sexta-feira, 13 de junho de 2014

Quem é essa turma do vai tomar no c…

O Brasil é um país complexo e muito difícil de explicar, mas a sua elite não. Ela é previsível e está sempre no mesmo lugar. As elites do mundo não costumam ser muito diferentes, mas a brasileira é das piores.

Não à toa o Brasil foi o último país do planeta a acabar com a escravidão, não à toa somos um dos poucos países que só agora está vivendo um ciclo democrático de três décadas. Todos os outros nossos períodos de democracia duraram menos do que isso.

Na época da escravidão, essa elite também tinha lado
Na época da escravidão, essa elite também tinha lado

E todas as ditaduras e a escravidão longínqua que tivemos são obras da nossa elite. Que se julga o Brasil. Que se acha a dona do país. Que é altamente corrupta, mas que faz de conta que o que lhe move na política é a defesa do interesse público.

Os que xingaram Dilma na tarde de ontem de maneira patife e abjeta são os netos e bisnetos daqueles que torturam negros nas senzalas. São os filhos daqueles que apoiaram a tortura na ditadura militar. São os mesmos que há pouco fizeram de tudo para que não fosse aprovada a legislação da empregada doméstica e que nos seus almoços de domingo regados a champanhe francês e a vinho italiano sobem na mesa para gritar contra o Bolsa Família.

Essa elite que xingou Dilma daquela maneira no Itaquerão sempre envergonhou o país. E ontem só aprontou mais uma. Não foi um ponto fora da curva no processo histórico. E também não foi nada inocente.

Aécio Neves mais do que todos os outros candidatos que o PSDB já teve simboliza essa elite. É o típico bon-vivant, que nunca trabalhou na vida, que surfou até os 20 anos no Rio de Janeiro e que depois foi brincar de motocross até os 25 anos na montanhas de Minas Gerais, para só depois entrar na política e ir defender os interesses da família e de seu segmento social.

Ontem, Aécio deu uma entrevista ao Globo onde atiçava seu eleitorado a sitiar a presidenta da República. E ao mesmo tempo milhares de panfletos eram distribuídos na entrada do Itaquerão associando o PT à corrupção. Pra criar o clima do ataque à presidenta.

O mesmo Aécio que botou a polícia do Rio para invadir a casa de pessoas que ele suspeita estarem criticando-o na Internet. O mesmo Aécio que silenciou a imprensa de Minas Gerais e colocou-a de joelhos para os seus projetos pessoais.

Quem xingou Dilma não foi nem um punhado de inocentes e nem a massa ignara. Foi o pedaço do Brasil que odeia o brasileiro.

Para este pedaço do Brasil que é a cara de Aécio, tanto faz se o presidente é Dilma, Lula, José ou Maria. O que eles não aceitam e que o país não seja apenas um lugar para eles exercerem sua sanha dominadora.

E por isso que o Bolsa Família, o aumento do salário mínimo, as políticas de cotas, a legislação da empregada doméstica e alguns outros programas sociais são tão abominados por essa gente. Eles querem que o povo morra de fome. Querem que o povo vá tomar naquele lugar. O xingamento não é para a presidenta. É para o Brasil que a elegeu. Porque na democracia desses patifes, o voto deles teria que valer mais do que o do sertanejo ou da mulher que luta pela sobrevivência dela e dos filhos nas periferias das grandes cidades.

Os netos e bisnetos dos escravistas e os filhos dos que apoiaram a tortura na ditadura. É esse Brasil que nos envergonha do ponto de vista histórico que nos envergonhou ontem xingando uma presidenta legítima, uma chefe de Estado que tem atuado dentro dos limites da Constituição.

Esse Brasil precisa ser derrotado mais uma vez. Porque se o projeto petista tem seus limites e poderia ser muito melhor, o desses caras é o que há de mais asqueroso. É o vai tomar no cu.

http://www.revistaforum.com.br/blogdorovai/2014/06/13/quem-e-essa-turma-vai-tomar-cu/

Só podiam ser brancos e ricos!

Ademário Costa detona a área VIP: Só podiam ser brancos e ricos!




Por Ademário Costa, via e-mail

Que a burguesia brasileira é homofóbica, racista e machista nos já sabíamos, que vaiou os presidentes do Brasil na abertura dos Jogos Panamericanos, na Copa das Confederações e vaiaria na Copa do Mundo, também já sabíamos.

Mas agora caiu por terra o mito da educação de berço dessa turma herdeira do escravismo, do latifúndio e do coronelismo.

Durante mais de 500 anos, este povo que ocupa todas as “áreas Vips” foi considerado detentor da boa educação, dos valores civilizatórios e das tradições culturais do país.

Os que xingaram a presidenta da Republica, são os mesmos que passaram a vida inteira de costas para o Brasil, afirmando sua ascendência ariana, aspirando respirar os ares norte-americanos e europeus, de preferência, cheirando perfume francês.

São os que trataram o país como um quintal, olhando para nós como uma ralé desprezível, que deveria agradecer por tê-los como espelhos, exemplos do que nós, o povo, deveria ser.

Não, muito obrigado, não queremos que nossos filhos aprendam o seu rol de baixarias. A civilização que estamos construindo quer superar o racismo.

Viva Marcelo! Bonito, talentoso e ainda é preto!

Nesta nossa civilização as mulheres ocupam um lugar central, aqui caras-pálidas, elas podem ser Presidentas da Republica.

As famílias podem ser constituídas com toda a diversidade que a humanidade nos presenteia e qualquer maneira de amor vale a pena.

A atitude mal educada na abertura da Copa revela a agonia de uma turba ignorante, inculta e ultrapassada.

A única nata que representam é a camada de detritos, formada pelos corpos dos milhões mortos na escravidão das fazendas de seus antepassados ou nas confecções modernas de suas marcas de grife.
Embaixo de seus carpetes de pérola baroda escondem uma história de maldades e carnificina.

O ódio que sentem por nós, revela o temor de receberem de volta o mesmo cipó em seus lombos. Mas não precisam ficar tão raivosos, atualmente já não passamos mais o trator. Agora só fazemos passar o metrô.

Ademário Costa – Cientista Social / Salvador

http://www.viomundo.com.br/politica/ademario-costa-detona-a-area-vip-so-podiam-ser-brancos-e-ricos.html

O STF se transformou em STJB


Joaquim Barbosa em ilegalidade expulsa advogado da tribuna



Por Jean Menezes de Aguiar

Barbosa pode até ter aumentado sua quantidade de fiéis com a expulsão do advogado Luiz Fernando Pacheco da tribuna do STF. Mas seu comportamento autoritário foi tecnicamente ilegal

Joaquim Barbosa, ministro do Supremo Tribunal Federal com sua oposição sistemática ao PT gerou paixão em muitos que odeiam Lula, Dilma e seu partido. Até aí existe apenas uma parcialidade pessoal do juiz que não deveria existir. Mas magistrados são humanos, como todos.

O problema se agrava quando o juiz francamente viola a lei. Entra em cena, aí, uma análise jurídica, fria. Barbosa pode até ter aumentado sua quantidade de fiéis com a expulsão do advogado Luiz Fernando Pacheco da tribuna do STF. Mas seu comportamento autoritário foi tecnicamente ilegal.

Um primeiro dado que muitos não sabem é que não existe hierarquia entre advogado e juiz. A lei 8.906, no artigo 6º é certeira: 'Não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos tratar-se com consideração e respeito recíprocos.' Esta informação custa a entrar na cabeça de alguns, mesmo após ler o citado artigo de lei. Mas teimosias devem ser respeitadas.
Outro dado está no artigo 7º, X, da mesma lei. Garante ao advogado poder interromper um julgamento. Como palavra de advogado, na tribuna, não pode ser 'cassada' – quem concede a palavra é a lei, não qualquer 'autoridade'- a intervenção de Pacheco foi correta. Diz o artigo de lei: 'São direitos do advogado: X – usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como para replicar acusação ou censura que lhe forem feitas.'

Ou seja, pode o advogado utilizar 'intervenção sumária', invocando a expressão 'pela ordem'. Novamente Pacheco agiu corretamente e dentro da legalidade.

O advogado, previamente, pôs a beca e ficou esperando o encerramento de Pacheco um julgamento que transcorria. Ao findar, utilizou a intervenção sumária, pela ordem. Tudo dentro da lei. Como disse o ministro Marco Aurélio, o recurso que pedia providências sobre um réu preso – réus presos têm preferências-, já deveria, há muito, ter ido a plenário para julgamento. JB não poderia retardar a apreciação do recurso pelo colegiado. Deu-se aí uma ilegalidade flagrante por parte do ministro.

No vídeo que se assiste na internet, o advogado se desculpa pela intervenção sumária e afirma não querer atrapalhar. Mas necessitava da apreciação do recurso pelo plenário. Ou seja, agiu com urbanidade e educação para com a corte. Tanto assim que o ministro Gilmar Mendes imediatamente parou de falar, concedendo a palavra ao advogado e nada reclamou.

Daí, instalou-se um bate-boca entre juiz e advogado, coisa que causa espanto em não poucos leigos, mas mero rito de passagem episódico para advogados seniores. O problema é que Joaquim Barbosa, num de seus já conhecidos surtos de autoritatismo, optou pela contramão da ilegalidade. Mandou desligar o som, tentando cassar a palavra de advogado, porque não conseguia sustentar o debate público. Afundou o pé na jaca, como se diz popularmente, quando clamou por seguranças que, obedientes, consumaram a ilegalidade: retiraram o advogado da tribuna.

Joaquim Barbosa, depois, afirmou que o advogado o 'ameaçou'. Mas ameaça é um crime específico, previsto no Código Penal, artigo 147. Na filmagem não há, tecnicamente, qualquer padrão de ameaça. O advogado disse em alto e bom som que iria processar criminalmente o ministro. Isto não é ameaça. Não há aí 'mal injusto e grave', conforme exige o tipo penal.

Cabe um processo do advogado contra o ministro? A resposta isenta é sim. Tanto que diversos especialistas ouvidos pelo site Consultor Jurídico, por exemplo, foram unânimes. Bem como entidades da advocacia, começando pelo Conselho Federal.

A lei de Abuso de Autoridade no artigo 3º, estipula: 'Constitui abuso de autoridade qualquer atentado: j) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional.' Joaquim Barbosa se enquadra perfeita neste artigo legal. E o artigo 4º, num aproveitamento indireto completa: 'Constitui também abuso de autoridade: a) ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder.' Considerando-se liberdade o 'ir, vir, ficar e permanecer', teoricamente também teria se dado um cerceamento no caso.

O experiente advogado Luiz Francisco Corrêa Barbosa, chegou a ir mais longe. Afirmou que 'ao revés de cassar-lhe [do advogado] a palavra e, na renitência, dar-lhe voz de prisão em flagrante por delito de desobediência, o presidente [Joaquim Barbosa] acabou por praticar o crime, também de ação penal pública incondicionada, de abuso de autoridade (Lei nº 4898/65, art. 3º, j), determinando à segurança do tribunal que retirasse o advogado da corte'. Chegou a criticar o fato de nenhum dos presentes ter dado voz de prisão ao presidente do STF.

Se Joaquim Barbosa usa medidas legalistas para tentar barrar uma relação com advogado, cabe o mesmo discurso contra sua pessoa. Faltou equilíbrio e serenidade técnica ao magistrado. O ministro Marco Aurélio, colega de JB, em pronta reação disse que o episódio foi simplesmente péssimo.

Desgraçadamente está em xeque o STF. Por outro lado, estima-se que ninguém ali faça ou fale mais nada. Também, que tudo isso não dê em nada contra Joaquim Barbosa. Certamente a OAB fará um desagravo e Pacheco ganhará mais uma 'medalha' para seu orgulho pessoal. Já Barbosa enfrentará mais uma imagem negativa, pelo menos na comunidade jurídica que conhece como as relações devem ser.

Agora, o caso é saber se na anunciada saída de JB do Supremo haverá festa de despedida ou festa de alívio.


Do blog Observatório Geral 

http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/143411/Joaquim-Barbosa-em-ilegalidade-expulsa-advogado-da-tribuna.htm

PML: truculência de Barbosa constrange o País

247 – O colunista da Istoé Paulo Moreira Leite também condenou a atitude do presidente do STF? Joaquim Barbosa, de expulsar o advogado Luiz Fernando Pacheco, defensor de José Genoino na AP 470, da tribuna. Segundo ele, a truculência de Barbosa constrange o país. Leia:

"Nem sob a ditadura militar"

Truculência de Joaquim Barbosa constrange o país. Mas foi apenas mais uma cena.

Só uma preocupação absoluta com o marketing pessoal pode explicar a cena truculenta ocorrida ontem a tarde, no Supremo Tribunal Federal. Numa reação que evitou uma nova derrota no momento em que está deixando o STF na condição de estátua, o presidente Joaquim Barbosa livrou-se – ao menos temporariamente – de uma situação contrangedora: ser obrigado, pelo plenário, a debater o pedido de prisão domiciliar de José Genoíno, direito elementar reconhecido até pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, e que vários ministros, favoráveis a solicitação, gostariam de discutir e resolver de uma vez por todas.

Num “desassombro” que a situação justificava inteiramente, conforme esclarecimento prestado pelo ministro Marco Aurélio Mello mais tarde, o advogado Luiz Fernando Pacheco, responsável pela defesa de José Genoino, foi a tribuna pedir – ou “rogar,” conforme suas palavras -- que Joaquim Barbosa colocasse o assunto na pauta do Supremo. O argumento era vergonhosamente básico.

Pacheco lembrou que os direitos de um cidadão aprisionado têm prioridade sobre outros assuntos em debate – naquele momento, o STF discutia mudanças na composição das bancadas de deputados federais. Nem vamos lembrar que Genoíno é cardiopata e que seu retorno a Papuda jamais recebeu o respaldo unânime dos médicos que o examinaram. A maioria sempre fez ressalvas e estabeleceu condicionantes – na postura típica de quem não quer se comprometer inteiramente com uma decisão que, sabidamente, contém riscos. Vamos falar de truculência.

Joaquim mandou desligar o microfone de Pacheco e, em seguida, convocou dois seguranças para levá-lo, a força, para fora a do STF. Em vez de argumentar e ponderar, com um advogado, com seus colegas, mais tarde, deu uma ordem aos subalternos, a polícia que faz segurança ao Supremo. Algo ver com Direito? Com Justiça?

"Nem nos anos de chumbo, os advogados que militaram nos tribunais militares foram submetidos a um espetáculo degradante e humilhante como esse," reagiu Técio Lins e Silva, presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros, resumindo a reação de outras entidades ligadas ao Direito. Marcus Vinícius, presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil reagiu no mesmo tom. Lembrou que o advogado é “inviolável” no exercídio de sua atividade professional e que “sequer a ditadura militar” agiu de maneira semelhante.

Entre os demais ministros do STF, coube a Marco Aurélio Mello demonstrar a irracionalidade da situação: “Nada surge sem uma causa,” disse o ministro. A causa, claro, é a recusa de Joaquim de discutir a prisão domiciliar de Genoino. Imagine o vexame. Depois de convocar inúmeras juntas médicas, até obter um atestado que fosse de seu agrado, Joaquim corre o risco de ser desautorizado pelo próprio tribunal.

Será que faria um novo “alerta à nação” , repetindo o espetáculo proporcionado quando perdeu os embargos sobre o crime de quadrilha?

Mimado pelos meios de comunicação depois que ficou claro que a AP 470 iria produzir, na Justiça, um massacre de Lula e do PT que a oposição não era capaz de obter nas urnas, sua principal bussola de atuação nunca foi a isenção nem o distanciamento que se espera de um magistrado, mas a parcialidade e a agressividade que empolgava as platéias da TV Justiça e os cumprimentos que recebia em aparições públicas.

A cena de ontem foi gravíssima.

Mas, no fundo, foi mais uma.

Sua utilidade, de qualquer modo, é didática. Explicita, pela violência, o método empregado para condenar os réus da AP 470. Não se assistiu ao espetáculo da Justiça. Mas à Justiça do espetáculo.

Depois de manter provas escondidas num inquérito 2474, que poderia ser util para a defesa dos condenados. Recusar o desmembramento, que era tão óbvio que já virou jurisprudências para os tucanos e para os políticos do DEM apanhados na mesma situação.

Agora se impede um advogado de colocar uma questão de ordem. “Nem nos anos de chumbo...Nem na ditadura militar...”

http://www.brasil247.com/pt/247/brasilia247/143365/PML-trucul%C3%AAncia-de-Barbosa-constrange-o-Pa%C3%ADs.htm