quinta-feira, 27 de março de 2014

O Helicoptero de 50 Milhões de Reais


Um projeto de Jornalismo por Diário do Centro do Mundo 


A história da apreensão de quase meia tonelada de pasta pura de coca, numa fazenda em Afonso Cláudio, no Espírito Santo, ainda não foi devidamente contada pela mídia, embora os fatos já tenham ocorrido há mais de três meses. A droga, vendida no varejo, pode render mais de R$ 50 milhões.
À Polícia Federal, cabe apurar a origem e a destinação da cocaína e,
principalmente, quem são essas pessoas envolvidas, mas até aqui a PF se destacou pelo anúncio do não envolvimento do deputado Gustavo Perrella e de seu pai, o senador Zezé Perrella, proprietários do helicóptero que transportava toda a droga.
É claro que os Perrellas também podem ter sido vítimas do tráfico internacional de drogas, mas descartar o envolvimento antes de descobrir a quem pertence a droga é incomum e inadequado para autoridades que têm o dever de investigar, ainda mais quando os inocentados previamente são pessoas detentoras de poder político e empresarial.
DCM quer investigar o caso para dar as respostas à sociedade.
Como o dinheiro será investido:
Ele será utilizado exclusivamente para cobrir custos de produção. Pagará o jornalista Joaquim de Carvalho, experiente profissional com passagem pelos principais veículos de comunicação do Brasil, e seus gastos em passagens aéreas e deslocamentos de carro em Minas Gerais e no Espírito Santo, onde a cocaína foi apreendida.
Temas que serão abordados:
A droga – de onde e para onde ia a cocaína apreendida, como foi seu
preparo, grau de pureza, quadrilhas envolvidas. Entrevista com especialistas no estudo e na investigação de tráfico internacional, bem como pessoas que já estiveram envolvida no tráfico.
A fazenda – como e quando foi comprada a fazenda usada de entreposto para o transporte da droga. É um elemento-chave nessa história, pois sua compra, aparentemente por preço superfaturado, pode revelar os reais proprietários da cocaína. Nessa reportagem, falamos também sobre o esquema de lavagem de dinheiro.
A investigação – como a PM do Espírito Santo, que iniciou a investigação, e a PF, que assumiu o caso, atuaram e atuam nessa operação.
As mulas – quem são, o que pensam e o que revelaram os quatro presos na operação que resultou na apreensão da droga. Entrevistas com eles, parentes, amigos e advogados.
A família Perrella – a reportagem dirá quem são os Perrellas. É importante em razão de ser proprietária do helicóptero e também pelo poder político e econômico. O pai, senador, é do PDT, base de apoio do governo federal, liderado pelo PT. Contaremos como e por que a família Perrella passou a ser investigada por lavagem de dinheiro, muito antes da apreensão da droga.
Falaremos também sobre os indícios que ligam a família ao caso dessa apreensão.
Dúvidas Comuns:
Pergunta: O repórter vai sozinho?
Resposta: Não, será acompanhado de um cinegrafista num momento.
Pergunta: O que acontece com meu dinheiro se a meta não for atingida?
Resposta: Segundo o Catarse, ele volta na íntegra para você.
Pergunta: Como recebo minha recompensa?
Resposta: Links e listas, por e-mail, e produtos físicos por correio.
Pergunta: Onde serão publicados vídeo-reportagem e as matérias?
Resposta: No Diário do Centro do Mundo (www.dcm.com.br)
Pergunta: Só os apoiadores terão acesso ao material?
Resposta: Não. Será aberto, embora os apoiadores assistam antes da estréia oficial
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http://catarse.me/pt/helicoptero

O mundo maravilhoso do “repórter” da Época, a fábrica de salsichas jornalísticas.

O que você vai ler abaixo, publicado na revista época, escrito pelo diretor da sucursal em Brasília, Diego Escosteguy, foi pura invencionice. Nada disso aconteceu. O "Repórter" por conta própria criou uma estória fantasiosa sobre uma suposta relação de amizade entre Joaquim Barbosa e Celso de Mello, duramente rechaçada pelo ministro presidente do STF em carta indignada enviada a redação da revista, obrigando as organizações globo a se retratarem de uma insidiosa mentira e o repórter ir ao twitter pedir desculpas por aquilo que chamou de "erros factuais". Esse mesmo indivíduo, egresso da revista Veja, pelo menos no papel foi responsável por inúmeras reportagens escandalosas, muitas das quais inventadas naquele semanário, inclusive com acusações baseadas em estórias criadas por ele mesmo, ou aumentadas para provocar indignação no público que ainda lê as porcarias que ele e assemelhados escrevem, beirando ou cometendo vários crimes de assassinatos de reputações. Barbosa pôs esse pseudo jornalista a nú e revelou como se faz um jornalismo de esgoto que ainda é aplaudido por milhares de idiotas. O mais grave é que tais sandices foram publicadas, merecendo inclusive uma capa da revista. Agora a farsa foi desmascarada. 



Autor: Fernando Brito
sempre1

Eu disse ontem que ia deixar passar, pela insignificância a que foi reduzido o rapaz,  que nem sequer redigiu uma resposta, limitada a um pedido de desculpas para os “erros” factuais.
Mas pensei melhor e resolvi mostrar a todos este impagável exemplo de como é a fábrica de salsichas da revista semanal que é a Época, nascida à imagem e semelhança da Veja, apenas – creia! – um pouco mais higiênica.
Vejam que meiga a romântica descrição da longa amizade entre Joaquim Barbosa e Celso de Mello, o decano do STF:
(…) ambos se encontraram em Brasília, nos anos 1990. Celso já era ministro do Supremo; Joaquim, um procurador da República pouco interessado no ofício do Ministério Público e muito envolvido com suas reflexões acadêmicas sobre igualdade racial e a Constituição brasileira. Não demorou para que ambos desenvolvessem uma relação de mútua admiração. Joaquim admirava a erudição jurídica de Celso, que já assombrava Brasília. (…) Celso admirava o vigor intelectual de Joaquim, que nunca parava de se aprofundar nos estudos.
Mas não era uma admiração puramente intelectual. Celso se impressionava com a orgulhosa altivez de Joaquim(…). Num traço que se acentuou com o avanço dos anos e a concomitante ascensão na elite do Direito brasileiro, Joaquim nunca permitia, recorrendo a gestos e a palavras duras, talvez mais do que o necessário, que o reduzissem ao papel do negro subserviente, cordial – do negro que se força a esquecer o racismo, em nome de uma igualdade racial que, infelizmente, inexiste no Brasil. No que muitos outros enxergavam um exagero, quiçá um complexo de inferioridade, Celso percebia a necessária afirmação do que Joaquim era, por inteiro. E como essa afirmação moral de indignação moldaria o juiz que Joaquim se tornaria.
Não foi por acaso, portanto, que, em 2001, Celso escreveu o prefácio de um livro em que Joaquim disseca a legalidade de medidas como cotas raciais: Ação afirmativa e princípio constitucional da igualdade. Nele, Celso defende o trabalho – e a visão de mundo – de Joaquim. Como continuou a fazer, quando os dois se encontraram no Supremo em 2003, a partir da posse de Joaquim. Votaram de modo semelhante em todos os casos que, na década passada, estabeleceram o Supremo como uma instituição progressista em questões comportamentais(…)É o que se convencionou chamar de ativismo judicial – aquilo que a Suprema Corte americana fizera nos anos 1960, e Celso e Joaquim, além de outros ministros, tanto admiravam. Autorizado pela Constituição, o Supremo começara a fazer o trabalho de que o Congresso abdicara.
Quando o caso do mensalão chegou ao Supremo, a afinidade jurídica e moral entre Celso e Joaquim estava completa. Joaquim virou relator do caso, aconselhando-se amiúde com Celso. Isolado na casa de amigos na Áustria, ouvindo música erudita e relembrando as lições de raciocínio lógico e argumentação que tivera na Alemanha, Joaquim preparou o voto de sua vida. Nele, aceitou larga parte da sólida denúncia do então procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza. Ela descrevia as provas e os raciocínios legais para sustentar a tese jurídica de que os crimes contidos no mensalão envolveram a alta cúpula do governo petista. Os demais ministros concordaram com Joaquim, para satisfação de Celso.
Maravilhoso, não é? Faltou apenas a música de violinos…
Ah, e um pequeno, infimo, desprezível detalhe: nada disso aconteceu.
O Celso que escreveu o prefácio do livro de Joaquim é outro e o Celso do texto – o Ministro – Barbosa só conheceu em 2003, quando chegou ao STF.
Tudo é história da carochinha, um conto de ficção desonesto.
Teria sido o primeiro da carreira deste rapaz?
Vejam este trecho de “reportagem” do Dieguinho:
“João Augusto estava em silêncio. Permanecia inclinado à frente, apoiava-­‐se na mesa com os antebraços. Batia, sem parar, a colherzinha de café na borda do pires – e mantinha o olhar fixo no interlocutor. Parecia alheio à balbúrdia das outras mesas no Café Severino, nos fundos da Livraria Argumento do Leblon, no Rio de Janeiro, naquela noite de sexta-­‐feira, dia 2 de agosto.
A xícara dele já estava vazia. O segundo copo de água mineral, também. João Augusto falava havia pouco mais de uma hora. Até então, pouco dissera de relevante sobre o assunto que o obrigara a estar ali: as denúncias de corrupção contra diretores ligados ao PMDB, dentro da Petrobras.”

Outro romance ficcional?

E seu espelho da Editora Abril, a Veja, não escreveu outro pequeno romance sórdido com as embalagens de Mc Donald’s na cela de José Dirceu?
Se a Época, como a Veja, se anunciasse como “revista semanal de literatura”, vá lá. Seria apenas má literatura.

Mas se dizem “revistas de informação”.

Imagine se nós, o que eles chamam de “blogueiros sujos” inventássemos historinhas assim?

É assim que, lá dentro, se fazem carreiras.

Que podem ser de qualquer coisa, menos jornalismo. 

http://tijolaco.com.br/blog/?p=15919