quarta-feira, 20 de junho de 2012

Folha informa: Alckmin vai tirar estatal que deu a Maluf porque PP não se aliou a Serra


Informativo oficioso da campanha de Serra, Folha informa: Alckmin vai tirar estatal que deu a Maluf porque PP não se aliou a Serra


A decisão já estaria tomada. Segundo a Folha, "o governador Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu tirar das mãos do deputado Paulo Maluf o comando da CDHU, a companhia de habitação do Estado de São Paulo".

Quer dizer então que a CDHU do governo tucano está nas mãos de Maluf não por competência do gestor, mas apenas por um toma-lá-dá-cá político? Mas os tucanos fazem no particular aquilo que condenam no PT em público?...

Na cúpula do governo, a troca está sendo tratada como "inevitável". Há, no entanto, divergências sobre qual o melhor momento para fazê-la.

A maioria dos conselheiros do governador acredita que a mudança só deve acontecer após a eleição municipal, junto a outras substituições no secretariado. Desse modo, Alckmin evitaria que o ato fosse lido como uma retaliação.

Seria esta então a satisfação que Alckmin daria a Serra, que teriaficado furioso com ele que não teria se esgorçado o suficiente para que Maluf e o PP fechassem com a candidatura do tucano à prefeitura de São Paulo?
http://blogdomello.blogspot.com.br/2012/06/informativo-oficioso-da-campanha-de.html

A coerência de Erundina



   
30/06/2004 - 20h06

Por Carmen Munari
SÃO PAULO (Reuters) - 
PMDB e PSB formalizaram nesta quarta-feira uma coligação para disputar a prefeitura de São Paulo com a desistência de Michel Temer, que ocupará o posto de vice na chapa da socialista Luiza Erundina. 
Apesar de pertencerem a partidos da base governista, os dois políticos prevêem críticas ao Executivo federal na campanha."É um gesto inovador, revolucionário e ousado do PMDB", disse a ex-prefeita, durante entrevista coletiva para anunciar a nova chapa. 
Erundina reiterou sua autocrítica de considerar um "equívoco" ter governado São Paulo entre 1989 e 1992 com um partido só, então o PT.
Temer admitiu que os resultados das últimas pesquisas de opinião influenciaram na formação da chapa, mas que, além disso, a decisão se deveu a um "consenso partidário". O acordo foi costurado por Orestes Quércia, presidente estadual do PMDB.

Esquema de Cachoeira sabia da Operação Monte Carlo, afirma juiz


De O Estado de S. paulo

Paulo Lima disse que grupo foi informado da operação um mês antes e que é vítima de ameaças de morte
Felipe Recondo
BRASÍLIA - O juiz substituto da 11.ª Vara da Justiça Federal em Goiânia, Paulo Augusto Moreira Lima, disse em depoimento ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que a quadrilha do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, sabia das investigações da Polícia Federal um mês antes de a Operação Monte Carlo ser deflagrada, em 29 de fevereiro deste ano.
O magistrado, que se afastou do caso alegando ser vítima de ameaças de morte, revelou em depoimento à Corregedoria do conselho que, após o vazamento dos dados sigilosos, a organização, com influência nos três Poderes, planejava neutralizar a ação dos órgãos encarregados das apurações e da Justiça.
Moreira Lima contou que os criminosos tiveram notícia de qual juiz estava encarregado do caso, do nome da operação e da lista de investigados, bem como de que haveria pedidos de busca e prisão sendo analisados. Eles também foram informados de detalhes da rotina do juiz e de que ele estava trabalhando quase que exclusivamente na elaboração das decisões contra a quadrilha de Cachoeira.
Num diálogo, citado pelo magistrado no depoimento, Olímpio Queiroga, apontado como número dois da máfia dos caça-níqueis, fala com Cachoeira sobre as investigações e sugere uma retaliação: "Muita gente do nosso negócio tá. Nós temos que tomar alguma providência", alerta. "Temos que fazer a nossa parte, entendeu? Ir pra cima (de) todo mundo", acrescenta.
O CNJ foi chamado a interceder na Justiça Federal em Goiás em razão das suspeitas de que o telefone do juiz titular da 11.ª Vara, Leão Aparecido Alves, foi grampeado por ordem de Moreira Lima, que comandava, como substituto, o processo da Operação Monte Carlo.
Leão tem relações com a família de Queiroga e, ontem, se declarou suspeito para julgar o caso. Ele chegou a representar contra o colega na Corregedoria-Geral do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região (TRF-1). No dia seguinte, o então corregedor Cândido Ribeiro foi a Goiânia para ouvir Moreira Lima.
Pressão. Na conversa reservada com a corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, Moreira Lima disse que seu trabalho estava sendo desqualificado, especialmente em razão da contestação da legalidade das escutas telefônicas. Além disso, relatou que se sentia pressionado por colegas e que temia por sua segurança.
Eliana Calmon designou um de seus assessores para mediar um entendimento entre os magistrados em Goiás. Na conversa, conforme relatado ao Estado, Moreira Lima afirmou que a Polícia Federal e o Ministério Público eram responsáveis pelas investigações.
Ao final das discussões, ficou claro que o telefone do juiz Leão Alves estava no rol das escutas porque sua mulher, Maria do Carmo Alves, teria conversado com pessoas que estavam sob investigação.
Oficialmente, o CNJ registrou as declarações de Moreira Lima. A íntegra, à qual o Estadoteve acesso, mostra que a participação de suspeitos de homicídio no grupo de Carlinhos Cachoeira o preocupava.
Investigação. Dentre os 82 investigados há 40 policiais. Segundo Moreira Lima, Queiroga é alvo de ao menos dez inquéritos por suposta participação em diversos crimes, tem quatro armas em seu nome e é acusado de homicídio.
No depoimento, ele disse ainda que o réu é citado na CPI do Narcotráfico por participação, no Espírito Santo, em atividades da Escuderia Le Coq, associação de policiais criada no rio na década de 1960 e que ganhou, no passado, o estigma de "esquadrão da morte"

Os idealistas trabalham de graça



De Crônicas do Motta

Quando eu tinha meus 20 anos e era chefe de reportagem do "Jornal de Jundiaí", certa vez fiquei pelo menos umas três horas trancado na sala do dono da empresa, tentando arrancar dele um aumento para alguns companheiros de redação, ainda mais novos que eu.
Naquele tempo ainda acreditava que o jornalismo era mais que um simples trabalho, era um ofício com poder transformador - como muitos, sinceramente achava que as palavras tinham força.
Não me lembro bem do fim da nossa conversa, acho que não consegui nada para os meus colegas, mas me recordo exatamente de uma frase dita pelo tal patrão, com certeza o pior de todos que já conheci. A frase, porém, tal o seu grau de cinismo, era muito boa:
- Adoro os idealistas, pois eles trabalham por pouco, não preciso pagar quase nada para eles.
E assim passei grande parte de minha vida vendo os idealistas morrerem paupérrimos por seus ideais e os maus patrões ficarem cada vez mais ricos.
Ou então assistindo os idealistas entrarem em batalhas de mãos limpas, desarmados, cheios de boas intenções, os corações puros e as mentes em êxtase - e serem trucidados com a facilidade com que a gente esmaga os insetos.
Lula foi um idealista. Como idealista perdeu a eleição em 1982 para o governo do Estado, concorreu à presidência e foi derrotado em 1989, perdeu novamente em 1994 e mais uma vez em 1998.
Lula perdeu todas as eleições majoritárias que disputou enquanto foi um idealista e subia nos palanques tendo como companhia apenas a sua fúria de idealista.
E enquanto vociferava slogans revolucionários de idealista o país afundava.
Um belo dia, Lula resolveu que se quisesse ser um vencedor não bastava ser um idealista.
Entendeu que sozinho o PT não iria nunca ser vitorioso, que precisava fazer alianças com gente de fora para ter alguma chance eleitoral.
Compreendeu que só os idiotas ou suicidas entram numa guerra desarmados.
A partir daí, a história do Brasil mudou, queiram ou não seus inimigos de variados matizes ideológicos.
A sua foto com Maluf, celebrando o apoio do PP à candidatura de Fernando Haddad, sei bem, chocou os idealistas. Não vou perder tempo tentando convencê-los de nada: cada um pensa o que quiser, julga os outros como bem entender, vota em quem achar que merece o seu voto, ou simplesmente o anula.
Como já estou numa idade que me impede de buscar o ouro no fim do arco-íris ou de me aprofundar em discussões sobre o sexo dos anjos, achei que a foto de Lula com Maluf é apenas parte de um jogo muito difícil de ser jogado e entendido por quem não é do ramo, mas que se resume no seguinte: é melhor ganhar um aliado que um inimigo, é melhor somar que dividir, é melhor ter mais tempo de propaganda que o adversário, é melhor se mostrar flexível que intransigente, é melhor ser inteligente que estúpido.
Penso assim: cada idealista com o seu ideal.
O meu, nesta eleição municipal, é o mais singelo do mundo: derrotar José Serra. Se for sem Maluf, melhor, se tiver de ser com ele, tudo bem; se for com Erundina, ótimo, se ela quiser pular do barco e levar junto o seu idealismo, problema dela, que vá ser feliz em outra freguesia.

Caso Cachoeira a caminho da impunidade praticada por este judiciário que temos


Após desistências, caso Cachoeira tem novo juiz

Após desistências, caso Cachoeira tem novo juiz Foto: Sérgio Lima/Folhapress

ALDERICO ROCHA SANTOS ASSUME O PROCESSO DECORRENTE DA OPERAÇÃO MONTE CARLO APÓS AFASTAMENTO DE COLEGA QUE DENUNCIOU AMEAÇAS DE MORTE E NEGATIVA DE OUTRO JUIZ DE GOIÂNIA, QUE ALEGOU RAZÃO DE "FORO ÍNTIMO", JÁ QUE É PRÓXIMO A UM DOS ACUSADOS DE PARTICIPAR DA QUADRILHA DO BICHEIRO

19 de Junho de 2012 às 23:21
247 - O juiz federal Alderico Rocha Santos se tornou, na noite desta terça-feira 19, o terceiro magistrado a cuidar do processo decorrente das investigações da Operação Monte Carlo, que revelou os esquemas do bicheiro Carlinhos Cachoeira, preso em fevereiro. A designação foi feita pelo presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF 1), desembargador Mário César Ribeiro, após o juiz Paulo Augusto Moreira Lima, que determinou a prisão de Cachoeira, pedir para deixar o processo (sob denúncia de ameaças), e o juiz Leão Aparecido Alves não assumir por razões de "foro íntimo" (ele mantém relação próxima com José Olímpio Queiroga Neto, um dos denunciados).
De acordo com nota divulgada pela assessoria do TRF 1, Alderico Rocha Santos deverá também acumular as funções da 5ª Vara. O processo sobre Cachoeira pertence à 11ª Vara. O processo é baseado em denúncia do Ministério Público contra 80 pessoas acusadas de participar do grupo. Os crimes de formação de quadrilha, corrupção, violação de sigilo funcional e advocacia administrativa são mencionados no processo. O novo juiz terá que ler os 53 volumes do processo antes de tomar qualquer decisão.
Confira a nota do TRF 1:
O presidente do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, desembargador federal Mário César Ribeiro, atendendo à solicitação do corregedor regional da Justiça Federal de 1.º Grau da Primeira Região, Carlos Olavo, designou o juiz federal Alderico Rocha Santos, titular da 5.ª Vara Federal da Seção Judiciária de Goiás, para, “sem prejuízo de suas funções na vara de origem, processar e julgar a Ação Penal n. 9272-09.2012.4.01.3500, em curso na 11.ª Vara daquela Seccional”, tendo em vista ter afirmado suspeição, por motivo de foro íntimo, o juiz federal Leão Aparecido Alves, titular da 11.ª Vara.
Assessoria de Comunicação Social
Tribunal Regional Federal da Primeira Região