segunda-feira, 16 de julho de 2012

EXTRA ! 73 LIGAÇÕES SOBRE E COM POLICARPO. A CPI VAI COMEÇAR !




Conversa Afiada reproduz 73 transcrições de ligações captadas legalmente na Operação Vegas, aquela que o brindeiro Gurgel mandou parar.

Se não tivesse mandado parar, seria possível saber o que o Carlinhos Cachoeira queria falar com o Cerra.

De qualquer forma, é perfeitamente possível imaginar do que se tratava – clique aqui para ler “por que o Carlinhos precisava ir à SP do Cerra”.

Conversa Afiada não editou, cortou ou acrescentou nada ao que recebeu de fonte de confiança.

Chama a atenção a profundidade dos laços que ligam a revista Veja ao crime organizado, aqui representados por Policarpo Júnior, Demóstenes Torres e Carlinhos Cachoeira.

Conversa Afiada chama atenção para as múltiplas tentativas dos criminosos e seus representantes no PiG de detonar o José Dirceu.

O que se percebe, com clareza, no vídeo es-pe-ta-cu-lar aqui exibido.

Dessas transcrições se percebe como o crime organizado se organizou desde a gênese do mensalão (o do PT, o que está por provar-se) para atingir José Dirceu e, por extensão, Lula e Dilma.

Leandro Fortes, na Carta Capital desta semana – clique para ler “A tramoia do Naoum – novos detalhes da parceria Veja-Cachoeira para invadir de forma ilegal a privacidade do ex-ministro”, mostra que o crime organizado se organizou com a Veja para trocar as imagens do Hotel Naoum.

Trocar por que mercadoria ?

É o que se percebe, com nitidez, no diálogo republicano de Cachoeira com Dadá, na transcrição # 47. 

Nas conclusões, se verá que esse conjunto de transcrições não encerra o conjunto da obra de Policarpo com os criminosos.

Falta acrescentar a esse espetáculo repugnante o que está na Operação Monte Carlo.

Que o brindeiro Gurgel não conseguiu interromper.

Convém recordar que o Globo defendeu Robert(o) Civita, no histórico editorial “Roberto Civita não é Rupert Murdoch”.

É pior.

E os mervais globais querem fechar a CPI.

Antes que o Cerra deponha e o Collor volte a discursar.

A propósito: será o Cerra inimputável ??


Paulo Henrique Amorim



A seguir, os 73 documentos e as conclusões:



























































































Será que Cachoeira grampeou o Planalto?



Será que Cachoeira grampeou o Planalto? Foto: Edição/247

REPORTAGEM DE VEJA QUE DERRUBOU ALFREDO NASCIMENTO, E É FESTEJADA NUM GRAMPO DE CARLOS CACHOEIRA E POLICARPO JÚNIOR, CONTÉM VÁRIAS DECLARAÇÕES DA PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF; NUM DOS TRECHOS, DILMA RECLAMA DO HOJE NOTÓRIO JUQUINHA, DA VALEC; “PRECISA DE BABÁ”, DISSE A PRESIDENTE

16 de Julho de 2012 às 19:49
247 – Braço da construtora Delta no Centro-Oeste, o bicheiro Carlos Cachoeira, certamente, não tinha interesse republicano nas denúncias que plantou na revista Veja. Ao operar a queda de ministros e de autoridades de órgãos como o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, Cachoeira estava apenas interessado em abrir espaço para nomes mais abertos às demandas da Delta. E foi assim que ele ajudou o jornalista Policarpo Junior, diretor de Veja em Brasília, a produzir a reportagem “O mensalão do PR”, que acabou derrubando Alfredo Nascimento (leia mais aqui).
O que surpreende na reportagem não é a denúncia de que o PR cobrava um pedágio de 4% nas obras do Ministério dos Transportes. No texto, há várias frases literais da presidente Dilma Rousseff, tiradas de uma reunião que contou com a participação dela, das ministras Miriam Belchior e Gleisi Hoffmann, além de técnicos do Ministérios dos Transportes, como o hoje notório José Francisco das Neves, o Juquinha. Eis algumas frases de Dilma:
“Vocês ficam insuflando o valor das obras. Não há orçamento fiscal que resista aos aumentos propostos pelo Ministério dos Transportes. Eu teria de dobrar a carga tributária do país para dar conta.”
“Vocês precisam de babá. E terão três a partir de agora: a Miriam, a Gleisi e eu”.
“Esse ministério está sem controle. Vocês são inadministráveis e vão inviabilizar o meu governo”.
As frases jamais foram contestadas pela presidente Dilma. Diante disso, é possível imaginar algumas hipóteses:
1)  Fontes palacianas repassaram a informação a Veja para fritar a cúpula do ministério dos Transportes.
2)  As frases foram inventadas e o Palácio do Planalto não se deu ao trabalho de negá-las.
3)  Cachoeira grampeou o Palácio do Planalto.
Sim, por que não? Há anos, o bicheiro vem avançando em sua estratégia de plantar grampos clandestinos. Foi ele, por exemplo, quem grampeou Waldomiro Diniz, em 2002. Em 2005, filmou Maurício Marinho recebendo propina dentro dos Correios. Recentemente, obteve imagens do Hotel Naoum. Por que não tentaria obter grampos de reuniões entre a presidente da República e seus ministros?

Poli e Cachoeira tramaram queda de ministro



Poli e Cachoeira tramaram queda de ministroFoto: Edição/247

REVELAÇÃO ESTÁ EM NOVOS GRAMPOS QUE ACABAM DE SER PUBLICADOS POR PAULO HENRIQUE AMORIM; O BICHEIRO PARABENIZA O JORNALISTA POLICARPO JÚNIOR PELA REPORTAGEM “O MENSALÃO DO PR”, MAS O EDITOR DE VEJA DIZ QUE ELA AINDA NÃO CHEGOU ONDE DEVERIA: A DEGOLA DO MINISTRO ALFREDO NASCIMENTO, DOS TRANSPORTES; “NÃO É POSSÍVEL, PQP”, REAGE CACHOEIRA

16 de Julho de 2012 às 19:50
247 – O jornalista Paulo Henrique Amorim, titular do blog Conversa Afiada, acaba de disponibilizar em seu site 73 grampos da Operação Vegas. Foram publicados ainda em estado bruto (leia mais aqui), sem a devida contextualização. Nas próximas horas, estaremos interpretando todas aquelas conversas sobre as quais temos elementos para apontar o devido contexto.
Uma das conversas, no entanto, é autoexplicativa. Datada de 5 de julho de 2011, mostra como Carlos Cachoeira e Policarpo Júnior, diretor da sucursal brasiliense de Veja, tramaram a queda de Alfredo Nascimento, ex-ministro dos Transportes. Eis um trecho:
Cachoeira – Puta que pariu, atira num passarinho e pega um urubu, PQP, tá bom, parabéns.
Policarpo – Vem cá, mas não chegou onde devia né.
Cachoeira – É, mas já deu o que tinha que dar, né. O ministro cai hoje?
Policarpo – Não, não caiu não.
Cachoeira – Não é possível, PQP.
Policarpo – Pois é, isso é que é impressionante.
O alvo de Cachoeira, naquele momento, era o ministro
Alfredo Nascimento, dos Transportes. E a matéria de Veja, que contribuiu para sua queda, se chamava “O mensalão do PR”.
Ou seja: o mesmo Cachoeira que é acusado de plantar em Veja as primeiras denúncias sobre o “mensalão do PT” agiu desta maneira em relação ao PR.