terça-feira, 20 de maio de 2014

SUSPEITAS SOBRE BLAIRO MAGGI MOTIVARAM ARARATH



Todos ainda se lembram da fabulosa narrativa contada na velha mídia para amaciar as massas despolitizadas e tornar palatável a prisão dos "mensaleiros petistas" e gerar uma grande onda de indignação, bem sucedida, registre-se, que beirou as raias da loucura para neles colar a pecha de serem responsáveis pelo maior crime de corrupção da República. Homens poderosos que deveriam receber punição exemplar para que algo do tipo não mais se repetisse. 

Sob a batuta de um justiceiro desenfreado assistimos atônitos a constituição da república ser rasgada e os homens ditos poderosos descerem ao mais baixo degrau da humilhação durante meses, em Rede Nacional de Televisão para o gáudio de uma falange de celerados, metidos a darem lição de moral e a fazer comentários sobre o que não conhecem. Nunca leram uma página da ação penal 470, mas sentem-se no direito de fazer juizo de valor sobre a conduta alheia. 

Chegamos então ao gran finale. Os poderosos José Dirceu, Genoíno, Delúbio e JP Cunha foram condenados. Cumprem pena no presídio da Papuda. 

Não demorou sequer um ano da história da carochinha e eis que a PF em mais uma de suas operações policiais, a Lavo Jato, prende um doleiro e vários comparsas por um desvio de 10 bi. Isso mesmo 10 bi. Não 10 mi mas 10 bi. Nem é preciso rememorar os escândalos da era FHC. A privataria tucana que põe no chinelo esse desvio de 10 bi para desmascarar a farsa do maior crime de corrupção praticado pelos "mensaleiros petistas". 

Agora em mais uma operação da PF, a Ararath, na qual um governador de Estado foi preso descobrimos que sua origem remonta a uma investigação feita contra o mais poderoso homem do Agronegócio brasileiro. O rei da soja. Deflagrada a operação, o que faz o PGR? Vai ao STF em busca de uma liminar para impedir que a PF divulgue os dados da operação e a mantenha em sigilo. 

Quem de fato é o poderoso aí que está sendo protegido? Agora a pergunta que não quer calar: se fosse um petista envolvido nesse que é mais um dentre centenas de escândalos de corrupção que todo dia acontece no Brasil, o PGR teria ido ao STF pedir sigilo da investigação? Com certeza, os dados da operação policial da PF, estariam expostos hoje em horário nobre dos telejornais. 

Estariam nas páginas dos principais jornais da velha mídia, em capas de revistas da próxima semana. Com os Azevedos, Jabores, Leitões, Sardembergues et caterva, a mostrarem com desalento o mar de lama instalado pela República "Petralha". A velha mídia em total silêncio. E só assim está pela ausência de um petista no meio dessa roubalheira. Que peninha. Se tivesse um, não tenha dúvidas, a execração pública a essas horas já estaria a todo vapor em pleno andamento
http://www.brasil247.com/pt/247/matogrosso247/140470/Suspeitas-sobre-Blairo-Maggi-motivaram-Ararath.htm

SUSPEITAS SOBRE BLAIRO MAGGI MOTIVARAM ARARATH

O ex-governador e senador licenciado Blairo Maggi, um dos homens mais ricos do Brasil, está envolvido num inquérito que corre em sigilo no STF; essa investigação motivou a Operação Ararath, da Polícia Federal, deflagrada hoje no Mato Grosso; governador Silval Barbosa, do PMDB, recebeu voz de prisão nesta terça-feira 20 por porte ilegal de arma; depois de pagar fiança, ele foi solto; presos, deputado e ex-secretário estadual serão levados à Brasília para prestar depoimento; procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitou ao ministro Dias Toffoli, do STF, que a PF não divulgasse detalhes da investigação; no Mato Grosso, governo estadual, Assembleia Legislativa e Ministério Público sofreram buscas e apreensões; Maggi, que ainda não falou a respeito, é conhecido como rei da soja e já foi cotado para ser ministro da Agricultura

Mato Grosso 247 – O senador licenciado Blairo Maggi (PR-MT) está no centro de um inquérito sigiloso que tramita no STF e motivou a Operação Ararath, da Polícia Federal. Nesta terça-feira 20, a PF expediu 70 mandados de busca e apreensão nas residências e locais de trabalho de políticos e empresários do Estado. O ex-secretário da Fazenda Eder Moraes foi preso. O governador Silval Barbosa (PMDB) teve seu apartamento vasculhado pela polícia e recebeu ordem de prisão por porte ilegal de arma. Ele pagou fiança e foi solto.

A operação Ararath investiga lavagem de dinheiro e crimes financeiros por meio de empréstimos fraudulentos e empresas de fachada. O motivo pelo qual o senador Blairo Maggi é investigado continua sendo mantido em sigilo pelo STF e pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O inquérito foi aberto no mês passado por decisão do ministro Dias Toffoli, relator do caso.

http://www.brasil247.com/pt/247/matogrosso247/140470/Suspeitas-sobre-Blairo-Maggi-motivaram-Ararath.htm

GOVERNADOR DO MT TERIA RECEBIDO VOZ DE PRISÃO



Aécio sofre abalo nervoso com pergunta sobre mensalão tucano.



Depois de dizer que aquele que ficou conhecido como o "pai do mensalão", ex-deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG), tem carta branca para fazer o que quiser nas campanhas tucanas em Minas, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), teve uma crise de nervos e respondeu gaguejando e rispidamente a um repórter.

- Vamos falar de Minas, vamos falar do Brasil! Isso daí eu já, já, já te respondi! - disse o tucano.

Azeredo foi ao evento partidário do PSDB mineiro e disse “Hoje eu estou participando e vou continuar participando porque eu tenho muito mais condição moral do que muita gente que está por aí”, em tom que mais pareceu ameaça a correligionários que o abandonou à própria sorte.

Aécio, perguntado depois se confirmava e de que forma Azeredo iria participar da campanha tucana presidencial e para governador de Minas, respondeu dando carta branca ao "pai do mensalão":

- Vai sim, da forma que ele achar adequado. - disse Aécio.

- No palanque? Perguntou um repórter.

- Vamos falar de Minas, vamos falar do Brasil. - disse o tucano.

- Mas isso é falar de Minas insistiu o repórter.

- Isso daí eu já, já, Já te respondi! - respondeu Aécio, bastante nervoso.
http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2014/05/aecio-sofre-abalo-nervoso-com-pergunta.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed:+blogspot/Eemp+(Os+Amigos+do+Presidente+Lula)

Mais uma coxinha vai a televisão para falar mal de Lula, Dilma e do PT. Não votou no PT mas diz se sentir traída pelo partido.



"Nunca tinha passado por uma traição e o PT me traiu", disse Irene Ravache

Em entrevista ao programa da TV Cultura "Roda Viva", nesta segunda-feira (20), a atriz Irene Ravache falou sobre suas afinidades e desavenças políticas. Ela afirmou que votou em José Serra em 2003 – ano em que Luiz Inácio Lula da Silva conquistou a presidência do país pela primeira vez --, criticou o governo da presidente Dilma Rousseff e disse que se sentiu traída pelo PT (Partido dos Trabalhadores).

"Quando surgiu o PT, eu achei que o gigante finalmente ia acordar. Um partido novo, que é um sucesso na oposição, um partido que diz o que eu tenho vontade de dizer. Votei a primeira vez no Lula para presidente quando concorreu com o Collor. Quando ele ganhou a presidência, eu não votei e votei no José Serra. Mesmo assim, fiquei feliz como se vê um sucesso de um amigo. Não fui para a Avenida Paulista comemorar, mas achava que estávamos bem na foto", explicou ela, que começou a seguir o partido em 1980.

Atualmente, Irene é contra as ações realizadas pelo partido e diz "ter se sentido mal com as irregularidades cometidas pelos políticos do PT".  "Evidentemente que quando namorei, devo ter sido traída. Mas tive a sorte de que meus namorados foram inteligentes e elegantes porque eu não descobri nenhuma delas. Eu nunca tinha passado por uma traição e o PT me traiu. Me senti traída, mas isso foi desde muito cedo com Valdomiro, Celso Daniel. Eu queria uma explicação. Sabe que uma mulher que recebe uma explicação até aceita de volta. Eu me senti traída como geração, cidadã. Fiquei no chão. Fiquei mal", assumiu ela, que acusou Lula e Dilma de não serem presidentes "estadistas".

De acordo com Irene, a esperança que ela tem de um presidente é que ele vire um estadista e o compara a um ator. "Um presidente deve obviamente fazer suas alianças. Mas não percebe que sairia mais fortalecido se ouvisse aquele país que está governando? Tem um país que espera que esse estadista brigue com os coronéis. O Brasil está esperando isso", argumentou a atriz, que disse não ter festejado a eleição de Dilma.

Descriminalização das drogas

Mãe de Hiram Ravache, ex-usuário de drogas, Irene se disse contra a descriminalização. Para ela, se o uso for liberado não acabará com a figura dos traficantes. A atriz comparou ainda com cidades como Londres, Berlim, Nova Iorque, Amsterdan. "Quando você chega no aeroporto desses locais e quer comprar droga, você consegue. Mas lá não estão assassinando pais de família e não existe um estado paralelo", disse ela.

A atriz elegeu ainda o Estado como o culpado por toda a miséria e violência em decorrência do uso e do tráfico de drogas. "Não vejo com bons olhos a descrimialização das drogas, ainda mais como as coisas são tratadas levianas como aqui. Para você descriminalizar, você tem que ter uma política muito forte, uma política social", opinou ela, que nomeia ainda a Cracolândia --  local onde usuários de crack ficam nas ruas de São Paulo -- como Zumbilândia.

"O que faz um usuário do craque? Ele é um perigo para ele e para você. Dá bobeira ali que ele vai te assaltar porque ele é um doente. Portanto, ele precisa ser tirado de cena. Não temos leitos e não sabemos cuidar de um usuário de drogas. Como você prevê uma ação voluntária de quem não sabe o que está fazendo, ele é doente. Não é são. Não tem capacidade de escolher. Ele vai morrer e vai matar", finalizou ela.

Irene Ravache está em cartaz, ao lado de Dan Stulbach, com o espetáculo "Meu Deus", no Teatro FAAP, em São Paulo.

O programa, apresentado por Augusto Nunes, contou com uma bancada de entrevistadores formada por Maria Adelaide Amaral (dramaturga, escritora e jornalista), Thais Bilenky (editora da Página Três do jornal Folha de S. Paulo), Maria Eugênia de Menezes (jornalista e crítica de teatro do Caderno 2 do jornal O Estado de S. Paulo), Dolores Orosco (editora de capa e comportamento da revista Marie Claire) e Lígia Cortez (atriz, diretora teatral e diretora da Escola Superior de Artes Célia Helena).

http://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2014/05/20/nunca-tinha-passado-por-uma-traicao-e-o-pt-me-traiu-disse-irene-ravache.htm

BARBOSA E O EVANGELHO


O presidente do STF provavelmente não lê o Evangelho, pois se o fizesse saberia que, como disse Jesus, “será julgado com a mesma medida com que julga os outros”

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, conseguiu realizar com a toga uma façanha que nem a ditadura militar, com a força das armas, conseguiu: colocar o país de joelhos. Atribuindo-se poderes inexistentes na Constituição, ele atropela todo mundo, inclusive os seus próprios pares, obcecado pelo que parece uma vingança pessoal contra o Partido dos Trabalhadores, representado pelo ex-ministro José Dirceu. E apesar dos estrebuchos e esperneios, sobretudo nos círculos jurídicos, não surgiu até hoje nenhuma iniciativa legal concreta destinada a podar-lhe as atitudes ditatoriais.
Ninguém conseguiu entender até agora o inexplicável ódio que ele devota ao PT, justo o partido que o colocou no Supremo. Como todos sabem, foi o então presidente Luis Inácio Lula da Silva que o escolheu, desejando homenagear a raça negra com a nomeação de um afrodescendente para a mais alta Corte de Justiça do país. O que o ex-presidente certamente não pensou, no entanto, é que a sua louvável iniciativa acabaria produzindo um personagem que, por seu comportamento ditatorial, marcaria a sua passagem pelo STF por atitudes incompatíveis com as de um magistrado, provocando danos quase irreparáveis à Justiça.
O fato é que o país assiste, estarrecido e imobilizado, o ministro Barbosa fazer o que bem entende, indiferente a tudo e a todos, como se dotado de superpoderes. Ele sequer respeita os colegas, colocando em pauta, para apreciação do plenário, os recursos endereçados ao Supremo, certamente temeroso de que seus atos sejam revogados por eles. Para o renomado criminalista Antonio Carlos Kakay, no entanto, só o plenário pode corrigir os erros do presidente da Corte, de modo a restaurar a credibilidade da justiça no Brasil. Os demais ministros, porém, embora constrangidos com as atitudes do presidente, preferem manter-se em silêncio para evitar atritos que possam prejudicar mais ainda a imagem do poder que representam.
Aparentemente o ministro Barbosa conseguiu intimidar todo mundo, pois afora as críticas de juristas e jornalistas ninguém ousa contestar, pelos meios legais, o seu abuso de autoridade. Segundo ainda o advogado Kakay, Rui Barbosa já dizia que "a pior ditadura é a do Poder Judiciário". Diante desse cenário, os advogados de José Dirceu, a quem foi negado o direito de trabalhar fora do presídio, recorreram à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, com sede em Washington, denunciando a violação dos direitos humanos justo por quem tem o dever de cumprir e fazer cumprir as leis. O recurso a um organismo internacional, no entanto, embora legal, além de produzir um efeito apenas moral, soa como uma vergonhosa confissão de impotência para resolver um problema interno do país.
A impressão que se tem é a de que estão todos de mãos atadas, obrigados a aceitar, embora a contragosto, as decisões do ministro Barbosa. Será que não existem dispositivos legais que possam respaldar uma ação capaz de conter o inexplicável comportamento ditatorial do presidente do STF? Se o legislador, ao elaborar as leis, não atentou para a eventualidade de uma situação como a que presentemente vive o país diante do abuso de poder do chefe da mais alta Corte do país, então tornou-se imperiosa uma iniciativa do Congresso Nacional, aprovando leis que possam corrigir distorções e evitar a repetição desses fatos no futuro. Afinal, não se pode aceitar a ideia de que tudo é possível no Brasil, um país onde se dá crédito até às maluquices do Jabor.
Com o ego inflado pela chamada Grande Imprensa, que chegou a cogitar o seu nome como candidato à Presidência da República, o ministro Barbosa ocupou grandes espaços na mídia, tendo sido apresentado pela revista "Veja" como "o menino pobre que mudou o Brasil". Apesar da sua origem humilde, no entanto, ele parece confirmar aquele velho dito popular, segundo o qual para "se conhecer o vilão basta entregar-lhe o bastão". Pelo visto ele ainda não se deu conta do mal que está causando à Justiça, como instituição, aos outros e a si mesmo, na medida em que tende a ficar só, inclusive sem o incenso da mídia, ao término do seu mandato de presidente da Corte. Provavelmente não lê o Evangelho, pois se o fizesse saberia que, como disse Jesus, "será julgado com a mesma medida com que julga os outros".
 http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/140273/Barbosa-e-o-Evangelho.htm

OPERAÇÃO LAVA JATO E A SUPREMA CORTE DAS CONTRADIÇÕES




No caso da corrupção do metrô em São Paulo, o ministro Marco Aurélio só ficou com uma parte (quem desfruta do foro privilegiado) e o restante continuou na primeira instância. A mesma lógica deveria reger o caso Lava Jato


Por decisão do STF, foram liberados todos os investigados na Operação Lava Jato (iniciada em 17/3/14), que desarticulou uma organização criminosa que tinha como objetivo a lavagem de dinheiro em seis estados e no Distrito Federal. De acordo com as informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), os acusados (ex-diretores da Petrobrás, deputados, doleiros etc.) movimentaram mais de R$ 10 bilhões de reais. Motivo da soltura: de acordo com o Ministro Zavascki, o juiz que acompanha a investigação (Moro), desde o primeiro momento em que surgiram indícios contra parlamentares, já deveria ter mandado o inquérito inteiro para o STF, não lhe sendo possível dividir o inquérito para remeter apenas parte dos fatos ou dos investigados à Corte Máxima. No caso do ex-senador Demóstenes o STF ficou com a sua parte da investigação e o restante foi para a primeira instância. No caso da corrupção do metrô em São Paulo, o Min. Marco Aurélio só ficou com uma parte (quem desfruta do foro privilegiado) e o restante continuou na primeira instância. A mesma lógica deveria reger o caso Lava Jato. Mas o Min. Zavascki afirmou ter havido erro do juiz, que "afrontou" o entendimento da Corte (que conta com vários entendimentos neste e em praticamente todos os assuntos, diga-se de passagem). Ponto para a Suprema Corte das contradições!

É discutível, portanto, a paralisação dos inquéritos determinada por Zavascki. De outro lado, quando se libera um acusado de enriquecimento ilícito, deveríamos sempre pensar na garantia da reparação dos danos. Por que não se fixar uma altíssima fiança nesses casos, tal como fazem as Justiças evoluídas e tendencialmente civilizadas? Sem essa garantia da reparação dos danos, a soltura de qualquer réu presumido inocente, nos casos midiáticos, incrementa ainda mais o ressentimento (a ira, o ódio, a raiva, o rancor, a indignação, o sentimento de impotência) da massa rebelada (Ortega y Gasset) que, em última análise, é quem verdadeiramente dita os critérios (certos e errados) da política criminal (assim como de grande parte dos conteúdos midiáticos). Ponto negativo para Justiça racional!

Nos países invertebrados (caso do Brasil), guiados pelas opiniões das massas rebeladas (constituídas pelo pensamento médio de todas as classes sociais e profissionais), a Justiça criminal, nos crimes econômicos dos poderosos, pouco se preocupa com o mais relevante, que é a reparação dos danos causados. E por que não se aprova a pena de empobrecimento dos "barões ladrões" (Freeland: 2014), tal como defendia Beccaria, em 1764? Na Justiça onde prepondera a opinião da massa rebelada (e ressentida) é enorme o prestígio da pena de prisão. Acredita-se que, sem ela, não existe castigo. Esse é um grande equívoco das massas rebeladas, cujo escopo irracional nunca ocultado sempre consistiu em promover algo mais que a justiça ou a racionalidade, sim, a vingança, seja de forma opressiva por meio da mídia, seja de forma direta como ocorreu com o linchamento da dona de casa Fabiane Maria de Jesus, em Guarujá-SP. Ponto negativo para os valores nobres (racionalidade, proporcionalidade etc.) não empunhados pela massa rebelada!

Teoricamente a economia de mercado ficaria sujeita à política e todos os seus abusos subordinados ao controle jurídico. A quase totalidade da massa rebelde (da sociedade civil ressentida), no entanto, tem dificuldade para perceber que, na prática, quem manda é a economia (o mercado) que, quando ingressa no mundo dos excessos e dos abusos, cria seus crimes organizados quase sempre juntamente com os agentes do Estado (deputados, senadores, polícia, juízes, fiscais etc.). Pelo menos no que diz respeito aos países de capitalismo selvagem e/ou extremamente desigual é bastante acertada a ponderação de Ferrajoli (2014/1) no sentido de que não existe o governo público/político da economia, sim, há o governo privado/econômico da política. Somente a Justiça das massas rebeladas não percebe que a única linguagem que o mundo da economia de mercado criminosa conhece (e reconhece) é a do deus chamado dinheiro. Fico sem compreender a lógica e o pensamento da ressentida massa rebelada (composta da média de todas as categorias sociais) que continua apegada à pena de prisão, mesmo para os casos onde não haja violência ou necessidade absoluta cautelar, esquecendo-se que o ressarcimento e o empobrecimento do "barão mafioso" seriam as consequências mais adequadas, aplicando-se o capital dele confiscado na educação obrigatória e gratuita de todos (digo todos, porque até os ricos escolarizados necessitam muitas vezes de educação ética comunitária). Ponto para a irracionalidade!


P.S O ministro Teori Zavaski voltou atrás em sua decisão e mandou o juiz Sérgio Mouro manter em prisão os acusados, exceto o  ex Diretor da Petrobrás que continuará solto em determinação da decisão de ontem tomada pelo ministro.



http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/140425/Opera%C3%A7%C3%A3o-Lava-Jato-e-a-Suprema-Corte-das-contradi%C3%A7%C3%B5es.htm

http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/140445/Ministro-decide-manter-presos-Youssef-e-mais-10.htm