segunda-feira, 25 de agosto de 2014

As últimas horas de Getúlio Vargas



 
 
 
Luã Marinatto, do Extra
 
 
 
Há exatos 60 anos, na manhã do dia 24 de agosto de 1954, o jornalista Prudente de Morais Neto deixava de lado a habitual compostura e socava com raiva uma das mesas da redação do ‘‘Diário Carioca’’, na Avenida Rio Branco, Centro do Rio. Ao seu lado, repórteres do jornal dirigido por ele estouravam garrafas de champanhe para festejar o suicídio de Getúlio Vargas. “Vocês não entenderam nada! Nada! Ele ganhou de novo”, gritou Prudente, então opositor do presidente, ainda que um pouco menos raivoso do que o também jornalista Carlos Lacerda.
 
A passagem, narrada no último livro da trilogia “Era Vargas”, de José Augusto Ribeiro, ilustra que o gesto de Getúlio pouco teve de desesperado. Ao contrário: como afirmaria em sua célebre carta-testamento, tida por muitos como o documento mais importante da história política do país, o tiro que disparou contra o próprio peito era a estratégia derradeira para pôr seu nome na eternidade. Goste-se ou não da figura de Getúlio, inegavelmente deu certo.
 
— Ele conseguiu grandes transformações. A Petrobras está aí, as conquistas trabalhistas estão aí. Sessenta anos depois, o legado do meu avô segue muito vivo — diz Celina Vargas, neta de Getúlio
 



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