quinta-feira, 21 de junho de 2012

Aécio encontra seu Maluf



Aécio encontra seu MalufFoto: Edição/247

MUDANÇA EM CONTAGEM, TERCEIRO MAIOR COLÉGIO ELEITORAL MINEIRO: O POLÊMICO EX-GOVERNADOR NEWTON CARDOSO (PMDB) ABANDONA A CANDIDATURA DO PC DO B E FECHA COM OS TUCANOS; ACORDO FOI FECHADO COM DANILO DE CASTRO, ARTICULADOR POLÍTICO DE AÉCIO EM MINAS; PRECAVIDAS, AS PARTES NÃO REPETIRAM O ERRO DE LULA COM MALUF E EVITARAM POSAR PARA A POSTERIDADE

21 de Junho de 2012 às 21:10
Minas 247 - Uma mudança que altera o quadro das eleições deste ano em Contagem e, de quebra, em toda Minas Gerais. O polêmico ex-governador de Minas Newton Cardoso está muito próximo de fechar apoio ao candidato do PSDB na cidade. A aliança, se confirmada, é surpreendente, já que Newton caminhava para fechar apoio ao PCdoB. Além disso, o ex-governador mineiro é inimigo político - ou era - do atual senador Aécio Neves, maior liderança dos tucanos em Minas Gerais. Precavidas, porém, as duas partes evitam repetir o erro cometido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao fechar o apoio do igualmente polêmico Paulo Maluf em São Paulo: nada de fotografias.
O acordo ainda não foi fechado oficialmente, pois ainda depende de entendimentos maiores entre as cúpulas dos dois partidos em Contagem e, sobretudo, em Minas Gerais.
Mas o 247 apurou que as conversas entre as partes ganharam intensidade nos últimos dias e praticamente chegaram a um denominador comum. Newton, que até há poucos dias estava muito próximo a fechar apoio ao candidato do PCdoB, o deputado estadual Carlin Moura - indicaria o seu filho, o empresário Newton Júnior, como vice -, acertou estar ao lado do ex-inimigo político local Ademir Lucas (PSDB).
O acerto entre as partes ocorreu no último fim de semana. O atual secretário de governo na gestão Antonio Anastasia (PSDB) e braço-direito do senador Aécio Neves, Danilo de Castro, fez as partes dos tucanos na conversa. O próprio Newton falou pelos peemedebistas. Os dois foram vistos juntos na casa do ex-governador mineiro, que também já foi prefeito de Contagem, terceiro maior colégio eleitoral do estado (disputa em quase igualdade a segunda posição com Uberlândia, no Triângulo Mineiro), com quase 500 mil eleitores.
Perguntado pelo 247 sobre o assunto, o deputado estadual Carlin Moura confirmou a perda do seu quase aliado nas eleições. “A única coisa que sei é que o Newton me informou, de repente, que não daria para conversar mais sobre o apoio porque a tendência seria pelo apoio ao PSDB”, diz o deputado, que figura em segundo lugar nas últimas pesquisas eleitorais - em primeiro está o próprio Ademir Lucas.
O apoio de Newton Cardoso divide opiniões. Ele é interessante aos políticos locais devido ao peso do PMDB e também pela questão financeira na campanha - o ex-governador e atual deputado federal é muito rico. Além do mais, o apoio peemedebista renderia preciosos minutos na propaganda eleitoral da TV - não se sabe ainda, contudo, se Contagem terá o horário gratuito próprio ou apenas repetirá o de Belo Horizonte.
Por outro lado, a figura de Newton desperta muita rejeição no eleitorado. Em 2002, ele tentou voltar ao Palácio da Liberdade, mas não chegou sequer ao segundo turno - foi derrotado, inclusive, pelo próprio Aécio Neves, a quem desferiu pesados ataques naquela campanha. Quatro anos depois, tentou o Senado, mas foi igualmente derrotado, desta vez por Eliseu Rezende. O deputado peemedebista também sofre com frequentes denúncias de corrupção. Segundo levantamento feito em 2009 pelo O Globo, seu patrimônio inclui mais de 100 fazendas, aviões, imóveis, contas em paraísos fiscais e até um hotel em Paris.

Acusado de vazar informações a Cachoeira, juiz se defende



Acusado de vazar informações a Cachoeira, juiz se defendeFoto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

SEGUNDO LEÃO APARECIDO ALVES, A MAIOR PROVA DE QUE NÃO HOUVE VAZAMENTO DE INFORMAÇÕES É QUE CACHOEIRA E OS OUTROS RÉUS DA OPERAÇÃO MONTE CARLO PRESOS NO DIA 29 DE FEVEREIRO NÃO FUGIRAM

21 de Junho de 2012 às 18:43
Agência Brasil - O juiz Leão Aparecido Alves divulgou hoje (21) nota em que se defende das acusações de vazar informações da Operação Monte Carlo, que apurou suposto esquema de corrupção e exploração de jogos de azar liderado por Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Como titular da 11ª Vara Federal em Goiás, Leão deveria assumir o caso com a saída do colega Paulo Moreira Lima, ameaçado pelo crime organizado, mas se declarou impedido porque é próximo de Cachoeira e de José Olímpio Queiroga Neto, um dos principais auxiliares do empresário.
Segundo Leão, a maior prova de que não houve vazamento de informações é que Cachoeira, Queiroga e os outros réus presos no dia 29 de fevereiro não fugiram.
Interceptações da Polícia Federal datadas de 7 de fevereiro identificaram uma conversa de Cachoeira que faz suposta referência ao magistrado: "Dia 14 o Leão assume a Vara e ela ficou de avisar se vai ter prisão ou não".
O juiz afirma que, caso os acusados tivessem sido alertados sobre a decretação das prisões, que ocorreu em 14 de fevereiro, teriam tempo suficiente para se esconderem, já que as prisões ocorreram apenas 15 dias depois.
Sobre a referência a seu nome na ligação telefônica, o magistrado diz que não pode se responsabilizar pelo que terceiros atribuem a ele e à mulher. "Lamentavelmente, nos dias de hoje, algumas pessoas se satisfazem apenas com especulações".
O juiz argumenta, ainda, que as informações obtidas pelos acusados na Operação Monte Carlo não partiram de integrantes da Justiça Federal porque a fonte não sabia das interceptações e nem que as linhas habilitadas nos Estados Unidos podiam ser monitoradas, o que já era conhecido pelos servidores da 11ª Vara.
O juiz explica as ligações entre linhas telefônicas de sua família e a de Cachoeira pela proximidade dos filhos, que estudam juntos há anos. "Melhor seria se tivesse havido a interceptação telefônica, porque nesse caso a exibição das conversas seria o suficiente para expor a verdade".
Quanto às ligações telefônicas frequentes entre sua família e a de Queiroga Neto, ele informa que a irmã do réu é madrinha de seu filho.
Leão Alves diz que recebeu apoio da corregedora nacional Eliana Calmon e do ex-corregedor do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) desembargador federal Cândido Ribeiro.
"Tenho a convicção de que a investigação inocentará as pessoas atualmente colocadas [sob suspeição] apenas com base no que terceiros disseram em conversa telefônica, na condição de suspeitos", garantiu.

Cidinha mostra em blog 'verdadeiro' Garotinho



Cidinha mostra em blog 'verdadeiro' GarotinhoFoto: Edição/247

NO DIA DO ANIVERSÁRIO DE MORTE DO LÍDER PEDETISTA LEONEL BRIZOLA, A DEPUTADA ESTADUAL CIDINHA CAMPOS POSTA VÍDEO COM REVELAÇÕES CONTUNDENTES SOBRE O DEPUTADO FEDERAL PELO PR; É O SEGUNDO EM CINCO DIAS, POSTADO APÓS INÍCIO DA TROCA DE FARPAS DIGITAIS, INCIADA PELO EX-GOVERNADOR EM SEU BLOG; ASSISTA

21 de Junho de 2012 às 20:02
Stephania Mello_247 - Em novo duelo, os deputados fluminenses Anthony Garotinho (PR) e Cidinha Campos (PDT) trocam acusações em seus blogs na web. Nesta quinta (21), dia do aniversário de morte do líder pedetista Leonel Brizola, a deputada estadual postou em seu recém-criado blog o segundo vídeo em que faz revelações contundentes sobre o passado do ex-governador do Rio. Até o final da tarde desta quinta (21), segundo advogado e assessor de Cidinha Campos, ela não teve conhecimento de qualquer ação de Garotinho contra o blog ou os vídeos postados pelo YouTube. Assista acessando os links abaixo.
Os duelos de acusações entre os dois, apimentadas pela troca de farpas com a filha de Garotinho, Clarissa, na Assembléia Legislativa do Rio, começaram com mais força no último dia 10 de junho. O deputado do Partido da República acusou Cidinha Campos e ter comprado uma nova "mansão" e aumentado, com "mágica" seu patrimônio, por meio do seu blog. Em resposta, Cidinha iniciou um blog na web em 15 de junho onde faz revelações contundentes sobre a vida do adversário.
Cidinha deixa claro que não para por aí e vai ampliar as revelações nos próximos dias. Anuncia que após a primeira e segunda parte do "livro" que começou a relatar, há uma terceira que ainda não foi publicada na Internet. 
No primeiro vídeo postado, que tem título "A verdadeira história de Anthony Garotinho", conta passagens da infância e adolescência do deputado. Abre seu blog avisando que possíveis incautos que a acusam foram "induzidos", "comprados" ou "iludidos" pelo deputado federal. Disse que "ele mata as pessoas pela língua" e que tem história de "doença" desde a infância. "É um menino mimado que se sente um Napoleão (Bonaparte)", ataca Cidinha. Fala ainda sobre a adolescência do campista. Diz que "era um vândalo" e conta que ele foi preso num posto de gasolina de Campos dos Goytacazes, após ser acusado de roubar gasolina; ele foi tirado da cadeia pelo advogado Paulo Sá, amigo que depois virou adversário do ex-governador fluminense.
Na mesma linha fala em "traição" e recupera a memória de Leonel Brizola na última campanha presidencial. Afirma que o fundador do PDT e também ex-governador do Rio o elegeu, mas foi traído por Garotinho. Cita episódio em que renega o jingle "Lálálálá Brizola" e o então candidato pedetista. Garotinho era candidato ao governo estadual, bancado politicamente por Brizola, e que venceu as eleições ao governo do Estado. 
Em tom firme, acusa Garotinho de ter matado Brizola, usando sentido figurado, e o chama de mentiroso. "Ele inventa por que? Porque ele é doente", diz a deputada com veemência, nos últimos minutos da primeira gravação. Ironicamente, no Blog do Garotinho, o deputado fez uma singela homenagem ao líder, em tom de "para sempre amigos", sob o título emocional "Oito anos sem Leonel Brizola".
E ainda acusa o peerrista de receber dinheiro para a campanha de sua mulher, Rosinha Garotinho ao governo estadual das mãos de Valdomiro Diniz. Este teria pedido a Carlinhos Cachoeira R$ 500 mil, o mesmo bicheiro que hoje dá nome à CPI no Congresso Nacional. 
Na metade dos cerca de 50 minutos de vídeo, a deputada pedetista retruca a acusação do blog, mostrando a escritura da casa que "trocou". Segundo Cidinha, ela vendeu uma casa que tinha na Avenida das Américas, de 1.200 metros, por outra na Rua Jorge Dodsworth, em condomínio fechado, que tem 370 metros quadrados - Garotinho afirma que o novo imóvel tem 1.600 metros quadrados.
"Tudo o que tenho de patrimônio eu comprei antes de ser deputada", afirma.
E ela vai além na segunda gravação. Em "O Cinderelo no Palácio Guanabara", conta episódios de quando Anthony Garotinho era governador do Rio de Janeiro, casado com a então prefeita da capital Rosinha Garotinho.  Reafirma tudo o que disse anteriormente e acrescenta a ligação do pai da também deputada Clarissa Garotinho, com o doleiro Fadel Bergman Viana, encontrado morto em 2003 no Leme, bairro da zona sul carioca.
O tiro de maior calibre guardou para a terceira parte, que deve vir à tona na semana em que os candidatos aos cargos municipais das eleições de 07 de outubro devem ser escolhidos por seus partidos políticos e registrados no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O prazo final é 30 de junho e a convenção que deve unir os clãs Garotinho e Maia acontece no próximo dia 25 de junho, segunda-feira, ás 13 horas. Clarissa Garotinho, filha do ex-governador, e de Rodrigo Maia, filho do ex-prefeito do Rio César Maia, deve ter as candidaturas ratificadas aos cargos majoritários - prefeito e vice-prefeita. Vão se unir em aliança contra a reeleição de Eduardo Paes. 
Assista:
A verdadeira história de Anthony Garotinho (parte I)


 O Cinderelo da Guanabara

Sem saída, Cachoeira está pronto para falar



Sem saída, Cachoeira está pronto para falarFoto: Edição/247

CONTRAVENTOR CONTINUA PRESO E, QUANTO MAIS O TEMPO PASSA, MAIS ELE VAI SE DISPONDO A FALAR; QUER INCLUSIVE VOLTAR À CPMI; SEGUNDO PESSOAS PRÓXIMAS, SE ELE NÃO SAIR DA CADEIA NAS PRÓXIMAS SEMANAS, ‘O BICHO VAI PEGAR’

21 de Junho de 2012 às 21:36
Vassil Oliveira_Goiás 247 – Preso, vivendo a agonia de quem vai ser solto a qualquer momento mas não vê este momento chegar nunca, Carlinhos Cachoeira está com vontade de falar. Está a um passo de falar, falar muito. E se isso acontecer enquanto está preso, pode falar sem calibrar a mira.
A informação corre entre amigos do contraventor. Estão deixando Cachoeira acuado e ele, se assim continuar por mais algumas semanas – duas, na avaliação das fontes –, ficará incontrolável. Ameaça para que o tirem logo da cadeia? Não, aviso, garantem.
Cachoeira teria até combinado com um veículo de circulação nacional uma entrevista exclusiva. Depois, recuou. Até quando? Não se sabe. Ele também tem considerado voltar à CPMI, em Brasília, para dar as respostas que adiou. É só lembrar que, em vários momentos quando de seu depoimento, ele insinuou vontade de falar, só não seria naquela hora.
Mas o que ele teria a dizer? Ninguém sabe ao certo, porém cada um conta um ponto, mostrando um novelo de relações que junta PT, PSDB, PMDB, empreiteiras diversas e, principalmente, a Delta. A Delta seria um barril de pólvora capaz de incendiar o País.
Nesta quinta, 21, a 2ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios entendeu que o contraventor Carlinhos Cachoeira deve permanecer preso. A negação do pedido referente ao processo da Operação Saint-Michel foi decisão unânime, como informou o 247 (leia aqui).
Se Cachoeira falar, será uma mudança na estratégia de seu advogado, Márcio Thomaz Bastos. Mas não será algo inédito para Bastos. Como advogado da milionária Tânia Bulhões, ele conseguiu evitar que sua cliente fosse presa ao propor a ela o benefício da delação premiada. Tânia atribuiu toda a culpa pelo esquema de sonegação em suas lojas de luxo ao contador e, desta maneira, foi condenada apenas a prestar serviços comunitários (leia mais aqui).
A diferença agora é que a estratégia pode ser colocada em prática à sua revelia, porque a vontade de falar é de Cachoeira.

Ainda tem juíz em Berlim


Gilson Dipp suspende liminar que poderia liberar Cachoeira

Gilson Dipp suspende liminar que poderia liberar CachoeiraFoto: Nelson Jr/TSE

DETERMINAÇÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) ANULA DECISÃO DO DESEMBARGADOR TOURINHO NETO EM FAVOR DO BICHEIRO CARLINHOS CACHOEIRA

21 de Junho de 2012 às 20:40
Agência Brasil - O ministro Gilson Dipp, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), suspendeu hoje (21) a liminar que poderia soltar o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. O ministro atendeu a uma reclamação do Ministério Público Federal (MPF) contra a conduta do desembargador Fernando Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que concedeu a liberdade a Cachoeira na última sexta-feira (15).
A assessoria de imprensa do STJ confirma a decisão, dada no final desta tarde, mas ainda não divulgou os argumentos do ministro. Dipp foi relator no STJ na primeira tentativa de soltar Cachoeira. Na época, ele entendeu que o empresário não poderia ser solto porque oferecia risco à ordem pública.
Cachoeira está detido desde 29 de fevereiro como resultado da Operação Monte Carlo, que apurou esquema de corrupção, tráfico de influência e exploração ilegal de jogos no Centro-Oeste do país. Apesar de ter conseguido liberdade neste caso, Cachoeira não pôde ser solto do Presídio da Papuda, em Brasília, porque há outro mandado de prisão contra ele.
Cachoeira também é suspeito de participar de um esquema de fraude na área de transporte público do Distrito Federal, que foi apurado pela Operação Saint-Michel. A investigação foi conduzida pela Polícia Civil do Distrito Federal e pelo Ministério Público local com informações que vieram da Operação Monte Carlo.
Outra derrota 
É o segundo grande golpe que a defesa do contraventor recebe num mesmo dia, já que a 2ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios decidiu, também nesta quinta-feira 21, que Cachoeira deve permanecer preso. Com o resultado, os advogados de Cachoeira afirmaram que vão recorrer ao Supremo Tribunal Federal, por considerarem injusta a decisão.

Justiça de Brasília mantém prisão de Cachoeira


Justiça de Brasília mantém prisão de Cachoeira

Foto: Lula Marques/Folhapress

POR UNANIMIDADE, 2ª TURMA CRIMINAL DO TJDFT NEGA O PEDIDO DE LIBERDADE; DESEMBARGADOR SOUZA E ÁVILA ARGUMENTOU QUE CONTRAVENTOR PODERIA COMETER NOVOS CRIMES; DEFESA VAI RECORRER AO STF; CACHOEIRA FOI PRESO NO DIA 29 DE FEVEREIRO, DURANTE OPERAÇÃO MONTE CARLO; ESTÁ NO PRESÍDIO DA PAPUDA

21 de Junho de 2012 às 18:21
Brasília 247 – Ao contrário do desembargador federal Tourinho Neto, que concedeu o habeas corpus pela Operação Monte Carlo, a 2ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios entendeu que o contraventor Carlinhos Cachoeira deve permanecer preso. A negação do pedido referente ao processo da Operação Saint-Michel foi decisão unânime.
O primeiro a apresentar seu voto foi o relator do habeas corpus, desembargador Souza e Ávila. Ávila justificou seu voto alegando risco de reiteração delituosa. Posição foi seguida pelos outros dois membros da corte, o relator Roberval Belinati e o presidente da 2ª Turma, Silvano Barbosa.
Antes de começar o julgamento do habeas corpus, a 2ª Turma decidiu mater a competência da Justiça e do Ministério Público do Distrito Federal para processar e julgar Cachoeira na Operação Saint-Michel, o que havia sido questionado pela advogada de defesa Dora Cavalcanti.
Com o resultado, os advogados de Cachoeira afirmaram que vão recorrer ao Supremo Tribunal Federal por considerarem injusta a decisão.
A esposa do contraventor, Andressa Mendonça, esteve presente durante todo o julgamento. Assim que o placar ficou em 2 x 0 pela manutenção da prisão, ela deixou a sessão. Mais uma vez, a musa da CPI do Cachoeira atraiu a atenção da imprensa.
Com informações do twitter da jornalista do Correio Braziliense Ana Maria Campos.
Veja como foi o julgamento na matéria publicada anteriormente:
Brasília 247 – Começou por volta das 16h o julgamento do pedido de habeas corpus do contraventor Carlinhos Cachoeira, preso no dia 29 de fevereiro durante a Operação Monte Carlo. Defesa alega incompetência da Justiça do Distrito Federal, já que a denuncia pela Operação Saint-Michel é um desdobramento da Monte Carlo.
A sessão começou com uma homenagem do desembargador Roberval Belinati ao advogado Márcio Thomaz Bastos. A primeira a falar foi a advogada Dora Cavalcanti, da equipe do ex-ministo Bastos. Dora considera a atual prisão com um "estepe", já que o desembargador federal Tourinho Neto concedeu a liminar libertando Cachoeira da detenção pela Operação Monte Carlo.
O procurador Rogério Schietti, representante do Ministério Público do DF, defende a continuidade da prisão. Para o procurador, grupo de Cachoeira usa intimidação e atua com a conivência das autoridades. "Uma célula desse grupo agiu no DF", afirmou Schietti. Para ele, as ameaças à procuradora Léa Batista, da Operação Monte Carlo e ao juiz Paulo Moreira Lima reforçam a necessidade da prisão do contraventor.
O julgamento seria feito em sessão secreta, mas pedido do desembargador Roberval Belinati mudou a decisão. Por unanimidade, o tribunal decidiu abrir permitir a entrada do público.
A mulher de Cachoeira e musa da CPI do Cachoeira está no local.
Com informações do twitter da jornalista do Correio Braziliense Ana Maria Campos
Confira o noticiário publicado anteriormente:
Brasília 247 – Está marcada para está quinta-feira a reunião da 2º Turma Criminal do TJDFT que irá julgar o Habeas Corpus de Carlos Augusto de Almeida, o Carlinhos Cachoeira. A sessão ocorrerá a portas fechadas longe do público e da imprensa pois foi decretado que o processo deve ocorrer em segredo de justiça.
Na semana passada, Cachoeira conseguiu o Habeas Corpus no Tribunal Regional da 1º Região, mas não pode ser solto por que a 5º Vara de Justiça do Distrito Federal indeferiu o pedido. Carlinhos Cachoeira está preso por duas operações, Monte Carlo, da Polícia Federal e Saint-Michel, do Ministério Público do DF.
Boa parte dos suspeitos de auxiliar Cachoeira nos esquema de contravenção já está aguardando o julgamento em liberdade. Idalberto Matias, conhecido como o espião Dadá, foi o primeiro a conseguir Habeas Corpus. O diretor da Delta Centro-Oeste, Cláudio Abreu, também conseguiu liberdade.
Dagmar Alves que foi preso durante a operação Saint-Michel, foi libertado na semana passada. Esta semana foi à vez de Gleyb da Cruz, um dos últimos denunciados pela operação Monte Carlo, ser solto. Lenine Araújo de Souza, suposto gerente do esquema de exploração de jogos, e José Olimpio de Queiroga Neto, que, segundo investigações, também gerenciava os jogos e pagava propina a agentes públicos também estão livres.
Com praticamente todos os tentáculos em liberdade, Cachoeira aguarda a decisão do Tribunal do Distrito Federal para sabre se poderá deixar a Papuda.

Tarso desprivatiza rodovias e promete reduzir pedágios no Rio Grande do Sul


De Rede Brasil Atual

Diante de altos preços dos pedágios e pouco investimento em infraestrutura, governo gaúcho e Ministério dos Transportes retomam administração de estradas
Tarso desprivatiza rodovias e promete reduzir pedágios no Rio Grande do Sul
Governador Tarso Genro (PT). Com a medida do governo gaúcho, rodovias federais serão gratuitas (Foto:Antônio Cruz/Agência Brasil/Arquivo)
São Paulo – Em iniciativa inédita no país, o governo Tarso Genro (PT) decidiu retomar a administração de todas as rodovias do Rio Grande do Sul que, desde 1996, estão nas mãos de concessionárias privadas. São 1.500 quilômetros de estradas (entre estaduais e federais) cujos contratos de concessão vencem em 2013 e não serão renovados. Com a medida o governo gaúcho espera reduzir as tarifas de pedágio e até extinguir algumas praças, ao mesmo em que promete realizar um amplo programa de melhorias.
Segundo acordo firmado ontem (19) em Brasília, entre o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, o secretário gaúcho de Infraestrutura e Logística, Beto Albuquerque, e o Chefe da Casa Civil do Governo do Rio Grande do Sul, Carlos Pestana, as rodovias federais passarão para a gerência do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT). As estaduais serão administradas pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), cuja criação foi aprovada na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul na semana passada.
Antônio Cruz/Agência Brasil/Arquivo)
De acordo com a assessoria da Secretaria de Infraestrutura e Logísitca, a EGR instalará pedágios comunitários nas estradas estaduais, com preços "muito menores" do que os existentes. Os valores ainda não foram definidos. Nas praças já instaladas a partir do novo modelo, cobra-se entre R$ 4,00 e 4,50, para veículos de passeio, enquanto nas praças privados a média é de R$ 6,70. As rodovias federais, por sua vez, depois da reversão, serão gratuitas.
A decisão foi tomada após a avaliação de que o modelo da concessão no estado - que acompanho o processo generalizado de privatizações durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) - teve maus resultados nos últimos 14 anos. De acordo com a Secretaria de Infraestrutura e Logística do estado, o cenário viário do Rio Grande do Sul é de estradas com acesso custoso e com necessidade de expansão.
Os contratos só preveem manutenção, e não aumento de vias, construção de viadutos nem investimentos em ampliação. No entanto, os preços são altos. A privatização das rodovias foi realizada durante a gestão do então governador Antônio Britto, pelo PMDB, e foi duramente criticada pela oposição que o PT fazia à época.
Para Albuquerque, foi uma escolha de estado equivocada. “As empresas não têm culpa. Aderiram a uma proposta de um governo de cabeça curta, porque não foi capaz de projetar o crescimento de frota e de economia ao longo dos anos. Então hoje nós pagamos tarifas de quem anda em autoestrada para andar em estrada de pista simples”, disse ele.
As concessionárias tentaram negociar obras com o governo, propondo diminuição de tarifas em troca da prorrogação do contrato por mais onze anos, segundo Albuquerque. “Nós decidimos não aceitar. Não pode ter tido um ataque de benevolência das concessionárias no último ano”,comentou.
O poder concedente é do Rio Grande do Sul, segundo ele. São 1.200 km de rodovias federais, delegadas ao estado em 1996 e que agora voltam ao Governo Federal. Albuquerque destacou que haverá um esforço para que as condições das estradas não piorem sem a cobrança de pedágios.
“Governo Federal e Estadual atuarão conjuntamente no encerramento dos contratos”, afirmou. São 900 km de rodovias estaduais, do quais 300 fazem parte do Programa Estadual de Concessão Rodoviária. Ao final do contrato, as praças de pedágios, atualmente administradas por nove concessionárias, serão revertidas em patrimônio ao Rio Grande do Sul.
Os contratos acabam entre junho e dezembro de 2013. Até lá, Estado e União terão de concluir os programas de gestão para as rodovias. “É um desafio que tanto o DNIT quanto nós teremos. Vamos trabalhar em cima de projetos. Há muitas estradas no Rio Grande do Sul que exigem ampliação.”
Albuquerque disse que uma consultoria foi contratada para analisar todo o estado para dizer em quais praças há de fato a necessidade do pedágio privado. “Ninguém está fechando as portas para o pedágio privado”, afirmou.

Após foto com Maluf, Lula brinca com imagem 'ambientalmente correta'


DENISE LUNA
DO RIO


Dois dias depois de posar para fotos ao lado do deputado Paulo Maluf (PP), adversário histórico do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez nesta quarta-feira (20) uma brincadeira com a presidente Dilma Rousseff antes de seguirem para a abertura da conferência da ONU, a Rio +20.

Abraçada à presidente, Lula, que enfrentou um câncer na laringe e pouco tem falado em suas aparições públicas, sussurrou no ouvido de Dilma uma frase que ela reproduziu para jornalistas: "É uma foto ambientalmente correta", disse.

Logo depois, tomando a iniciativa, Dilma se voltou para os fotógrafos, abraçando o presidente, e disse sorrindo: "Olha que foto simpática estamos fazendo para vocês".

Na segunda-feira (18), Lula e Maluf se encontraram na casa do pepista para selar o apoio do PP à candidatura petista de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo.

Maluf teria exigido a presença de Lula em sua casa, no Jardim América, para selar o acordo. "Ele disse que a foto fazia parte do pacote", relatou um petista.

O ex-presidente ficou contrariado, mas foi. Posou para fotos e saiu sem dar entrevista.

Lula e Dilma antes da abertura da conferência Rio +20, da ONU
Lula e Dilma antes da abertura da conferência Rio +20, da ONU

http://www1.folha.uol.com.br/poder/1108151-apos-foto-com-maluf-lula-brinca-com-imagem-ambientalmente-correta.shtml


Ricardo Stuckert/Divulgação Instituto Lula

Ao que parece, Erundina saiu mas não saiu...


“Não vou mudar de lado: Haddad é o melhor candidato”Apesar de ter desistido de concorrer como vice à Prefeitura de São Paulo, na chapa encabeçada por Fernando Haddad (PT), a deputada Luíza Erundina (PSB-SP) descartou a possibilidade de apoiar outro candidato: “Minha desistência não significa recusa ao Haddad ou ao projeto que ele representa. Nada me move ou me leva a sair deste campo onde eu sempre estive, que é o campo socialista. Eu não vou mudar de lado nunca”.
Brasília - Apesar de ter desistido de concorrer como vice à Prefeitura de São Paulo, na chapa encabeçada por Fernando Haddad (PT), a deputada Luíza Erundina (PSB-SP) descartou, nesta quarta (20), em coletiva à imprensa, a possibilidade de apoiar outro candidato nas eleições deste ano. “Minha desistência não significa recusa ao Haddad ou ao projeto que ele representa. Esse compromisso permanece, até porque é um compromisso com minhas bases em São Paulo. Nada me move ou me leva a sair deste campo onde eu sempre estive, que é o campo socialista. Eu não vou mudar de lado nunca”, esclareceu.

A deputada atribuiu sua desistência única e exclusivamente ao espaço que o partido deu ao presidente estadual do PP, deputado Paulo Maluf, com quem firmou aliança na última segunda (18). Sua renúncia, inclusive, foi anunciada após publicação, pela imprensa, de uma foto em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumprimenta Maluf, após visita à residência dele, no bairro Jardins, em São Paulo. “Não foi a foto em si, mas o simbolismo dela, o que ela representa. O fato do ex-presidente Lula, com a força que tem, com a popularidade que tem, ir à casa do Maluf. Uma pessoa só vai a casa da outra quando mantêm relações de amizade, relações de respeito mútuo”, observou.

Para Erundina, Lula errou ao aceitar se reunir com Maluf em ambiente privado e firmar uma aliança com ele, em troca de espaço na TV para a campanha de Haddad. “É um preço muito alto por uma coisa tão pequena. Mídia é importante, mas não é tudo em uma campanha. Caso contrário eu não teria me elegido há 22 anos”, disse. E, após reconhecer que não manteve contatos recentes com o ex-presidente, alfinetou: “Lula é sensível. A essas alturas ele já deve ter percebido o fora que deu”.

Erundina contou que, quando aceitou ser vice na chapa de Haddad, não foi informada das pretensões do PT em firmar aliança com o PP de Maluf. “A presença do Maluf só atrapalha, só desqualifica, só afasta as pessoas”.

Entretanto, admitiu que não é ingênua e que não descartava essa hipótese, principalmente em função das relações que os dois partidos mantém em âmbito nacional. “Eu estive na residência do Haddad, no domingo à noite, e ele minimizou o acordo com o PP e disse que estava esperando o retorno da direção nacional do PT. Eu achava que a aliança até poderia ser fechada, mas na sede de um dos partidos, de uma forma mais institucional”, justificou.

Para a parlamentar, Maluf representa o que há de pior para a política brasileira, por ser procurado pela Interpol e, principalmente, “pelo estrago que ele fez à democracia do país”. “Ele se alinhou com a ditadura, foi prefeito biônico e construiu cemitérios para desova dos corpos de militantes de esquerda que sumiram, que foram vítimas de tortura. Quando eu fui prefeita, nos identificamos uma vala clandestina, no Cemitério de Perus, com oito corpos de desaparecidos políticos da Ditadura Militar. Portanto, conviver com esta criatura não dá. Muito menos, fazer política com ele”, explicou.

Questionada se Maluf já não estaria morto politicamente antes da aliança, foi contundente. “Maluf é muito vivo. Ele parecia morto e enterrado, e por isso investiu pesado para ser resgatado pelo PT. O que ele quer, agora, é se higienizar ao lado de forças políticas que não o representam, porque nós estamos em pleno processo de revelação dos crimes da ditadura”, observou.

Provocada pela mídia, Erundina admitiu que considera a aliança com o PP uma “concessão de princípios”. Porém, afirmou que não irá permitir que sua desistência seja utilizada pelo campo da direita para prejudicar o projeto que o campo socialista, incluindo o PT e seu partido, têm para a prefeitura de São Paulo. “O Maluf tem muito mais a ver com o outro campo e só não está lá porque não aceitaram pagar o preço alto que ele cobrou: a Secretaria de Habitação de São Paulo”.

De acordo com ela, a decisão de deixar a chapa de Haddad foi, também, uma forma de preservar o projeto encabeçado por ele. “Se eu continuasse, teria que passar o tempo todo me justificando pela saia justa de estar ali junto com o Maluf. E isso atrapalha qualquer processo eleitoral. Foi uma decisão muito difícil, mas fiz o que julguei correto”, acrescentou.

A sorte de Haddad


De Folha de S. Paulo
JANIO DE FREITAS

O petista não teria a esperar senão problemas de convivência com Erundina, e dela com a campanha
FERNANDO HADDAD ganhou, e não foi pouco, com a renúncia de Luiza Erundina a vice em sua candidatura a prefeito paulistano. Não tardaria a que o problema para Haddad, e não pequeno, fosse superar os previsíveis embaraços provocados pela maneira irascível, grosseira e individualista que Erundina se permite a pretexto de política.
Luiza Erundina é inconvivível politicamente. Já em seus últimos tempos no PT, a recusa rígida que manteve, diante de dirigentes do partido, ao exame das divergências, deixou mais do que frustração. Há ressentimentos pessoais inapagados até hoje. E motivadores de muitas das reações negativas, nos quadros mais altos do PT, à entrega da vice a Erundina.
Ao menos desde o governo Itamar Franco, que a homenageou com um cargo no governo por escolha sua, de presidente, ficou claro o que significa a proximidade política com Erundina. Do início ao fim de seu breve trânsito pelo governo, Erundina mais pareceu da oposição dura. Até o rompante final em que exibiu arrogância e presunção incapazes de poupar mesmo a quem a homenageara.
Fernando Haddad não teria a esperar senão problemas de convivência com a vice, da vice com a campanha e, bem provável, com segmentos do eleitorado. Mas no PT e no PSB isso não era -não poderia ser- ignorado por nenhum dos que produziram a "ideia" de dar a vice a Luiza Erundina.
A ansiedade de Lula de impor o seu plano para Recife, cassando ao prefeito João Costa o direito à possível reeleição, pode explicar parte da escolha. Mas nada explica que ao ato autoritário, com que atendeu o governador Eduardo Campos, Lula sobrepusesse falta de lucidez a ponto de aceitar Erundina, tão bem conhecida por ele, para representar o PSB junto a Haddad.
O desgaste maior recai sobre Lula, ainda mais por ser o caso Erundina caudatário do acordo com Paulo Maluf. Mas Fernando Haddad também recebe a sua quota. Por mais sorte sua, o episódio se dá quando nem campanha há ainda. É daqueles que tendem a evaporar sozinhos, se os planos estaduais de Lula permitirem.
Ao esquentar da campanha, também o acordo com Paulo Maluf não será o prato saboroso que o PSDB de José Serra espera.
Há muito noticiário impresso e gravado, muitas declarações e evidências de que o acerto com Maluf era buscado também pelos peessedebistas. E negociado pelo próprio governador Geraldo Alckmin, cuja administração conta com um afilhado de Maluf. Matéria-prima abundante para respostas (senão ataques) contundentes.
Fernando Haddad é o único que nada perdeu com a renúncia de Luiza Erundina. E ganhou, no mínimo, a oportunidade de uma companhia na chapa mais ao seu estilo.