrário, vai bater, aí, depois de arrumar os seus negócios, ele para, entendeu?
CLÁUDIO: É, exatamente (...).
(...)
CLÁUDIO: Arrebentou, hein, o bicho arrebentou, hein.

CARLlNHOS:Foi bom demais, hein.

CLÁUDIO: Mas eu já tinha falado isso pro PJ lá: "PJ, vai nesse caminho", bicho se o PJ for no em cima do cara que eu falei do "alcoforado (?)" , rapaz do céu, vai estourar trem pra cacete.
Há jornalistas experientes que, no afã de mostrar serviço à casa, estão desmoralizando-se, interpretando esses jogos como mera oferta para publicar notinhas inofensivas em colunas de fofocas.
Aí estão provas insofismáveis de crime, de organização criminosa. Cadê a lógica da tal “delação premiada” – tese estapafúrdia desenvolvida pela Veja para justificar esses crimes?
A cada divulgação do inquérito vai se comprovando que o poder de Cachoeira residia no acesso que tinha à revista. E que ela a utilizava recorrentemente para chantagear adversários.