terça-feira, 28 de outubro de 2014

Metade dos eleitores de Dilma é do Sul e do Sudeste



Mais de 26 milhões votaram na petista nas regiões, número superior ao de Norte e Nordeste
Metade dos eleitores que levaram Dilma Rousseff (PT) à reeleição neste domingo (26) é do Sul e do Sudeste do País. A presidente obteve, nas duas regiões juntas, 26.627.802 votos, ou 48,86% do total de 54.501.118 votos conquistados no pleito.
O número supera em 2.057.922 votos o total alcançado pela petista em seus principais redutos, as regiões Norte e Nordeste, onde Dilma conquistou 24.569.880 votos.
Os números ajudam a desconstruir a tese de que nordestinos e nortistas foram os responsáveis exclusivos pela reeleição da presidente Dilma — tema de milhares de comentários e postagens nas redes sociais.
Só no Estado de São Paulo, Dilma recebeu o apoio de 8.488.383 eleitores, quase o dobro dos 4.393.301 votos obtidos em toda a região Norte.
Em termos relativos, a presidente conquistou, no Sul e no Sudeste, 43,10% do eleitorado. Aécio Neves (PSDB) ficou com 56,90%, totalizando 35.156.824 votos. O melhor desempenho do tucano deu a ele a vitória em cinco dos sete Estados das duas regiões.
Os números são mais uma indicação de que, apesar da aparente divisão do País, os eleitores do PT e do PSDB convivem em todo o território nacional.
Nesta segunda-feira (27), um mapa do desempenho eleitoral de Dilma e Aécio feito pelo pesquisador Thomas Conti, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), mostrou que Estados como Minas Gerais, onde a petista teve maioria, não são muito diferentes de Goiás, onde a vitória foi do tucano, pois a vantagem de cada candidato foi estreita.
Para fazer o gráfico, o pesquisador considerou não apenas a vitória em cada Estado, mas proporção de votos nas regiões. Ao longo do dia, o mapa tornou-se viral.
Fonte: R&, 28.10.2014, Postado por Márcia Vieira
http://www.blogdilmabr.com/metade-dos-eleitores-de-dilma-e-sul-e-sudeste/

A reforma política que o povo quer a mídia parece não querer

Nas entrevistas concedidas na segunda-feira ao Jornal Nacional e ao Jornal da Record, Dilma ressaltou a necessidade de muitas reformas, com destaque para a reforma política. Nesta terça, o jornal O Globo poderia ter estampado que a candidata eleita por mais de 54 milhões tem como uma das principais bandeiras a reforma política. Poderia ter estampado – não só hoje, como durante todo o ano – a luta da juventude brasileira por uma reforma política, apoiada por 7,4 milhões de assinaturas arrecadadas num plebiscito popula. Mas não. O jornal escolheu outros atores como protagonistas da discussão.
O tema que foi poucas vezes abordados pela imprensa ganhou a capa d'O Globo de maneira pessimista: “Congresso já resiste à ideia de plebiscito”.
Que Congresso? Os 513 deputados e 81 senadores? Ou as figuras escolhidas minuciosamente pelo jornal? Mais ainda: os deputados e senadores eleitos em outubro, ou os que estão terminando o mandato? Em mais de um ano de luta popular, a pauta pouco espaço teve. No dia seguinte à declaração de Dilma aos jornais, nomes como Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que não tiveram espaço na mídia durante o processo eleitoral, aparecem para afirmar que “a presidente quer substituir o Congresso e propor o plebiscito”. Por que Eduardo Cunha, um dos grandes articuladores das teles no Congresso, virou porta-voz da opinião do legislativo sobre reforma política?
A luta pelo plebiscito não é só de Dilma, é de um conjunto de movimentos sociais, é de uma juventude que quer voz, é reflexo das mudanças que junho do ano passado pediu. A pluralidade dos grupos que a demandam foi vista no encontro com a presidenta em setembro, no Palácio da Alvorada. O povo quer mais participação, o povo quer opinar diretamente sobre o futuro do país e o Congresso de pouca representatividade é questionado por muitos. Como afirma Rui Falcão, presidente do PT, “Só vamos obter a reforma política com mobilizações. Só pelo Congresso Nacional, seja na configuração atual, seja na futura, será praticamente impossível”. É necessário que a grande mídia dê espaço e voz a esses atores sociais, e não legitime apenas os personagens da política tradicional.
http://www.mudamais.com/ocupe-politica/reforma-politica-que-o-povo-quer-midia-parece-nao-querer

Por Midia Ninja: Ataque contra Jean Wyllys nas redes é contido por ativistas

Jean Wyllys, parlamentar conhecido pela defesa das minorias no Congresso Nacional, sofreu um ataque virtual essa tarde por religiosos fundamentalistas organizados. A série de tuítes, disparada a partir das 16h30, levou a tag #JeanWyllysNãoMeRepresenta a um dos temas mais debatidos no Brasil, mas não por muito tempo.
A reação, vinda de movimentos de direitos humanos e de diversidade, foi rápida e cerca de uma hora depois a tag  #JeanWyllysMeRepresenta já dominava o primeiro lugar nos temas mais comentados no Brasil e quarto lugar no mundo. Perfis como Dilma Bolada, Leonardo Sakamoto, Marcelo Freixo, Sérgio Amadeu,  Renato Rovai, PC Siqueira, Levante Popular da Juventude, Fora do Eixo, Felipe Milanez e Pedro Alexandre Sanches foram um dos mais atuantes na defesa de Jean. 
O motivo da reviravolta foi uma má interpretação de uma matéria publicada no portal Terra, na qual o deputado, 5º mais votado do Rio de Janeiro nas eleições 2014, declarava seu apoio no segundo turno das eleições a Dilma Rousseff. Apavorados com a ideia de que Jean virasse o "representante da juventude",  perfis como o de Marisa Lobo - auto-declarada "psiscóloga cristã" e defensora da vida" –  iniciaram a onda de difamação. 
Criminalização da Homofobia
Ainda, os ataques se dirigiram ao PL122,  projeto de lei que tem por objetivo criminalizar a homofobia no país e encontra-se na Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal do Brasil. Segundo pesquisa telefônica conduzida pelo DataSenado em 2008, com 1120 pessoas de todas as cinco regiões do Brasil, 70% dos entrevistados posicionaram-se a favor da criminalização da discriminação contra homossexuais no país. A aprovação é ampla em quase todos os segmentos, no corte por região, sexo e idade. Mesmo o corte por religião mostra uma aprovação de 54% entre os evangélicos, 70% entre os católicos e adeptos de outras religiões e 79% dos ateus.
 
A tag #JeanWyllysMeRepresenta ocupou o primeiro lugar nos temas mais debatidos no Brasil essa tarde.
"Os perfis da juventude fanática mobilizada a me insultar ou tentar me converter revelam bem o nível de hipocrisia de quem se entrega aos prazeres do consumismo, da vaidade e do sexo às escondidas, mas gosta de atacar quem defende politicamente a legalização do aborto e do comércio de maconha e é contra a redução da maioridade penal." relatou Jean Wyllys em suas redes sociais.
Dessa maneira, "mobilizam suas forças para tentar me desmoralizar virtualmente, temendo que sua paranóia vire verdade, é porque, de fato, eu ameaço seu império de dinheiro e mentira - e isso me deixa feliz e me faz rir" conclui.
http://www.mudamais.com/daqui-pra-melhor/por-midia-ninja-ataque-contra-jean-wyllys-nas-redes-e-contido-por-ativistas

Domingo foi dia, também, de o Brasil ter um lugar no mundo


28 de outubro de 2014 | 20:57 Autor: Fernando Brito
brics
Em meio à nossa luta renhida aqui, pouca atenção demos aos nossos irmãos de América Latina que, junto conosco, estavam e estão lutando contra o destino da exclusão, da segregação e do atraso.
Mas enquanto pelejávamos aqui, o índio Evo Morales, um pequeno gigante,  venceu as eleições na Bolívia e a Frente Ampla uruguaia fez maioria parlamentar e ficou a apenas 2,1% da maioria absoluta com Tabaré Vasquez, que deverá alcançá-la no segundo turno sem maiores dificuldades.
A vitoria de Dilma, importantíssima para eles, mais importante ainda é para o papel do Brasil como país que se afirma mundialmente.
Enquanto os medíocres, bobalhões, ficam com essa cantilena do investimento em Cuba – imagine se os americanos iriam sugerir que seu governo não tivesse interesses econômicos pelo mundo e só investisse nos cafundós do Arkansas?  –  nosso país vai  confirmando aquilo que é e foi – agora para para o bem, como antes para o mal: o líder da América Latina.
Essa condição não é meramente ideológica, é geopolítica. Nos tempos da guerra fria, do “perigo comunista” – ô gente velha esta da direita coxinha! – a doutrina americanófila não dizia que “para onde pender o Brasil, pende a América Latina?
Vocês repararam que a direita brasileira não deu uma palavra contra a articulação dos Brics, que é o mais importante movimento de contestação ao mundo unipolar de hoje?
Deu, sim, e muitas, contra o Mercosul, que entrou aí como símbolo de nossa articulação continental – atacando a integração econômica do continente. Aliás, foram fartos nisso e na exploração abjeta de uma suposta tolerância com o tal “Estado Islâmico”, que é outra monstruosa excrescência da política de sabotagem americana no Oriente Médio, como antes foram a Al-Qaeda e Osama Bin Laden.
É porque sabe que os Brics são um pólo de poder mundial, do qual o Brasil faz parte essencial porque é o que é entre o que é está se o líder da América Latina.
É nosso caminho  para o protagonismo geo-político-econômico que estamos fadados a assumir neste século 21.
Loucura?  Lembrem-se que a China, há um século, era para o mundo um entreposto de ópio.
A mente colonizada é incapaz de ver isso, embora a nata desta elite o veja, mas o troca por um projeto que mais lhe rende, o da capatazia colonial.
Os líderes norte-americanos, desde Thomas Jefferson, jamais abriram mão da afirmação mundial de seu país e, nela, sempre entenderam o continente americano como plataforma de seu protagonismo, expresso daquele tantas vezes maldito “A América para os (norte) americanos”.
Claro que não queremos ser líderes do atraso, da opressão, da dominação dos povos, como tantas vezes eles fizeram.
Mas somos o líder que podemos  ser por tamanho, por potencial e até por generosidade e solidariedade, reconhecido por todos.
A eleição de Dilma, com o caminho que Lula abriu para isso,  não é apenas uma vitória do Brasil para si mesmo.
É uma vitória do Brasil no mundo, onde não somos e não estamos destinados a ser um imenso anão servil.
http://tijolaco.com.br/blog/?p=22597

Atenção, separatistas: quem decidiu a eleição de Dilma foram o Sul e o Sudeste, não o Nordeste

Postado em 28 out 2014
O mapa da vereadora do RN Eleika Bezerra Guerreiro
O mapa da vereadora do RN Eleika Bezerra Guerreiro
Minutos depois do resultado que confirmou a reeleição da presidente Dilma Rousseff, uma onda de preconceito tomou as redes sociais. Internautas revoltados despejaram ódio contra nordestinos – ela venceu em todos os estados da região Nordeste.
Ofensas como essas não são novidade. Em 2010, a estudante de direito Mayara Petruso, revoltada com a eleição da presidente Dilma, soltou uma série de impropérios dirigidos nordestinos. Ela foi denunciada pelo Ministério Público Federal (MPF) e julgada por crime de discriminação ou preconceito de procedência nacional. A pena foi prestação de serviços comunitários e pagamento de multas.
Quatro anos depois, milhões de mayaras estão por aí espalhando veneno. A SaferNet Brasil, ONG que atua em defesa dos direitos humanos na internet, registrou um  aumento de 342,03% nas denúncias de racismo e crimes semelhantes no último domingo, em comparação com o primeiro turno.
Junto com as ofensas vieram propostas absurdas de dividir o Brasil em dois: entre os estados que elegeram Dilma e aqueles onde Aécio teve mais votos.
Ideia estapafúrdia que não vem só de bobalhões com vontade de desabafar suas frustrações. A vereadora de Natal Eleika Bezerra, do PSDC, partido do eterno candidato José Maria Eymael, propôs criar uma região chamada de “Nova Cuba”.
Apesar de ser professora aposentada, Eleika ignorou o fato de que Dilma perdeu no Espírito Santo e em três estados da região Norte. No mapa da vereadora, o estado natal de Aécio seria “implodido para construção de um lago”.
No editorial desta terça-feira (28), o jornal O Globo reverberou a voz da parcela da população insatisfeita com o resultado das urnas: “Fica evidente que o país que produz e paga impostos — pesados, ressalte-se — deseja o PT longe do Planalto, enquanto aquele Brasil cuja população se beneficia dos lautos programas sociais — não só o Bolsa Família —, financiados pelos impostos, não quer mudanças em Brasília, por óbvias razões.”
O problema é que, de acordo com o resultado das urnas, essa interpretação está, além de tudo, incorreta.
De acordo com dados fornecidos pelo TSE, a vitória do PT foi garantida por eleitores do Sul e Sudeste, com 26,6 milhões dos votos totais obtidos por Dilma — mais de 2 milhões a mais do que os obtidos no Norte e Nordeste (24,5 milhões de votos).
Dilma obteve 48,8% do sufrágio no que o Globo chamou de  áreas “ricas e produtivas” do Sul e Sudeste;  45% vieram dos “pobres”.
“Se prestassem mais atenção nos números do TSE, editorialistas, sociólogos e analistas perceberiam que não é o país que está dividido ao meio, geográfica e socialmente, mas apenas os votos dos partidos”, apontou o jornalista Ricardo Kotscho em seu blog.
Isso tudo, no entanto, é irrelevante para os derrotados. O que importa, para eles, é perpetuar uma ideia de superioridade de quem não vota no PT e contaminar com esse pensamento elitista a parcela desinformada e acrítica da classe média. Só isso, sem compromisso com ética ou verdade.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) repudiou os ataques e lembrou que postagens com xenofobia ou outros tipos de discriminação podem ser denunciados para o Ministério Público Federal (http://cidadao.mpf.mp.br/formularios/formularios/formulario-eletronico). A ONG SaferNet (http://www.safernet.org.br/site/denunciar) também recebe denúncias, acessadas em tempo real pela Polícia Federal e pelo MPF.
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Marcos Sacramento
Sobre o Autor
Marcos Sacramento, capixaba de Vitória, é jornalista. Goleiro mediano no tempo da faculdade, só piorou desde então. Orgulha-se de não saber bater pandeiro nem palmas para programas de TV ruins.

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/atencao-separatistas-quem-decidiu-a-eleicao-de-dilma-foram-o-sul-e-o-sudeste-nao-o-nordeste/

“Faltaram consideração e maturidade por parte dos meus colegas do esporte”: Ana Moser fala ao DCM

ana moser

Ana Beatriz Moser, a “Aninha”, tem 46 anos e é ex-jogadora de vôlei medalhista de bronze nas Olimpíadas de Atlanta em 1996. Participou de outras competições famosas, como os Jogos Pan-Americanos e o Campeonato Sul-Americano. Atualmente é presidente do Instituto Esporte & Educação e da ONG Atletas pelo Brasil.
No dia 27 de outubro, logo após a reeleição de Dilma Rousseff, Ana postou o seguinte em seu Twitter: “Profundamente ENVERGONHADA com o papelão de alguns atletas do meu voleibol. Espalham ódio, preconceito e falta de respeito pela democracia”.
Ela estava se referindo a colegas como Sheilla CastroLucão e Nalbert. Os três reclamaram da corrupção e da Bolsa Família que cresceu junto ao governo do PT. Lucão chegou a mandar o PT “se fuder [sic]”.
Ela falou com o DCM sobre esporte, política e falta de educação.
Ana, a que você atribiu as manifestações de seus colegas?
Eu acho que há agressividade dos dois lados. Acredito que se tivesse ocorrido o contrário, se Aécio Neves tivesse ganhado, ao invés de Dilma, as pessoas também estariam agressivas do lado do PT. De uma maneira geral, eu acho que a gente nunca participou tanto de uma decisão política quanto dessa. Isso é positivo, não é? O que é importante é ter a noção do que é a força de declarações de pessoas públicas, como são meus colegas.
Como eles deveriam se portar, então?
Não estou defendendo que não se possa ter uma opinião favorável a um lado ou ao outro, a questão é a maneira como se colocam as posições políticas. Depois das eleições, você não pode continuar com determinadas posturas como se fosse a final de um campeonato. Você se recolhe porque é um processo eleitoral democrático. A partir do momento que sai o resultado, nós continuamos num mesmo país. Quem tem o aval da opinião pública precisa saber disso. Faltou consideração e houve muito imaturidade dessas pessoas.
O que você achou do processo eleitoral como um todo? Foi boa essa competição acirrada?
O processo eleitoral tem melhorado e as pessoas não se contentam mais apenas com promessas. Elas querem entender um pouco mais e ter respostas mais concretas. Há uma evolução do Brasil nesse processo eleitoral. O resultado apertado tornou tudo mais rico para o país de uma maneira geral. Não tem como negar, neste momento, que o eleitor está mais exigente. Ele está, além de ter um preparo melhor. Estamos mais maduros. Os políticos tem que se esforçar cada vez mais para dar respostas a altura. Os governantes precisam de maior transparência, honestidade, bons projetos, continuidade, criando melhores respostas. Ser um político no Brasil está se tornando uma carreira cada vez mais exigente.
O governo Dilma precisa tomar iniciativas mais contundentes contra a corrupção, apoiando iniciativas como o Bom Senso F.C.? 
Um número grande de leis e programas em prol do esporte foi implementado nos governos do PT. O ministério do Esporte foi criado na gestão do PT. E neste período nós ganhamos o direito de realizar os dois maiores eventos do setor no mundo, a Copa, que já foi, e a Olimpíada. Se não houvesse seriedade, um deles não teria sido concretizado. Por isso, a área de esportes teve avanços com o PT, apesar de ter muito o que melhorar e avançar.
Ainda faltam organização e democratização do acesso, coisas que trabalhamos no Instituto Esporte & Educação. Estamos trabalhando para que o país avance sobretudo nas escolas públicas, oferecendo um conjunto de esportes com qualidade. Queremos um acesso para prática esportiva para a população em geral. O principal é chegar a organizar o esporte no país em um sistema nacional. Essa é a questão-chave para estruturá-lo no país, para ir além de grandes eventos como a Copa do Mundo. Precisamos abrir diálogo nesse caminho de estruturação, sem pensar só nas equipes olímpicas. Esperamos que o novo governo continue com isso.
Quais críticas você tem ao PT ou ao PSDB?
Não tenho tantas críticas aos dois partidos e acho que a visão das pessoas depende de suas referências na política. A motivação para o PSDB entrar num governo federal seria para mudar radicalmente as coisas. Por outro lado, a continuidade do PT assegura o avanço de bons programas. Falar mal de um ou do outro depende da sua visão do mundo. Não me considero uma especialista em economia apontar as diferenças entre os dois governos.
Repito que a área de esportes teve avanços com o PT, mas eu respeito o pensamento divergente a este governo. Eu tolero o argumento e o pensamento diferentes. O debate feito da maneira correta é o que leva o país para frente, não o discurso do “isso daí não presta”. Tirar o PT pela alternância do poder e manter o governo paulista não faz muito sentido na minha cabeça.
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Dilma disse a Obama que vai aos EUA


A prioridade com os EUA é vasta. Abarca questões econômicas, acordos bilaterais, tributações, e parceria em inovação.

De NaoVaiTer3oTurno, no twitter



Dilma Rousseff concede entrevista ao SBT Brasil. Acompanhe as frases:

A prioridade com os EUA é vasta. Abarca questões econômicas, acordos bilaterais, tributações, e parceria em inovação..

Marcamos de nos encontrar no G-20, na Austrália. Vamos tomar todas as medidas para continuar nossas relações estratégicas.

Na pauta, questões econômicas, bitributação, acordos comerciais, questões contraditórias resolvidas, como o caso do algodão.


Caso Petrobras:

A direção da Petrobras foi técnica. Passei a não deixar indicação política dentro da Petrobras. Vai continuar assim






A Presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (28) que não deixará “pedra sobre pedra” nas denúncias feitas sobre corrupção na Petrobras. A petista disse que o combate à corrupção será rigorosa:

“Quantas CPIs quiserem instalar, vejo com tranquilidade. A investigação vai trazer esclarecimentos importantes sobre a Petrobras. Doa a quem doer, não deve ficar pedra sobre pedra. O Brasil tem a responsabilidade de não permitir a impunidade desta vez”, declarou ao Jornal da Band.
Abaixo, outras frases da Presidenta:
Obama me disse que era bom descansar.

Não tem como seguir o conselho do Obama (de descansar mais de três dias).


Diálogo:

Toda eleição implica em uma divisão, mas você tem que pressupor que, por trás disso, tem um conjunto de posição em que as pessoas queriam definir um futuro melhor para o país.

A disposição para o diálogo é essencial

Esse diálogo tem que abranger a maior parte dos setores organizados e isso inclui os que foram oposição.

Convidarei todos para fazer essa conversa. O diálogo é isso. 

Fui eleita por parte do eleitorado, mas serei presidenta de todos brasileiros. Esse diálogo tem que abranger todos os setores

O diálogo é com a oposição, com setores produtivos, bancos e representações da sociedade, movimentos sociais.

Ninguém participa de um processo eleitoral sem que esteja em debate a mudança, a melhoria da vida do povo
Economia:
Os investidores mantém grau de confiança no Brasil muito expressivo. Somos um dos países q mais atrai investimentos externos

O Brasil tem setor financeiro sólido. Na Europa, há desconfiança sobre a robustez dos bancos

Temos todas as condições de nos recuperar da crise. Temos reservas e situação equilibrada no Brasil
O Brasil está passando por uma situação ainda difícil, mas temos todas as condições para sair dela se todos nós nos dermos as mãos e tivermos como claro objetivo a retomada do crescimento econômico.

Nós não atribuimos a conta da crise para o povo brasileiro. Mantemos menores taxas de desemprego da história

O que favoreceu o governo foi que nessa crise não atribuímos a conta para o povo brasileiro como sempre foi atribuído. 

Mantemos hoje no Brasil uma das menores taxas de desemprego da nossa história: 4,9%

O Mercado é assim, ele flutua.

O Brasil, hoje, tem condições de sair desse processo de baixo crescimento. 

Temos um mercado interno robusto, pq milhões de brasileiro foram para a classe média

Somos um país que tem proteção externa. Ninguém sofre como crescia há uma década atrás por não ter reserva. Temos e ela nos protege.


Reforma Política:



Durante a campanha, vi uma ânsia imensa pela reforma política

Vi um movimento muito grande de vários segmentos pela reforma política. Recebi documento com cerca de 7 milhões de assinaturas.

A discussão deve ser interativa. A forma como vai ser, não sei. Mas é muito difícil que não tenha consulta popular. .

Tem que ter negociação sobre as questões importantes para futuro do País. Temos que discutir como encarar as reformas fundamentais.




Crise da água em São Paulo:



Uma série de investimentos deviam sido feitos (pelo gov. de SP) e não foram

O Nordeste passou pela pior seca dos últimos anos. Nós colocamos caminhões-pipa e fizemos um milhão de cisternas

Há um diagnóstico do próprio gov. de SP sobre a situação da segurança hídrica, em que se elenca uma série de investimentos que não foram feitos

A responsabilidade constitucional pela água é de estados ou municípios. No caso da cidade de São Paulo, é do estado.

Garantimos o financiamento para que as obras ocorressem. O governo de São Paulo optou por uma licitação da Adutora de S. Lourenço

O Nordeste passou pela pior seca dos últimos 70 anos. Quase 6 mil carros-pipa e 1 milhão de cisternas foram feitas

Tenho abertura absoluta, já nos oferecemos, financiei. Esse é um problema tão grave que afeta toda população brasileira.


Caso Petrobras



Quantas CPIs quiserem instalar, vejo com tranquilidade. A investigação vai trazer esclarecimentos importantes sobre a Petrobras

Doa a quem doer, não deve ficar pedra sobre pedra. O Brasil tem a responsabilidade de não permitir a impunidade desta vez.


Fator previdenciário:


Tenho responsabilidade com a previdência. Sempre tive abertura pra discutir o tema.

69% de todos os aposentados tiveram ganho real acima da inflação. Hoje, os aposentados também foram beneficiados
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2014/10/28/dilma-vai-ouvir-aecio/


Sem internet, Aécio teria vencido eleição, diz cientista político


Carro-chefe da editora Abril, a revista Veja lançada na última sexta-feira (24) divulgou como matéria de capa uma acusação de que a presidenta reeleita Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ambos do PT, tinham conhecimento de um esquema de corrupção na Petrobras. Sem apresentar qualquer prova, o conteúdo da reportagem era baseado em suposto depoimento do doleiro Alberto Youssef à Polícia Federal, que foi desmentido por seu advogado logo após a publicação.

Considerada a última “bala de prata” da oposição para tentar impedir uma nova vitória petista sobre os tucanos, a reportagem foi contestada duramente pela presidenta durante seu último programa eleitoral na TV na mesma sexta-feira. Ainda naquele dia, a Justiça considerou a publicidade da revista como “propaganda eleitoral” e também concedeu direito de resposta ao PT no site da revista.

Ainda assim, o estrago já estava feito. A campanha e simpatizantes do PSDB distribuíram panfletos com a capa impressa da revista da Abril em várias cidades do Brasil. Já na madrugada de sábado (25) para domingo (26), circulavam boatos de que Alberto Youssef havia sido envenenado, algo que teve de ser desmentido com rapidez pela Polícia Federal.

“Essa operação da Veja mostra que ela não é um órgão de comunicação, o que ela mostrou claramente é que ela é uma sala do comitê político do PSDB no Brasil. A revista operou de maneira a desinformar. Ela desinformou”, disse o sociólogo Sérgio Amadeu, doutor em Ciência Política pela USP. Comparando o caso à ação midiática que ajudou a decidir o pleito presidencial de 1989, com a eleição de Fernando Collor de Mello, Amadeu acredita que o plano da editora Abril só não se concretizou nas urnas pela existência da internet. “Existe hoje a internet, que não tinha naquela época. Então, se não houvesse a internet, certamente o candidato Aécio Neves tinha ganho a eleição.”

Para o cientista político, as redes sociais apontaram um acirramento muito grande e deixaram claro que “a linha política e o conteúdo discursivo das forças comandadas pelo PSDB” é baseada na “estratégia do cinismo”. Amadeu também defendeu uma reforma política para se alcançar uma legislação mais democrática dos meios de comunicação.

Qual foi a influência da capa da revista Veja às vésperas do segundo turno presidencial entre Dilma e Aécio?

A capa da Veja foi feita justamente para influenciar o resultado eleitoral. Ela normalmente está nas bancas no sábado, mas saiu na sexta-feira. E era uma capa para, inclusive, ser impressa, tanto é que a campanha do candidato Aécio Neves (PSDB) imprimiu essa capa justamente para manter aquele clima que eles criaram no Brasil de demonização do outro. O grupo Abril, em particular a revista Veja, já há muito tempo é organização que defende interesses econômicos a partir da gestão da política. Não há como dizer agora o quanto impactou, mas eles influíram claramente na votação de domingo, porque o Aécio conseguiu, a partir desse tipo de ação, crescer e encostar na candidata Dilma Rousseff no segundo turno das eleições.

Como o sr. avalia o papel da internet nessas eleições?

Uma coisa que chama atenção nesse processo é que essa operação já tinha sido feito nas eleições de 1989, com sucesso, mas não teve desta vez. E por quê? Porque desta vez – além das pessoas já conhecerem a manobra de grupos de comunicação misturadas à elite política econômica no caso da vitória do Collor – também existe hoje a internet, que não tinha naquela época. Então, se não houvesse a internet, certamente, o candidato Aécio Neves tinha ganho a eleição, porque era o candidato preferido pelos grupos econômicos, pelos banqueiros, pelo mercado de capitais. Inclusive oscilava a Bolsa e, se você for ver, é muito curioso, quando as pesquisas davam a Dilma crescendo, a Bolsa caía, o que mostra o humor desses especuladores financeiros. A internet foi decisiva para a garantia de um debate que não existiria se fossem apenas os meios de comunicação de massa atuando nessas eleições. Isso é bastante nítido no processo eleitoral que ocorreu em 2014.

E as redes sociais?

As redes sociais, em particular, tiveram um papel grande e mostraram, na verdade, um acirramento muito grande. Deixou claro, e é importante que tudo fica registrado, qual é a linha política e o conteúdo discursivo das forças comandadas pelo PSDB, que é baseada em preconceito, em mentira e numa estratégia que podemos chamar de “estratégia do cinismo”. Eles chegam a afirmar que nenhum corrupto ligado ao PSDB está preso ou foi julgado por incompetência do PT, o que é uma coisa completamente cínica. Esse tipo de ação, as pessoas não têm clareza de como vão lidar com isso. Agora, minha opinião é bastante clara: é preciso mostrar concretamente o que é o PSDB do ponto de vista da corrupção. É inaceitável que a bandeira da corrupção seja tomada por forças da corrupção. É inaceitável.

Não tenho nenhuma dúvida do aparelhamento que (governador de São Paulo) Geraldo Alckmin faz na Sabesp. Isso ficou nítido nas gravações mostrando que eles são capazes de ganhar a eleição, inclusive se for para deixar uma cidade em situação de calamidade. Nós temos que mostrar que eles são uma junção de descompromisso com a democracia, de má gestão de recursos públicos e de corrupção em larga escala, como foi feito em São Paulo. Réus confessos entregaram as provas e o Ministério Público não faz nada. Então, temos que ir para cima disso.

Temos que ir para cima do crime eleitoral cometido pela revista Veja, temos que exigir o julgamento do mensalão mineiro antes que ele prescreva e temos que mostrar toda a ligação que o PSDB tem com crime, com práticas absurdas. Não podemos aceitar. E não vai ser falando “pessoal, o clima de ódio é ruim”. Não. O clima de ódio só vai ser reduzido com argumentos verdadeiros e racionais. Não é pedindo paz e amor, não, mas colocando claramente para as pessoas, insistentemente, as falácias do discurso que eles reproduzem para o Brasil. A gente tem que ser muito claro com isso, porque disso depende a democracia, né?

O sr. acredita que o novo governo possa mudar artigos que dizem respeito à comunicação?

Eu acho que um dos principais pontos da reforma política para o Brasil é a reforma da comunicação. Essa operação da Veja mostra que ela não é um órgão de comunicação, o que ela mostrou claramente é que é uma sala do comitê político do PSDB no Brasil. A revista operou de maneira a desinformar. Ela desinformou. Ela já havia feito isso se ligando a um criminoso chamado Carlos Cachoeira e não aconteceu nada. O cara continua lá na sucursal de Brasília, não foi preso, não foi condenado. Nós precisamos mexer nessas estruturas de concentração econômica de poder, fazer uma reforma da comunicação, uma lei de meios, como a da Argentina. E nós precisamos também de uma reforma política que retire o poder do capital, que retire o financiamento privado de campanha, mas que permita também à gente avançar em questões cruciais da sociedade brasileira. Com uma Constituinte que não possa ser com estes deputados, que tenha que ser exclusiva. O deputado que quiser fazer essa Constituinte só poderá se candidatar para isso, para discutir as ideias e o futuro do país, e não para vir com esquemas que a gente sabe que eles articulam, de grandes corporações, de forças que bancam campanhas milionárias. Precisamos de uma reforma política com uma Constituinte exclusiva e, nesse contexto, uma reforma das comunicações.

Por que os partidos têm tido certa dificuldade em atingir os jovens na internet?

A internet não é contraposta aos partidos, mas é que a velocidade das comunicações e as relações intensas que existem na internet geram muitas dificuldades para os partidos, principalmente para legendas partidárias que são estruturas mais orgânicas. Por exemplo, o PSDB adotou e atuou como estratégia na internet, e não é de agora, de desconstruir seus opositores, no caso o governo federal e o PT.

E os tucanos fazem isso destilando preconceitos e coisas absurdas. Se for ver o que dizem dos nordestinos, dos gays e das opções políticas das pessoas, beira ao fascismo. Agora temos que ver o que os partidos que são propostas democráticas e de esquerda podem refazer utilizando a internet, mas é muito difícil fazer política só pelas estruturas partidárias. Hoje, está muito claro que não é só o partido o elemento que faz política. Há outras formas de se fazer política, inclusive com conexões, grupos e coletivos de ativistas na internet. 

http://wwwterrordonordeste.blogspot.com.br/2014/10/sem-internet-aecio-teria-vencido.html