domingo, 1 de junho de 2014

CAFEZINHO: BARBOSA AINDA USA APARTAMENTO FUNCIONAL COMO ENDEREÇO DA EMPRESA DE MIAMI



"Antes, uma interpretação amiga poderia até considerar que Barbosa usou o endereço de um apartamento funcional como sede de sua “empresa” criada em Miami por um descuido. Agora não há mais essa desculpa. Barbosa foi negligente e continua sendo. Agora é quase um desafio à lei. Ele pode tudo", diz o blogueiro Miguel do Rosário

Por Miguel do Rosário, do Cafezinho

Os brasileiros que se limitam a se informar pela grande mídia ainda não sabem que Joaquim Barbosa, presidente do STF, comprou um apartamento em Miami usando uma “corporation”, aberta em seu nome. E que usou um apartamento funcional como endereço sede da empresa.

No ano passado, essa denúncia correu nas redes sociais, a partir de blogs, inclusive deste Cafezinho, um dos primeiros a divulgar os documentos de Barbosa em cartórios de Miami. O Globo não deu nada. Hoje o Globo diz que Barbosa renunciou porque recebeu um telefonema no qual uma voz diz a ele “que sua hora está chegando”.

Nada disso. Barbosa renunciou porque fez uma besteira atrás da outra. A mídia tentou blindar ao máximo, mas felizmente temos a blogosfera.

Pois bem, temos uma novidade. Mesmo depois de tantas denúncias, Barbosa não atualizou o endereço da Assas JB Corporation. O relatório de 2014 mostra que o endereço do apartamento funcional continua lá, firme e forte.

Antes, uma interpretação amiga poderia até considerar que Barbosa usou o endereço de um apartamento funcional como sede de sua “empresa” criada em Miami por um descuido. Agora não há mais essa desculpa. Barbosa foi negligente e continua sendo. Agora é quase um desafio à lei. Ele pode tudo.

Confira neste link, o relatório anual da Assas JB Corp para 2014, divulgado ao final de abril.

Detalhe, ele ainda é presidente do STF e ministro. O uso de um apartamento funcional para fins empresariais ainda é ilegal, portanto.

- See more at: http://www.ocafezinho.com/2014/06/01/bomba-o-relatorio-de-2014-da-empresa-de-joaquim-barbosa-em-miami/#sthash.CcxMgDGa.dpuf

A RENÚNCIA DO MONGE DO ÓDIO



Vai Barbosa. Leva contigo teu ódio. Que tua intolerância sirva de alerta a teus pares dos perigos de um magistrado que se deixa guiar pelo rancor, ao invés de aplicar o Direito

Joaquim Barbosa se foi.

Partiu sem julgar o Mensalão do PSDB.

Escafedeu-se sem nada dizer sobre a Lista de Furnas.

Caiu fora  sem se pronunciar em relação ao escândalo de 2,5 bilhões de dólares no metrô de São Paulo, o chamado Trensalão dos governos tucanos  de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin.

Joaquim Barbosa só tocou o terror contra o PT.

Barbarizou os condenados da Ação Penal 470, dita Mensalão.

Contrariou a jurisprudência consagrada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que garante ao preso do regime semi-aberto o direito ao trabalho para negar este benefício ao ex-ministro José Dirceu, ao ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, aos ex-deputados federais Valdemar Costa Neto, Pedro Corrêa e Carlos Alberto Pinto Rodrigues (Bispo Rodrigues), além de Jacinto Lamas (ex-tesoureiro do então Partido Liberal), que exerciam trabalho externo já há várias semanas.

Radical contra o PT, o ministro Joaquim Barbosa não teve a mesma dureza contra traficantes, facínoras e assassinos barra-pesada que desfrutam de inúmeras regalias nos presídios Brasil afora. O “menino pobre que mudou o Brasil” nada fez contra aqueles que, da cadeia, continuam a comandar suas redes de tráfico de drogas, seqüestros, asssaltos, assasinatos e extorsões. Porque será que Joaquim Barbosa não tocou o terror contra  Fernandinho Beira-Mar, Leonardo Mendonça e outros?

Esperava mais de você Batman!

Joaquim Barbosa vai e se esvai. Desintegra-se o seu pedestal moralista, tal e qual o ex-senador Demóstenes Torres.

Herói do PIG (Partido da Imprensa Golpista), JB avisa que embarca direto para Miami, onde comprou apartamento de R$ 1 milhão. Vai para um auto-exílio, pois sabe que não deixa saudade.

Seus colegas de toga exultam-se com sua renúncia. Ao longo de sua breve passagem pela presidência do Supremo Tribunal Federal e do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), Joaquim Barbosa conseguiu críticas unânimes por sua conduta de déspota. Sua atuação foi denominada anti-democrática pelos presidentes da Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil), AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros),  Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho).

Visto por setores mais conservadores da imprensa e da oposição como ponta de lança para inviabilizar o governo da presidenta Dilma Roussef e criminalizar o PT, Joaquim Barbosa deixa a vida pública para entrar para história como a versão Jânio Quadros de Carlos Lacerda, ou seja, renunciou sem lograr êxito no golpe, como  tivera o Corvo, 50 anos antes, naquele fatídico 1º de abril de 1964.

Nem Batman, nem Lacerda.

Joaquim Barbosa não foi herói nem grande conspirador.

Foi, isto sim, um monge do ódio, conforme reconhece o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Marcus Furtado Coelho:

“Essa interpretação vingativa de um caso concreto (concessão de trabalho aos presos da AP 470)  não pode suscitar prejuízo a 77 mil brasileiros (presos em regime semiaberto)”, advertiu Coêlho, reforçando a convicção externada pelo meio jurídico do país, de que o presidente do Supremo, ao aplicar dessa forma, acabou na prática com o regime semiaberto e pode prejudicar todos os que já cumprem pena sob este regime.

“Não deve haver vitória do discurso da intolerância e do direito penal sobre o inimigo. Se ele é meu inimigo não devo cumprir a lei”, acentuou o dirigente da entidade máxima dos advogados brasileiros.

Sem Barbosa à frente do STF, a judicialização da política deve perder força. O próprio Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, reconheceu que o afã vingativo de JB trouxe insegurança jurídica ao país:

“O problema que se coloca em interpretação de direito é a segurança jurídica. Tínhamos uma interpretação, já de algum tempo, de que não seria necessário o cumprimento de 1/6 da pena para que o preso pudesse alcançar o privilégio do trabalho externo. Uma modificação nessa interpretação jurídica pode causar insegurança jurídica. E, em causando insegurança jurídica, pode refletir em demais presos sim”, concluiu Janot.

Vai Barbosa.

Leva contigo teu ódio.

Que tua intolerância sirva de alerta a teus pares dos perigos de um magistrado que se deixa guiar pelo rancor, ao invés de aplicar o Direito.

http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/142000/A-ren%C3%BAncia-do-monge-do-%C3%B3dio.htm

As razões da aposentadoria de Barbosa, por Jânio de Freitas



Afirmações inválidas

Da Folha de São Paulo

Jânio de Freitas



As cassações de direito ao trabalho externo, lançadas recentemente por Barbosa, já lhe prenunciavam uma sucessão de derrotas no STF

Nem o motivo, nem a ocasião apontados para a repentina renúncia de Joaquim Barbosa merecem crédito.

Disse ele que se decidiu por deixar o Supremo Tribunal Federal "naqueles 22 dias que tirei em janeiro, estive na Grã-Bretanha e na França, aquilo foi decisivo para minha decisão". Como respondia a perguntas sobre o motivo de comunicar a renúncia naquele dia, subentende-se que a ocasião estava escolhida desde janeiro.

Ainda que citar a decisão europeia não incluísse a data, a incongruência permaneceria. Em entrevista de estreia do jornalista Roberto D'Ávila na Globonews no fim de março, Joaquim Barbosa admitiu que deixaria o Supremo mas não por ora, com Roberto logo explicitando que isso significava ficar até o fim do mandato de presidente, "até novembro?". E o entrevistado foi sucinto e definido: "Sim".

Janeiro e novembro foram afirmações inválidas. A citação de novembro, em março, invalidou a de janeiro, e a renúncia em maio invalidou as duas. Algum motivo dos últimos dias, ou no máximo semanas, levou Joaquim Babosa a precipitar suas visitas à presidente da República e aos presidentes do Senado e da Câmara, ainda manhã da última quinta, para informá-los da renúncia. À tarde comunicada ao plenário do Supremo.

Coincidência ou não, na véspera o advogado José Luis Oliveira Lima encaminhou ao presidente do Supremo o pedido de habeas corpus para seu cliente José Dirceu. De quem o leu, por certo com objetividade, posso transmitir a opinião de que o considerou muito bem feito, como argumentação jurídica e no caso específico, requerido também o seu julgamento pelo plenário.

A tese e as cassações de direito ao trabalho externo, lançadas recentemente por Joaquim Barbosa, já lhe prenunciavam uma sucessão de derrotas no tribunal. O novo habeas corpus tem que ser julgado em futuro próximo. Com a renúncia, já neste julgamento Joaquim Barbosa estará em condições de dizer que, pendente o seu afastamento apenas de formalidades burocráticas, não participará da discussão e da decisão. E pode sair do plenário sem o testemunho da derrota.

Além de comprovadas provocações, Joaquim Barbosa pode ter sofrido ameaças. Não as citou, porém, cabendo a jornalistas invocá-las, sem oferecer fundamentação factual, como causa de precipitação da renúncia.

A serem mesmo o motivo, a renúncia seria uma fuga. E um exemplo desonroso saído do próprio cume do Poder Judiciário para os bravos e dignos procuradores, promotores e juízes, mulheres e homens, que processam e a cada dia condenam criminosos perigosíssimos, porque assim é o dever que assumiram. Os seus condenados não se chamam Dirceu e Kátia, Valdemar e Genoino. Chamam-se Fernandinho Beira-Mar, Nem, Marcola.

Mas fugir de ameaça e ficar por aí nada mudaria. Convenhamos que ameaças seriam um bom pretexto para morar no exterior, por exemplo no apartamento comprado em Miami. O repouso de quem personificou no Supremo o populismo autoritário. Ou, melhor no seu caso, o autoritarismo populista.

http://jornalggn.com.br/noticia/as-razoes-da-aposentadoria-de-barbosa-por-janio-de-freitas

OS TORCEDORES DEVERIAM TER BAIXADO O CACETE EM RONALDO EM 1998?



"A partir do momento em que há vândalos no meio disso, mascarados... A segurança pública tem de conter esses vândalos. Parece que as pessoas acordaram [para os problemas do país], mas acordou todo mundo junto. Ninguém sabe como fazer ou por onde ir. A população tem de protestar sem violência. Nos vândalos, mascarados, tem de baixar o cacete mesmo."

Ronaldo foi, sim, o principal culpado pela goleada humilhante que o Brasil sofreu. Mesmo assim, eu nunca defendi que lhe baixassem o cacete

A frase é do ex-jogador Ronaldo Fenômeno, em fase de cabeça de bagre.

Já chutara uma bola para fora do estádio ao se dizer envergonhado com a forma como o Brasil se preparou para sediar o Mundial da Fifa... numa montagem de cenário para romper espetacularmente com a presidenta Dilma Rousseff e anunciar apoio ao seu adversário Aécio Neves. Aí o jornalista Juca Kfouri antecipou que era esta a jogada e Ronaldo ficou com cara de bobo.

Ninguém precisa de pretextos menores para justificar intenção de voto. Deveria escolher candidato levando em conta o que importa: os benefícios e malefícios que cada candidatura trará para o sofrido povo brasileiro.

A nova declaração, além de imbecil (Paulo Coelho acertou na mosca...), foi fascistoide e repulsiva. Equivaleu a um chute tão errado que foi não só para longe do estádio. Foi para fora do Estado. Deve estar chegando em Minas Gerais...

Quando se começa a falar em agredir pessoas ao arrepio da lei, não se pára mais. Lembro-me do meu inconsolável pai em 1998, recomendando o mesmo tratamento para pipoqueiros que, com um ataque de tremedeira, fizessem o Brasil perder uma decisão de Copa do Mundo.

Hoje se sabe que o alvo de seu desabafo não sofreu a suposta crise de paúra; foi, isto sim, vítima de uma injeção mal aplicada, tendo mesmo entrado em convulsão.

O que não poderemos jamais desculpar é sua atitude de, voltando meio sonado do atendimento médico, ter insistido em entrar em campo sem as mínimas condições para disputar uma partida daquela importância, tão obcecado estava em encher-se de glória.

Como o elenco se dividiu entre a turma do Dunga (que, corretamente, defendia a decisão inicial do técnico Zagallo, de escalar Edmundo) e a patota do Bebeto (que sempre adotava posição contrária à do Dunga), a Seleção começou o jogo com os atletas ruminando rancores e uns não olhando a cara dos outros. Deu no que deu.

Neste sentido, de haver sido o pomo da discórdia que derrotou psicologicamente o escrete antes mesmo de Zidaine fazer o primeiro gol da França, Ronaldo foi, sim, o principal culpado pela goleada humilhante que o Brasil sofreu, um vexame inédito para nós numa final de Copa do Mundo.

Mesmo assim, eu nunca defendi que lhe baixassem o cacete. O coitado do papai estava tão errado então quanto o Ronaldo está agora.

Do blog Náufrago da Utopia

http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/141928/Os-torcedores-deveriam-ter-baixado-o-cacete-em-Ronaldo-em-1998.htm

As obras da copa que segundo os coxinhas não existem

Com dois anos de atraso, Dilma rebate lendas sobre a Copa

http://jornalggn.com.br/noticia/com-dois-anos-de-atraso-dilma-rebate-lendas-sobre-a-copa

Charge de Paixão

Uma nova pequena amostra sobre os erros da centralização de decisões nas mãos da presidente da República.
O governo federal é o que em administração se chama de organização complexa, tendo de administrar um país com mil demandas, estruturas de poder, modelos gerenciais estratificados, representação política anacrônica, dezenas de ministérios trabalhando de forma compartimentalizada, navegando em temas dos mais díspares, da infra-estrutura às políticas sociais.
Por isso mesmo, é humanamente possível administrar de forma centralizada. Nem Jack Welch conseguiria.
A gestão correta consiste na presidente definir uma estrutura hierárquica, dividindo essa realidade complexa em grupos temáticos e colocando para gerenciá-los pessoas de alto nível e de confiança total do presidente.
Depois, tratar cada problema que surge de forma definitiva. Identificado o problema, monta-se uma comissão constituída de todos os agentes envolvidos com o tema, e define-se uma linha de ação definitiva e permanente - para o problema ser definitivamente tirado do chek-list de preocupações governamentais.
A atuação da presidente limita-se à parte nobre da empreitada: definir os rumos e cobrar resultados. E dar autonomia para sua equipe trabalhar.  
O erro central de Dilma tem sido centralizar todos os temas nas suas mãos. Ocupada em querer administrar tudo, não sobrou tempo para definir as regras.
Quando o problema torna-se premente, Dilma entra na jogada e começa a trabalhar a solução. No dia seguinte surge um novo problema e o anterior é abandonado, para ressurgir tempos depois, como fantasmas nunca exorcizados.
Esse estilo de chamar tudo a si, além de extremamente desgastante, gerou um corpo ministerial absolutamente acomodado. Ninguém enxerga o problema como dele, mas da presidente.
Dia desses conversava com um repórter brasiliense. Ele me disse que, ao contrário do que a opinião pública imagina, os ministros mais ativos são os políticos com personalidade própria, sem se deixar intimidar pela mera presença da presidente. O de Minas e Energia está trabalhando para consertar os erros das mudanças do setor elétrico; o de Transportes está se virando.
Já a cota pessoal é totalmente acomodada - com notáveis exceções, como Mirian Belchior, do Planejamento, e Tereza Campello, do Desenvolvimento Social e, agora, Aluizio Mercadante, da Casa Civil. Em áreas críticas, como a Fazenda e a Justiça, não há a menor proatividade.
Em outros Ministérios menores, não há sequer cobrançaa.
O caso da Copa é típico. Há pelo menos dois anos, o Ministro dos Esportes Aldo Rabello e a Secretária de Comunicação Social já deveriam ter definido uma estratégia de esclarecimento contra as lendas criadas no período.
Contei aqui de um Brasilianas sobre o tema, no qual o Secretário Executivo do Ministério dos Esportes calou dois críticos radicais da Copa com argumentos e dados consistentes.
No entanto, indague-se de Aldo a razão de nunca ter conduzido uma campanha de esclarecimento. Dirá que os marqueteiros de Dilma não deixaram, para que a população não associasse os problemas da Copa à imagem da Presidente. Disse isso a jornalistas sem apresentar um pingo de constrangimento.
Os marqueteiros dirão que o problema é de Aldo, que poderá passar o bastão para a Secom, que dirá que caberia ao Ministério dos Esportes, que finalmente alegará que nada fez por não ter sido autorizado pela presidente.
Há dois anos já se sabia que a Copa seria o tema do ano para a desconstrução do governo. Nada se fez aguardando a presidente. Agora, a presidente dá uma entrevista que, por ser da presidente é repercutida em todos os jornais, brandindo argumentos racionais que irão bater em lendas já estratificadas na opinião pública.
É apenas um exemplo de como a vezo da centralização leva os governos a dedicar todas suas energias a apagar fogo e a correr atrás do prejuízo.