quinta-feira, 16 de outubro de 2014

AÉCIO NÃO TEM MORAL PARA FALAR DE CORRUPÇÃO



A assertividade de Dilma em confrontar o candidato Aécio com uma série de deslizes éticos, alguns no campo pessoal, outros de maiores monta, corrupção da grossa que as instituições da República abdicaram de investigar para punir como deve ser feito com qualquer outro partido, pessoas e governos que nunca têm maiores consequências quando envolvem o PSDB cujos dirigentes e candidatos sempre se saem pelo ralo da tergiversação ao brandir que nada há contra eles e os órgãos fiscalizadores lhes deram atestado de idoneidade, como faz Aécio, esconde e revela uma situação de extrema gravidade.

Esconde à medida que não é dito que há um verdadeiro aparelhamento dos órgãos de estado pelo PSDB. O PGE do estado a quem cabe investigar governadores, sempre é o indicado de uma lista não representativa da categoria. O mais votado acaba preterido pelos governos tucanos e o indicado é aquele da escolha pessoal do governador e não da categoria, método usado pelo PT que renuncia do poder conferido pela constituição para indicar o mais votado de uma lista escolhida por membros de uma categoria.

Assim ocorreu em São Paulo e em todos os estados controlados pelos tucanos. O PGE escolhido em Minas foi o quarto de uma lista. O governo tucano não escolheu o primeiro como faz os governos petistas costumeiramente. Graças a essa forma de escolha que Serra se livrou de uma investigação de um suposto esquema de corrupção nos metrôs de São Paulo. O PGE pediu e foi atendido pelo CNMP para que as investigações fossem arquivadas.

Temendo reações da imprensa aliada dos tucanos frequentemente membros do MP deixam de fazer investigações mais consistentes contra o PSDB e invariavelmente as denúncias contra o partido não sofrem as consequências desejadas e esperadas pela sociedade. Um Procurador da República por exemplo deixou de atender um oficio enviado pelo MP da Suíça pedindo informações sobre o esquema de corrupção nos trens e metrôs paulistanos e jamais foi atendido. Quando veio à tona o Procurador responsável alegou que tinha por um erro grotesco colocado em uma pasta errada e por isso ficou.

Atuando não no interesse da sociedade mas de um governo esses PGEs geralmente estão na linha de defesa dos governos tucanos, um desvio de função intolerável quando deveriam zelar pelo interesse público que se sobrepõe ao de governantes. Em Minas nenhuma denúncia prosperou contra o PSDB e nem prospera em SP em virtude dessa ação de seus PGEs.

Isso não acontece somente no MP também nos tribunais de contas que aprovam todas as contas de governo porque são indicados pelo governador tucano e saem dos parlamentos estaduais depois de vários serviços prestados a quem está no poder.

Revela como dito acima que semelhante esquema favorece uma suposta idoneidade pessoal que só é conseguida graças a essa prática nefasta de colocar em postos chaves das instituições pessoas comprometidas com interesses de governo em detrimento da sociedade que arca com os prejuízos decorrentes dessa esperteza que não é denunciada pela imprensa e permite que o tucanato pouse de vestal, se apresente como o suprassumo da moralidade que nem de longe atinge.

Ao fazer a escolha de responder com altivez e demonstrar que o candidato Aécio não é  essa pessoa honesta e ética que faz questão de projetar um tipo de comportamento que não lhe é próprio na vida pessoal, Dilma expõe para nação brasileira o perigo do discurso da ética na boca de certas pessoas que querem passar uma imagem de probidade que não possui contando com o desconhecimento da população que por um esquecimento seletivo não quer lembrar como os tucanos saquearam os cofres públicos durante o processo de privatização e agora se autodeclaram membros do Comitê de Salvação Nacional quando não passam de virgens de bordel.

À presidenta não foi dada outra escolha que não fosse a de partir para o ataque e desconstruir com dureza esse discurso que o candidato da oposição apropriou-se de guardião da moralidade quando sua vida pregressa é um atestado que pouco recomenda o discurso que faz para enganar incautos. Aécio definitivamente não pode falar sobre moral. Não tem estofo para tanto. Só o cinismo explica a desenvoltura com a qual se coloca acima da corrupção. Cinismo e conivência das instituições.

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