quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Haddad: Veja e boatos roubaram votos da Dilma em SP


A partir de quinta-feira a cidade foi tomada por uma comoção incontrolável !

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad considera que a votação da Presidenta Dilma Rousseff na capital paulista foi prejudicada pela última edição da revista Veja, que trouxe denuncias sobre suposta corrupção na Petrobras. O petista condenou a forma como a publicação foi distribuída em pleno processo eleitoral.

“A última semana foi muito atípica. Nós tranquilamente superaríamos os 40% na cidade de São Paulo. A edição da Revista Veja, a distribuição gratuita nos metrôs, trens e terminais, o rumor, que vamos apurar e punir, de que a Prefeitura tirava as revistas das bancas e, por fim, o boato da morte por envenenamento do doleiro delator”, denunciou Haddad nesta terça-feira (28) em entrevista a Paulo Henrique Amorim na TV Afiada.

E continuou: “Nosso tracking diário apontava algo em torno de 40 e 41%. Comparado com os 46% de 2010, não teria revelado nenhum problema. A cidade foi tomada por uma comoção nos últimos quatro dias antes da eleição”, declarou o prefeito.

Ainda nesta terça, ao SBT Brasil, a Presidenta Dilma defendeu uma regularização econômica dos meios de comunicação no Brasil ao afirmar que o “direito de resposta é democrático e deve ser regularizado.

Abaixo, trechos da entrevista de Haddad ao Conversa Afiada:

ELEIÇÃO DE 2014 E VOTAÇÃO DA DILMA EM SÃO PAULO:


A última semana foi muito atípica. Nós tranquilamente superaríamos os 40% na cidade de São Paulo.


Nosso tracking diário apontava algo em torno de 40 e 41%. Comparado com os 46% de 2010, não teria revelado nenhum problema.


Na última semana, sobretudo a partir de quinta, três ou quatro episódios dramáticos para a cidade.


A edição da Revista Veja, a distribuição gratuita nos metrôs, trens e terminais, o rumor, que vamos apurar e punir, de que a Prefeitura tirava as revistas das bancas e, por fim, o boato da morte por envenenamento do doleiro delator.


Cidade foi tomada por uma comoção nos últimos quatro dias antes da eleição.


Em quatro dias,é natural termos caído de 40% para 36% na capital. Mesmo assim, tivemos o mesmo percentual de Belo Horizonte.


Afetou o humor da cidade.


IMPRENSA:


Vi hoje várias reportagens e vi um cartaz muito significativo: ‘eu quero que a imprensa fale, mas não quero que ela me cale’


O problema não é o que a imprensa diz, é o que ela não publica.


CONSTRUÇÃO DE CAMINHO PELA ESQUERDA EM SÃO PAULO:


Temos que reafirmar nossa agenda, de uma cidade para todos


Já há uma compreensão, sobretudo da juventude, que é a reapropriarão dos espaços públicos. Isso tem a ver com as praças WiFi, a iluminação LED, tem a ver com a coleta seletiva.


Tem uma agenda progressista que a juventude se apropria.


A cidade não pode cair de novo de optar pelo retrocesso.


CRISE DA ÁGUA NO ESTADO:


Ela (a crise) tem elementos desconhecidos da população e dos gestores.


Se desde 2011 há essa ameaça e a imprensa não divulgou?


Um relatório só foi divulgado na segunda-feira depois do primeiro turno, com o (Geraldo) Alckmin já reeleito (para governador)


Eu acho que a condução pela Sabesp e pela agência estadual reguladora Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia) merece criticas.


Causa estranheza ninguém saber o nome do presidente dessa agência reguladora.


Todos os prefeitos da região metropolitana buscam informações.


Já há desabastecimento que a imprensa tem noticiado


Reuniões da Sabesp com a prefeitura foram marcadas e remarcadas


Todos exigem transparência. Queremos saber sobre o planejamento da Sabesp


Queremos manter o assunto na grande política, mas dando uma resposta satisfatória à população


REELEIÇÃO DE DILMA E RENEGOCIAÇÃO DA DÍVIDA:


A Dilma fez muito por São Paulo com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), como obras de drenagem, mobilidade urbana, Minha Casa Minha Vida. Estamos com um cardápio de obras muito importante. Um pacote de R$ 14 bilhões.


Mas isso nada valerá sem a aprovação da renegociacao da dívida. Precisamos aprovar no Senado o PL (Projeto de Lei) de troca do indexador da dívida de São Paulo perante a União.


Agora é a hora de promover a redenção da cidade de São Paulo.


São 176 cidades na mesma situação e alguns Estados


O resultado da eleição no Rio Grande do Sul tem a ver com isso.


A renegociacao da divida não é questão partidária, é federativa.


A União não pode receber dos entes federados um juro superior ao que ela paga para rolar a dívida que ela assumiu de Estados e municípios.


No fundo, estamos financiando a União.


A Presidenta é a favor do projeto de lei que muda, que está na mão de Renan Calheiros (PMDB – Presidente do Senado)


PT NACIONAL:


O PT é cada vez menos paulista.


Somos partidos nacionais, como o PMDB


Temos um aprendizado de sete eleições presidenciais


Tem que elogiar a campanha do PSDB que assumiu o legado do Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente pelo PSDB. Foi um avanço


DIVISÃO DO BRASIL:


Não existe essa divisão.


A Dilma foi eleita com 56% dos votos em 2010. Agora, beirou os 52%.


Sempre haverá o contraditório.


Obama ganhou no laço, Hollande também.


Natural da democracia é ter uma disputa acirrada em torno de projetos e visões de mundo.


http://www.conversaafiada.com.br/politica/2014/10/29/haddad-veja-e-boatos-roubaram-votos-da-dilma-em-sp/

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