quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Na época, FHC botou a PF e o MP para me processar


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Fernando Henrique Cardoso usou uma empresa de fachada, uma offshore nas Ilhas Cayman, para remunerar a amante.

Depositou, nessa falsa empresa, do tipo que corruptos e traficantes usam para lavar dinheiro, 100 mil dólares, de uma única vez - aparentemente, quando ainda era presidente da República.

Usou a Brasif, uma concessionária de free shops, para costurar essa operação ilegal.

O dono da Brasif confirma ter feito a operação, mas não lembra direito como foi.

Ah, tá bom.

O sujeito faz uma operação de crédito em uma empresa falsa em um paraíso fiscal PARA O PRESIDENTE DA REPÚBLICA e não lembra como foi...

FHC e os tucanos têm uma relação íntima com as Ilhas Cayman, e agora talvez se explique porque ele entrou em pânico quando surgiram papéis falsos sobre a existência de uma conta dele por lá, nos anos 1990.

Eu persegui essa história como jornalista, estive nos Estados Unidos e no Caribe juntando os cacos do chamado Dossiê Cayman, sobre o qual escrevi um livro: "Cayman: o dossiê do medo".

Na época, FHC botou a Polícia Federal e o Ministério Público para me processar.

Até os informantes da PF em Miami me processaram, bandidos comuns e golpistas de quinta categoria usados pelo governo para calar um jornalista.

Ganhei todas, na Justiça.

Mas o caso Cayman foi abafado, como tudo nos governos do PSDB, onde reinava Geraldo Brindeiro na Procuradoria Geral da República, o famoso "engavetador-geral".

Agora, é a vez das autoridades fiscais, do Ministério Público e da Polícia Federal investigarem um presidente da República que usou uma lavanderia de dinheiro em um paraíso fiscal para mandar dinheiro para a amante que a TV Globo escondia na Europa.

E de onde vieram esses 100 mil dólares disponibilizados para Mirian Dutra.


Dessa vez, se o Ministério da Justiça não se movimentar, irá se configurar um caso de deboche contra o contribuinte, contra a nação.

Nação que acompanha, perplexa, uma perseguição implacável da mídia, da Justiça, do Ministério Público e da Polícia Federal a um outro ex-presidente acusado de levar cervejas demais para um sítio em Atibaia.

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