quinta-feira, 23 de junho de 2016

Moro volta a jogar pedras na "Geni", depois de encontro com ministro da justiça do golpista Michel Temer





A senhora da foto, é cunhada de Vaccari, ex tesoureiro do PT e que está preso a quase um ano. O nome dela é Marice Corrêa de Lima, foi presa em uma das fases da Lava Jato porque a filmagem de uma agência do Banco Itaú, a teria gravado sacando dinheiro num caixa eletrônico que para Moro era prova de recebimento de propina.

Ocorre que a imagem divulgada para todo Brasil pela imprensa, com destaque para o indefectível Jornal Nacional que dedicou quase toda sua edição ao escracho de Marice, tratada como se fora uma bandida de alta periculosidade, não era dela, mas da irmã, esposa de Vaccari, Giselda Rousie de Lima.

Marice foi presa por um erro de Sérgio Moro, teve o nome difamado em todo Brasil e depois foi solta sem nenhum pedido de desculpa e por isso ficou.

Marice nunca tinha recebido uma intimação para prestar depoimento e mesmo assim foi presa preventivamente e por engano. Até hoje amarga a decepção de ter sido presa pela PF, transportada num dos voos da PF para Curitiba, sem nada dever a justiça. Um escárnio, o mais infamante vilipêndio.

Já a mulher de Eduardo Cunha comprovadamente recebeu milhares de dólares em suas contas bancárias, produto de um esquema de corrupção sobejamente conhecido e fartamente documentado e apesar de Moro tentar intimá-la por duas vezes, não conseguiu encontrá-la, no entanto, nenhum mandato de condução coercitiva foi expedido para levá-la à força à presença de um delegado, continuando solta sem ser incomodada.

Esse tratamento privilegiado dado a mulher de Cunha ao qual Marice não teve direito, assim como dezenas de acusados que foram conduzidos coercitivamente sem jamais receber uma intimação para prestar depoimento, inclusive o ex presidente Lula que foi preso ilegalmente por várias horas num aeroporto de São Paulo, expõe a seletividade da operação.

Mostra que a Lava Jato é uma operação política, comandada pelo Ministério Público, pela PF e por Sérgio Moro, essa TROIKA que age coordenadamente com um alvo previamente escolhido, cujo desfecho final será a prisão do ex presidente Lula, pretextando combater a corrupção, numa conspirata que foi decisiva para o afastamento da presidenta Dilma que deu lugar a uma malta de bandidos, alojada na presidência para saquear e desmontar o Estado nacional.

Temos aí os efeitos colaterais da Lava Jato que puseram a descoberto toda sujeira do mundo político em geral, desnudando velhos e podres esquemas que funcionaram em todos os governos e que ainda estão em andamento e não acabarão, contra à vontade da TROIKA que pretendia investigar, acusar, prender e condenar somente petistas, mas por falta de competência para encontrar provas, se utilizou de métodos nada convencionais de mandar prender para obter confissões que, pelo excesso de delatores e delações, não podia, embora tentasse inúmeras vezes, impedir que viesse à tona, o envolvimento de políticos fora do alvo investigado, o PT, escancarando de vez a seletividade e os objetivos ocultos dessa força tarefa que atropelada pelos fatos foram revelados.

Coincidentemente quando vozes se erguem pelo fim da Lava Jato e a imprensa que antes a tudo coonestava, mas que agora começa a cobrir a operação com um viés de crítica, porque a continuidade dessa operação ameaça o governo golpista de Temer, dado o envolvimento do governo interino com os esquemas de corrupção investigados, e o PGR Rodrigo Janot tem sua atuação duramente condenada pelos abusos cometidos, ameaçado de sofrer um processo de impeachment pelo senado, com o foco concentrado no PMDB, Moro deflagra mais uma fase da operação Lava Jato, contra a Geni de antes, o PT, depois de ter se encontrado no dia anterior com o ministro da justiça do golpista Michel Temer.

É um jogo de cartas marcadas tão descarado que nem é preciso desenhar.

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