quarta-feira, 2 de maio de 2012

De empresário falido a milionário e laranja de Cabral e Cavendish




Georges Sadala Rihan é amigo íntimo de Fernando Cavendish e Sergio Cabral. Inclusive no casamento de Sadala, segundo a revista Caras, um dos pajens foi Tiago Cabral, filho do governador e de Adriana Ancelmo. Foi Sadala quem levou a Delta para Minas Gerais, sendo o testa-de-ferro de Cavendish em vários negócios.

Há alguns anos atrás, Georges Sadala era um mal sucedido empresário, com empresas inativas e até declarado falido pela justiça.



Mas de repente tirou a sorte grande. Foi no governo de Sérgio Cabral que Sadala teve um crescimento patrimonial vertiginoso, através da constituição de oito empresas no período entre dezembro de 2007 e abril de 2011. De empresário falido devendo na praça, com as bênçãos de Cabral em pouco tempo virou um milionário e companheiro de farras do governador e de Fernando Cavendish pelo mundo afora, fazendo parte da “Gangue dos Guardanapos”.



PROGRAMA RIO POUPA TEMPO – A união do Rei Arthur, Sadala e o Mensalão de Brasília

O Rio Poupa Tempo é uma iniciativa do governo estadual entregue ao CONSÓRCIO AGILIZA RIO, formado pelas empresas GELPAR EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES LTDA, de cuja sociedade faz parte Georges Sadala; Vex Logística em Transportes Ltda (Novo nome do Facility, do Rei Arthur); B2BR e CEI Shopping Centers.



As outras empresas do CONSÓRCIO AGILIZA RIO estão nas mãos de outros amigos de Cabral. A VEX LOGÍSTICA EM TRANSPORTES LTDA, hoje denominada FACILITY TECNOLOGIA LTDA, é uma das empresas de Arthur César de Menezes Soares Filho, o Rei Arthur. As outras empresas do CONSÓRCIO AGILIZA RIO estão nas mãos de outros amigos de Cabral. A VEX LOGÍSTICA EM TRANSPORTES LTDA, hoje denominada FACILITY TECNOLOGIA LTDA, é uma das empresas de Arthur César de Menezes Soares Filho, o Rei Arthur. A Facility Tecnologia (CNPJ 04.704.424/0001-98) fica na Rua Comandante Vergueiro da Cruz 315, Olaria.

Outra empresa participante do CONSÓRCIO AGILIZA RIO é a B2BR, do Grupo TBA Informática, cuja presidente é CRISTINA BONNER. Ela é acusada por Durval Barbosa, pivô das denúncias do Mensalão do DF, de abastecer o esquema de corrupção entre o ex-governador Arruda e deputados distritais com propinas em troca de contratos com o governo.


Para assistir o vídeo clique no link abaixo.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,em-gravacao-inedita-delator-do-mensalao-do-dem-diz-que-autoridades-tem-copias-de-suas-fitas,692830,0.htm

O negócio de Sadala com o amigo Cabral através do Rio Poupa Tempo é bastante lucrativo e já rendeu mais de 57 milhões em menos de quatro anos.



E ainda mais, o quarto termo aditivo assinado em 29/11/11, que reajustou o valor do contrato para mais de R$ 2,3 milhões por mês.



Agora vejam vocês mais uma coincidência incrível. Sadala é vizinho de Cabral, Cavendish e Côrtes no Condomínio Portobelo, em Mangaratiba (um novo paraíso fiscal). Por ironia do destino, todos eles enriqueceram nos últimos 5 anos e 4 meses, tempo em que Cabral está no Palácio Guanabara...



Investigações estão perto de comprovar que Cabral tem um apartamento em Paris em nome de George Sadala, comprado por Fernando Cavendish. E mais grave: as mesmas investigações mostram que o luxuoso apartamento em que Sadala mora na Avenida Vieira Souto, em Ipanema foi comprado por Cavendish e doado a Sadala.

Avenida Vieira Souto, nº 582, Ipanema. O endereço de Fernando Cavendish e também de Georges Sadala
Avenida Vieira Souto, nº 582, Ipanema. O endereço de Fernando Cavendish e também de Georges Sadala


E aguardem porque identificamos mais um integrante da “Gangue dos Guardanapos”. Vem a ser o secretário de Urbanismo do governo Eduardo Paes, Sérgio Dias. 


SENADOR MINEIRO DEVE ESTAR ALIVIADO E PENSANDO QUE PODERIA SER COM ELE. AÉCIO FOI PADRINHO DE CASAMENTO DO INVESTIDOR GEORGES SADALA, QUE APARECE NAS FOTOS EM FESTA COM O GOVERNADOR DO RIO SÉRGIO CABRAL, EM PARIS; “GÊ É UMA DAS POUCAS UNANIMIDADES NACIONAIS”, DISSE NA ÉPOCA AÉCIO. UM DIA ANTES DO CASÓRIO, ELE ESTEVE NA CASA DE FERNANDO CAVENDISH

02 de Maio de 2012 às 12:16
Minas 247 - O senador mineiro Aécio Neves (PSDB) tem motivos para estar aliviado. As fotos que hoje atormentam a vida do seu amigo Sérgio Cabral (PMDB), governador do Rio, bem poderiam ter sido feitas com ele, Aécio. O ex-governador mineiro é amigo de alguns personagens das já famosas fotos de Cabral, seus secretários de estado e amigos em Paris.
Um deles, o investidor do mercado financeiro Georges Sadala, foi apadrinhado por Aécio há pouco mais de quatro anos. O investidor tem a concessão do Poupa Tempo em Minas e no Rio, e é dono também de uma empresa de factory, a Lavoro, que compra dívidas que as empreiteiras têm a receber do governo. Depois, recebe o dinheiro do próprio governo. Nas fotos em Paris, ele é um dos que aparecem com guardanapo na cabeça ao lado dos secretários estaduais de Cabral no Rio.
Sadala se casava com a advogada paraense Ana Paula Campos. Para a revista Caras, o então governador de Minas disse: “Gê é uma das poucas unanimidades que conhe ço”. O padrinho de casamento Aécio entrou na igreja ao lado da ex-mulher Andréa Falcão. Um dia antes, segundo a revista IstoÉ Gente, os dois foram com um grupo de amigos a uma festa na casa de Fernando Cavendish, o dono da hoje polêmica Construtora Delta.
Segundo o deputado federal e ex-governador fluminense Anthony Garotinho (PR), foi Sadala quem teria levado a Delta para Minas Gerais, como testa-de-ferro de Cavendish. Em seu blog, Garotinho - que, não custa lembrar, é rival de Cabral na política do Rio - também diz que o investidor de quem Aécio foi padrinho de casamento era um empresário mal sucedido, com várias empresas canceladas por inatividade ou falência.

Collor dá o tom na CPI



Collor dá o tom na CPIFoto: Jose Cruz/Agencia Senado

EX-PRESIDENTE REENCONTRA NA COMISSÃO PARLAMENTAR UM PALCO PARA VOLTAR BRILHAR; ORATÓRIA APURADA E INCISIVA JÁ DITA OS RUMOS DA COMISSÃO; ELE FOI O PRIMEIRO A PEDIR A CONVOCAÇÃO DE ROBERTO GURGEL E A INSINUAR UMA LIGAÇÃO ESPÚRIA ENTRE A IMPRENSA E A QUADRILHA DE CARLOS CACHOEIRA

02 de Maio de 2012 às 14:20
247 – Na primeira sessão da CPMI do Cachoeira, o parlamentar que mais se destaca é o ex-presidente da República, Fernando Collor de Mello. Ele acaba de insistir para que os parlamentares convoquem o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. “Não há nada na Constituição que impeça”, disse ele. “Ele precisa explicar por que recebeu informações contra o senador Demóstenes Torres em 2009 e não tomou nenhuma providência”. Collor contou com o apoio do deputado Carlos Sampaio (PSDB/SP), que é procurador e também defende a convocação de Gurgel.
Nesta manhã, o presidente da CPI, senador Vital do Rego (PMDB/PB), e o relator, deputado Odair Cunha (PT/MG), convidaram o procurador Gurgel a comparecer espontaneamente – o convite foi recusado e ele só irá se for convocado.
Collor, ex-jornalista, foi também o primeiro a levantar a questão das relações entre a quadrilha de Carlos Cachoeira e a imprensa. “Nunca vi um diretor de uma revista semanal coabitando durante tanto tempo com um criminoso”, disse o ex-presidente da República.

Acuada, Veja ataca a imprensa livre


Acuada, Veja ataca a imprensa livreFoto: Edição/247

NO PRIMEIRO DIA DA CPI, O REPÓRTER GUSTAVO RIBEIRO, O MESMO QUE TENTOU INVADIR UM QUARTO DE HOTEL EM BRASÍLIA, TENTA INVESTIGAR RELAÇÕES COMERCIAIS PRIVADAS ENTRE UM VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO, O 247, E SEUS ANUNCIANTES; TEMOR DA ABRIL, COMANDADA POR FÁBIO BARBOSA, DIZ RESPEITO À CONVOCAÇÃO DE CIVITA E POLICARPO

02 de Maio de 2012 às 14:08
247 – Veículos de comunicação, em todos os países livres, são mantidos por receita publicitária, tanto pública, como privada. É o caso do Brasil 247, primeiro jornal brasileiro desenvolvido para o iPad, e também da revista Veja. No nosso caso, a participação privada na receita total é substancialmente maior do que a oriunda de agentes públicos. Veja, além da receita publicitária tradicional, pública e privada, conta ainda com vendas de assinaturas para governos, em todas as esferas. A Abril, que edita Veja, também comercializa livros didáticos.
Nesta tarde, dia da primeira sessão da CPI instalada para investigar as atividades do bicheiro Carlos Cachoeira, o repórter Gustavo Ribeiro, o mesmo que tentou invadir um quarto de hotel em Brasília, numa reportagem produzida a partir de vídeos entregues pela quadrilha investigada pela CPI, foi escalado para realizar mais um trabalho sujo. Subordinado ao jornalista Policarpo Júnior, Ribeiro tentou constranger anunciantes públicos e privados do 247 a fornecer informações protegidas por sigilo comercial.
Veja está acuada. Teme que tanto o jornalista Policarpo Júnior como o publisher Roberto Civita sejam convocados pela CPI. Trechos do inquérito da Operação Monte Carlo, publicado pelo 247, revelam que diversas matérias publicadas por Veja nos últimos anos foram dirigidas pelo esquema Delta/Cachoeira (leia mais aqui).
Foi o caso, por exemplo, da tentativa de invasão de um quarto do Hotel Naoum, em Brasília, que levou Gustavo Ribeiro à delegacia para se explicar. Foi também o caso da reportagem que Carlos Cachoeira se vangloriava de “colocar no r...” de Luiz Antônio Pagot, ex-diretor do Dnit, que vinha contrariando interesses da Delta.
O que incomoda a revista Veja é o jornalismo independente do 247. Um jornalismo que revelou, por exemplo, que o presidente da Abril, Fábio Barbosa, foi a Brasília fazer lobby contra a convocação de Civita e Policarpo. Na Inglaterra, um país livre, onde partidos e parlamentares não se dobram à influência dos meios de comunicação, Rupert Murdoch foi ouvido por uma CPI sobre os grampos ilegais do jornal News of the World. Ontem, o parlamento inglês avaliou Murdoch como uma figura inabilitada eticamente para conduzir um veículo de comunicação.
Roberto Civita, Fábio Barbosa, Policarpo Júnior e Gustavo Ribeiro não irão nos intimidar.

Escritura de venda de casa traz problemas a Perillo



Escritura de venda de casa traz problemas a PerilloFoto: Edição/247

EXCLUSIVO: 247 PUBLICA A ESCRITURA DE VENDA, PELO GOVERNADOR MARCONI PERILLO, DA CASA EM QUE CARLINHOS CACHOEIRA FOI PRESO; VALORIZAÇÃO É INÉDITA; HÁ CONTRADIÇÕES ENTRE O DOCUMENTO E DECLARAÇÕES DO CHEFE DO EXECUTIVO

02 de Maio de 2012 às 15:18
247 – A obtenção e divulgação com exclusividade por 247 da escritura de venda da casa do governador Marconi Perillo, no condomínio Alphaville Flamboyant, em Goiânia, para a empresa Mestra Administração e Participações Ltda., em abril deste ano, cria um novo problema para o titular do Executivo de Goiás.
Perillo declarou em seu imposto de renda de 2010, divulgado junto ao registro de sua candidatura ao governo, o valor de R$ 400 mil para residência, mas o valor de venda, um ano depois, foi registrado como sendo de R$ 1,4 milhão. Não se tem notícia de igual valorização de imóvel na capital do Estado, o que levanta a suspeita de ter ocorrido, para efeito do recolhimento de impostos, subfaturamento no preço do imóvel. Foi na casa que pertencia a Perillo que ocorreu a prisão do contraventor Carlinhos Cachoeira, em fevereiro. Ele vivia ali com a nova mulher.
Outro problema para Perillo, surgido com a divulgação da escritura, está na contradição entre suas próprias palavras e o que indica o documento. Em entrevista ao jornal O Popular, de Goiânia, em março, o governador afirmou ter vendido a propriedade ao empresário Walter Paulo Santiago, proprietário da Faculdade Padrão. Walter confirmou a compra. Mas a escritura registra a empresa Mestra Administração e Participações Ltda., representada pelo sócio Ecio Antônio Ribeiro, como sendo a compradora. Ou Walter e Marconi mentiram ou Ecio é laranja de Walter.
Além disso, Perillo declarou ter recebido o valor da venda em três cheques – cujas cópias não mostrou ainda –, mas a escritura registra que o pagamento foi “em moeda corrente do país”. Esse pagamento foi feito antes mesmo da assinatura do documento de venda no 1º Tabelionato de Notas e Registro de Imóveis da comarca de Trindade, em Goiás. É igualmente misterioso por que o registro da transferência foi feita nesta cidade e não em Goiânia, cidade onde fica o confortável imóvel de 454 metros quadrados de área construída, com quatro suítes e piscina. Por que?
A Mestra, que comprou a casa, era composta por três sócios: Sejana Martins Guimarães, Fernando Gomes Cardoso e Écio. Sejana saiu da sociedade em 15.07 do ano passado, e Fernando, um pouco depois, dia 1o de dezembro.

Depois das farras na Europa e agora Cabral?





Conforme vocês devem ter tomado conhecimento durante o feriadão através da mídia o nosso blog vem divulgando uma série de fotos e vídeos mostrando as farras milionárias de Cabral e seus secretários com o dono da Delta, Fernando Cavendish. Se vocês ainda não viram as imagens, abaixo desta postagem está a sequência de matérias e revelações. Mas antes reproduzo matéria do Radar online, da Veja, que ontem divulgou um vídeo inédito cedido pelo nosso blog que mostra que além das farras em festas e jantares, a turma de Cabral e Cavendish também foi apostar com o dinheiro do povo no cassino de Monte Carlo.





Reprodução do Radar online, da Veja
Reprodução do Radar online, da Veja


A moral da história da sequência de fotos e vídeos que revelaram para o Brasil as farras de Cabral, Cavendish e sua turma em Paris, Cannes e Mônaco, salta aos olhos, não deixa qualquer dúvida. O governador do Rio, Sérgio Cabral mais quatro secretários, Régis Fichtner (Casa Civil), Wilson Carlos (Governo), Sérgio Côrtes (Saúde) e Julio Lopes (Transportes) em festas e jantares nos lugares mais sofisticados e caros da Europa levando vida de milionários em companhia de Fernando Cavendish, dono da Delta, a empreiteira que tem mais contratos com o governo do Rio, ultrapassam mais de R$ 1,5 bilhão, além de outros empresários amigos que também recebem dinheiro do Estado. A relação promíscua, as bebedeiras, as farras, as mordomias, as compras de artigos de luxo, comprovam uma verdadeira orgia com o dinheiro público.

O nosso blog está prestando um serviço à sociedade e fazendo história. Digo isso, não para me vangloriar ou porque Cabral foi finalmente desmascarado por completo e sua verdadeira face exposta ao público, sem blindagens. Mas porque pela primeira vez na história do jornalismo brasileiro foram reveladas imagens (fotos e vídeos) das festas particulares, das farras opulentas de um governador e seus secretários com empresários que vivem de negociatas corruptas com o dinheiro público.

Muito já se ouviu falar de festas de arromba com a participação de políticos e de viagens internacionais do governador A ou B. O nosso blog mesmo noticiou em primeira mão, várias das viagens de Cabral, que ele tentou manter escondidas. Agora mesmo no caso Cachoeira já se falou muito de vídeos que o contraventor tem guardados mostrando as festas que bancava para políticos e empresários. Mas é a primeira vez que as pessoas vêm com seus próprios olhos. Por isso a repercussão extraordinária. As imagens que mostramos foram como um tapa na cara da hipocrisia daqueles que vinham protegendo Cabral ao longo dos últimos anos. A contundência das cenas que mostramos, o flagrante deboche que ofende as pessoas honestas, fez com que até veículos de comunicação que sempre ignoraram as denúncias do nosso blog se rendessem.

Os desdobramentos das revelações das farras de Cabral

E agora o que vai acontecer? Essa com certeza é uma pergunta que deve estar na cabeça da maioria dos leitores. Pois bem, a nova postura da mídia ao noticiar com destaque as farras de Cabral, sem poupá-lo e o questionando, deixa um recado claro. Se não forem dadas respostas efetivas, se quem tem o dever de investigar e de zelar pelo dinheiro público se omitir será desmoralizado perante a opinião pública. E agora não será apenas o Blog do Garotinho e mais meia dúzia a mostrarem isso à população.

A comissão de sindicância criada por Cabral para investigar os contratos da Delta, presidida pelo secretário Régis Fichtner, um dos que participou das farras com Fernando Cavendish, em Paris está desmoralizada. Não tem nem mais razão de existir. É uma farsa que está desmontada.

Na semana passada, o Procurador do Ministério Público Estadual, Cláudio Lopes mandou arquivar um procedimento relativo às ligações de Cabral com a Delta e seu dono Fernando Cavendish, sob o argumento de que não havia nenhum indício de favorecimento ou improbidade. De acordo com a legislação, o Conselho do MP Estadual tem poder para rever a decisão do Procurador-Geral e mandar abrir um inquérito. O que vai acontecer ninguém sabe, mas a esta altura diante de tudo o que as pessoas tomaram conhecimento, é difícil de acreditar que o MP esteja disposto a se desmoralizar e socorrer Cabral sendo arrastado para o fundo do poço.

E qual será a postura da Assembléia Legislativa? Não se iludam que na ALERJ não sairá CPI nenhuma. Paulo Melo não vai deixar e Cabral tem maioria construída com base em favorecimentos a deputados, que por isso mesmo estão na mão do governador. Mas confesso que estou curioso em saber o que os defensores ardorosos de Cabral na ALERJ, como Cidinha Campos, por exemplo, vão dizer para defendê-lo. Que argumentos a esta altura podem usar para defender Cabral?

Mas com certeza o principal questionamento da sociedade é sobre a CPI do Cachoeira. Cabral vai ou não ser convocado para depor na CPI e se explicar? É uma incógnita, mas há duas situações que é preciso observar. Claro, que Cabral já está movimentando a poderosa tropa de choque do PMDB e seus aliados do PT para o blindarem e impedirem que seja convocado a depor. Essa é uma face da moeda. Mas a outra face coloca um dilema diante do Congresso Nacional. É incontestável, e o nosso blog provou isso, que há muito mais elementos sobre as relações promíscuas de Cabral com Fernando Cavendish, da Delta, do que as suspeitas e indícios que atingem os governadores Marconi Perillo (Goiás) e Agnelo Queiroz (Distrito Federal). Se pouparem Cabral de ir à CPI, não terão argumentos para convocar Marconi Perillo e Agnelo Queiroz. E se fizerem isso acabou a CPI e o Congresso Nacional estará desmoralizado.

Uma coisa é certa eu estarei na CPI e vou mostrar muito mais do que já revelamos através do blog. Está na hora de dar um basta no maior assalto aos cofres públicos da história do Rio de Janeiro. Não adianta Cabral fazer ameaças porque não vou recuar.

Daqui a pouco detalhes sobre Georges Sadala e seu enriquecimento vertiginoso, o homem que dirige o Poupa Tempo, do governo do Estado, mas arranja tempo pra fazer muito dinheiro. Ele é um dos integrantes do “Bando dos Guardanapos”.



Bancos não respondem à Dilma. O PiG (*) está aí pra isso


Não bastasse a primeira, imediata reação da Globo, com o William Traack (segundo o amigo navegante Joaquim) contra a Dilma, em defesa dos bancos privados, nesta quarta-feira a artilharia do PiG (*) veio furiosa.

No Globo, na pág. 4, Merval Pereira acusa a Presidenta de uma espécie de “populismo financeiro”.

Deve inspirar-se na expressão “populismo cambial”, que o Padim Pade Cerra usava (em off, com os colonistas (**) que o tratam de “Serra”) para dinamitar o Plano Real e derrubar o Malan.

Na pág. 20, sem muita imaginação – como sempre – a Urubóloga ataca a Presidenta na mesma tecla: ela, a Dilma precisa ficar atenta (claro, a Urubóloga sabe o que é melhor para a Dilma) à “fronteira entre o popular e o populismo”.

O mais raso deles, na pág 2 da Folha (***), diz que a Presidenta “xingou” os bancos.

E que agora é “matar ou morrer”.

Ou os juros caem ou a Dillma morre politicamente (o sonho de consumo de todos os colonistas (**) supra citados.)

Sobre a expressão “populismo”, recomenda-se a leitura de “O populismo e sua história – debate e critica”, organizado por Jorge Ferreira e editado pela Civilização Brasileira.

Em resumo: os conservadores chamam de “populismo” tudo o que os governantes trabalhistas fazem em benefício do povo.

Por exemplo: chamar os bancos privados na chincha, reestatizar a YPF argentina, ou a Transporte de Eletricidade da Bolívia.

Isso é de um populismo obsceno !

Que horror !

Em tempo: ao lado da Urubóloga, no Globo, lê-se: “Juros: Febraban evita rebater Dilma.” Não precisa, não é mesmo, amigo navegante ? Tem quem faça.


Paulo Henrique Amorim

Anatel penaliza operadoras de telefonia OI e Embratel




Demorou. Mas, enfim, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) mostra ao que veio e penaliza as operadoras de telefonia do país que estão prestando serviço de baixa qualidade. Ela determinou que as concessionárias de telefonia fixa Brasil Telecom e Telemar (as duas do Grupo Oi), adotem medidas para reduzir em no mínimo 67% o total de interrupções na prestação de serviços na Bahia, Pará e Maranhão e em 53% no Ceará, Piauí, Paraná, Minas Gerais e Amazonas.
p>Na segunda-feira (30), ela já havia determinado que até 31 de dezembro, a Embratel não poderá cobrar por chamadas nacionais de longa distância feitas por meio do código 21 nos 1,5 mil orelhões sob responsabilidade da concessionária.
A Anatel constatou que parte significativa da planta de orelhões da Embratel continua fora de condições de uso. Até junho, as ligações interurbanas grátis deverão estar disponíveis em, no mínimo, 70% dos orelhões da companhia. A Embratel também deverá elevar a disponibilidade e a qualidade dos telefones públicos em 80% até 30 de setembro e em 95% até 31 de dezembro, sob pena de restrição à cobrança de outras chamadas, inclusive nos telefones individuais.
A agência reguladora disse que a medida foi proposta pela empresa para atender ao plano da Anatel de melhorar a telefonia de uso público. Segundo a concessionária, a planta de orelhões está sendo totalmente renovada, com previsão de conclusão em dezembro de 2012. Antes, até julho, serão substituídos 75% dos telefones públicos da Embratel.
Já com relação ao Grupo OI, o superintendente de Serviços Públicos da Anatel, Roberto Pinto Martins, justificou, no despacho cautelar, que as medidas foram tomadas diante da constatação da piora da qualidade na prestação do serviço de telefonia fixa em relação à quantidade e à duração das interrupções nos últimos anos.
Ele determinou ainda a regularização imediata da concessão de créditos a todos os usuários atingidos por qualquer interrupção na prestação do serviço. O descumprimento das determinações pode levar a multa de até R$ 20 milhões.
Com Agência Brasil

Preocupado com grampos, PT pediu varredura na sede nacional



Preocupado com grampos, PT pediu varredura na sede nacionalFoto: Sergio Lima/Folhapress

O PEDIDO FOI FEITO EM AGOSTO, JÁ COM O DEPUTADO ESTADUAL RUI FALCÃO (SP) NA PRESIDÊNCIA DA SIGLA, AO ARAPONGA JAIRO MARTINS, LIGADO AO GRUPO DE CARLINHOS CACHOEIRA

02 de Maio de 2012 às 01:33
247 – O PT estava preocupado com grampos em sua sede nacional e engajou o araponga Jairo Martins, ligado ao grupo de Carlinhos Cachoeira, para fazer uma varredura na sigla. É o que apontam as escutas feitas Polícia Federal na Operação Monte Carlo.
Leia na matéria da Folha:
DE BRASÍLIA - Escutas feitas pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo indicam que o PT estava preocupado com grampos em sua sede nacional e solicitou uma varredura ao araponga Jairo Martins, ligado ao grupo de Carlinhos Cachoeira.
O pedido foi feito em agosto, já com o deputado estadual Rui Falcão (SP) na presidência da sigla. Os diálogos não deixam claro se a varredura foi feita.
O contato com Martins, que atua com o sargento reformado Idalberto Araújo, o Dadá, foi feito por um integrante da equipe de segurança do PT chamado Robson, que ainda trabalha para o partido.
Robson pede uma varredura na sede do PT e pergunta o preço. Jairo diz que daria uma resposta em alguns dias.
O PT, em nota, informou que "a segurança ambiental do PT é feita por empresas contratadas no mercado". E que, "caso tenha ocorrido o que constaria nas escutas, fica claro que se trataria de ação defensiva, jamais de espionagem".

Oposição quer ouvir Sérgio Cabral na CPI do Cachoeira



Oposição quer ouvir Sérgio Cabral na CPI do CachoeiraFoto: Divulgação

GOVERNADOR DO RIO DE JANEIRO SERÁ CHAMADO PARA PRESTAR DEPOIMENTO SOBRE SUA RELAÇÃO COM O DONO DA DELTA CONSTRUÇÕES. PMDB E PT PRETENDEM FAZER DE TUDO PARA BLINDÁ-LO, ASSIM COMO TÊM FEITO COM AGNELO QUEIROZ, DO DISTRITO FEDERAL

02 de Maio de 2012 às 02:59
247 - Partidos de oposição decidiram pedir a convocação do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), à CPI do Cachoeira, para explicar as relações com o empresário Fernando Cavendish, dono da Delta Construções. Em contrapartida, PMDB e PT pretendem fazer de tudo para blindar Cabral e Agnelo Queiroz (Distrito Federal).
Leia na matéria de João Domingos , do O Estado de S. Paulo:
BRASÍLIA - Governistas e oposição vão travar nesta quarta sua primeira grande batalha na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira com um novo personagem no epicentro da luta política, até a semana passada restrita a petistas e tucanos, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB). Ele é mais um chefe de Executivo estadual a ter o nome envolvido no esquema de contravenção e o terceiro a entrar na mira da comissão parlamentar.
Na sessão marcada para as 10h30 os integrantes da comissão irão receber os 40 volumes do inquérito que investigou o esquema do contraventor e suas ligações com agentes públicos e privados. PMDB e PT pretendem fazer de tudo para blindar Cabral e Agnelo Queiroz (Distrito Federal) e evitar que sejam convocados a depor na CPI a respeito de supostas ligações com o contraventor Carlinhos Cachoeira e o empresário Fernando Cavendish, que se afastou na semana passada da direção da Delta Construções S.A.
Ao mesmo tempo, o PT defende a convocação do governador de Goiás, o tucano Marconi Perilo, sob o argumento de que os grampos feitos pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo escancararam as ligações dele com Carlinhos Cachoeira. "Não quero fazer prejulgamentos, mas todas as conversas gravadas pela PF e que envolvem o governador Marconi Perillo apontam para uma séria relação dele com o bando do Cachoeira", disse ao Estado o líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP). "É muito diferente do que ocorreu com o governador Agnelo, que é vítima da organização criminosa."
O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), rebateu Tatto. "Nós, do PSDB, já pedimos a convocação do governador Marconi, que concorda em comparecer à CPI para dar explicações. Agora, se o PT e o PMDB querem usar de dois pesos e duas medidas para proteger os seus governadores, nós não vamos aceitar", afirmou. "Se tem três governadores que são suspeitos de ligação com o Cachoeira e com a Delta, que esclareçam tudo à CPI. É isso que defendemos. Não tem de proteger ninguém", disse ainda o senador.
A convocação de Sérgio Cabral será proposta por requerimento do deputado Fernando Francischini (PSDB-PR), que é delegado da Polícia Federal. A sugestão para que ele apresentasse o requerimento de convocação é do deputado tucano Otávio Leite (RJ), que antes pediu a intermediação do presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE). Francischini acusa o governador Agnelo Queiroz de ter montado uma rede de grampos ilegais. Por isso, requereu ao Ministério Público a prisão de Agnelo.
Ao defenderem Cabral dos ataques da oposição, os dirigentes do PMDB afirmam que o governador está sendo vítima de uma briga particular com o ex-governador e deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ). Na semana passada, Garotinho postou em seu blog fotos de Cabral, Cavendish e secretários na Avenida Champs-Elysées, em Paris, durante viagem oficial, e no Restaurante Luis XV, no Hotel de France, em Mônaco, em 2009.
Reação. Aliado do PMDB, com o qual não quer nenhuma confusão, o líder Jilmar Tatto discorda da convocação. "É preciso examinar todos os elementos. Acho que é precipitado convocar o Sérgio Cabral agora", disse Tatto.
O Palácio do Planalto quer manter a CPI sob controle, fazendo com que investigue somente o esquema de Cachoeira e as ligações dele com o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), além da construtora Delta.
O líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) disse que o governo não quer ter nada sob controle: "Existe uma dinâmica no noticiário. É o chamado comportamento de manada. Atribui-se (isso) ao Planalto e ninguém diz com quem falou. Lamentavelmente, são análises em vez da informação", afirmou.
Já o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), voltou a prever que a CPI do Cachoeira será "muito complexa, explosiva, e que vai exigir muita atenção das pessoas ligadas ao mundo da política".
Segundo ele, sua expectativa é de que haja uma "bela investigação", capaz de esclarecer as relações de Carlinhos Cachoeira com o mundo político, com o mundo privado e o setor público. Maia previu ainda que a CPI não vai atrapalhar a pauta da Câmara. Para ele, trata-se de algo independente do trabalho da CPI. / COLABORARAM BEATRIZ BULLA E ISADORA PERON