segunda-feira, 29 de setembro de 2014

CLIPE “EDUARDO, O JORGE” FOI PRODUZIDO POR TUCANO PARA ROUBAR VOTOS DE MARINA


Por Igor Felippe, no Escrevinhador


Está fazendo sucesso na internet o clipe chamado “Eduardo, o Jorge”, com um reggaezinho baseado em “Don’t Worry, Be Happy”, de Bobby McFerrin (VEJA AQUI A ORIGINAL). Até agora, já foi visto por mais de 345 mil usuários do youtube e está bombando nas redes sociais.


O clipe começa com um discurso do candidato do PV, Eduardo Jorge, em defesa da legalização da maconha no debate da Band: “A medida que tem mais influência na diminuição da criminalidade é a legalização com regulação das drogas psicoativas ilícitas, porque é daí que sai o financiamento dos exércitos criminosos, para dominar penitenciárias, para corromper polícia e para fazer o sofrimento dos brasileiros”.


Logo depois, começa a música com a imagem ao fundo de um fósforo acendendo um cigarro de maconha. Uma voz feminina canta: “Eu já to cansado dessa onda quadrada, a Dilma ninguém não traga mesmo estando bolada, Eduardo… o Jorge”.


A partir daí, a letra da canção mostra imagens oficiais da campanha de Eduardo Jorge, com o logo do partido e o número. Assim, constrói a narrativa de uma propaganda oficial, mas com um tom diferente dos filmes do PV no horário político. No entanto, o clipe não está disponível na página da campanha.


Seria um vídeo da campanha para o público da internet?


O Blog Escrevinhador entrou em contato com a assessoria do candidato Eduardo Jorge, que declarou que, de fato, não se trata de um material oficial da campanha, que feito de forma espontânea. O produtor do vídeo, segundo a assessoria, não presta serviços para o partido.


No facebook, o perfil de Eduardo Jorge divulgou o vídeo da seguinte forma: “Nossa campanha não é financiada por empresas, apenas pessoas físicas. Nessa caminhada ganhamos até jingle e clip de doação. Acredito que muitos de vocês já assistiram, mas como ainda não tinha sido divulgado no facebook fica aqui nosso agradecimento”.



Quem seria o apoiador da campanha de Eduardo Jorge que produziu o vídeo, que tem uma edição profissional de imagem e de som?


O clipe está pendurado no canal do youtube de Pedro Guadalupe. A descrição do vídeo informa que a produção é da empresa Satis Marketing Digital e a direção é do próprio dono do canal.


O mais interessante é que Guadalupe, especialista em redes sociais, mora em Minas Gerais e presta serviços para o PSDB. Embora não seja formalmente vinculado à campanha, é próximo do candidato à presidência do partido, Aécio Neves.


Meses atrás, Guadalupe tentou cooptar para a campanha tucana Jeferson Monteiro, dono do perfil Dilma Bolada nas redes sociais. Monteiro deu trela para Guadalupe e depois divulgou na imprensa a oferta que recebera.


Por que o assessor de redes sociais do PSDB produziu e divulgou um vídeo para Eduardo Jorge?


O desespero bateu nos tucanos. A possibilidade do PSDB ficar fora do 2º turno da campanha presidencial pela primeira vez nos últimos 20 anos acendeu o sinal vermelho.


Assim, a tática da campanha tucana tem dois sentidos: conquistar votos para Aécio Neves, mas também tirar votos de Marina Silva, criando condições para passagem para o 2º turno.


Por isso, o clipe produzido por Guadalupe usa Eduardo Jorge como um instrumento em disputa nas redes sociais para tirar votos de uma parcela da juventude que tende a votar em Marina Silva.


Essa juventude dificilmente votaria em Aécio Neves, mas pode migrar para um candidato com um discurso próximo de Marina Silva, que pauta a defesa do meio ambiente e da legalização das drogas, critica a “polarização PT e PSDB” e não se coloca como direita ou esquerda.


Com isso, o especialista em redes sociais ligado ao PSDB, que sabe os limites do candidato tucano, escolheu Eduardo Jorge como o candidato mais viável para tirar votos de Marina Silva a partir de um trabalho nas redes sociais.


Então, é importante ficar esperto com os interesses que estão por trás das peças que circulam nas redes sociais, que podem parecer uma manifestação inocente política, mas esconde objetivos que não são desvelam à primeira vista.

http://www.revistaforum.com.br/rodrigovianna/plenos-poderes/clipe-de-eduardo-jorge-foi-produzido-por-tucano-para-roubar-votos-de-marina-silva/

Carta de Roberto Amaral denota mais uma divergência com Marina Silva


Jornal GGN - Uma carta de Roberto Amaral ao cientista político Moniz Bandeira denota mais uma divergência entre as bandeiras históricas do PSB e o programa de governo da candidata Marina Silva.
Após discordar publicamente quanto à independência do Banco Central e aos nomes escolhidos por Marina para elaborar propostas para economia, Amaral, também responsável pelo PSB-Internacional, disse que não deixará de defender a "política externa soberana e à aproximação com nossos irmãos africanos e latino-americanos", mesmo com Marina na cabeça da chapa majoritária à Presidência da República.
Conforme o GGN publicou no início de setembro, o programa de Marina para relações internacionais segue uma linha aecista: menos Mercosul e mais potências do norte ocidental. Leia mais clicando aqui
Abaixo, a carta de Roberto Amaral a Moniz Bandeira, publicada originalmente no site do PSB.
Rio de Janeiro, 26 de setembro de 2014
Estimado professor Moniz Bandeira
Respondo à sua carta-aberta, enviada de seu privilegiado posto de observação em St. Leon-Rot, Alemanha.
Devo-lhe respeito e admiração. Acompanho sua produção literária. Dela é devedor nosso país.
Considero sua liberdade e independência intelectuais, de “livre pensador”, condição que não posso arguir. Militante engajado, tenho compromissos com projetos, ideias e valores expressos em programa partidário que não pode ser alterado ao sabor de especulações como a de que a queda de uma aeronave resultou de conspiração estrangeira. Tampouco posso guiar-me por “premonições”. A famosa ‘realidade objetiva’ não me permite.
O processo político-partidário, mesmo sem o “centralismo democrático”, impõe limites ao millordiano “livre pensar é só pensar”. Certamente, o professor ainda admira aquele autor que escreveu: “Os homens fazem a sua própria história, mas não a fazem como querem, não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado”.
Caminhei, da juventude no antigo PCB, para, na maturidade, refundar o PSB ao lado de Antônio Houaiss, Jamil Haddad e, a partir de 1990, Miguel Arraes. Construímos permanentemente, no Partido, pontes para o futuro. O PSB não abandonará o embate contra as desigualdades sociais, pela reforma agrária, pela defesa do meio-ambiente, pelo domínio de novas tecnologias, pela ampliação e melhoria do sistema de ensino e pela segurança do cidadão; não renunciará à luta pelos grandes projetos estratégicos, sejam os de infraestrutura para o desenvolvimento social e econômico, sejam os que darão suporte ao seu papel como ator global. Aqui me refiro, inclusive, às iniciativas que respaldarão militarmente a política externa soberana e à aproximação com nossos irmãos africanos e latino-americanos. O PSB não arrefecerá seu compromisso de atuar como protagonista na construção da nação brasileira e não fará concessões aos desvios do patrimônio público.
Renunciaria, ai sim, à presidência do PSB caso essas proposições fossem abandonadas. No calor de campanhas eleitorais sobram boatos e acusações sem eira nem beira. Eleições passam, professor, o país fica; o processo histórico segue sua marcha, a política sobrevive, os partidos ficam. Alguns, com ideários descaracterizados; outros, mais apegados aos seus princípios.
Como dirigente do PSB, cabe-me zelar pelo cumprimento de nossos compromissos programáticos, observada a realidade objetiva. É o que farei. Mancharia minha biografia se, acossado por premonições e pela libertinagem do “livre pensar”, optasse pela cômoda retirada nesse momento tão rico da construção da democracia brasileira.
Com apreço,
Roberto Amaral
Presidente do Partido Socialista Brasileiro

Abaixo, a carta-aberta do cientista político Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira ao presidente Nacional do PSB, professor Roberto Amaral. Nela, Moniz Bandeira pede que Amaral deixe o partido em função de Marina.
Estimado colega, Prof. Dr. Roberto Amaral
Presidente do PSB,
A Sra. Marina Silva tinha um percentual de intenções de voto bem maior do que o do governador Eduardo Campos, mas não conseguiu registrar seu partido - Rede Sustentabilidade - e sair com sua própria candidatura à presidência da República.
O governador Eduardo Campos permitiu que ela entrasse no PSB e se tornasse candidata a vice na sua chapa. Imaginou que seu percentual de intenções votos lhe seria transferido.
Nada lhe transferiu e ele não saiu de um percentual entre 8% e 10%. Trágico equívoco.
Para mim era evidente que Sra. Marina Silva não entrou no PSB, com maior percentual de intenções de voto que o candidato à presidência, para ser apenas vice.
A cabeça de chapa teria de ser ela própria. Era certamente seu objetivo e dos interesses que representa, como o demonstram as declarações que fez, contrárias às diretrizes ideológicas do PSB e às linhas da soberana política exterior do Brasil.
Agourei que algum revés poderia ocorrer e levá-la à cabeça da chapa, como candidata do PSB à Presidência.
Antes de que ela fosse admitida no PSB e se tornasse a candidata a vice, comentei essa premonição com grande advogado Durval de Noronha Goyos, meu querido amigo, e ele transmitiu ao governador Eduardo Campos minha advertência.
Seria um perigo se a Sra. Marina Silva, com percentual de intenções de voto bem maior do que o dele, fosse candidata a vice. Ela jamais se conformaria, nem os interesses que a produziram e lhe promoveram o nome, através da mídia, com uma posição subalterna, secundária, na chapa de um candidato com menor peso nas pesquisas.
O governador Eduardo Campos não acreditou. Mas infelizmente minha premonição se realizou, sob a forma de um desastre de avião. Pode, por favor, confirmar o que escrevo com o Dr. Durval de Noronha Goyos, que era amigo do governador Eduardo Campos.
Uma vez que há muitos anos estou a pesquisar sobre as shadow wars e seus métodos e técnicas de regime change, de nada duvido. E o fato foi que conveio um acidente e apagou a vida do governador Eduardo Campos. E assim se abriu o caminho para a Sra. Marina Silva tornar-se a candidata à presidência do Brasil.
Afigura-me bastante estranho que ela se recuse a revelar, como noticiou a Folha de São Paulo, o nome das entidades que pagaram conferências, num total (que foi, declarado) R$1,6 milhão (um milhão e seiscentos mil reais), desde 2011, durante três anos em que não trabalhou. Alegou a exigência de confidencialidade. Por que a confidencialidade? É compreensível porque talvez sejam fontes escusas. O segredo pode significar confirmação.
Fui membro do PSB, antes de 1964, ao tempo do notável jurista João Mangabeira. Porém, agora, é triste assistir que a Sra. Marina Silva joga e afunda na lixeira a tradicional sigla, cuja história escrevi tanto em um prólogo à 8a. edição do meu livro O Governo João Goulart, publicado pela Editora UNESP, quanto em O Ano Vermelho, a ser reeditado (4a edição), pela Civilização Brasileira, no próximo ano.
As declarações da Sra. Marina Silva contra o Mercosul, a favor do subordinação e alinhamento com os Estados Unidos, contra o direito de Cuba à autodeterminação, e outras, feitas em vários lugares e na entrevista ao Latin Post, de 18 de setembro, enxovalham ainda mais a sigla do PSB, um respeitado partido que foi, mas do qual, desastrosamente, agora ela é candidata à presidência do Brasil.
Lamento muitíssimo expressar-lhe, aberta e francamente, o que sinto e penso a respeito da posição do PSB, ao aceitar e manter a Sra. Marina Silva como candidata à Presidência do Brasil.
Aos 78 anos, não estou filiado ao PSB nem a qualquer outro partido. Sou apenas cientista político e historiador, um livre pensador, independente. Mas por ser o senhor um homem digno e honrado, e em função do respeito que lhe tenho, permita-me recomendar-lhe que renuncie à presidência do PSB, antes da reunião da Executiva, convocada para sexta-feira, 27 de setembro. Se não o fizer - mais uma vez, por favor, me perdoe dizer-lhe - estará imolando seu próprio nome juntamente com a sigla.
As declarações da Sra. Marina Silva são radicalmente incompatíveis com as linhas tradicionais do PSB. Revelam, desde já, que ela pretende voltar aos tempos da ditadura do general Humberto Castelo Branco e proclamar a dependência do Brasil, como o general Juracy Magalhães, embaixador em Washington, que declarou: "O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil."
Cordialmente,
Prof. Dr. Dres. h.c. Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira 
http://jornalggn.com.br/noticia/carta-de-roberto-amaral-denota-mais-uma-divergencia-com-marina-silva

Em nota, Ministério da Justiça esclarece sobre matérias de Folha e Veja


Jornal GGN - A assessoria de comunicação do Ministério da Justiça enviou nota de esclarecimento rebatendo duas matérias veiculadas neste final de semana. A primeira da Folha, com o título "Assessor de Ministério da Justiça foi à PF pedir dados sobre Marina" e, a segunda, da revista Veja, "A Máquina do PT contra Marina".
A Folha veiculou que o chefe da Secretaria Nacional de Justiça esteve na sede da Polícia Federal para pedir informações sobre inquérito que poderia atingir Marina Silva. Descreveu o objeto da investigação e também disse que o inquérito, que foi instaurado para apurar suspeita de corrução e de prevaricação no Ministério do Meio Ambiente por ocasião do comando de Marina, foi arquivado em 2012. A Folha buscou ligar Paulo Abrão, o chefe da Secretaria, a um complô para prejudicar Marina. A Folha utilizou o velho recurso de um bom título para esquentar uma notícia morna, e a Veja trilhou o mesmo caminho.
Leia a nota do MJ.
Nota de esclarecimento
A respeito das matérias veiculadas, no dia de hoje, no Jornal Folha de São Paulo (“Assessor de Ministério da Justiça foi à PF pedir dados sobre Marina”) e na revista Veja (“A Máquina do PT contra Marina”), o Ministério da Justiça informa e esclarece que:
1- No dia 5 de setembro o jornalista Cláudio Dantas da Revista Istoé, procurou a Secretaria Nacional de Justiça pedindo informações sobre a existência de algum pedido de cooperação internacional feito no inquérito n. 1209\2010, aberto para apurar eventual crime de contrabando praticado pela empresa estrangeira Natural Source. Na oportunidade, indagou se os autos deste inquérito seriam de acesso público ou se estariam submetidos a alguma forma de sigilo legal, solicitando ainda que, se possível, pudesse obter aquelas informações naquele mesmo dia.
2- Sendo a Secretaria Nacional de Justiça o órgão responsável no Ministério da Justiça pelas cooperações internacionais, inclusive em matéria penal, em estrito atendimento ao solicitado por aquele órgão de imprensa, diligenciando internamente, constatou que não existia nenhum pedido de cooperação internacional requerido a respeito. Como não dispusesse de informações sobre a situação do referido inquérito, a Secretaria Nacional de Justiça, buscando atender ao órgão de imprensa solicitante, em despacho entre os dirigentes destes órgãos e esclarecendo que se tratava de uma pergunta da revista Isto É, pediu as informações solicitadas ao Departamento de Polícia Federal.
3- Em atendimento imediato a esta solicitação, o Diretor do Departamento de Polícia Federal informou que este inquérito já fora relatado e já fora arquivado em julho de 2012, não sendo público o acesso aos autos.
4- Esta informação foi prontamente repassada ao jornalista, sem quaisquer outros esclarecimentos adicionais. Naturalmente, nem o jornalista e nem o Secretário Nacional de Justiça tiveram acesso aos autos do inquérito.
5- É importante observar que a Secretaria Nacional de Justiça e a Polícia Federal possuem atividades funcionais em comum, tais como a cooperação policial internacional, a recuperação de ativos, a imigração e estrangeiros, sendo, portanto, muito frequente e de praxe que autoridades e servidores destes dois órgãos mantenham despachos rotineiros para atendimento de demandas gerais.
6- O Ministério da Justiça reafirma, assim, que, no caso, apenas foi cumprida a sua obrigação de atender à demanda solicitada por um órgão de imprensa. Os procedimentos legais foram rigorosamente atendidos, não havendo nenhuma razão plausível para que se pretenda dar ao caso a dimensão de uma busca persecutória motivada por razões eleitorais ou pessoais.
Assessoria de Comunicação Social
Ministério da Justiça
http://jornalggn.com.br/noticia/em-nota-ministerio-da-justica-esclarece-sobre-materias-de-folha-e-veja

CNT/MDA: DILMA ABRE 9 PONTOS NO SEGUNDO TURNO


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Primeiro levantamento da semana que antecede as eleições aponta a presidente Dilma com 40,4% das intenções de voto, contra 25,2% de Marina Silva, vantagem de 15 pontos; petista cresceu 4,4 pontos em relação à mostra anterior, enquanto a candidata do PSB caiu 2,2; Aécio Neves, do PSDB, sobe 2,2 pontos, para 19,8%; em simulação de segundo turno, petista seria reeleita com 47,7%, contra 38,7% de Marina, vantagem de nove pontos; na pesquisa anterior, disputa entre as duas daria empate técnico; avaliação positiva do governo Dilma cresceu de 37,4% para 41%, enquanto a negativa diminuiu, de 25,1% para 23,5%
247 – Primeira pesquisa da semana que antecede as eleições presidenciais, levantamento CNT/MDA aponta vantagem de 15,2 pontos da presidente Dilma Rousseff sobre Marina Silva no primeiro turno. A candidata do PSB, que caiu 2,2 pontos em relação à última mostra, de uma semana atrás, tem agora 25,2% das intenções de voto.
Aécio Neves, que havia registrado 17,6% das intenções de voto na última terça-feira 23, cresceu para 19,8% nesta segunda-feira 29, se aproximando da segunda colocada. O avanço da candidata à reeleição, que agora tem 40,4% das intenções de voto, foi de 4,4 pontos se comparado com a última pesquisa.
Luciana Genro (PSol) cresceu de 0,9% para 1,2%. Já Pastor Everaldo (PSC) reduziu de 0,8% para 0,6%. Os outros candidatos aparecem com 0,5%, enquanto votos brancos e nulos somam 5,9%. Outros 6,4% não sabem ou não responderam.
Em simulação de segundo turno entre Dilma e Marina, a presidente seria reeleita com 47,7% das intenções de voto, contra 38,7% da adversária, uma vantagem de nove pontos percentuais. Na pesquisa anterior, essa distância era de apenas um ponto percentual: 42% de Dilma contra 41% de Marina.
No cenário entre Dilma e Aécio, ela tem a preferência de 49,1% dos eleitores, enquanto o tucano aparece com 36,8%. No terceiro cenário, que simula a disputa de segundo turno entre Marina e Aécio, a candidata do PSB tem 41,1% das intenções de voto, contra 36% do presidenciável pelo PSDB.
Segundo a pesquisa, Dilma e Marina lideram a lista dos candidatos com mais probabilidade de receberem votos dos indecisos. Dos entrevistados que ainda não sabem em quem votar, 43,8% dizem que poderão votar na petista; 40,6% citam Marina Silva; 28,9% poderão votar em Aécio. A resposta era de múltipla escolha.
Avaliação do governo Dilma
A avaliação positiva do governo cresceu na última pesquisa, aponta o levantamento. Entre os entrevistados, 41% consideram o governo da presidente Dilma ótimo ou bom. Na pesquisa anterior, o índice estava em 37,4%. A avaliação negativa passou de 25,1%, do levantamento anterior, para 23,5%.
Também com alta (de 4,2 pontos), a aprovação do desempenho pessoal de Dilma Rousseff chegou a 55,6%. O total de eleitores que a desaprovam caiu de 43,8% para 40,1%.
Neste levantamento, foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 137 municípios de 25 estados das cinco regiões, nos dias 27 e 28 de setembro de 2014. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
Confira a íntegra da pesquisa clicando aqui 
http://www.brasil247.com/pt/247/poder/155152/CNTMDA-Dilma-abre-9-pontos-no-segundo-turno.htm

Globo noticia ação terrorista em Brasília associando hotel a Dirceu


Jornal GGN - Os produtos jornalísticos da Rede Globo parecem reciclar o expediente adotado no sequestro de Abílio Diniz, que mudou os rumos da eleição de 1989, para noticiar uma "ação terrorista" que acontece nesta segunda (29), em Brasília.
O portal G1 e a Globo News pulicaram que um sequestro ocorre por motivação política no mesmo hotel que pretendia contratar o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT), condenado na Ação Penal 470. 
De acordo com a polícia, por volta das 8h da manhã um homem com cerca de 30 anos deu entrada no hotel Saint Peter. Ele foi de quarto em quarto apenas no 13º andar e pediu que os hóspedes esvaziassem o edifício. Segundo fontes ouvidas no local, não se trata de roubo ou sequestro com a finalidade de pedir algo em troca, mas sim de "terrorismo".
No início desta tarde, cerca de 300 hóspedes já haviam deixado o local. O sequestrador faz de vítima um dos mensageiros do hotel, que aparece frequentemente na sacada de um quarto, portando um cinto que supostamente contém explosivos. A polícia ainda não confirmou essa informação, mas estima que se de fato a carga for real, ela tem potencial para danificar a estrutura do prédio.
A polícia identificou que o sequestrador tentou uma vaga de vereador no Tocantins pela coligação PP, PTB e PSDB, mas não foi eleito. Segundo informações da Globo News, a corporação avalia que o infrator apresenta desequilíbrio emocional e diz que sua motivação é de ordem política. Em frases desconexas, ele pede a extradição de Cesare Battisti e ampliação da Lei da Ficha Limpa.
A emissora também associou o episódio ao hotel que contrataria Dirceu - algo equivalente a associar um acidente na linha do Metrô paulista ao caso Alstom. 
Caso Diniz
Faltando cinco dias para o primeiro turno das eleições, a grande mídia parece insistir em uma bala de prata contra a vantagem da candidata Dilma Rousseff (PT) nas pesquisas de opinião. A lembrança de Dirceu no sequestro de hoje lembra a cobertura de grandes jornais sobre o sequestro do empresário Abílio Diniz, executivo do grupo Pão de Açúcar, em 1989.
Naquele ano, o caso foi revelado às vésperas do segundo turno das eleições. Fernando Collor de Mello (PRN) e Luís Inácio Lula da Silva (PT) disputavam a Presidência. À época, a grande mídia levantou suspeitas sobre o envolvimento do PT no sequestro de Diniz. Após a vitória de Collor, as acusações foram desmentidas. A investigação apontou que os envolvidos na ação foram obrigados a vestir uma camisa da campanha de Lula.
http://jornalggn.com.br/noticia/globo-noticia-acao-terrorista-em-brasilia-associando-hotel-a-dirceu

As demandas e as críticas da PF aos programas de Dilma, Marina e Aécio


Jornal GGN - O repórter Fausto Macedo assina uma reportagem especial para O Estado de S. Paulo sobre as demandas da Polícia Federal para cada um dos três principais candidatos a presidente da República. Segundo a matéria, a PF se diz frustrada por não conseguir dar conta do volume exorbitante de trabalho, e pede que os postulantes implantem medidas que ajudem a corporação a priorizar os casos de corrupção com danos ao erário. Segundo a PF, hoje existem 108 mil inquéritos instaurados, sendo que 12 mil são ligados a crimes que movimentam R$ 15 bilhões.
Um dos pedidos da corporação é ganhar status de Secretaria Especial ligada ao Ministério da Justiça, para ter mais autonomia. A Associação de Delegados da Polícia Federal, autora das cartas, criticou projetos abandonados por Dilma que dariam mais fôlego ao segmento. A Aécio Neves, a PF disse que que gostaria de ter sido mais destacada no programa de governo do tucano. Já à Marina Silva, afirmaram que as propostas da ex-ministra deixam dúvida sobre o futuro da PF. Há, nesse caso, o receio de que a corporação perca autonomia.
Do Estadão
Os delegados da Polícia Federal enviaram carta aos três principais candidatos à Presidência da República na qual sugerem que a corporação deve ter status de Secretaria Especial para atuar com independência, “assegurada sua autonomia funcional e administrativa e orçamentária”. Eles propõem aos políticos que a PF deverá empregar seus recursos nas investigações prioritárias, “levando em consideração critérios objetivos, como danos ao erário”.
“Devem ser priorizadas as investigações sobre crimes de desvio de recursos, financeiros e lavagem de dinheiro, com a criação de uma Coordenação Geral específica, com verbas para implantação de delegacias especializadas”, recomendam.
Sugerem, ainda, que a escolha do diretor-geral da PF passe a ser feita “por votação direta e secreta, mediante processo eleitoral”. Uma lista tríplice com delegados de Polícia Federal da última classe da carreira “será encaminhada ao ministro da Justiça e dele para a Presidência para indicação” – o mandato do chefe da PF, o processo oficial de escolha e a forma de destituição “serão previstos em lei”.
São 12 sugestões na carta entregue aos comandos de campanha de Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB).
Aos três políticos, os delegados federais destacam que, em 2013, a PF abrigava um acervo de 108 mil inquéritos. dos quais 12 mil relacionados a crimes de corrupção, desvio de recursos e lavagem de dinheiro, que movimentaram R$ 15 bilhões.
No mesmo ano, assinalam os delegados, foram deflagradas 301 operações especiais, “mas apenas 56 foram específicas contra a corrupção”.
O documento aos presidenciáveis foi elaborado pela Associação Nacional dos Delegados da PF, criada em 1976 e que reúne atualmente mais de 2 mil associados, ou cerca de 84% da classe, entre profissionais ativos e aposentados.
A entidade é o guardião dos delegados da PF. Ela sai em defesa da categoria sempre que alguma instituição ou segmento questiona suas prerrogativas.
Nas últimas semanas, a PF entrou na pauta dos presidenciáveis. Estrategicamente, diante do “alto grau de confiança entre os brasileiros” – 65%, segundo pesquisa Datafolha em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil –, os candidatos incluíram a corporação em seus planos de gestão e pacotes de promessas.
Dilma, Marina e Aécio citam a PF em seus programas de governo. Aécio, por exemplo, fala em “apoio e ampliação” da instituição. Dilma fala em “afirmação da Polícia Federal como uma polícia de Estado, autônoma e republicana, que não persegue inimigos ou protege aliados”. Marina promete “fortalecimento” da PF, aumentando seu efetivo atual em 50% ao longo de quatro anos.
A carta, subscrita pelo presidente da Associação dos Delegados da PF, Marcos Leôncio Sousa Ribeiro, é acompanhada de uma tabela dividida em duas colunas, uma intitulada “pontos positivos”, outra “pontos críticos” dos programas de gestão dos presidenciáveis. Em outro trecho eles apontam “desafios futuros” e “contribuições dos delegados federais”.
Clique aqui para ver tabela com reivindicações.
Para Dilma, Marina e Aécio eles escreveram que “os policiais sentem-se por vezes frustrados por não conseguirem executar as inúmeras demandas que lhes são submetidas, que têm sido causa de estresse e problemas psicológicos”.
Os delegados observam a Dilma que “os resultados teriam sido melhores” se o governo tivesse priorizado a aprovação do projeto de lei 6493/2009, de autoria do próprio Executivo, que dispõe sobre a organização e o funcionamento da PF – a Lei Orgânica da corporação. “Infelizmente, nenhum governo foi capaz de aprovar uma lei orgânica para o funcionamento adequado da Polícia Federal.”
Na carta à atual presidente, que busca a reeleição, os delegados PF enumeram quatro “pontos críticos” de seu programa:
1) A lei 12.855/2013, de iniciativa do Executivo federal para fixação de servidores da PF nas unidades de difícil provimento nas fronteiras, passado mais de um ano, não foi regulamentada;
2) O Ministério do Planejamento arquivou novos concursos públicos para preenchimento de cargos do Departamento de Polícia Federal para reforço das fronteiras brasileiras – Operação Sentinela – e a criação de 2 mil cargos administrativos para substituição de mão de obra terceirizada nos postos de fiscalização, notadamente nos aeroportos internacionais , conforme determinação do Tribunal de Contas da União;
3) As unidades policiais especializadas na apuração de desvios de recursos públicos e crimes financeiros até o momento não foram estruturadas totalmente na Polícia Federal;
4) A lei orgânica da PF, de autoria do Executivo, que dispõe sobre a organização e o funcionamento da PF “foi esquecida no Congresso Nacional”.
“Uma série de medidas deverá ser posta em prática para reduzir o número de inquéritos, mantendo um limite abaixo de 100 mil por ano”, acentuam os delegados no texto aos presidenciáveis.
Segundo os policiais, “a política de concursos públicos continua irregular, com intervalos longos entre um e outro certame”.
Eles informam que em 2009 cada inquérito demorava 618 dias para ser concluído. Em 2012, esse tempo caiu para 150 dias. “Com a diminuição do número total de inquéritos, a PF pretende aumentar não somente o foco nas investigações de desvios de recursos e corrupção, mas também aumentar o acompanhamento das ações penais e decisões judiciais deles decorrentes, permitindo, assim, uma melhor avaliação do trabalho policial.”
Para Aécio Neves, escreveram. “Ao analisar as diretrizes gerais do plano de governo esperávamos encontrar um papel mais destacado e melhor detalhado sobre a missão da Polícia Federal no contexto da segurança pública e justiça.”
“Não se percebe uma clara e objetiva sinalização com a continuidade do processo de fortalecimento institucional da PF como uma polícia de Estado, autônoma, republicana e democrática”, questionam. “Carece de detalhes a missão da PF no contexto do novo Ministério da Justiça e Segurança. Falta sinalização com a continuidade do processo de fortalecimento institucional da PF como uma polícia de Estado.”
Para o programa de governo de Marina, os delegados cravaram que “surgiram dúvidas” sobre alguns aspectos das propostas da coligação “Unidos pelo Brasil”, que prega o fortalecimento da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), atribuindo-lhe o papel de coordenadora de áreas e atividades “como prevenção de crimes e da violência, polícias federais, sistema prisional e alternativas penais”.
“A nosso ver, isso pode ser um retrocesso para a Polícia Federal que anseia por mais autonomia administrativa e orçamentária”, advertem os delegados. “A desejada integração na segurança pública não requer a subordinação da PF à Senasp.”
http://jornalggn.com.br/noticia/as-demandas-e-as-criticas-da-pf-aos-programas-de-dilma-marina-e-aecio

Folha faz citação deturpada de livro sobre Dilma, por Ricardo Amaral

Folha faz citação deturpada de livro sobre Dilma
Por Ricardo Amaral
É falso afirmar que uma divergência política com a jovem Dilma Rousseff tenha levado o capitão Carlos Lamarca "a um nervosismo extremo, incluindo choro 'e pelo menos um tiro de ameaça'", conforme publicado em matéria da Folha de S. Paulo neste fim de semana. (Autoconfiante e centralizadora, petista se isolou até de Lula). Trata-se de uma distorção do que escrevi na página 64 do livro A vida quer é coragem (Ed. Primeira Pessoa, 2011), sobre o "racha" da VAR-Palmares, da qual Dilma e Lamarca faziam parte, no congresso da organização em setembro de 1969. A divergência era entre Lamarca e os dirigentes Roberto Espinosa, Carlos Alberto Soares de Freitas e Carlos Araújo, com os quais Dilma se identificava. O clima de tensão e nervosismo no congresso envolvia todos os participantes, encerrados por 26 dias numa casa em Teresópolis, e não apenas Lamarca, embora ele tivesse razões pessoais para estar "uma pilha", conforme escrevi. O episódio do choro de Lamarca deu-se numa conversa com o militante Apolo Heringer Lisboa, numa noite de ronda, quando o capitão falava dos filhos que estavam em Cuba. Dilma sequer presenciou a cena. O tiro ocorreu na reunião em que Lamarca anunciou que seu grupo abandonava a organização – reunião da qual Dilma não participou, por não ser dirigente. Informações mais detalhadas sobre este episódio estão nos excelentes livros Iara – reportagem biográfica, de Judith Lieblich Patarra, e Combate nas Trevas, de Jacob Gorender, que utilizei como fontes. Atribuir à jovem Dilma a tensão de Lamarca é uma fantasia histórica. Atribuir a mim ou a meu livro as ilações da reportagem é uma falsidade jornalística.
http://jornalggn.com.br/noticia/folha-faz-citacao-deturpada-de-livro-sobre-dilma-por-ricardo-amaral