sexta-feira, 25 de julho de 2014

Os melhores trechos da entrevista que o líder do Hamas concedeu à BBC


Meshaal
Meshaal
O líder do Hamas, Khaled Meshaal, concedeu uma entrevista exclusiva à BBC no Catar, onde vive.
Trechos:
BBC: Por quanto tempo o senhor está preparado para ver esse conflito continuar?
Khaled Meshaal: O sofrimento e a catástrofe humanitária são a essência do Estado de Israel. Nós somos as vítimas. Espero que esse confronto acabe o mais rápido possível. Essa é uma guerra que Netanyahu (Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel) lançou contra Gaza sem qualquer justificativa. Ele usou o argumento dos assentamentos na Cisjordânia e está se vingando de nós. Ele quis se vingar de Gaza e agradar seus oponentes políticos usando para isso o sangue palestino.
BBC: Por quanto tempo o senhor está preparado para ver esse conflito continuar mesmo depois de uma trégua?
Khaled Meshaal: Não rejeitamos nenhuma iniciativa que atenuasse o ataque e o cerco a que somos submetidos. O que nos ofereceram foi um cessar-fogo que, pelo contrário, fortaleceria o bloqueio – e os moradores de Gaza já estão cansados de um isolamento forçado que já dura oito anos. Esse bloqueio injustificável já matou mais do que guerras anteriores.
BBC: O senhor defende o fim do bloqueio a Gaza. Mas uma trégua não seria a melhor opção nesse momento?
Khaled Meshaal: Não. Essa é a posição dos moradores de Gaza, do Hamas, da Jihad Islâmica, da Frente Popular e dos palestinos em geral. Todos estão nos dizendo: “Não aceitem um cessar-fogo”. Queremos que, em primeiro lugar, esse bloqueio seja suspenso. Os bancos mundiais vêm pressionando os bancos palestinos para não enviar dinheiro a Gaza. Os moradores de Gaza estão morrendo. Imagine a Grã-Bretanha – a maior ilha do Atlântico – sendo submetida a cerco semelhante. O que os britânicos fariam?
BBC: O Hamas é acusado pelo governo de Israel de, deliberadamente, colocar em perigo a vida de civis. Qual é a sua opinião sobre isso?
Khaled Meshaal: Os números contam uma história diferente. Você pode usar as estatísticas da forma como quiser. Nós temos mais de 700 mártires. Muitos deles são civis e isso é confirmado por Israel.
BBC: Mas o senhor é acusado de deliberadamente colocar em perigo a vida de palestinos na Faixa de Gaza.
Khaled Meshaal: Quem deve assumir a culpa pelo que está acontecendo? Os ocupantes, os colonos – esse é o terceiro ataque contra Gaza – ou aquele que se defende? Quando a Grã-Bretanha abrigou de Gaulle (o general francês Charles de Gaulle), que, usando a BBC, lançou uma guerra de resistência contra os nazistas de Paris, seria ele o responsável pela morte dos franceses? Ou simplesmente tentou apontar o caminho para liberá-los da ocupação nazista? O que está acontecendo em Gaza é um problema do mundo. Tal como os sul-africanos, os palestinos querem viver sem ocupação, sem assentamentos. É hora de a comunidade internacional colocar um fim à última ocupação na história, a ocupação palestina.
BBC: Mas o Hamas é acusado de deliberadamente colocar em perigo as vidas dos palestinos ao usá-los como escudos humanos.
Khaled Meshaal: Isso é mentira. O Hamas está se defendendo, está sacrificando a sua própria liderança em consideração por seu povo. O único responsável pela morte de palestinos é Israel, que usa (jatos) F16 e armas ocidentais e americanas. Quando o Hamas ou qualquer outro membro do movimento de resistência se defende contra os ocupantes, estão protegendo o seu próprio povo. Permita-me voltar à comparação com de Gaulle. Ao lançar um apelo pela resistência, o general francês queria destruir o seu povo ou proteger os franceses da ocupação nazista? Estamos fazendo o que qualquer um faria se submetido a essa opressão.
BBC: Por que tantos civis estão morrendo? Por que quando o Exército israelense alerta as pessoas para que saiam de casa devido aos ataques, o ministro do interior do Hamas pede que elas fiquem?
Khaled Meshaal: Você quer que a liderança palestina peça às pessoas que abandonem sua terra? Qual governo pediria às pessoas que deixassem suas casas?
BBC: Mas qual direito o Hamas tem sobre os civis de Gaza de modo a orientá-los a não dar ouvidos às advertências de Israel, o que, em última análise, provocará sua morte?
Khaled Meshaal: Os palestinos são os únicos que permanecem firmes à sua própria terra. Nós estamos há 18 dias em guerra e você ouviu falar de algum palestino deixando Gaza? Os palestinos têm o direito de permanecer em sua terra e em suas casas. Você sabe qual é o tipo de alerta que Israel dá às pessoas? Israel nos envia um sinal e três minutos depois manda um F16 destruir nossas casas. Que tipo de advertência é essa? Israel fracassou militarmente em atingir a resistência e agora está atacando civis. Esse é o quadro atual de Gaza.
BBC: O Hamas instou a população de Gaza a proteger suas casas de “peito aberto”. Isso é um ato sensato?
Khaled Meshaal: É assim que as famílias palestinas vivem. Os palestinos estão em sua própria terra. Um palestino construiu sua casa com o suor do seu próprio dinheiro. Os israelenses esperam que ele saia dela sem mais nem menos? O Hamas não dá ordens às pessoas que permanecem dentro de suas casas. O Hamas encoraja as pessoas a não ceder à pressão de Israel e mostra a cada palestino sua perseverança. Vá a Gaza e você vai ver pessoas em hospitais. Veja as áreas destruídas. As vítimas não devem ser culpadas. A culpa deve recair sobre Israel, que cometeu esse massacre. Já são mais de 700 mortos do lado palestino. Muitos deles são civis. Enquanto isso, o Hamas se concentra em matar soldados israelenses. Essa é a diferença ética entre a resistência palestina e o ataque israelense.
BBC: Não há dúvida de que Israel tem um aparato militar muito superior ao do Hamas. Mas o Hamas lança foguetes indiscriminadamente contra Israel. Israel não teria o direito de se defender?
Khaled Meshaal: E o povo palestino cuja terra é ocupada por Israel e que está repleta de assentamentos? Não temos direito de nos defender? Por que só Israel tem o direito de se defender? O invasor é o opressor. Israel tem um Exército gigante. Metade da população palestina vive sob ocupação e outra metade em diáspora. Nosso povo tem o direito de se defender, mas o mundo está sendo hipócrita e a favor de Israel. O mundo nos diz que devemos abraçar a democracia. Por que o mundo não respeita a democracia na Palestina quando o Hamas venceu as eleições?
BBC: Quanto mais vidas terão de ser perdidas até o Hamas aceitar as tropas israelenses em Gaza?
Khaled Meshaal: Cada vida de um palestino é importante para nós. Cada gota de sangue também. São os nossos filhos. São os filhos de Israel. A ocupação é um crime, a ofensiva é um crime, o bloqueio é um crime e todos contradizem a lei internacional. O único que pode parar com o banho de sangue palestino deve interromper a ocupação e o bloqueio de Gaza.
BBC: O que é preciso para o Hamas aceitar um cessar-fogo?
Khaled Meshaal: Nós queremos um cessar-fogo assim que possível. Mas isso tem de ser concomitante à suspensão do bloqueio contra Gaza. Essa é a demanda do povo. Eu faço um apelo à ONU, aos Estados Unidos e ao Reino Unido que vão a Gaza e perguntem à população o que ela quer. Eu posso garantir que essa será a resposta do povo de Gaza.
BBC: Percebo que o senhor está absolutamente determinado a não retornar ao status quo. Mas não é verdade que o Hamas em muitos sentidos está mais fraco hoje do que esteve por muito tempo? Vocês perderam aliados importantes, como o governo da Irmandade Muçulmana no Egito, ou o Irã, que não está mais tão próximo a vocês como antes. Vocês enfrentam graves problemas financeiros, não conseguem nem pagar os salários dos funcionários públicos em Gaza. O Hamas está numa posição muito fraca agora.
Khaled Meshaal: Mas não vamos nos render. Sim, o Hamas está passando por um período difícil. Mas este é um perigo que Netanyahu calculou mal – de achar que o Hamas foi enfraquecido pelo bloqueio. E então ele ficou surpreso em ver que a população de Gaza e o Hamas estão mais fortes. As circunstâncias difíceis não nos levam à rendição. O Hamas não luta somente para ter aliados. Lutamos porque temos uma causa.
BBC: Mas dizer que não importa e que vocês simplesmente vão continuar a resistir parece quase suicida.
Khaled Meshaal: Quando você se aferra ao seu direito está cometendo suicídio? Nós somos submetidos à vontade de Israel. Todos os povos do mundo lutaram batalhas desiguais. Os vietnamitas. Ou na África do Sul. Os franceses enfrentaram os nazistas, e foram vitoriosos. Eles lutaram por seus princípios de liberdade e dignidade. As pessoas não lutam somente porque a balança de poder está a seu favor. O poder está sempre com o ocupante. Mas o povo vence.
BBC: O senhor ligou a violência às consequências do assassinato de três adolescentes israelenses na Cisjordânia. O senhor está preparado para reconhecer que os assassinatos foram uma ação do Hamas?
Khaled Meshaal: Não tenho nenhuma informação sobre quem fez isso. Até agora. Israel acha mais fácil acusar o Hamas, mas a questão é: eles estavam vivendo em sua terra? A terra na Cisjordânia é ocupada, de acordo com a lei internacional. Então o palestino que está se defendendo dos colonos armados é acusado de assassinato. Vamos falar sobre as circunstâncias.
BBC: Qual é a estratégia do Hamas? É somente recorrer à violência e acreditar que no fim esses instrumentos podem dar o que vocês chamam de liberação? Vocês realmente acreditam nisso?
Khaled Meshaal: Temos um objetivo e temos os meios de alcançar isso. O objetivo é o direito à autodeterminação, a colocar um fim à ocupação israelense, aos assentamentos judaicos e à agressão. Temos três escolhas. Nós preferimos a escolha pacífica. Somos forçados a recorrer à via militar. Por anos o povo palestino vem tentando a solução pacífica e não obtiveram nada da comunidade internacional. Se tivermos uma chance de resolver a situação pacificamente, sem violência e sem armas, o faremos. Mas somos forçados a lutar contra a ocupação de Israel.
BBC: O senhor está falando sobre uma visão de longo prazo. Quando o senhor acha que o atual conflito em Gaza vai terminar?
Khaled Meshaal: Se Deus quiser, espero que termine hoje à noite ou amanhã, mas como palestino gostaria que isso terminasse o mais rápido possível. Gostaria de dizer aos moradores de Gaza que eles avançaram politicamente. Mas deixe o presidente Obama e eu e Abbas e toda a liderança ajudá-los a colocar um fim na agressão, e então a comunidade internacional terá cumprido seu papel ético e humanitário.
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/os-melhores-trechos-da-entrevista-que-o-lider-do-hamas-concedeu-a-bbc/

A bizarra decisão do TCU no caso Pasadena


Postado em 25 jul 2014
Não sai do noticiário
Não sai do noticiário
Parece que não temos muita sorte com tribunais de contas.
O TCE de São Paulo é aquele em que figura, há décadas, um homem que sabidamente tem conta secreta na Suíça, Robson Marinho, pupilo de Covas.
Não apenas secreta, aliás. Bloqueada também pelos suíços, sob evidências acachapantes de que o dinheiro da conta é fruto de propinas derivadas do metrô de São Paulo.
Cabe a Robson Marinho e companheiros do TCE de São Paulo zelar, aspas, para lisura dos gastos do governo estadual.
Bonito isso.
Agora eis que ganha as manchetes outro tribunal de contas, o TCU, da União.
Numa das decisões mais estapafúrdias da história nacional, o TCU condenou ex-diretores da Petrobras envolvidos na compra da refinaria de Pasadena a devolver cerca de 2 bilhões de reais aos cofres públicos.
É o valor que a Petrobras teria perdido no negócio.
Nem que cada um dos condenados trabalhasse mil anos sem gastar nada seria possível pagar o devido.
A cifra estipulada pelo TCU equivale ao homem de 8 metros: não tem o menor sentido.
É uma barbaridade, é uma estupidez. Mais correto: é uma insanidade. Revela um completo alienamento da realidade.
Como se chegou aos 2 bilhões de reais é um mistério. Negócios podem dar certo e podem dar errado. Às vezes, você perde. Outra, ganha.
Não existe negócio em que você tenha total garantia de que vai se encher de dinheiro e de felicidade.
Bons executivos são aqueles que não fogem dos riscos.
Todas as discussões em torno de Pasadena não deixaram claro se a compra da refinaria foi um bom ou um mau negócio.
A visão que parece mais crível é que era, no momento da compra, um bom negócio. Mas depois as circunstâncias se alteraram, e os lucros não vieram.
Isso acontece com copiosa frequência no mundo das empresas.
Se a decisão do TCU se transformar, afinal, em realidade, teríamos consequências funestas.
Não se trata apenas da bizarrice da cifra em si. Mais que isso, a mensagem que será dada aos executivos da Petrobras, e não apenas dela, é: não façam negócios. Não comprem nada. Não arrisquem.
Façam a empresa se tornar morta em vida, portanto.
É curioso comparar, na mídia, o caso Pasadena e o caso Aécio.
Não há empenho nenhum em procurar desdobramentos no aeroporto. Sequer o caseiro da fazenda foi ouvido, ou algum vizinho. Você não tem uma história decente – ou até indecente – sobre o pivô do escândalo, o tio de Aécio.
Pasadena, em compensação, é uma obsessão. Sempre há um suposto fato novo que justificaria uma cobertura profusa.
Agora até Lula está no noticiário. Ele teria tentado, com um integrante do TCU que fez parte de seu ministério, livrar Dilma da sentença condenatória.
Tenta-se dar ares bombásticos à denúncia, ainda que sem provas, na esperança de que o público se comova. Hoje, Merval falou longamente disso na CBN. Lula apareceu, como sempre, no papel de vilão da república.
Nenhuma palavra sobre o aeroporto, é claro. E também nada sobre o absurdo incomparável que é apresentar uma conta de 2 bilhões de reais a executivos e esperar que ela seja quitada.
Parecia que não havia nada pior que o TCE de São Paulo, no capítulo dos tribunais de contas.
Isso até o TCU mostrar sua cara.
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-tcu-a-petrobras-e-o-homem-de-8-metros/

Por que só cobram Dunga por sonegação?

Postado em 25 jul 2014
Só ele?
Só ele?
Eu só queria entender o seguinte: por que a Receita Federal cobrar de Dunga 900 mil reais é notícia e a Receita Federal cobrar da Globo quase mil vezes mais não é.
Nenhuma sociedade pode florescer à base de sonegação. Fato. Mas por que os holofotes estão em Dunga e esquecem a Globo?
Foi a Folha que trouxe a informação de que Dunga está sendo cobrado.
A mesma Folha, depois de dar constrangidamente uma nota sobre a sonegação da Globo, simplesmente silenciou sobre o assunto, como se ele não existisse.
Mas existe.
Repito: nenhuma sociedade funciona quando se espraia o vício da sonegação.
Recentemente, a Alemanha enfrentou um drama. O presidente do Bayern, Uli Hoeness, um cidadão exemplar, referência de conduta para todos os alemães, foi flagrado num caso de sonegação.
A Alemanha ficou chocada.
O governo se pronunciou: a Alemanha não poderia funcionar com aquele tipo de comportamento.
O dinheiro do imposto constrói escolas, paga professores, faz hospitais etc etc.
Hoeness foi rapidamente julgado e condenado a cinco anos de prisão. Ele poderia apelar para tentar reduzir a pena.
Mas, depois de uma conversa com a filha, decidiu não recorrer. Era uma forma de se redimir, ou ao menos buscar a redenção.
Clap, clap, clap.
Para Hoeness, pelo gesto grandioso depois da pequenez da sonegação. E para a Alemanha, pela cultura de retidão nos compromissos dos indivíduos perante a coletividade.
O que dói, no Brasil, é a diferença de tratamento.
Dunga prevarica e é manchete. A Globo prevarica em dose mil vezes maior e só é cobrada na internet.
Quando casos similares forem tratados de maneira igual, o Brasil será uma sociedade avançada.
Por enquanto, infelizmente, como no grande livro de Orwell, alguns brasileiros são mais iguais que os outros – bem mais iguais.
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/estao-pegando-dunga-para-cristo/

Os corintianos que perderam o metrô por causa de uma novela



Postado em 25 jul 2014
Eles viram o gol, mas perderam o metrô
Eles viram o gol, mas perderam o trem

Pobre torcedor brasileiro. Pobre corintiano. Num campeonato do jeito que é, ainda mais triste na ressaca do pós-Copa, ter de sair 10 minutos antes do final da partida para poder ir para casa é dureza.
Na quarta passada, muitos não viram o terceiro gol do Corinthians, de Renato Augusto, na vitória de 3 a 0 sobre o Bahia.
A partida começou às 22h por causa da novela. O último metrô sai um pouco depois da meia-noite. Quem foi embora antes soube pelo rádio do pênalti, ou ouviu ao longe os gritos no estádio (o que é mais desesperador). Quem esperou teve de se virar. Os que estavam de carro foram para a cama à 1 da manhã.
O horário estapafúrdio das partidas é definido pela CBF e pela Globo, a detentora dos direitos do torneio.
Um torcedor criou um abaixo assinado online reclamando trens por mais tempo. O presidente do Corinthians, Mario Gobbi, terá uma audiência com Alckmin para insistir nesse ponto.
Ora, Alckmin não deve mudar nada — e estará correto. Não faz sentido o transporte público de uma cidade fazer uma mudança como essa em função de um clube.
A voz sensata partiu da vice-prefeita Nádia Campeão. Em entrevista à ESPN, ela disse que “é mais razoável antecipar o horário das partidas do que mudar o funcionamento de toda a rede de transporte de massa”. Para Nádia, “o interesse público deve continuar preservado”.
O Brasil é o único caso, no mundo civilizado ou relativamente civilizado, em que a grade de uma TV determina desta maneira a agenda do futebol e de uma metrópole.
Já causa estrago suficiente os clubes serem reféns desses contratos milionários. Se o dinheiro servisse para melhorar o nível do espetáculo, vá lá. Não é o que acontece. Coisa completamente diferente é uma emissora forçar uma alteração no transporte público de São Paulo.
Há dois anos, Bruce Springsteen se apresentou no Hyde Park, de Londres. No final do show, subiu ao palco Paul McCartney. Por volta das 23h40, depois de “Twist and Shout”, os microfones foram simplesmente desligados. O espetáculo havia ultrapassado o limite da lei do silêncio da região. O guitarrista Steven Van Zandt denunciou o “estado policial” e blablablá. Um abraço. Continua tudo como antes.
Se o metrô sair mais tarde, não estará atendendo aos corintianos, mas à Globo. Não é à toa que a novela se chama “Império”.
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/a-globo-e-os-corintianos-que-perderam-o-metro-por-causa-de-uma-novela/

Aécio nomeou mulher do vice Clésio Andrade (do mensalão tucano) para TCE-MG. Órgão é alvo de denúncias.


Clésio Andrade, do mensalão tucano, foi vice-governador de Aécio, e emplacou sua mulher TCE, órgão alvo de denúncias e que aprovou as contas do governo de Aécio e do marido. Haja aparelhamento e conflito de interesses.
Mais uma do senador Aécio Neves! E até o jornalão "O Globo" está desengavetando as notícias. Parece que já desenganaram a candidatura de Aécio.

Clésio Andrade é réu no mensalão tucano e renunciou ao mandato de senador recentemente, escapando de ser julgado no STF. Com isso seu processo deve voltar à primeira instância. Ele foi sócio de Marcos Valério na agência de publicidade em 1998, ano da tentativa de reeleição de Eduardo Azeredo (PSDB-MG) em que ocorreu o mensalão tucano.

Rico empresário dono de empresas de ônibus urbanos, ele foi escolhido para vice-governador de Aécio Neves (PSDB-SP) nas eleições de 2002. Eleito, teve sua mulher Adriene Andrade nomeada por Aécio para o estratégico cargo de conselheira do Tribunal de Contas do Estado de Minas, cargo que fiscaliza as contas do governo.

O Ministério Público de Minas entrou com ação contra a nomeação por considerar que ela não preenchia os requisitos exigidos para o cargo. A ação ainda tramita no STF.

Pela Constituição mineira exige-se 10 anos de experiência profissional e capacidade técnica, mas ela só havia sido prefeita de Três Pontas (MG), de 2001 a 2004 e formou-se em direito somente em 2005.

Além disso, na época, ela era ré em ações penais e civis por suas ações como prefeita.

Ela foi nomeada e Aécio foi reeleito em 2006. Advinhem quem foi a relatora no TCE que deu parecer para aprovar as contas do primeiro governo de Aécio e do marido? Ela, Adriene Andrade.

Eis a matéria de "O Globo:

TCE de MG é alvo frequente de denúncias, como desvio de verbas por parte dos conselheiros
Três mil processos foram queimados em incêndio criminoso e foi Corte foi acusada de abrigar funcionárias fantasmas

Órgão fiscalizador das contas do governo e da Assembleia Legislativa, o Tribunal de Contas de Minas Gerais (TCE-MG) tem sido protagonista frequente de escândalos no estado. Acumulados nos últimos 12 anos, três mil processos foram queimados num incêndio comprovadamente criminoso, três conselheiros foram apontados pela Polícia Federal como participantes de um esquema de desvio de verbas do Fundo de Participação dos Municípios, e a Corte foi também acusada de abrigar funcionários fantasmas. Desde domingo, O GLOBO mostra investigações e suspeitas sobre conselheiros desses tribunais.

A atual presidente da casa é Adriene Andrade, mulher de Clésio Andrade (PMDB-MG), réu no mensalão tucano. Segundo denúncia do Ministério Público, ela não teria conhecimento jurídico suficiente para o cargo. Adriene foi indicada na gestão do ex-governador Aécio Neves (PSDB), quando Andrade era vice-governador. Na ação do MP, é citado o currículo da conselheira até então, onde constam mandato de prefeita de Três Pontas, cidade com 53 mil habitantes no Sul de Minas, atuação no Conselho Municipal de Assistência Social, na APAE da mesma cidade, além do comando da Associação Mineira de Município (AMM). A ação do MP contra a indicação da atual presidente do TCE-MG ainda tramita no STF. Sua defesa argumenta que ela preenche todos os requisitos exigidos para ocupar o cargo.

FUNCIONÁRIAS FANTASMAS

O ex-deputado Elmo Braz, que também foi presidente do TCE e se aposentou em 2011, virou alvo de uma investigação recente do MP de Belo Horizonte. Segundo documentos obtidos pelo GLOBO, ele é suspeito de conseguir cargo no tribunal para três mulheres, mas os empregos eram fantasmas. Pais, irmãos e primos das jovens também conseguiram trabalho no tribunal. Entre as contempladas, está a bacharel em Direito Letícia Miranda Santiago, que neste ano conseguiu uma vaga no reality show “BBB-14”. Uma das provas do inquérito são fotografias do conselheiro passeando com Letícia numa lancha. Em seu depoimento ao MP, Elmo admitiu que as três mulheres foram lotadas no tribunal, porém, negou irregularidades.

O Tribunal de Contas de Minas foi palco de um incêndio criminoso em 2002. Quatro funcionários de alto escalão foram acusados de destruir provas de investigações fiscais. Neste ano, mesmo concluindo que o incêndio havia sido comprovadamente criminoso, a Justiça de Minas arquivou o processo por falta de prova contra os acusados. No inquérito, o então presidente do TCE, José Ferraz, já falecido, foi apontado como um dos responsáveis.

Outro escândalo do tribunal surgiu após revelações da Operação Pasárgada, da Polícia Federal, há seis anos. Ela resultou no indiciamento da cúpula do TCE por suspeita de envolvimento com uma organização criminosa acusada de ter desviado R$ 200 milhões em verbas do Fundo de Participação dos Municípios. Como os envolvidos possuem foro privilegiado, cabe à Procuradoria Geral de Justiça de Minas Gerais (PGJ) decidir se arquiva ou propõe ação criminal. A PGJ ainda não tomou nenhuma decisão. Na época, os ex-deputados Elmo Braz, então presidente, Wanderley Ávila (vice) e Antônio Carlos Andrada (corregedor) foram indiciados por corrupção ativa, formação de quadrilha e prevaricação.

De acordo com o relatório da Pasárgada, eles receberam propina para acobertar contratos superfaturados e sem licitação pública celebrados entre o Grupo SIM, uma firma de prestação de assessoria contábil, com dezenas de prefeituras do interior do estado sob o argumento de notório saber. Planilhas apreendidas pela PF durante a operação, na casa de um dos sócios do Grupo SIM, em BH, apontam que a propina era distribuída aos conselheiros pelo auditor Édson Arger, que chegou a ser preso. No documento, Arger e o próprio TCE aparecem na contabilidade paralela como sendo beneficiários de R$ 30 mil e R$ 162 mil, respectivamente. A investigação revelou que auditorias iniciadas pelo corpo técnico do tribunal, com indicativo de irregularidades, eram paralisadas sem julgamento.

Durante duas semanas, O GLOBO fez contato com a assessoria de imprensa do TCE de Minas, por telefone e e-mails, para que os conselheiros respondessem às acusações, mas não obteve resposta.

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Custos de sistema anti-míssil podem explicar operação em Gaza

http://jornalggn.com.br/noticia/custos-de-sistema-anti-missil-podem-explicar-operacao-em-gaza

Por Rogerio Maestri
Na história sempre temos pretextos para ações militares, desde pretextos reais que são maximizados para mobilizar a população, como o assassinato do o arquiduque Francisco Fernando herdeiro do Império Austro-Húngaro em 28 de junho de 1914 que levou a primeira Guerra Mundial, como pretextos fabricados intencionalmente, como o incidente do Golfo de Tonkin, fabricado intencionalmente pelo governo Norte-americano para justificar o começo da Guerra do Vietnam.
Todos estes pretextos têm por objetivo começar uma ação militar com fundo econômico. Se olharmos a invasão da faixa de Gaza como uma consequência do assassinato de três jovens Israelenses dentro de uma área dominada pelo governo Israelense e por consequência dentro da sua jurisdição de investigação e punição dos assassinos, vemos que mais uma vez estamos a frente de um incidente que foi maximizado.
Invadir a faixa de Gaza com as baixas previstas pelo eficiente exército de Israel, não faz sentido dentro da lógica de retaliação empregada sistematicamente por esse Estado, até o dia 17 de julho foram confirmada a morte de 27 soldados israelenses e mais de 100 feridos, número de mortes que será bem amis pesado à medida que o ritmo da ação se desenvolver.
Mas qual seriam os verdadeiros motivos da invasão, os famosos túneis que cruzam a fronteira e que com a tecnologia de prospecção do subsolo que existem hoje em dia são facilmente detectados ou os foguetes Qassam que são atirados pelo Hamas sobre Israel.
Pelo número de vítimas durante o período que os arcaicos foguetes Qassam estão sendo usados, não deveria ser a causa de tão arriscada invasão, pois em mais de 14 anos de lançamento destes foguetes morreram menos israelenses do que no início desta invasão, entretanto, como diz um bom policial, para achar um criminoso procure primeiro um motivo econômico e talvez esteja por aí o motivo da invasão da faixa de Gaza.
O foguete Qassam é um parente próximo aos grandes rojões empregados em espetáculos pirotécnicos. É um pequeno conduto de aço de 11,5 cm de diâmetro, propulsionado por uma mistura de açúcar e nitrato de potássio (fertilizante agrícola) que o estopim é constituído por um cartucho de arma de fogo acionado por um prego. A carga explosiva é composta de TNT e outro fertilizante o nitrato de ureia.
Como se pode ver o Qassam é uma arma extremamente rudimentar, ultrapassada e BARATA. Se formos pesquisar na Internet a estimativa de custo de cada Qassam é de R$3.000,00 a R$1.500,00, e se feito em massa este custo pode cair ainda mais.
Após o início do uso dos foguetes Qassam, Israel desenvolveu um sofisticado sistema de proteção contra estes foguetes que na prática derruba 100% deles, logo sobre o ponto de vista de sinistralidade o Qassam é mais uma lenda do que uma arma.
Apesar de toda a disparidade tecnológica há uma disparidade maior que justifica a invasão da faixa de Gaza, o custo da defesa contra estes foguetes primitivos. No início do lançamento dos Qassam Israel começou a desenvolver um sistema eficientíssimo para intercepta-los, o chamado “Iron Dome”. Este sistema possui várias partes desde radares e centros de controle até os fantásticos foguetes Tamir, é um sistema eficiente (bem melhor do que o Patriot norte-americano) e funciona perfeitamente, com um pequeno problema O CU$TO.
Cada sistema é composto por uma base que tem um custo de implantação do sistema foi previsto um custo de US$680 milhões para o ano fiscal de 2013, e o total já deve ter ultrapassado o custo de quase meia dezena de bilhões de dólares. Porém o custo de implantação não é o único, para cada míssil Qassam lançado deve-se lançar dois mísseis Tamir,e cada míssil Tamir custa entre US$60.000,00 ou US$100.000,00 (conforme as estimativas feitas).
Quanto às guerras dos mísseis podemos resumir o seguinte. A cada míssil Qassam (US$500,00) lançado com absoluta certeza que não vai atingir nada, devem ser lançados dois misseis Tamir (US$120.000,00 ou US$200.000,00) que deverão com certeza atingir o Qassam.
Por menos recursos que tenha Hamas o custo de um lançamento dos Tamir corresponde a 240 a 400 mísseis Qassam e se o Hamas gastar US$100.000,00 nos seus foguetes Israel deverá gastar US$24 a US$40 bilhões para intercepta-los.