terça-feira, 7 de outubro de 2014

Alckmin teme que seca “respingue” em Aécio. Com que água, “dotô”?


7 de outubro de 2014 | 12:29 Autor: Fernando Brito
cantar3a
Seria cômico se não fosse trágico.
Geraldo Alckmin, diz a Folha, vai tratar “com cautela” a crise de água em São Paulo por medo de que “qualquer medida impopular possa respingar sobre a candidatura do tucano” Aécio Neves no segundo turno das eleições.
Não é com “cautela” não, é com imprudência ainda maior do que aquela que tem sido tratada até agora.
O argumento do governador de que “não faltou água” é como aquela piadinha boboca do português que estava ensinando um cavalo a viver sem comer e que, infelizmente, quando o bichinho estava quase aprendendo, morreu de inanição.
Quando o bombeamento do “volume morto” do Sistema Cantareira começou, em meados de maio, havia 259,78 bilhões de litros de água disponíveis.
Esta manhã, contando as poças, 54,81 bilhões.
E baixando quase 2 bilhões por dia.
Prudência?
Como, se há meses está adiando as tais medidas impopulares da forma mais irresponsável, tal como o “padrinho” FHC adiou a desvalorização do dólar até ganhar as eleições de 98?
Ah, mas Alckmin ganhou a eleição.
Ganhou, garantindo que não ia faltar água.
E vai.
Não se sabe se em um mês, um mês e meio ou, se as chuvas ajudarem, em alguns meses.
Considerados os 182 bilhões de litros do tal “volume morto, neste mesmo dia, no ano passado, havia quase 600 bilhões de litros acumulados no Sistema Cantareira. Agora, repito, 54,8.
E 2014 foi o que foi.
Como não se vão tomar as medidas que precisam ser tomadas – a Sabesp não entregou, até agora, o plano de manejo do “restinho” que pretende sugar de uma poça isolada de um dos reservatórios – e continuam brincando de “está tudo sob controle”, com a cumplicidade da mídia, não vai respingar no Aécio, não, dotô Alckmin.
Mas, cedo ou tarde, pior, não vai respingar nem pingar água para milhões de paulistanos.
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