sexta-feira, 11 de julho de 2014

PSDB e a Copa: eles não sabem o que dizem


Por que o Arrocho Neves é tão errático ? – PHA

PSDB e a Copa: eles não sabem o que dizem



O PSDB continua confuso sobre o que faz e diz. Agora o tema é a Copa do Mundo no Brasil. Ao analisarmos as principais declarações dos tucanos sobre o mundial, é possível perceber como eles mudam de ideia bem facilmente. Reconhecemos que não deve ser fácil para a oposição lidar com o sucesso retumbante da #copadascopas, nacional e internacionalmente

Antes do início do torneio, os tucanos se mobilizaram para associar a imagem de Dilma à Copa por acreditarem – como pesssimistas de plantão – que o evento seria um fiasco. Ao perceber o sucesso retumbante do torneio,  o PSDB buscou rapidamente tentar descolar sua realização da imagem do governo e de Dilma. Aécio declarou mais de uma vez que governo federal estaria fazendo “uso político da Copa “. Nas palavras do candidato: “O brasileiro está suficientemente maduro e consciente para perceber que são coisas absolutamente diferentes. Eu falo isso porque eu vejo uma certa tentativa de apropriação desses eventos para o campo político”.

Como coerência jamais foi o forte tucano, assim que o Brasil sofreu a derrota para a Alemanha nas semifinais do torneio, Aécio declarou que “Dilma pagará pela eliminação do Brasil”. Como assim, candidato? O senhor não era contra a apropriação política do evento?


Essa conduta confusa acerca dos temas importantes para o Brasil é recorrentes também na fala de outros políticos do PSDB. Comecemos pelo coordenador da campanha digital de Aécio, Xico Graziano. Conforme o Muda Mais mostrou aqui, Graziano fez uso político da Copa para atacar Dilma pelo twitter assim que a seleção perdeu para a Alemanha, assim como o senador tucano Álvaro Dias fez em seu facebook






Aécio, Álvaro e Graziano poderiam conversar mais com seu companheiro de partído, o líder do PSDB mineiro Marcus Pestana , que declarou: “sempre achei que não há relação entre a política e o resultado esportivo.Isso parte de uma visão equivocada que infantiliza o povo brasileiro”. Muito bem, Pestana. Agora, não somos os únicos a sugerir que os tucanos ensaiem melhor seu discurso.

Para coroar sua falta de coerência, Aécio fez mais uma postagem contraditória em si mesma em sua página do facebook hoje (11/07). Adivinha quem está fazendo uso político da derrota do Brasil no gramado? Aécio diz que não é hora de oportunismo, ao mesmo tempo em que cunha o termo “futebras”. Quem está sendo oportunista ao utilizar a derrota em campo do Brasil politicamente, Aécio?





O que fica nítido nisso tudo é que os tucanos falam que não, mas estão politizando – e muito – a derrota do Brasil na Copa. Mais uma vez,  o governo continua sendo propositivo, tendo o que mostrar. Então, vamos relembrar aos políticos do PSDB que o governo federal foi responsável por planejar e executar o maior evento mundial que o Brasil já sediou, e o fez com maestria, recebendo uma série de elogios no mundo por ter feito a #CopaDasCopas. E repetimos: a gente tem o que mostrar- em geração de empregos, saúde, educação, mobilidade urbana, e muito mais – e a gente sabe o que diz.  


http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2014/07/11/psdb-e-a-copa-eles-nao-sabem-o-que-dizem/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+pha+%28Conversa+Afiada%29

As mudanças de tom de Aécio Neves sobre a Copa



Jornal GGN – O senador e candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, mudou o tom pela segunda vez em relação à Copa do Mundo. A declaração mais recente, veiculada em jornais de todo o país, foi uma crítica contra um suposto uso político do mundial pela presidente Dilma Rousseff (PT). Para o senador, a candidata à reeleição pagaria pela eliminação da seleção brasileira diante da goleada aplicada pela Alemanha.

Mas o próprio tucano já adaptou seu discurso político em diferentes momentos da Copa do Mundo. Durante a preparação para o evento, Aécio usou os atrasos na execução das obras – principalmente os estádios – para atacar a presidente, chegando a afirmar que o caso representava a “incompetência” administrativa da gestão Dilma. Até o ex-jogador Ronaldo Fenômeno, membro do comitê organizador da Copa, posou ao lado do candidato e, dias depois, declarou-se “envergonhado” da organização do evento.

Mas com o início do mundial e o bom andamento da competição, incluindo na parte logística – aeroportos funcionando, estádios entregues e funcionais –, assim como a mudança de postura da imprensa internacional, que passou a reconhecer o mundial no Brasil como o melhor da história, levou o tucano a amenizar o tom.

Ao longo dos jogos, o senador vestiu a camisa de torcedor, deixou-se aparecer facilmente ao lado de correligionários enquanto assistia as partidas da seleção e chegou a afirmar que era contra confundir o esporte com política. Mas a histórica derrota do time canarinho serviu para, novamente, mudar o tom de Aécio. Agora, o senador – antes contrário ao uso político da Copa do Mundo – afirma que a presidente Dilma “pagará” pela derrota do time em campo.

http://jornalggn.com.br/noticia/as-mudancas-de-tom-de-aecio-neves-sobre-a-copa

Mentiras sobre o Mané Garrincha

Por Chico Vigilante
A quem interessa envenenar a população a respeito de um dos mais belos estádios brasileiros?
A grande visibilidade do estádio nacional Mané Garrincha no imaginário do brasiliense fez com que a oposição o escolhesse como alvo de ataques no intuito de denegrir a imagem do governo do PT. Muitas foram as mentiras.

A oposição ao governo Agnelo e os inimigos do Brasil de plantão, aqueles que disseram que não conseguiríamos terminar os estádios, que o caos se instalaria durante a Copa, e que torcem, inclusive, contra a nossa seleção, são os mesmos que inventam calúnias sobre a construção e a utilização do estádio.

A maior delas é dizer que é um dos mais caros do mundo, tendo custado R$1,9 bilhão. Na verdade, o valor real do investimento no Mané Garrincha foi de R$1,4 bilhão. A soma de R$1,9 bilhão computou equivocadamente recursos referentes ao Projeto de Revitalização da Área Central de Brasília, que inclui entre outras, obras viárias, de urbanização e de paisagismo, por exemplo, do Setor Hoteleiro do Plano Piloto.

É uma grande mentira afirmar que o Estádio Mané Garrincha custou o dobro do que estava previsto inicialmente. A obra do estádio foi contratada a partir de licitações distintas. A primeira delas, no valor de R$ 696 milhões, assinada em 2010, entre o GDF e o consórcio Brasília 2014, era responsável apenas pela obra civil, ou seja, pelo esqueleto do estádio.

Esse contrato não incluía itens como cobertura, gramado, placares eletrônicos, assentos, entre muitos outros, licitados mais tarde ao longo do processo de construção da nova arena.

Não se pode comparar investimentos de estádios que passaram por reformas com investimentos necessários para a total reconstrução de um estádio do porte do Mané Garrincha, com capacidade para 72 mil pessoas. Se comparamos seu custo com os dos estádios internacionais veremos que está até abaixo da média.

Os dois grandes estádios londrinos, o de Wembley e o Emirades Stadium, custaram R$2,9 bilhões e R$ 1,5 bilhão respectivamente. Na Alemanha a Allianz Arena custou R$ 1,8 bilhão.

Outros absurdos sem fundamento são dizer que o Mané Garrincha foi entregue com atraso e que depois da Copa se transformará num elefante branco subutilizado.

Não houve atraso na entrega da obra da arena. Na concepção do projeto, Brasília receberia apenas os jogos da Copa do Mundo de 2014. Com a escolha da cidade para ser sede da abertura da Copa das Confederações, em 15 de junho de 2013, o cronograma de entrega foi antecipado em oito meses e o estádio nacional inaugurado em 18 de maio de 2013.

A alegação de que é um elefante branco é uma grande barriga. Em um ano desde a sua inauguração, o estádio já recebeu um público de mais de 1,1 milhão de pessoas, mais que o triplo do antigo Mané Garrincha, em 36 anos de funcionamento. Foram 48 eventos, entre 35 partidas de futebol, quatro shows e nove eventos institucionais. Toda a cidade ganha com a operação do estádio: 2 mil empregos diretos e indiretos são gerados a cada grande evento, que impacta a economia local em aproximadamente R$ 12 milhões.

O estádio deu visibilidade internacional à capital do país e atraiu outros eventos de grande porte. O Mané Garrincha já está confirmado como sede das Olimpíadas de 2016 para as partidas de futebol. Em 2018 acontecerá aqui o Fórum Mundial da Água, e em 2019, a capital do país vai receber a Universíade, o maior evento esportivo universitário do mundo.

Foi no Mané Garrincha que o Campeonato Brasileiro de Futebol em 2013 teve o maior público, de 63.501 pessoas, e a maior renda, de R$ 6,9 milhões. O estádio brasiliense terminou o Brasileirão de 2013 com a maior media de público nas dez partidas que sediou, de 368.727, e a maior arrecadação média, de R$ R$2,5 milhões.

Uma grande estupidez é também sair por ai repetindo que o governo tirou dinheiro da área de saúde para a construção do estádio. Os números provam o contrário. De 2011, quando o estádio começou a ser construído, a 2013, o orçamento da Saúde aumentou cerca de 32%, passando de R$ 4,3 bilhões para R$ 5,7 bilhões. E para 2014 a previsão é aumentar mais ainda: R$ 5,9 bilhões.
O mesmo ocorreu com a educação, cujos investimentos aumentaram em 15%, entre 2011 e 2013, pulando de R$ 3,1 bilhões para R$ 3,7 bilhões.

É totalmente desonesta e tendenciosa a afirmação de que a Copa do Mundo deu prejuízo a Brasília. Pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), da Universidade de São Paulo (USP), mostrou que só a Copa das Confederações movimentou R$ 2,8 bilhões no Distrito Federal, o equivalente ao dobro do valor investido no Estádio Mané Garrincha. A projeção para a Copa do Mundo, é que mais de R$ 8,4 bilhões sejam movimentados na economia brasiliense.

O grande beneficiado com as obras da Copa aqui realizadas é inegavelmente o brasiliense. Trata-se de uma mentira deslavada e irresponsável dizer que o único investimento feito pelo governo do GDF na Copa foi na construção do Estádio Mané Garrincha.

Na realidade, para cada R$1,00 investido no estádio o Governo do Distrito Federal assegurou outros R$ 4,00 para infraestrutura, mobilidade urbana e segurança. Um total de R$ 5,6 bilhões provenientes do PAC e do orçamento local foram destinados ao Distrito Federal, por Brasília ser a sede da Copa.
Todo o investimento feito pelo governo priorizou obras que ficarão como legado para a população do Distrito Federal depois que a Copa acabar e que representam melhoria na qualidade de vida de todos os moradores do DF.

São investimentos em infraestrutura, transporte e segurança que foram acelerados com a realização da Copa do Mundo. A ampliação da DF-047, que liga o Aeroporto JK ao centro de Brasília, por exemplo, beneficia 80 mil veículos por dia, ou seja, mais de 160 mil brasilienses, aumentando a fluidez no trânsito e reduzindo o tempo perdido em deslocamentos.

O Centro de Controle e Comando Integrado Regional está sendo utilizado na Copa para o monitoramento das principais áreas do Distrito Federal, mas após o evento estará integrado a mais de 2 mil câmeras, se tornando um grande aliado no combate à criminalidade.

Além do reforço de pessoal, com a contratação de mais policiais e investimentos em treinamento e qualificação, o governo comprou mais de 1.900 viaturas novas, armamentos, e, o mais importante, está trabalhando com forças de segurança integradas, fortes ferramentas no combate ao crime que ficarão também como legado após a Copa do Mundo para a melhoria da segurança da população.
Outra grande calúnia foi a de que só quem tem dinheiro pode pagar o preço do ingresso no Mané Garrincha. Somente este ano, quatro partidas realizadas no Estádio Nacional de Brasília tiveram ingressos vendidos a partir de R$ 1.

No ano passado, no Torneio Internacional de Futebol Feminino, os ingressos foram vendidos a partir de R$ 15. O público, na ocasião, teve a oportunidade de assistir a jogos de quatro seleções, entre elas o Brasil, liderado pela atacante Marta, cinco vezes eleita a melhor jogadora do mundo.
O projeto GDF Junto de Você também está levando milhares de brasilienses para conhecer, gratuitamente, o estádio Mané Garrincha, com visitas guiadas aos finais de semana.

Aqueles que não aceitam que o PT está mudando a cara do DF para melhor vão continuar a caluniar e a difamar. O Governo do Distrito Federal, no entanto, alcançou o maior índice de transparência entre as 12 cidades-sede da Copa do Mundo, de acordo com levantamento do Instituto Ethos, organização não governamental que atua na área de gestão socialmente responsável. E recebeu ainda a nota máxima em participação popular na aplicação desses recursos.

Independentemente das acusações, o novo Mané Garrincha celebrou seu primeiro aniversário e ganhou um presente digno de sua grandeza: o título de Estádio Mais Bonito do Brasil. O reconhecimento faz parte do Prêmio Destaque Companhia de Viagem 2014 e é mais uma conquista da arena, que temos todos que comemorar.

http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/146410/Mentiras-sobre-o-Man%C3%A9-Garrincha.htm

Não foi acidente, Dona Lúcia

Publicano no blog do jornalista Flávio Gomes.
image

No dia da final da Copa das Confederações, há pouco mais de um ano, Carlos Alberto Parreira fez um dicurso motivacional antes do jogo e usou uma frase de efeito para os jogadores que dali a instantes enfrentariam a Espanha. “Existe uma hierarquia no futebol, e eles foram campeões do mundo sem enfrentar a seleção brasileira!”, bradou para a turma do #ÉTóisss.
Ui, quanta valentia.

E aí a seleção foi para cima da Espanha, um time já envelhecido e que tinha gasto muitas de suas horas em solos brasileiros tomando caipirinha e comendo putas durante um torneio que não valia nada — exceto talvez ajudar os branquelos e branquelas de camiseta de 200 paus da Nike, unhas muito bem pintadas e cabelos loiros, a não se atrapalharem na hora do sonho intenso e raio vívido, muitas vezes trocados pelo amor eterno seja símbolo, naquela zona de hino que fala de coisas incompreensíveis como impávido colosso, florão (flor grande?) da América, terra garrida, clava forte, verde-louro (é aquele da Ana Maria Braga?) e lábaro que ostentas.

O time ganhou, os branquelos aprenderam a cantar o hino, aparentemente, os jogadores passaram a ensaiar os mesmos versos para cantá-los com os dentes cerrados, e vamos para a Copa do Mundo. Antes, vamos quebrar também umas vitrines, culpar a Dilma, criar umas hashtags, #VemPraRua, #NãoVaiTerCopa, reclamar das filas nos aeroportos, bater umas selfies e escrever #ImaginaNaCopa no Facebook quando atrasar um voo da TAM para Orlando.

Acelera o filme e chegamos ao final de maio, maio agora, um mês e meio atrás. Dia de apresentação da seleção em Teresópolis, entrevistas coletivas, olha só como tudo ficou bonito, olha só a estrutura, os quartos, as bicicletas ergométricas, os campos de futebol, a sala de imprensa, as banheiras de hidromassagem, as TVs de LCD, o WiFi funcionando. Felipão: “Nós vamos ganhar a Copa”. Parreira: “Chegou o campeão. Estamos com uma mão na taça. A CBF é o Brasil que deu certo”.
Acelera um pouco mais o filme, chegamos ao dia 8 de julho, vulgo ontem, Mineirão. Como tinham feito nas cinco partidas anteriores, os jogadores entram em campo um com a mão no ombro do outro, feito minha classe na Escola Municipal Dona Chiquinha Rodrigues, em 1971, no Campo Belo, quando eu estava no primeiro ano primário. Cantávamos o hino todos os dias, mas nunca precisei colocar a mão no ombro de ninguém porque era sempre o primeiro da fila, por ordem de tamanho.
Tal rotina cumprida por todo um período escolar me permite não embaralhar versos até hoje, garanto que nunca enfiei a paz no futuro e a glória no passado depois do formoso céu, risonho e límpido, mas ao mesmo tempo me privou de decorar de maneira adequada o hino da independência, porque esse a gente zoava mesmo, eram os cinco filhos do japonês, cada um deles contemplado com uma desgraça diferente, um era vagabundo, outro era punheteiro, e o coitado do quinto tinha nascido sem pinto. Como esse a gente cantava só uma vez por ano, não tinha problema algum abrir mão daquelas baboseiras de garbo juvenil, grilhões da brava gente brasileira, e perfídia astuto ardil é a puta que pariu. Na mesma vida ter de decorar lábaro que ostentas estrelado e ímpias falanges é um pouco demais, não força a amizade.

Pois que os meninos da CBF, o Brasil que deu certo, adentraram o gramado em formação de grupo escolar, perfilaram-se, urraram o hino nacional segurando uma camisa do Neymar Jr. como se fosse a farda de um soldado abatido em Omaha Beach, enquanto o próprio assistia ao jogo em sua casa no Jardim Acapulco pingando fotos no Instagram, #ÉTóiss.

Parêntese. No dia anterior, três dos meninos da CBF também colocaram fotos no Instagram com a hashtag #jogapraele, respondidas, as fotos, com a hashtag #jogapramim pelo soldado abatido na guerra, Neymar Jr. Todos eles, Neymar Jr., Marcelo, Willian e David Luiz, receberam quantia não divulgada da Sadia, patrocinadora da seleção, para a, como se diz hoje, ação. Foram alguns milhões de curtir & compartilhar que deixaram os marqueteiros da empresa muito satisfeitos e ansiosos para saber quantos frangos seriam vendidos no dia seguinte, enquanto os rapazes rangiam seus dentes gritando pátria amada, Brasil.

Então começou o jogo e foi aquela coisa linda.

Então acabou o jogo e estavam todos atônitos, pasmos, chocados, passados, desacorçoados, e os câmeras da FIFA se divertiram fazendo closes de garotinhos com fulecos na cabeça derramando lágrimas no peito de papai com um TAG-Heuer no pulso. Oh, coitados. E os óculos Prada embaçados com as lentes melecadas de rímel? Pobres almas.

Acelera a fita e chegamos à coletiva de hoje, sete figuras em Teresópolis numa mesa, uns dois ou três eu não tenho a menor ideia de quem fossem, ou sejam, porque continuam sendo alguém. Reconheci Parreira, Felipão, Murtosa, o médico, acho que o preparador físico. Tinha um de agasalho, quase um boneco de cera, no centro da mesa tal qual um Jesus Cristo na última ceia, que entrou mudo e saiu calado, e portanto não devia ter grande importância.

E o que se viu foi uma demonstração de arrogância, soberba, prepotência, falta de humildade, um festival de sandices, um arroto coletivo coroado com a carta da dona Lúcia.

Dona Lúcia é a grande personagem desta Copa do Mundo, e surgiu, infelizmente, aos 44 do segundo tempo. Teria sido muito divertido saber o que ela pensava desde o dia 12 de junho, na abertura em Itaquera. Foi sua carta, na verdade um e-mail, afinal estamos em 2014 e nem dona Lúcia escreve mais a mão, fecha um envelope, lambe um selo e vai ao correio, que absolveu toda a CBF, todos os membros da comissão técnica, todos os jogadores, todos os nossos pecados. Foi a carta de dona Lúcia que permitiu a Parreira, a quem encarregaram de dar à luz a missiva, concluir que está tudo perfeito, que ele é perfeito, Felipão também, os demais da mesa, o futebol brasileiro, a CBF. Afinal, como ele disse há um ano, há uma hierarquia no futebol. E estamos no topo dessa cadeia. É nóis, mano.

#ÉTóiss.

Bem, vamos a alguns fatos. Foi o pior resultado de uma seleção brasileira desde o dia em que o Homem de Neandertal deu um bico na cabeça do cara da tribo vizinha, arrancando-a e fazendo a dita cuja voar entre duas árvores. Um 7 x 1 numa semifinal de Copa gerou folhas e folhas de estatísticas, todas elas iniciadas com “nunca”. Nunca isso, nunca aquilo.

Não me senti envergonhado de nada nem durante, nem depois do jogo. Quero que a seleção se foda, não dependo dela para viver, torço para a Portuguesa, e para mim, depois de 1982, tanto faz se a CBF tem um escudo com quatro, cinco ou dez estrelas. Para mim, a equação é simples: quem se dá bem quando a seleção ganha? A CBF e os caras que tomam conta dela, mais um pessoal no entorno, mídia incluída, que se apropria das vitórias e se refere ao time na primeira pessoa do plural. Acho todos desprezíveis, então não me importo se ganha, perde, empata, se goleia, se é goleada. Olho tudo, assim, com o distanciamento e isenção necessários e torcendo apenas por uma coisa: que um dia tudo mude.

Mude, porque gosto de futebol. Porque olho para a Alemanha e fico feliz da vida de ver que um projeto feito há não muito tempo dá tão certo e é baseado apenas em honestidade de princípios, trabalho, dedicação, metas, filosofia.

Filosofia. Essa é a palavra. Em 2000, a Alemanha fez uma Eurocopa de merda e não passou da primeira fase. Fritz, Hans, Müller, Klaus e Manfred se reuniram e decidiram salvar o futebol do país. Para isso, era preciso mudar tudo. Clubes, ligas, divisões de base, campeonatos, estádios, distribuição de dinheiro, formação de técnicos, médicos, preparadores físicos, finanças, tudo. O resultado, óbvio e inevitável, seria uma seleção forte, mais dia, menos dia.

Os resultados estão aí e não vou me alongar neles. São quatro semifinais seguidas de Copas, a Bundesliga tem uma média de público assombrosa, os clubes são saudáveis, vivem decidindo os campeonatos europeus, é um sucesso. A coisa é tão bem feita e bem pensada, que os clubes são obrigados até a estabelecer uma filosofia de jogo e aplicá-la em todas as suas divisões. A distribuição de grana não é a obscenidade determinada pela TV Globo aqui, por exemplo. Atende a critérios técnicos, não a planilhas do Ibope. Em resumo, em 14 anos, o que é quase nada, os caras reconstruíram seu futebol. E o futebol na Alemanha, com o perdão da expressão, mas não encontro outra melhor, é do grande caralho.

Enquanto isso, por aqui, ele é infestado por figuras sombrias e deprimentes, gente ligada ao regime militar, múmias carcomidas, antiquadas, obsoletas, conservadoras (o treinador é admirador confesso de Pinochet), adeptas de rituais de guerra, de conceitos bélicos, de atitudes marciais, gente que não sorri, que dá asco, que, definitivamente, não tem nada a ver com o futebol que o Brasil um dia mostrou ao mundo e fez com que o mundo se encantasse por ele. E até hoje isso acontece. Esse encanto, que é claramente uma herança do passado, segue tão vivo que a Alemanha, hoje, pediu desculpas ao Brasil.

Não precisava. Essa gente não merece tamanha consideração. A seleção brasileira não representa nada, a não ser os interesses (pessoais, muitas vezes; não estou falando só de dinheiro) de meia-dúzia que há décadas se locupleta com ela. Como explicar a escolha do técnico, por exemplo? Felipão, nos últimos dez anos, perdeu uma Euro com Portugal para a Grécia em casa, foi demitido do Chelsea, mandado embora de um time uzbeque e rebaixou o Palmeiras para a Série B. Prêmio: virou técnico da seleção brasileira na Copa do Mundo disputada no Brasil.

Hoje, na tal coletiva, brandiu folhas de papel com seu retrospecto e carga horária de treinos para provar que fez tudo direitinho. Parreira, figura hedionda e sorumbática, interrompia o abatido treinador a cada resposta para rebater toda e qualquer crítica e reforçar sua autoproclamada competência, seu currículo inatacável, seu passado vitorioso de líder de polichinelo, flexão de braço, distribuição de coletes e posicionamento de cones.

O futebol brasileiro recebeu alguns recados nos últimos anos. Quando o Santos tomou duas goleadas do Barcelona, por exemplo. Ou quando o Inter foi eliminado do Mundial de Clubes por um time africano. E, depois, o Atlético Mineiro — por uma equipe marroquina. As finais da Libertadores serão retomadas agora, depois da Copa. Sabe quantos clubes brasileiros estão entre os semifinalistas? Nenhum. A média de público da Série A é não menos que ridícula. O campeonato do ano passado acabou num tribunal fajuto porque a CBF não consegue publicar uma suspensão de jogador num site. O clube que reclamou dessa iniquidade foi chantageado e ameaçado de desfiliação e acabou rebaixado, sem ter direito sequer de buscar seus direitos.

Esse futebol, ontem, levou sete gols da Alemanha. Quatro deles em seis minutos. E a turma responsável por esse vexame hilariante, hoje, não desceu do salto. Não assumiu nenhum erro. Não admitiu nenhuma falha. Não reconheceu suas deficiências. Tratou o resultado como um acidente.
Foi quando surgiu a carta de dona Lúcia. Que termina sua peroração dizendo que não entende nada de futebol. Talvez por isso os sete da mesa, mais os que nela não estavam, tenham tentado convencer dona Lúcia de que foi um acidente.

Mas não foi não, dona Lúcia.

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/nao-foi-acidente-dona-lucia/

Afinal, o que os argentinos pensam de nós?

 
Pelotudos

Pelotudos

Publicado originalmente na BBC Brasil.

POR MÁRCIA CARMO

Aqui em Buenos Aires, antes da Copa do Mundo começar, cada vez que os argentinos percebiam que estavam conversando com uma brasileira, diziam: “Como você conseguiu deixar aquele país? Amo o Brasil”.

Para muitos deles, agora está sendo uma surpresa saber que a rivalidade dos torcedores brasileiros com os argentinos parece extrapolar os estádios.

“Acho que vocês não gostam da gente”, disse um bancário e jogador de rúgbi, de 35 anos, que trabalha no bairro de Palermo.

Uma comerciante, de 30 anos, dona de uma lan house, aqui ao lado de casa, no mesmo bairro, disse frase parecida no dia seguinte à vitória da Argentina sobre a Bélgica, no estádio Mané Garrincha, em Brasília: “Foi uma surpresa ver os brasileiros com camiseta da Suíça em São Paulo e de novo torcendo contra a gente em Brasília. Não sabia que os brasileiros não gostavam da gente”.

O sorriso que surgia só por estar diante de um brasileiro agora parece ter sido substituído por um certo incômodo, com as histórias de brasileiros torcendo contra a Argentina, ainda mais agora depois de o Brasil ter sido eliminado da Copa.

Na realidade, a rivalidade não parece ser mútua – além dos estádios. Sim, é verdade que especialmente após a vitória sobre a Holanda eles recordam o 7 a 1 sofrido pelo Brasil contra a Alemanha.

Foi assim na festa que realizaram na concentração no Obelisco, no centro da cidade, até a madrugada desta quinta-feira, depois da vitória na Arena Corinthians.

Um dos torcedores argentinos de batina, como a do Papa Francisco, escreveu nas costas da roupa bege: 7 x 1. E mostrou, rindo, sete dedos quando percebeu que falava com uma brasileira. A gozação aumentou nas últimas horas. Mas, pelo menos aqui, sempre dentro do espírito do futebol.

Há muitos mal entendidos entre um e outro, brasileiros e argentinos, decorrente, talvez, da barreira dos idiomas, que acaba passando uma impressão falsa de provocação.

Professores de português e de espanhol costumam dizer que o português tem mais fonemas que o espanhol, e que, por isso, não é fácil de ser compreendido pelos argentinos. Ou seja, é mais fácil um brasileiro entender o que eles falam do que o contrário. De certa forma, eles mal ficam a par de nossas piadas.

Ao mesmo tempo, historiadores afirmam que, para os argentinos, o rival – em qualquer âmbito – é a Inglaterra. Não o Brasil. O motivo? A guerra em 1982 pelas Ilhas Malvinas, Falklands para os ingleses.

Já sobre o nosso país, no imaginário coletivo argentino, o Brasil é sinônimo de paraíso. O lugar dominado não só pelas belezas naturais, mas por pessoas de bem com a vida. Tudo o que muitos confessam desejar na vida. E que não têm como ter aqui. Seja pelo frio, pela maior dramaticidade com que encaram o cotidiano ou pela história de sobe e desce na política e na economia da Argentina.

‘Quero nascer pernambucana’

“Na minha próxima vida quero nascer pernambucana”, disse uma médica da clínica Swiss Medical, no bairro nobre de Palermo Chico. Por quê? “Quero ser como vocês. Não ter vergonha de usar biquíni mesmo quando estiver com barriguinha. Quero que meu marido e meus filhos não se sintam mal usando sunga”.

Para eles, a sunga é sinônimo da “liberdade” do homem brasileiro. Mas por que pernambucana? “Para ter verão o ano todo e para sorrir tanto quanto os pernambucanos”.
 
O meu professor de ioga não viajou para a Copa. Achou muito caro para o bolso dele. Mas antes e depois de o Mundial começar, disse e continua dizendo. “Eu acho que não sou daqui de Buenos Aires. É no Rio que me sinto em casa. Sou contagiado por aquele astral”.

É fato que turistas brasileiros chegam aqui e parecem encantados. “Eles nos tratam muito bem”, costumam dizer.

Mas também já vi aqui alguns brasileiros dizendo “grosso” após serem atendidos por algum comerciante local. Para os argentinos, “groso” é, porém, sinônimo de poderoso. Por questões culturais, os argentinos – especialmente os que têm mais de 60 anos – parecem mesmo ter alma de tango. Poucos sorrisos, poucas palavras e certo tom dramático ou seco – demais, para nós brasileiros.
Tal atitude, somada de fato a um certo ar de superioridade – quando a Argentina estava entre os mais ricos do mundo – os fez atuar como se estivessem no lugar errado e não sendo parte da América Latina.

Mas esse comportamento “arrogante” mudou depois da crise de 2001. E os que têm hoje em torno dos 30 anos, como o bancário, a comerciante e o professor de ioga, não entendem por que os chamam de arrogantes. “Sério? Arrogantes? Como assim?”, perguntou a arquiteta Maria Eugenia, de 37 anos, que costuma viajar nas férias para o sul do Brasil.

‘Somos bonitos e importantes’

Com o típico humor portenho, o ator Ricardo Darín, 57 anos, astro do cinema argentino, respondeu quando lhe perguntei sobre essa arrogância: “É que somos muito importantes”. Pensei, hum, arrogante mesmo. Metido. Mas aí ele completou:

“Importantes, inteligentes e bonitos. No te parece? (Você não acha?”). E sorriu. Era uma “broma” (“brincadeira”).

Mas demorei a entender. O humor deles ─ que para nós acaba passando a falsa imagem de arrogância ─ não é como o nosso, mais explícito. É mais irônico, mais “inglês” – o que, por si só, também é um ironia, dada a real rivalidade com os ingleses.

O próprio papa Francisco é conhecido, dos tempos em que ele era cardeal, pelas frases desconcertantes, ditas sem qualquer sinal de sorriso.

Já quando o assunto é futebol, os argentinos são bem menos refinados.

Eles torcem com paixão e dedicação, são organizados e “explícitos”. Para demonstrar paixão por Maradona, um grupo de torcedores criou, nos anos 1990, a Igreja Maradoniana, com altar e tudo – afinal ele fez aquele gol da “mão de Deus” contra a Inglaterra na Copa do México.
 
Para provocar os torcedores brasileiros, nesta Copa, um grupo de oito amigos criou o hit Brasil decime qué si siente, com o refrão: Maradona é melhor que Pelé.

Diga-se que o hit pegou muito antes de os brasileiros usarem camisetas de outras seleções que jogaram contra a Argentina na Copa.

Mas agora os criadores da canção, mesmo sem serem perguntados, explicam que foi uma “broma” típica de futebol. “Não imaginávamos que alguns brasileiros levassem a mal, que pensassem que era provocação além do estádio, além do futebol”, disse um deles.

Fora dos gramados, os argentinos continuam fazendo festa em cada partida da Argentina. Eles parecem retratar o personagem do cartunista Rep, do jornalPágina 12, que vive deprimido em Buenos Aires, mas cai na folia quando chega ao Brasil.

Seja como for, um comentarista de uma TV argentina resumiu assim a intensidade da rivalidade na reta final desta Copa:

“A coisa está ficando brava. Por via das dúvidas, é melhor reforçarem a segurança na final no Maracanã”. E uma apresentadora disse, nesta quinta: “é difícil entender como brasileiros torcerão pela Alemanha. Mas não foi da Alemanha que levaram sete gols?”.

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/afinal-o-que-os-argentinos-pensam-de-nos/

“Não compre a história de que a derrota deixará uma cicatriz indelével”: um jornalista americano fala do 7 a 1

cristo-redentor-rio-de-janeiro

A derrota do Brasil para a Alemanha levou os suspeitos de sempre a pintar um cenário tenebroso no país. Ok, foi uma vergonha, mas houve um certo regozijo sádico. A capa do Globo com um David Luiz de quatro no gramado e a manchete “Vergonha, Vexame, Humilhação” é um exemplo rematado de histeria sensacionalista.

Por incrível que pareça, a vida seguiu adiante no dia seguinte. O jornalista Matthew Futterman, do Wall Street Journal, escreveu um bom artigo contando o que viu no país sob uma perspectiva estranhíssima: o mundo não acabou.

Eis a matéria:

Adivinhe o que aconteceu no Brasil na quarta-feira? 

O sol apareceu. As pessoas foram para o trabalho. Elas dirigiram táxis, abriram supermercados, clicaram em seus computadores para tratar de assuntos jurídicos e financeiros. Médicos curaram os doentes. Assistentes sociais enfrentaram os problemas da grande pobreza neste país de cerca de 200 milhões. A vida continuou. 

Adivinha o que não aconteceu? Cidades não queimaram. Rebeliões em massa não aconteceram. Tanto quanto sabemos, torcedores não se jogaram de edifícios porque sua amada Seleção foi destruída pela Alemanha, por 7-1, na semifinal da Copa. 

À luz cruel do dia, ainda é estranho escrever “Alemanha 7, Brasil 1.” Esse tipo de resultado não acontece neste nível de futebol. O último jogo oficial que o Brasil perdeu em casa foi em 1975. Se eu fosse um nativo, estaria abalado, tentando descrever a debacle que aconteceu em Belo Horizonte. 
Não se engane: a derrota para a Alemanha, para usar a frase favorita do técnico dos EUA, Jurgen Klinsmann, foi uma lástima. As pessoas aqui amam o futebol. O governo declara feriados nos dias de partidas da equipe nacional. Ruas vazias, e eu quero dizer vazias – como se você pudesse montar uma barraca no meio de uma delas e não acontecer nada. 

Ainda assim, não compre a história de que esta perda vai deixar alguma cicatriz indelével em um país tentando desesperadamente prosperar em uma série de áreas que não têm nada a ver com futebol. Essa idéia é um pouco humilhante para os brasileiros, que são a coleção de almas mais acolhedoras com que eu me deparei. 

Houve a mulher na loja de óculos aqui em São Paulo que se recusou a aceitar dinheiro pelo estojo de óculos que ela me deu depois que eu perdi o meu. Houve os estudantes universitários em Natal que me ofereceram um tour pela cidade e uma carona de volta para meu hotel no meio da noite, quando não havia transporte à vista após a vitóriq dos EUA sobre Gana.

Embrulhando o peixe
Embrulhando o peixe

 Lá estava o rabino que, 30 segundos depois de me conhecer, insistiu para que eu fosse jantar no sábado em sua casa (eu fui, e a sopa de matzo ball estava incrível). Houve as inúmeras almas pacientes comigo na rua, esperando enquanto eu tateava meu dicionário de bolso de português, procurando a palavra certa para completar uma pergunta idiota, quando certamente eles tinham algo melhor para fazer.

Estive aqui por um mês. Isso dificilmente me qualifica como um especialista na cultura brasileira. Minha amostragem é pequena e limitada a hotéis, restaurantes, estádios de futebol e pistas de corrida ao lado de praias do Rio, Natal, Recife e algumas outras cidades-sedes. Eu sei do crime e da pobreza.

Mas eu também sei que este é um país incrível, diverso. Encare quatro horas de voo rumo à Amazônia a partir de São Paulo e as pessoas parecem completamente diferentes daquelas em qualquer shopping do país. Em Salvador, você pode muito bem achar que está na África Ocidental. Em cada cidade, pessoas de todos os tons de pele — preto, marrom e branco — preenchem áreas de ricos e pobres. É um país de beleza física impressionante e vastos recursos naturais. O tráfego da hora do rush faz as avenidas de Los Angeles parecerem estradas do interior, um sinal claro de que o lugar precisa de alguns melhoramentos de infra-estrutura, mas também que há um grande número pessoas trabalhadoras que querem tornar o amanhã melhor do que hoje.

Em outras palavras, o Brasil é muito mais do que uma camisa canarinho e uma obsessão com o futebol.

O colapso contra a Alemanha certamente vai despertar algum exame de consciência nacional sobre como o Brasil cultiva e desenvolve a sua próxima geração de estrelas do futebol. O país tem um enorme banco de talentos, mas acidentes não podem mais acontecer no esporte. Vencer nesse nível hoje significa não apenas talento, mas dinheiro, treinamento e uma estratégia coerente. 
“Quando você pensa sobre isso”, disse uma brasileira de 20 e poucos em um bar na noite passada,  “é meio engraçado. Quer dizer, sete gols. É engraçado, né?” 

Eu vou apostar que o Brasil como um todo vai se sair muito bem depois disso. Chateado um pouco, claro, mas em última análise, tudo vai dar certo. De muitas maneiras, já deu.

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/nao-compre-a-historia-de-que-a-derrota-deixara-uma-cicatriz-indelevel-um-jornalista-americano-fala-do-7-a-1/